RENOVANDO O SUS. Associação Comercial 29/10/2012

Documentos relacionados
SUPERAR OS FALSOS DILEMAS E ENFRENTAR OS VERDADEIROS DESAFIOS JANUARIO MONTONE

FINANCIAMENTO PÚBLICO E PRIVADO DA SAÚDE NO BRASIL

Financiamento da saúde no Brasil hoje e suas perspectivas para o futuro Sérgio Francisco Piola Médico Sanitarista Consultor do Ipea Iº Ciclo de

Noções sobre o financiamento e alocação de recursos em saúde

Gestão em Saúde. Prof. Arruda Bastos (85)

SAÚDE CORPORATIVA: ASSOCIAÇÃO ENTRE A MEDICINA ASSISTENCIAL A MEDICINA PREVENTIVA E A SAÚDE OCUPACIONAL

Luis Correia - PI 05 set 18. Mauro Guimarães Junqueira Presidente - Conasems

Saúde Suplementar no Brasil: Regulação e Evolução do Setor. Leandro Fonseca Diretor Adjunto de Normas e Habilitação de Operadoras

Saúde Coletiva - Pactos Pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão.

Gestão em Saúde Gestão do SUS Financiamento. Prof. Arruda Bastos (85)

30/03/2011. Marco inicial Saúde Suplementar

FINANCIAMNETO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS. Salvador - Fevereiro 2017

Eixo 1: Política de Atenção à Saúde: Gestão, Acesso, Qualidade e

Pacto de Gestão do SUS. Pacto pela Vida. Pacto em Defesa do SUS

Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. Karla Santa Cruz Coelho Diretora de Gestão

Constituição Federal/1988

Quem gastou? Onde gastou? Como gastou?

DEPARTAMENTO DE POLÍTICA, GESTÃO E SAÚDE FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PROF. FERNANDO AITH SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO

Fabiola Sulpino Vieira Coordenadora-Geral de Economia da Saúde Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento Secretaria

Sistema Único de Saúde SUS

1ª Revisão - SUS EBSERH Banca: CESPE l CEBRASPE

Projeto Qualisus. Paulo de Tarso Coordenação Executiva de Projetos DIPE / SE / Ministério da Saúde. Brasília-DF, junho de 2004.

Rosa Maria Marques. 06 de novembro 2015 João Pessoa. Encontro de Economia da Saúde: Estratégias de Fortalecimento da Economia da Saúde.

Cenários e Perspectivas da Saúde O desafio das Instituições Filantrópicas. Luiz Henrique Mota

QUAIS SÃO E COMO FAZER A GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS DO SUS? FINANCIAMENTO ESTADUAL

DESAFIOS NA GESTÃO DA SAÚDE

Garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades"

O MODELO DE SAÚDE CATALÃO Uma experiência de reforma Principais conceitos e instrumentos. CHC - Consorci Hospitalari de Catalunya Setembro 2011

Tendências e Perspectivas do Financiamento da Saúde no Brasil

Economia e Gestão da Saúde

BNDES Atuação no Complexo Industrial da Saúde (CIS)

Fórum INLAGS. Desafios e Perspectivas para o Setor de Saúde Suplementar. Leandro Fonseca Acting Director-President - ANS

O Sistema Único de Saúde (SUS) e a Política de Assistência Estudantil

PREFEITURA MUNICIPAL DO NATAL SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE ORÇAMENTO

ESTADO SOCIAL E OS DESAFIOS DA ECONOMIA MODERNA

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Sustentabilidade da Saúde Suplementar

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS Conjuntura do financiamento Responsabilidade de gestão

MODALIDADES DE GESTÃO NO SUS MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Carlos Neder EM DEFESA DO SUS SAÚDE PÚBLICA DE QUALIDADE CAMPANHA DA FRATERNIDADE 15/02/12

Sistemas Universais e Cobertura Universal: inovação e desafios

GESTÃO DE NEGÓCIOS DE SAÚDE Unifor Mar/14

Políticas de expansão do atendimento oncológico

Marcio Serôa de Araujo Coriolano

Níveis de Atenção à saúde Origem do SUS

Desafios e Perspectivas para a Saúde Suplementar

Cenário Macroeconômico Brasileiro

1. Trajetória dos Sistemas de Informação da Atenção à Saúde no Brasil 2. Situação Atual: Fragmentação da Informação 3. CMD no Brasil 4.

Financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS)

O SUS EM SÃO PAULO E OS MUNICÍPIOS

Gestão em Saúde. Prof. Arruda Bastos (85)

IMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS/EMERGÊNCIAS RUE

Saúde Coletiva Prof (a) Responsável: Roseli Aparecida de Mello Bergamo

FINANCIAMENTO DO SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO. IV Jornadas de Economia da Saúde Salvador, 2008 Maria Alicia D. Ugá

Orçamento Público e Financiamento da Saúde. Sérgio Francisco Piola Ipea

O pacto federativo na saúde e a Política Nacional de Atenção Básica: significados e implicações das mudanças propostas

Visão da ANS e o Sistema Unimed: perspectivas para o futuro

EVOLUÇÃO ORÇAMENTÁRIA RECENTE MINISTÉRIO DA SAÚDE. Elaborado para 3º Fórum de Debates Novo Regime Fiscal, Organizado pelo Conasems

Políticas de Inovação no Complexo Industrial da Saúde

Pacto pela Saúde e os concursos EBSERH Em que contexto pode ser cobrado? Prof.ª Natale Souza

Perspectivas para 2012

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE LIRCE LAMOUNIER

Financiamento da Saúde. Fortaleza, 15 de maio de 2015.

A relação entre a Saúde Suplementar e o SUS

13º SEMESTRE DE DEBATES GVSAÚDE SAÚDE: ACESSO E REGULAÇÃO NO SETOR PÚBLICO E NO SETOR PRIVADO. A visão do cidadão/consumidor

PORTARIA Nº 3.863, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2017

SUS E SAÚDE SUPLEMENTAR: Panoramas atuais e futuros.

Introdução à Saúde Pública. Prof. a Milene Zanoni Vosgerau

Legislação do SUS. SEGURIDADE SOCIAL E SAÚDE Prof.ª Andrea Paula

Financiamento do Programa de Arboviroses desafios e possibilidades

Diretoria da ANS participa de seminário realizado pelo Sinmed sobre saúde suplementar

Seminário Impasses e Alternativas para o Financiamento do SUS Universal. Termo de Referência

MODELOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE NO BRASIL

DETERMINANTES SOCIAIS E ECONÔMICOS

ESTADO SOCIAL E OS DESAFIOS DA ECONOMIA MODERNA

Autor: Luiz Antonio Santini (Diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (INCA)) Veiculação: Revista Conjuntura Econômica/FGV - RJ

III Pré-Fórum Pró-Sus Região Nordeste CONTRATUALIZAÇÃO

HISTÓRIA E EVOLUÇÃO PRINCÍPIOS NORMAS E PROGRAMAS

Saúde Suplementar Desafios e Perspectivas

A União do Setor Saúde para Sobreviver à Crise. Agosto/2017

27º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. Agosto 2017

Gabinete do Senador Humberto Costa

Gestão do SUS nos Municípios

A situação da Seguridade Social no Brasil

Rede de Saúde Santa Marcelina

Brasil: Notas sobre a inserção dos planos e seguros privados no sistema de saúde

VII CONGRESSO BRASILEIRO E VIII CONGRESSO PAULISTA DE POLITICA MEDICA FINANCIAMENTO DO SUS. São Paulo, 21 de março de 2014.

CONSTITUIÇÃO DE 88/ PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS 2º AULA

O SUS diante do ajuste fiscal: impactos e propostas Sérgio Francisco Piola Seminário Política Econômica e Financiamento da Saúde Pública Faculdade de

Cenário Atual e Perspectivas da Saúde Suplementar

Gustavo Gusso Professor de Clinica Geral e Propedêutica da FMUSP CMO da Amparo Saúde

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. Combinar recursos entre as três esferas de governo. Março, 2011

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

SEMINÁRIO Integração da Gestão da Saúde

MOVIMENTO MAIS SAÚDE PARA O SUS

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 30. Profª. Lívia Bahia

Desafios para a sustentabilidade da Saúde Suplementar e estratégias de enfrentamento

2º Relatório Quadrimestral de Prestação de Contas - RQPC 2018

ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM SAÚDE

O Sistema Único de Saúde (SUS): princípios e lógica organizativa; avanços e desafios

MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE I INTRODUÇÃO PROF. MS. ALEX MIRANDA RODRIGUES.

Transcrição:

RENOVANDO O SUS Associação Comercial 29/10/2012

Objetivo Mostrar a necessidade do SUS Apontar a fragmentação do setor saúde entre o público e o privado Os risco que um tem A necessidade de renovação da política para o setor saúde Um caminho da construção de um sistema integrado

Saúde pré 1988 Fortíssima ação em saúde coletiva - vacinação - controle de vetores - doenças endêmicas (febre amarela, tuberculose, malária...) - doença mental Sistemas de saúde para empregados formais (via Institutos de Assistência e Previdência) Santas Casas, filantrópicos e hospitais universitários

A inovação Constitucional Um direito universal e integral à saúde Sistema Único de Saúde emergiu na via municipalista como execução municipal com repasse federal Orçamento da Seguridade Social não tinha nenhuma unidade entre seus partícipes Rompimento INSS x INAMPS gerou a maior crise da história das políticas públicas

Estruturação do SUS Enunciado de uma competência concorrente e da participação dos 3 entes no financiamento das ações de saúde Fundo de Saúde como caixa autônomo gerou grandes divergências em prefeituras e estados NOB 96 foi crucial ao dar uma ideia de sistema às ações transferidas aos Municípios Criadas as estruturas de gestão tripartite e bipartite

Da crise de financiamento à EC 29 Criação da CPMF acabou gerando mais descrença por conta da troca de fonte que o TN realizou Maioria dos Estados tinham estruturas débeis e baixa inserção no sistema Municípios tinham compromisso de gasto com ações de saúde muito heterogêneos Injeção de recursos era inócua porque outro ente retirava recursos que aplicava antes

Recursos em Saúde - 2000 21,7% 18,5% 59,8% União Estados Municípios Participação federal era fortemente preponderante

Emenda 29 Estabeleceu uma trajetória de gastos federais com base na expansão do PIB nominal Estados deveriam, em 2004, gastar 12% de sua receita disponível em saúde Municípios deveriam, em 2004, gastar 15% de sua receita disponível em saúde Regras de transição (escada) e conceituação do gasto com saúde

Gastos em saúde 2000-2011 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Municípios Estados União Dados do SIPOS/MS

Participação do gasto em saúde na receita disponível Ano União Estados Municípios 2000 58,5% 20,3% 21,2% 2001 54,6% 22,9% 22,6% 2002 52,1% 22,6% 25,3% 2003 50,1% 24,5% 25,4% 2004 49,2% 26,1% 24,7% 2005 48,2% 25,5% 26,3% 2006 46,7% 26,3% 27,0% 2007 45,8% 26,9% 27,3% 2008 43,6% 27,2% 29,1% 2009 46,6% 25,8% 27,6% 2010 44,8% 26,9% 28,3% União perde participação no gasto continuamente

Despesa percapita (R$ de 2010) 800,00 700,00 600,00 Título do Eixo 500,00 400,00 300,00 200,00 100,00-2000 2005 2010 Mun 82,64 138,48 205,66 Est 79,25 134,22 195,37 Fed 228,17 253,55 324,88 R$ 725,91

Redução das diferenças entre Estados e Municípios Em 2000, os Municípios do Estado campeão de gasto em saúde (SP) gastavam 18 vezes o valor gasto pelos municípios com menor gasto municipal (AC) Em 2010, a mesma relação caiu a 2,66 vezes (MS x PA) A obrigatoriedade de gasto produziu um movimento de todo o sistema a favor do setor saúde

SUS veio para ficar Não ter o SUS significaria jogar milhões de pessoas numa situação crítica Não há como sustentar politicamente uma situação assim num país como o Brasil Há uma expectativa de direito na sociedade e no Judiciário O País ainda tem metade de sua força de trabalho sem vínculo de trabalho formal

Teia de relações federativas e prestadores de serviços

Sistema opera um milagre Custo para o Estado é baixo Mas poucos lugares do mundo um pobre pode chegar a um transplante ou a um tratamento de câncer Segmentos do sistema de atenção básica têm uma eficácia enorme Setores da alta complexidade e da Urgência/Emergência são imprescindíveis Programas como AIDS são cruciais

Apenas RJ, ES e SP possuem mais que 30% de cobertura de planos

Custos crescentes da saúde Equipamentos e medicamentos cada vez mais sofisticados Poder de mercado das empresas do setor saúde Fronteira da cesta de direitos à saúde é móvel qualidade de vida estética e vida funcional Custo do trabalho tende a subir com o mercado de trabalho

Transição epidemiológica As doenças não transmissíveis (doenças crônicas, degenerativas e causas externas, entre outras) substituem as doenças transmissíveis (doenças infecciosas) como principais causa de morbidade e mortalidade; O grupo de indivíduos mais velhos passa a ser responsável pela maior carga de doença e mortes (a mortalidade infantil deixa de ser um indicador sensível das condições de saúde desta população)

Entraves da gestão pública Administração direta e indireta está presa ao concurso público e à estabilidade Gestão de RH é no estilo departamento de pessoal Licitação em todas as aquisições de bens e serviços => problemas de especificação técnica e qualidade Impessoalidade da e na direção

Desafios da gestão do SUS Transitar de um modelo hospitalar para um modelo focado na prevenção e atenção básica Transformar secretarias compradoras de esparadrapo em gestoras de contratos de serviços Planejamento regionalizado da capacidade de atendimento Integração de sistemas locais e regionais

Avanços necessários na gestão Parcerias com o setor privado com e sem fins lucrativos Informatização e gestão Abertura da rede para centrais de regulação com poder sobre a capacidade assistencial do sistema Capacitação de RH e adequação do profissional às condições de trabalho

Recurso é suficiente? Para padrões internacionais, o gasto é baixo e o gasto público ainda mais insuficiente Mas há uma escolha da sociedade a ser feita: - Chile criou uma máquina de gasto em saúde com uma alíquota de 7% sobre a folha salarial - Índia não tem a saúde como prioridade - EUA têm foco na terceira idade (Medicare) - Reino Unido reflete a situação de Guerra

Comparações internacionais 2005 PAÍS % de Saúde no PIB % Publico- % Privado Per Capita público USD Canadá 9,8 70,3 29,7 2402 Alemanha 10,7 76,9 23,1 2499 França 11,2 79,9 20,1 2646 Espanha 8,2 71,4 28,6 1602 Portugal 10,2 72,3 27,7 1472 USA 15,2 45,1 54,9 2862 Argentina 10,2 45.5 54,5 549 Brasil 7,9 44,10 55,9 333 Saúde pública e universal. Mas a participação pública é menor que a participação privada

No mundo, gasto público vai a 60%

Conta satélite do setor saúde Gasto total de 8,6% do PIB em 2009

Líderes do gasto privado Medicamentos, Planos e saúde bucal explicam a maior parte do gasto privado

Saúde Suplementar Saúde privada não mereceu atenção das políticas públicas até 1999 Suplementar decorre da carga ideológica contra a parcela privada da saúde Negligência pública => as mediações entre o público e o privado (muitas) ocorrem na unidade microeconômica de saúde ou pela pela própria arbitragem do paciente Estado perde a capacidade de regular

Cobertura da saúde privada

Planos de Saúde (Assist. Médica) São 48,7 milhões de brasileiros

Modalidade de operadora Medicinas de grupo dominam nas capitais e as Cooperativas médicas, no interior

Receita, despesa e sinistralidade

Custo é o triplo do custo per capita do SUS Custo da Saúde Privada

Valores do ressarcimento são ínfimos

Saúde suplementar - problemas Planos funcionam como um mecanismo de receitas e despesas correntes Usuário percebe como uma poupança de longo prazo Dependência das empresas Ação especulativa é fácil com redução de prêmio enquanto a carteira é jovem Ação abala os planos mais antigos (mesmo que solventes)

Saúde suplementar - problemas A proliferação de compromissos para os Planos reforça a dúvida em sua solvência no longo prazo O alto risco ser imputado a estruturas pequenas é o caminho para as quebras A Justiça tem dado suporte a uma ampliação de custos não prevista em contrato Confronto com prestadores de serviços e médicos Custos elevados x renda baixa dos usuários => redução da clientela ou risco de insolvência

SUS 2.0 A conexão entre os sistemas é feita pelas unidades microeconômicas e pelo próprio usuário do sistema Por questões de escala das unidades e preços, os prestadores precisam compor atendimento público e privado A otimização dos recursos passa pela composição dos sistemas

Supostos para um SUS 2.0 A assistência à saúde é uma parte da cesta de consumo da classe média e das classes emergentes O altíssimo risco deve ser bancado pelo estado e não onerar a posição os cálculos de risco dos planos de saúde Os planos devem ter um formato de poupança de longo prazo em saúde

Nova relação público-privado V a l o r p a g o Resseguro Público Assistência corrente Fundo de Solvência e Portabilidade - ANS Dinheiro/Assistência ANS Rede hospitalar SUS Atenção Primária SUS

Riscos do não ajuste Custos crescentes na área pública Deterioração do serviços na área pública, afetando as ilhas de excelência Planos de saúde expostos Falências e internacionalização Tensão permanente porque o direito à saúde foi assimilado pela população