Álgebra Linear. Prof. Ronaldo Carlotto Batista. 20 de março de 2019

Documentos relacionados
Esp. Vet. I. Espaços Vetoriais. Espaço Vetorial. Combinações Lineares. Espaços Vetoriais. Espaço Vetorial Combinações Lineares. Esp. Vet.

Parte 2 - Espaços Vetoriais

Espaços Vetoriais. () Espaços Vetoriais 1 / 17

Tópicos de Matemática Elementar

Aula 25 - Espaços Vetoriais

Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Matemática

de adição e multiplicação por escalar definidas por: 2. Mostre que o conjunto dos polinômios da forma a + bx com as operações definidas por:

Universidade Federal Fluminense - GAN

Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais:

5. Considere os seguintes subconjuntos do espaço vetorial F(R) das funções de R em R:

MA71B - Geometria Analítica e Álgebra Linear Profa. Dra. Diane Rizzotto Rossetto. LISTA 5 - Espaços Vetoriais

Questão 1: Seja V o conjunto de todos os pares ordenados de números reais. Denamos a adição e a multiplicação por escalar em V por

Álgebra Linear e Geometria Anaĺıtica. Espaços Vetoriais Reais

Espaços Vetoriais Reais

(x 1, y 1 ) (x 2, y 2 ) = (x 1 x 2, y 1 y 2 ); e α (x, y) = (x α, y α ), α R.

Primeira Lista de Álgebra Linear

6. Verifique detalhadamente que os seguintes conjuntos são espaços vetoriais(com a soma e produto por escalar usuais):

Álgebra Linear. Alan Anderson

Álgebra Linear e Geometria Analítica. 7ª aula

Universidade Federal Fluminense - GAN

2 Espaços Vetoriais. 2.1 Espaços Vetoriais Euclidianos

Notas de Aula Álgebra Linear II IFA Prof. Paulo Goldfeld Versão

II Lista de Álgebra Linear /02 Espaços Vetoriais Prof. Iva Zuchi Siple

Álgebra Linear I. Resumo e Exercícios P3

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP

Álgebra Linear Exercícios Resolvidos

Nota: Turma: MA 327 Álgebra Linear. Segunda Prova. Primeiro Semestre de T o t a l

MAT Álgebra Linear para Engenharia II - Poli 2 ō semestre de ā Lista de Exercícios

ESPAÇO VETORIAL REAL. b) Em relação à multiplicação: (ab) v = a(bv) (a + b) v = av + bv a (u + v ) = au + av 1u = u, para u, v V e a, b R

Espaços Vetoriais. Prof. Márcio Nascimento.

Apontamentos III. Espaços euclidianos. Álgebra Linear aulas teóricas. Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico

Dependência linear e bases

Álgebra Linear

Capítulo 6: Transformações Lineares e Matrizes

Lista de exercícios para entregar

Algebra Linear. 1. Espaços Vetoriais Lineares. 2. Coordenadas em Espaços Lineares. 3. Operadores Lineares. 4. Transformação de Similaridade

Produto Interno. Prof. Márcio Nascimento.

3 Espaços com Produto Interno

Primeira Lista de Exercícios

ÁLGEBRA LINEAR. Base e Dimensão de um Espaço Vetorial. Prof. Susie C. Keller

INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ÁLGEBRA LINEAR AULA 9 ESPAÇOS VETORIAIS EUCLIDIANOS

Álgebra Linear Transformações Lineares

1. Não temos um espaço vetorial, pois a seguinte propriedade (a + b) v = a v + b v não vale. De fato:

FUNDAMENTOS DE SISTEMAS LINEARES PARTE 1

exercícios de álgebra linear 2016

Ângulo e ortogonalidade em espaços com produto interno

ÁLGEBRA LINEAR. Combinação Linear, Subespaços Gerados, Dependência e Independência Linear. Prof. Susie C. Keller

1 a Lista de Exercícios de MAT3458 Escola Politécnica 2 o semestre de 2016

Soluções dos trabalhos de 1 a 7

Mudança de base. Lista de exercícios. Professora: Graciela Moro

Unidade 22 - Teorema espectral para operadores simétricos, reconhecimento de cônicas. A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa

Espaços Vetoriais e Produto Interno

Álgebra Linear Contra-Ataca

3 - Subespaços Vetoriais

Álgebra Linear II - Poli - Gabarito Prova SUB-tipo 00

ÁLGEBRA LINEAR I - MAT Em cada item diga se a afirmação é verdadeira ou falsa. Justifiquei sua resposta.

Álgebra Linear Teoria de Matrizes

Lista de exercícios 8 Bases e Dimensão.

Álgebra linear A Primeira lista de exercícios

Introduzir os conceitos de base e dimensão de um espaço vetorial. distinguir entre espaços vetoriais de dimensão fnita e infinita;

MAT Resumo Teórico e Lista de

Revisão de Álgebra Linear

Lista de exercícios cap. 2

Unidade 5 - Subespaços vetoriais. A. Hefez e C. S. Fernandez Resumo elaborado por Paulo Sousa. 10 de agosto de 2013

Vetores e Geometria Analítica

MAT2457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I 3 a Prova - 1 o semestre de (a) 3; (b) 2; (c) 0; (d) 1; (e) 2.

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ÁLGEBRA LINERAR Luiz Francisco da Cruz Departamento de Matemática Unesp/Bauru CAPÍTULO 7 ISOMORFISMO

Notações e revisão de álgebra linear

ÁLGEBRA LINEAR. Exame Final

ALGEBRA LINEAR 1 RESUMO E EXERCÍCIOS* P1

Exercícios sobre Espaços Vetoriais II

Referências principais (nas quais a lista foi baseada): 1. G. Strang, Álgebra linear e aplicações, 4o Edição, Cengage Learning.

Espaço Dual, Transposta e Adjunta (nota da álgebra linear 2)

Parte I. Álgebra Linear. Sistemas Dinâmicos Lineares. Conteúdo de Revisão de Álgebra Linear. Vetores. Março de 2014

Geometria Analítica. Prof Marcelo Maraschin de Souza

RESULTADOS DADOS EM SALA DE AULA. Sumário 1. Espaços com Produto Interno Produtos internos e normas.

Tópicos de Álgebra Linear Verão 2019 Lista 1: Espaços Vetoriais

ESPAÇOS VETORIAIS. Álgebra Linear e Geometria Analítica Prof. Aline Paliga

1 Vetores no Plano e no Espaço

Unidade 14 - Operadores lineares e mudança de base nos espaços euclidianos bi e tri-dimensionais

Álgebra Linear Semana 02

Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Matemática

Curso de Álgebra Linear

Multiplicação por Escalar em R n. Definição (multiplicação por escalar) (αβ)u = α(βu), α, β, u. Álgebra Linear. Introdução à. Gerados.

Capítulo 7: Espaços com Produto Interno

1 a Lista de Exercícios MAT 3211 Álgebra Linear Prof. Vyacheslav Futorny

TRANSFORMAÇÕES LINEARES

Espaços Vectoriais. Espaços Vectoriais

Notas de Aula Álgebra Linear. Elton José Figueiredo de Carvalho Escola de Ciências e Tecnologia Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Centro de Ciências Exatas Departamento de Matemática

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro / PUC-Rio Departamento de Engenharia Mecânica. ENG1705 Dinâmica de Corpos Rígidos.

MAT2458 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA II 2 a Prova - 2 o semestre de T ( p(x) ) = p(x + 1) p(x), (a) 8, (b) 5, (c) 0, (d) 3, (e) 4.

1 Segmentos orientados e vetores, adição e multiplicação

Álgebra Linear II - Poli - Prova 2

INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Fix 4.6: Considere I : V V e T : V W definidas por I(v) = v e T (v) = 0 para todo v V. (c) Nuc(T ) = (V, W, 0); (d) Im(T ) = (V, W, 0);

TRANSFORMAÇÕES LINEARES

Transcrição:

Álgebra Linear ECT2202 Prof. Ronaldo Carlotto Batista 20 de março de 2019

AVISO O propósito fundamental destes slides é servir como um guia para as aulas. Portanto eles não devem ser entendidos como referência de texto didático. O assunto aqui apresentado pode ser encontrado em detalhes nos livros indicados como bibliograa do curso

Vetores Geométricos No curso de VGA o conceito de vetor foi introduzido como um segmento orientado de reta no espaço euclidiano, tendo as seguintes propriedades: 1 Módulo ou Magnitude 2 Direção 3 Sentido

Vetores Geométricos No curso de VGA o conceito de vetor foi introduzido como um segmento orientado de reta no espaço euclidiano, tendo as seguintes propriedades: 1 Módulo ou Magnitude 2 Direção 3 Sentido Esses vetores têm invariância por translação e podem ser transportados a qualquer ponto do espaço mantendo suas propriedades.

Vetores Geométricos Em VGA, representávamos um vetor no R 3 da seguinte forma: com a, b, c R. v = (a, b, c) = aî + bĵ + c ˆk, Em AL, podemos representar o mesmo tipo de vetor como uma matriz linha ou coluna: v = (a, b, c) = a b c.

Denição de Espaço Vetorial Veremos que vetores são mais genéricos que os vetores geométricos, então daqui em diante omitiremos as setas para identicá-los. Um espaço vetorial real é um conjunto V não vazio com duas operações: 1 Soma: V V + V 2 Multiplicação por escalar: R V V tais que, para quaisquer vetores u, v, w V e escalares α, β R as seguintes propriedade são satisfeitas: 1 (u + v) + w = u + (v + w) 2 u + v = v + u 3 um vetor nulo o V, tal que u + o = u 4 um vetor u V, tal que u u = o 5 α (u + v) = αu + αv 6 (α + β) u = αy + βu 7 (αβ) u = α (βu) 8 1u = u

Exemplos de Espaço Vetorial Verique que V = { u = (u 1, u 2 ) u 1, u 2 R}com soma dada por (u 1, u 2 ) + (v 1, v 2 ) = (u 1 + v 1, u 2 + v 2 ) e a multiplicação por um escalar a R por é um EV. a (u 1, u 2 ) = (au 1, au 2 )

Exemplos de Espaço Vetorial Mostre que V = {u = (u 1, u 2 ) u 1, u 2 R}com soma dada por ) (u 1, u 2 ) + (v 1, v 2 ) = ((u 1 + v 1 ) 2, (u 2 + v 2 ) 2 e a multiplicação por um escalar α R por α (u 1, u 2 ) = (αu 1, αu 2 ) não é EV.

Exemplos de Espaço Vetorial Verique que V = ( a11 a 12 a 21 a 22 { ( a11 a A = 12 a 21 a 22 ) ( b11 b + 12 b 21 b 22 )} com soma dada por ) ( ) a11 + b = 11 a 12 + b 12 a 21 + b 21 a 22 + b 22 e multiplicação por escalar α ( ) ( a11 a α 12 αa11 αa = 12 a 21 a 22 αa 21 αa 22 ) é um EV.

Exemplos de Espaço Vetorial Espaço R n : V = {(a 1, a 2,..., a n )} com soma e multiplicação por escalar usuais. Espaço Complexo C n : V = {(a 1, a 2,..., a n ), a i C} com soma e multiplicação por escalar α C segundo as regras usuais dos complexos. Espaço dos Polinômios: sejam P n (R) os polinômios reais até ordem n, com n 0 e inteiro; o conjunto de todos polinômios com as operações usuais de soma de polinômios e multiplicação por escalar é um EV.

Subespaços Vetoriais Seja V um espaço vetorial real, W V é um subespaço de W se 1 o V 2 u, v W, u + v W 3 α R, u W, αu W Os subespaços {o} e V são subespaços ditos triviais de V.

Subespaços Vetoriais Seja V um espaço vetorial real, W V é um subespaço de W se 1 o V 2 u, v W, u + v W 3 α R, u W, αu W Os subespaços {o} e V são subespaços ditos triviais de V. Exemplos: Ex.1: Verique se W = { (x, y, z) R 3 z + y = 0 } é subespaço de R 3.

Subespaços Vetoriais Ex.2: Seja v V = R 2. Mostre que W = {αv} é um subespaço de V.

Subespaços Vetoriais Ex.2: Seja v V = R 2. Mostre que W = {αv} é um subespaço de V. Ex.3: Seja V = {A 2x2 }, onde A 2x2 são matrizes reais. Mostre que W = {T 2x2 }, onde T 2x2 são matrizes triangulares superiores é subespaço de V.

Subespaços Vetoriais Ex.2: Seja v V = R 2. Mostre que W = {αv} é um subespaço de V. Ex.3: Seja V = {A 2x2 }, onde A 2x2 são matrizes reais. Mostre que W = {T 2x2 }, onde T 2x2 são matrizes triangulares superiores é subespaço de V. Ex.4: Mostre que W = {B n n b 11 0} não é subespaço do espaço de matrizes A n n.

Subespaços Vetoriais Teorema 1) Se W 1 e W 2 são subespaços de V, então W 1 W 2 também é subespaço de V.

Subespaços Vetoriais Teorema 1) Se W 1 e W 2 são subespaços de V, então W 1 W 2 também é subespaço de V. Teorema 2) Se W 1 e W 2 são subespaços de V, então W 1 + W 2 = {v V v = w 1 + w 2 w 1 W 1 e w 2 W 2 } também é subespaço de V.

Subespaços Vetoriais Teorema 1) Se W 1 e W 2 são subespaços de V, então W 1 W 2 também é subespaço de V. Teorema 2) Se W 1 e W 2 são subespaços de V, então W 1 + W 2 = {v V v = w 1 + w 2 w 1 W 1 e w 2 W 2 } também é subespaço de V. Teorema 3) Se W 1 e W 2 são subespaços de V, então W 1 W 2 = {v V v W 1 e v W 2 } também é subespaço de V.

Combinação Linear Denições Sejam vetores v i V com escalares α i, com i = 1...n. O vetor u = n α i v i i=1 é uma combinação linear dos vetores v i.

Combinação Linear Denições Sejam vetores v i V com escalares α i, com i = 1...n. O vetor u = n α i v i i=1 é uma combinação linear dos vetores v i. Teorema O conjunto W = { n i=1 α iv i v i V, α i R} é um subespaço de V.

Combinação Linear Denições Sejam vetores v i V com escalares α i, com i = 1...n. O vetor u = n α i v i i=1 é uma combinação linear dos vetores v i. Teorema O conjunto W = { n i=1 α iv i v i V, α i R} é um subespaço de V. O conjunto W também é denotado por [v 1, v 2,..., v n ] (ou simplesmente [v i ]) é chamado de subespaço gerado pelos vetores v i.

Combinação Linear Ex.1: Seja v um vetor não nulo de um espaço V. Mostre que W = {αv} é uma combinação linear e um subespaço de V.

Combinação Linear Ex.1: Seja v um vetor não nulo de um espaço V. Mostre que W = {αv} é uma combinação linear e um subespaço de V. Ex.2: Sejam v 1 e v 2 vetores não nulos de um espaço V. Mostre que W = [v 1, v 2 ] é uma combinação linear e um subespaço de V.

Combinação Linear Ex.1: Seja v um vetor não nulo de um espaço V. Mostre que W = {αv} é uma combinação linear e um subespaço de V. Ex.2: Sejam v 1 e v 2 vetores não nulos de um espaço V. Mostre que W = [v 1, v 2 ] é uma combinação linear e um subespaço de V. Ex.3: Seja V = R 3, mostre que, dados v 1 = (1, 0, 0), v 2 = (0, 1, 0) e v 3 = (1, 1, 0), [v 1, v 2 ] e [v 1, v 2, v 3 ] geram o mesmo subespaço de V. Mostre também que v 3 é CL dos outros.

Dependência Linear Um problema usual em AL é denir um conjunto mínimo de vetores capazes de descrever todos os outros vetores de um espaço. Denição Sejam v i V, o conjunto {v i }, com i = 1...n., é dito linearmente independente (LI) se e somente implica que todos α i = 0. n α i v i = o i=1

Dependência Linear Um problema usual em AL é denir um conjunto mínimo de vetores capazes de descrever todos os outros vetores de um espaço. Denição Sejam v i V, o conjunto {v i }, com i = 1...n., é dito linearmente independente (LI) se e somente implica que todos α i = 0. n α i v i = o i=1 Caso algum α i 0 o conjunto {v i } é dito linearmente dependente (LD).

Dependência Linear Seja V = R 3, mostre que, dados v 1 = (1, 0, 0), v 2 = (0, 1, 0) e v 3 = (1, 1, 0). Mostre que os conjuntos {v 1, v 2 }, {v 1, v 3 }, {v 2, v 3 } são LI e o conjuto {v 1, v 2, v 3 } é LD.

Dependência Linear Seja V = R 3, mostre que, dados v 1 = (1, 0, 0), v 2 = (0, 1, 0) e v 3 = (1, 1, 0). Mostre que os conjuntos {v 1, v 2 }, {v 1, v 3 }, {v 2, v 3 } são LI e o conjuto {v 1, v 2, v 3 } é LD. Teorema {v i } é LD se e somente se um dos vetores for combinação linear dos outros.

Base de um EV Denição Um conjunto {v i } de vetores de V será uma base de V se: i){v i } é LI ii) [v i ] = V

Base de um EV Denição Um conjunto {v i } de vetores de V será uma base de V se: i){v i } é LI ii) [v i ] = V Ex.1: Mostre que {(1, 0), (0, 1)} é uma base de R 2.

Base de um EV Denição Um conjunto {v i } de vetores de V será uma base de V se: i){v i } é LI ii) [v i ] = V Ex.1: Mostre que {(1, 0), (0, 1)} é uma base de R 2. Ex.2: Determine uma base para o espaço das matrizes reais M 2 2 (R).

Base de um EV Teorema Seja {v i } uma base de V, com i = 1...n. Qualquer outro conjunto {v j } com j = 1...m e m > n é LD.

Base de um EV Teorema Seja {v i } uma base de V, com i = 1...n. Qualquer outro conjunto {v j } com j = 1...m e m > n é LD. Ex.: Considerando vetores do R 2, mostre que para qualquer (a, b), {(1, 0), (0, 1), (a, b)} é LD.

Dimensão de um EV Como vimos, uma base de um EV tem um número invariante de vetores, em função disso podemos denir a dimensão de um EV (nitamente gerado): Denição Seja {v 1, v 2,..., v n } uma base qualquer de V, a dimensão de V é o número de vetores da base, n.

Dimensão de um EV Como vimos, uma base de um EV tem um número invariante de vetores, em função disso podemos denir a dimensão de um EV (nitamente gerado): Denição Seja {v 1, v 2,..., v n } uma base qualquer de V, a dimensão de V é o número de vetores da base, n. Ex.1: Determine a dimensão de R 2.

Dimensão de um EV Como vimos, uma base de um EV tem um número invariante de vetores, em função disso podemos denir a dimensão de um EV (nitamente gerado): Denição Seja {v 1, v 2,..., v n } uma base qualquer de V, a dimensão de V é o número de vetores da base, n. Ex.1: Determine a dimensão de R 2. Ex.2: Determine a dimensão de M 2 2 (R).

Dimensão de um EV Teorema Seja {v 1, v 2,..., v r } um conjunto LI de um espaço com dim (V ) = n, com r < n. Sempre podemos introduzir ao conjunto (n r) vetores de forma que o novo conjunto seja uma base de V.

Dimensão de um EV Teorema Seja {v 1, v 2,..., v r } um conjunto LI de um espaço com dim (V ) = n, com r < n. Sempre podemos introduzir ao conjunto (n r) vetores de forma que o novo conjunto seja uma base de V. Ex.1: Seja o conjuto W = {(1, 0, 0, 0), (0, 1, 0, 0)} de vetores do R 4. Determine vetores que precisam ser adicionados ao conjunto para que tenhamos uma base do R 4.

Dimensão da soma de Subespaços Teorema Sejam U e W subespaços de V, então dim (U) dim (V ), dim (W ) dim (V ) e dim (U + W ) = dim (U) + dim (W ) dim (U W )

Dimensão da soma de Subespaços Teorema Sejam U e W subespaços de V, então dim (U) dim (V ), dim (W ) dim (V ) e dim (U + W ) = dim (U) + dim (W ) dim (U W ) Ex.1:...

Coordenadas de uma Base Teorema Dada uma base {v i } de um espaço V, todo u V pode ser expresso como uma única CL dessa base. Denição Sejam B = {v i } uma base de um espaço V e u = α 1 v 1 + α 2 v 2 +... + α n v n V. O conjunto ordenado {α i } são as coordenadas de u na base B, que são denotadas por α 1 α 2 u B =... α n

Dimensão de um EV Ex.1: Determine as coordenadas de (2, 3) nas bases {(1, 0), (0, 1)} e {(0, 1), (1, 0)}.

Dimensão de um EV Ex.1: Determine as coordenadas de (2, 3) nas bases {(1, 0), (0, 1)} e {(0, 1), (1, 0)}. Ex.2: Determine as coordenadas de (2, 3) na base {(1, 2), ( 1, 3)}

Dimensão de um EV Ex.1: Determine as coordenadas de (2, 3) nas bases {(1, 0), (0, 1)} e {(0, 1), (1, 0)}. Ex.2: Determine as coordenadas de (2, 3) na base {(1, 2), ( 1, 3)} ( ) 2 3 Ex.3: Determine as coordenadas de na base 1 2 {( ) ( ) ( ) ( )} 0 1 1 0 0 0 0 0,,, 0 0 0 0 1 0 0 1

Mudança de Base Sejam B = {u i } e C = {w i } duas bases ordenadas de um mesmo espaço V. Um vetor r de V pode então ser expresso nas formas: r B = x 1.. x n e r C = y 1.. y n

Mudança de Base Podemos expressar os vetores da base C em termos da base B: w 1 = a 11 u 1 + a 12 u 2 + + a 1n u n. =.. w n = a n1 u 1 + a n1 u 2 + + a nn u n Substituindo essa expressão na expansão de r C, chegamos ao seguinte sistema: x 1 = a 11 y 1 + a 12 y 2 + + a 1n y n. =. x n = a n1 y 1 + a n2 y 2 + + a nn y n

Mudança de Base O resultado pode ser reexpresso de forma mais compacta. Para um dado vetor r : r = x i u i = y i w i, i i mas w i = j a ij u j, então e r = i y i a ij u j = j j x j = a ij y i. i ( ) a ij y i u j i

Mudança de Base Ex: Sejam B = {(2, 1), (3, 4)} e C = {(1, 0), (0, 1)} duas bases do R 2. Determine a matriz de mudança de base de B para C e depois de C para B.

Mudança de Base Ex: Sejam B = {(2, 1), (3, 4)} e C = {(1, 0), (0, 1)} duas bases do R 2. Determine a matriz de mudança de base de B para C e depois de C para B. Note que se A é a matriz de mudança de uma base B para uma base C, r B = Ar C, então a mudança de C para B é: r C = A 1 r B.

Mudança de Base Ex: Mostre que a matriz ( cosθ senθ A = senθ cosθ ) representa uma rotação rígida de um ângulo θ da base canônica em R 2. Encontre as coordenadas de um vetor na base rotacionada e a matriz da transformação inversa.

Denição de Transformação Linear (TL) Denição Sejam dois espaços vetoriais V e W, uma TL é uma função F : V W que satisfaz as condições: 1 F (u + v) = F (u) + F (v), para quaisquer u, v V. 2 F (αu) = αf (u), para quaisquer u V e α R.

Denição de Transformação Linear (TL) Denição Sejam dois espaços vetoriais V e W, uma TL é uma função F : V W que satisfaz as condições: 1 F (u + v) = F (u) + F (v), para quaisquer u, v V. 2 F (αu) = αf (u), para quaisquer u V e α R. Ex.1 Para quais valor de α e β F : R R, tal que x αx + β, é uma TL?

Transformação Linear Ex.2 Mostre que F : R 3 R, tal que x y z (α, β, γ) x y z é uma TL.

Transformação Linear Ex.2 Mostre que F : R 3 R, tal que x y z (α, β, γ) x y z é uma TL. Ex.3 Mostre que F : R R, tal que x (αx + β) 2 não é uma TL.

Transformação Linear Ex.2 Mostre que F : R 3 R, tal que x y z (α, β, γ) x y z é uma TL. Ex.3 Mostre que F : R R, tal que x (αx + β) 2 não é uma TL. Ex.4 Mostre que D : P n (R) P n (R), tal que D (p (x)) = dp dx é uma TL.

Propriedades de uma TL 1 F (o) = o 2 F ( v) = F (v) 3 F (v 1 v 2 ) = F (v 1 ) F (v 2 ) 4 F ( i a iv i ) = i a if (v i )

Núcleo e Imagem Denição Sejam os espaços V e W e F : V W uma TL. O núcleo dessa TL é dado por Ker (F ) = {v V F (v) = o}.

Núcleo e Imagem Denição Sejam os espaços V e W e F : V W uma TL. O núcleo dessa TL é dado por Ker (F ) = {v V F (v) = o}. Denição Sejam os espaços V e W e F : V W uma TL. A imagem dessa TL é dada por Im (F ) = {F (v) v V }.

Núcleo e Imagem Propriedades: 1 Ker (F ) é subespaço de V. 2 Im (F ) é subespaço de W. 3 F é injetora se e somente se Ker (F ) = {o}

Núcleo e Imagem Ex.1 Determine o núcleo e imagem da TL F : R 2 R, (x, y) x + y.

Núcleo e Imagem Ex.1 Determine o núcleo e imagem da TL F : R 2 R, (x, y) x + y. Ex.2 Determine o núcleo e imagem da TL F : R 3 R 3, (x, y, z) (x, 2y, 0).

Teorema Núcleo e Imagem Teorema Seja a TL F : U V com U e V de dimensão nita, então dimu = dimker (F ) + dimim (F ).

Teorema Núcleo e Imagem Teorema Seja a TL F : U V com U e V de dimensão nita, então dimu = dimker (F ) + dimim (F ). Pontos da demonstração: B 1 = {u 1,..., u r } é base de Ker (F ). B 2 = {u 1,..., u r, v 1,..., v s } é base de U. B = {F (v 1 ),..., F (v s )} é base de Im (F ).

Núcleo e Imagem Ex.1 Verique o Teo. NI para as seguintes TLs: F : R 2 R, (x, y) x + y F : R 3 R 3, (x, y, z) (x, 2y, 0) F : R 3 R 3, (x, y, z) (αx, βy, γz), com α, β, γ 0.

Isomorsmo Denição Isomorsmo entre dois espaços U e V é uma TL F : U V bijetora....