Seminário de Análise Conjuntural 10 de Dezembro de 2018 1
Apresentações Abertura Armando Castelar Cenário internacional e política monetária José Júlio Senna Cenário Macro Silvia Matos Cenário Político Carlos Pereira Comentários Samuel Pessôa e Armando Castelar 2
1. CENÁRIO EXTERNO E POLÍTICA MONETÁRIA José Júlio Senna 3
2. CENÁRIO MACRO Setor Externo, Atividade, Mercado de Trabalho, Inflação e Fiscal Silvia Matos, Lívio Ribeiro, Luana Miranda, Fernando Barbosa Filho, Carlos Thadeu Filho, Paulo Peruchetti e Vilma Pinto. 4
2.1 SETOR EXTERNO 5
Taxa de câmbio Cenário internacional mais volátil Se em outubro o doméstico dominou, novembro marcou a volta ao padrão normal Mudanças no cenário global foram as maiores responsáveis pela depreciação ocorrida em novembro Fatores domésticos continuaram operando em direção positiva
Taxa de câmbio Cenário internacional mais volátil Alguma reversão no comportamento do CDS refletindo a dinâmica de fundo (global e, potencialmente, local) 8
Taxa de câmbio Projeção CENÁRIO ATUAL Corte em 03/12 2018 2019 2020 BRL CDS BRL CDS BRL CDS Base -12bps (média jan-nov/18) 3.85 290 3.72 321 3.67 318 Pessimista +93bps (máximo desde 2012) 3.89 310 4.30 426 4.22 423 Muito Otimista -90bps ("mínimo de 2018") 3.80 270 3.23 243 3.17 240 Ultra otimista -168bps ("mínimo desde 2012") 3.74 245 2.66 166 2.60 163 Melhora no cenário central em 2019 reflete CDS mais baixo, trajetória declinante de DXY e progressiva recuperação nos preços de commodities 9
Setor externo Cenário internacional mais volátil Cenário internacional mais volátil e incertezas quanto ao desempenho doméstico pioram a qualidade das projeções De fora, desaceleração do comércio e enorme incerteza no comportamento dos preços aumentam ainda mais a volatilidade De dentro, mudanças metodológicas (REPETRO-sped e PIB) e dúvidas (ao menos as nossas) quanto à recuperação da economia também pesam 10
Setor externo Cenário internacional mais volátil Déficits são perfeitamente financiáveis mesmo com um cenário internacional que fica cada vez mais complicado Parte do déficit em plataforma gera sua própria receitas em IED por questões contábeis (repatriação de investimento brasileiro no exterior) Cenário continua sendo bastante tranquilo tanto neste ano como no próximo 11
2.2 ATIVIDADE 12
Principais Pontos Atividade um pouco mais fraca para o ano de 2018. Redução do crescimento de1,5% para 1,3% em 2018 Indicadores de alta frequência dos meses de novembro e outubro corroboram um crescimento de 0,4% no quarto tri ante o terceiro e 1,9% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Ao mesmo tempo, a inflação será bem menor que o esperado na última reunião 3,8% (ante 4,6% previsto em setembro de 18). Menor pressão em alimentos e preços administrados Melhora gradual nas condições de crédito e no mercado de trabalho. Consumo deve crescer em torno de 2,0% neste ano Considerando as plataformas de petróleo, o investimento deve crescer 5% no ano. Ao desconsiderá-las, o investimento cresceria 3,3%. 13
Indicadores de Confiança Empresarial Fonte: FGV/IBRE 14
ISA Setorial Melhora em todos os setores com exceção da indústria Fonte: FGV/IBRE 15
nov/08 mai/09 nov/09 mai/10 nov/10 mai/11 nov/11 mai/12 nov/12 mai/13 nov/13 mai/14 nov/14 mai/15 nov/15 mai/16 nov/16 mai/17 nov/17 mai/18 nov/18 ISA e IE do Consumidor 130 Confiança do Consumidor 120 110 109.5 100 90 80 70 75.3 60 Fonte: FGV/IBRE Situação Atual Expectativas 16
Produção Industrial (Novembro/18) Índice com ajuste sazonal, previsão é um queda de 0.5% para novembro comparando-se com o mês anterior e queda de 1.6% em relação ao mesmo período de 2017 98 96 94 92 90 88 86 84 82 80 PIM SA Fonte: IBGE e FGV/IBRE. Elaboração: FGV/IBRE. 17
Índice de atividade (Outubro/18) Índice com ajuste sazonal, previsão é uma queda de 0.2% para outubro em relação ao mês anterior e crescimento de 2.4% em relação ao mesmo período de 2017 150 148 146 144 142 140 138 136 134 132 130 IBC SA Fonte: IBGE e FGV/IBRE. Elaboração: FGV/IBRE. 18
Produção de autoveículos (Novembro/18) A produção nacional de autoveículos caiu 0,5% em novembro, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação a outubro, a queda foi de 5,5%. Fonte: ANFAVEA. 19
Exportação de autoveículos (Novembro/18) A exportação de autoveículos caiu 52% em novembro, na comparação com o mesmo período do ano anterior, após 6 meses de queda consecutiva (Efeito Argentina). Fonte: ANFAVEA. 21
Crescimento Anual Ótica da Oferta 2016 2017 2018 2019 PIB -3.3% 1.1% 1.3% 2.4% Agropecuária -5.2% 12.5% 0.5% 3.5% Indústria -4.6% -0.5% 0.9% 2.5% Extrativa -1.2% 4.2% 0.4% 2.6% Transformação -4.8% 1.7% 2.0% 2.8% Construção civil -10.0% -7.5% -1.8% 1.8% Eletricidade e outros 6.5% 1.0% 1.3% 2.1% Serviços -2.3% 0.5% 1.4% 2.0% Fonte: IBGE e FGV/IBRE. Elaboração: FGV/IBRE. 22
Crescimento Anual Ótica da Demanda Atividades 2016 2017 2018 2019 PIB -3.3% 1.1% 1.3% 2.4% Consumo das famílias -3.9% 1.4% 1.9% 2.5% Consumo do governo 0.2% -0.9% 0.3% 0.1% Formação bruta de capital fixo -12.1% -2.5% 5.0% 4.1% Exportação 0.9% 5.2% 4.5% 2.6% Importação -10.3% 5.0% 9.0% 8.0% Atividades 2016 2017 2018 2019 Exportações Líquidas (p.p) 1.4% 0.1% -0.5% -0.7% Fonte: IBGE e FGV/IBRE. Elaboração: FGV/IBRE. 23
Taxa de Desemprego com ajuste sazonal Ano PEA PO TD 2017 1,7% 0,3% 12,7% 2018 0,8% 1,5% 12,2% 2019 1,2% 1,6% 11,9% Elaboração: FGV/IBRE 24
Saldo do CAGED (Sem Ajuste) e PIB (Em Milhares - Acumulado em 4 Trimestres) Ano Saldo CAGED PIB 2016-1.371.384-3,3% 2017-123.429 1,1% 2018 406.506 1,3% Fonte: FGV/IBRE 25
Massa Salarial Habitual Elaboração: FGV/IBRE 26
Inflação Premissas e cenário Cenários para o câmbio: R$ 3,85/US$ ao final de 2018 e R$ 3,72/US$ 2019 e R$ 3,67/US$ 2020 Selic em 6,5% em 2018, 8,0% 2019 e 2020 IPCA de 3,8% em 2018, 4,1% em 2019 e 4,0% em 2020 Projeção por Categoria Serviços Bens Ex Alimentos Administrados Alimentos 29
Inflação 30 Fonte: IBGE e FGV/IBRE. Elaboração: FGV/IBRE.
Inflação Aberturas 2017 2018 2019 IPCA 2,9% 3,8% 4,1% Administrados 8,0% 6,4% 4,8% Livres 1,3% 2,9% 3,8% Livres Ex-Alimentos 3,1% 2,5% 3,6% Alimentos Domicílio -4,9% 4,4% 4,8% Serviços 4,5% 3,3% 3,9% Bens Industriais 1,0% 1,3% 3,0% 31 Fonte: IBGE e FGV/IBRE. Elaboração: FGV/IBRE.
Cenários alternativos para 2019 Cenários para 2019 Base Muito Otimista Pessimista PIB 2.4 3.4 0.9 IPCA 4.1 3.1 5.5 BRL 3.7 2.6 4.3 SELIC 8.0 6.5 9.4 Fonte: IBGE e FGV/IBRE. Elaboração: FGV/IBRE. 32
2.3 CENÁRIO FISCAL 33
Principais Pontos Apesar de atividade mais fraca ao longo de 2018, resultado do governo central deve ser significativamente melhor que a meta. Receitas não recorrentes, mudança de legislação e vinculadas ao setor externo (Importações e Petróleo) ajudam na melhora do resultado. Por outro lado, 2019 será um ano de muitas dificuldades para as contas fiscais, devido, principalmente, as restrições em relação a regra de ouro e ao teto dos gastos. Dívida Pública continua em crescimento e deve encerrar o ano em 78% do PIB. 34
Resultado Primário Recorrente Descompasso entre receitas e despesas ainda é latente! 6
Despesas Primárias: Poucos foram os anos em que as despesas primárias recorrentes caíram em termos reais. Taxa de crescimento real das despesas primárias recorrentes Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional. 36
Despesas Primárias: Sistema previdenciário (RGPS, RPPS da União e LOAS) representa 58% das despesas totais e pressiona as discricionárias! Composição das Despesas Primárias Jan-Set / 2018 Abono e seg. desemprego 4% Discricionárias 8% Pessoal ativo 12% RGPS/RPPS/LOAS 58% Demais obrigatórias 18% Saúde, Educação, Bolsa Família, Etc. Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional. 37
Cenários para as Despesas Projeção para as Despesas e o teto dos gastos 6
Cenário para o Resultado Primário: Resultado do Governo Central de 2018 deve ser significativamente abaixo da meta de R$ 159 bi!
Cenários para Dívida Bruta Dívida Bruta do Governo Geral segue crescente. DBGG em % do PIB