maio/junho 2002 nº 135

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Revista Brasileira de Contabilidade ] Avaliação de empresas: como determinar o valor de uma empresa utilizando o método do Fluxo de Caixa Descontado ] Dalci Mendes Almeida* Dilza Maria Goulart Tredezini Straioto** Introdução. Diante da realidade econômica atual, avaliar empresas se tornou uma tarefa extremamente necessária. Empresários e investidores, ao se depararem com esta nova realidade, precisam saber, com segurança e com critérios bem definidos, qual o verdadeiro valor de sua empresa, para que possam aproveitar as oportunidades de negócios que surgirem. No entanto, percebe-se que os demonstrativos contábeis obrigatórios exigidos pela Lei nº 6.404/76, das Sociedades por Ações (BP, DRE, DMPL, DOAR), não evidenciam a realidade da empresa. Logo, a avaliação do patrimônio, elaborada pela Contabilidade, não reflete a verdadeira situação das empresas, já que registra seus ativos a custo histórico e/ou custo histórico corrigido pela variação do poder aquisitivo da moeda. Estes procedimentos geram dados nitidamente irreais, pois, além dos ativos intangíveis, tais como marcas, patentes, pesquisas e desenvolvimento, não serem verdadeiramente mensurados e registrados, determinados ativos tangíveis ficam, em alguns casos, com valores distorcidos. Assim, o desenvolvimento deste artigo tem a intenção de contribuir, condensando informações a respeito do método do Fluxo de Caixa Descontado, considerado por muitos estudiosos como o método mais preditivo quando se pretende chegar ao valor de uma empresa. Por conseguinte, evidencia-se, primeiramente, alguns conceitos de valor e os principais fatores que influenciam no processo de avaliação de empresas para, posteriormente, explanar o método. * Dalci Mendes Almeida é Contadora, pós-graduanda em Planejamento Tributário e professora. * Dilza Maria Goulart Tredezini Straioto é Contadora, mestranda em Gestão Empresarial e professora. 23

Avaliação de empresas: como determinar o valor de uma empresa utilizando o método do Fluxo de Caixa Descontado O valor de qualquer empresa, atualmente, depende dos lucros futuros gerados pelos ativos e não apenas sobre o que geram ou geraram. Considerações Iniciais. Ao longo dos últimos anos, a avaliação de empresas vem sendo, freqüentemente, aplicada, quer seja nas negociações de compra e venda, nos processos de incorporação, cisão, fusão, ou nas privatizações de empresas estatais ou, ainda, para investir no mercado de capitais. Tal fato se deve à globalização, que abriu novos mercados e, conseqüentemente, uma grande quantidade de concorrentes, tornando o mercado fortemente competitivo. Diante deste novo cenário, tais operações se tornam estratégias competitivas, utilizadas pelas empresas para enfrentar o mercado que se deslumbra nesse início de século, crescendo, com isso, a necessidade de se determinar o real valor de uma empresa. A avaliação de uma empresa é um processo que consiste, em última análise, na determinação e mensuração do seu valor, sendo de extrema importância o motivo que levou à busca dessa avaliação. Assim, as finalidades empresariais são determinantes na atribuição do valor, pois uma coisa é avaliar uma empresa que se está instalando e outra é uma que está em funcionamento normal. Por isso, o conceito de valor da empresa se torna bastante amplo e relativo, existindo inúmeras definições e interpretações, dependendo da sua aplicação. O conceito de valor de empresa. Numa conceituação de valor, Falcini, citado por Goulart (1999, p. 59), define este sob um enfoque de rendimentos e benefícios. Para ele, o valor economicamente relevante de um investimento é em função do retorno esperado desse investimento e de seu correspondente risco. Já para Neiva (1997, p. 11), o valor é determinado pelo grau de utilidade de um bem, dentro da escala de preferência do consumidor. Assim, dependendo das partes que estão negociando e dos fatores que estão influenciando, poder-se-á ter um ou outro valor. Em princípio, poder-se-ia dizer que uma empresa vale o montante do patrimônio líquido apurado pelo seu balanço patrimonial, ajustado pelos ativos e passivos a valor presente, além do valor do ativo intangível, que não está devidamente contabilizado. De outro modo, o valor da empresa é o valor de negociação, o montante que o comprador estaria disposto a pagar pela compra do patrimônio líquido de uma empresa e, normalmente, o vendedor estaria disposto, também, a efetuar sua venda, chegando-se, assim, a uma concordância das partes interessadas. Neiva (1997, p. 12) destaca duas concepções de valor da empresa: Valor Patrimonial, onde o valor da empresa é determinado pelo somatório dos bens que constituem o patrimônio da empresa, e o Valor Econômico, onde o valor da empresa decorre do potencial de resultados futuros. Portanto, percebe-se que o valor da empresa vai muito além de uma análise das demonstrações contábeis, pois, muitos são os fatores que influenciam na avaliação de empresas. Assim, o valor de qualquer empresa, atualmente, depende dos lucros futuros gerados pelos ativos e não apenas sobre o que geram ou geraram. Nesse sentido, por meio das demonstrações contábeis, observamos apenas o que já aconteceu na vida da empresa, servindo apenas como ponto de partida, pois evidencia indicativos de sua situação econômico-financeira de maneira estática de um período transcorrido. Fatores que influenciam na avaliação de empresas. Diversos são os fatores que influenciam no processo de avaliação de empresas, fatores esses que podem contribuir de formas diferentes, dependendo da empresa que se está avaliando, do objetivo da avaliação, do avaliador, entre outros. Diante disso, Harrington, citado por IOB Informações Objetivas - Temática Contábil e Balanços (1996, p. 85), diz que o valor de uma empresa será determinado pela 24

Revista Brasileira de Contabilidade combinação de três fatores: 1) o volume dos retornos esperados; 2) as datas em que esses retornos serão recebidos; 3) o risco que o investidor assume ao aceitar o negócio. Nesse sentido, o valor de uma empresa está diretamente relacionado com as expectativas futuras a respeito dos benefícios de lucros que ela carrega, de forma a cobrir e proporcionar um retorno satisfatório sobre o investimento realizado em um período de tempo considerado hábil, levando em consideração as incertezas que o futuro pode trazer. Os fatores que influenciam no processo de avaliação de empresas poderão ser internos e externos. Neste sentido, o Boletim IOB (1996, p. 84) destaca alguns fatores: Externos: Econômicos: recessão, crescimento, inflação, taxa de juros. Políticos: estabilidade, interferência ou presença do Estado, leis. Sociais: mudanças de comportamento dos consumidores. Tecnológicos: inovações na produção, robotização, tecnologias de distribuição, capacidade de processamento dos computadores. Concorrência: mercado global, patentes, produtos diferenciados, monopólios, oligopólios, etc. Internos: Pesquisa e Desenvolvimento: programas de aperfeiçoamento profissional, laboratórios de pesquisa, planos de gratificação. Instalações: localização, espaço, idade dos equipamentos. Mão-de-obra: nível de especialização, influência sindical. Contratos: dependência de clientes, dependência de fornecedores, terceirização, endividamento, aplicações, etc. O que interessa são as expectativas futuras da empresa, como, por exemplo, se essa vai gerar caixa ou não. Nesse sentido, o Boletim IOB (1996, p.84) destaca que o futuro traz incertezas que devem ser consideradas, tais como: entrada de novos concorrentes, relação no fornecimento de matéria prima, obsolescência do produto, entre outros. Fica evidente, portanto, que, atualmente, o valor de uma empresa depende de variáveis que possam gerar caixa, tais como: a sua marca, rede de distribuição, modernidade do processo de produção, seus clientes, o conjunto de conhecimentos, informações, know how, enfim, o goodwill da empresa. Esse conjunto de variáveis foi condensado numa metodologia denominada Fluxo de Caixa Descontado, que tem como função analisar o futuro da empresa num horizonte de tempo mínimo de cinco anos, envolvendo nessa análise as perspectivas de mercado, a evolução de seus custos e preços, a movimentação dos concorrentes, entre outros fatores. O método do Fluxo de Caixa Descontado. O objetivo deste método é avaliar a capacidade de geração de caixa da empresa; se ela faz dinheiro hoje e demonstra capacidade de continuar a fazê-lo no futuro. Tal método representa uma forma mais técnica de calcular o valor de uma empresa, ou seja, o valor da empresa é determinado com base no fluxo de caixa futuro que a empresa irá gerar, descontado a valor presente. Segundo Gomes (1996, p. 53), tal metodologia consiste em calcular o fluxo de caixa ano após ano, projetando-se os resultados a uma determinada taxa de crescimento. Logo após, aplica-se uma taxa de desconto, trazendo a valor presente os resultados dessa projeção, obtendo-se, assim, o valor da empresa. Assim, ao se projetar o valor dos lucros futuros, estaria sendo levado em consideração todo o esforço de vendas e de redução de custos, a política de negócios, de marketing, O objetivo deste método é avaliar a capacidade de geração de caixa da empresa; se ela faz dinheiro hoje e demonstra capacidade de continuar a fazê-lo no futuro. 25

Eficiência Informação Material e Entendimento Decisão Relevante Perspectiva Holística Eficácia Avaliação de empresas: como determinar o valor de uma empresa utilizando o método do Fluxo de Caixa Descontado No método do Fluxo de Caixa Descontado, o primeiro passo para se avaliar uma empresa é analisar o seu desempenho passado, pelo menos dos últimos cinco anos, para, então, se estimar o seu desempenho futuro. a eficiência do pessoal de vendas, do gerente financeiro ou do engenheiro de produção para aplicar os recursos disponíveis. Todo esse esforço estaria, então, sendo considerado como parte dos lucros futuros. Portanto, o valor do goodwill representado pela marca, pelo fundo de comércio, pela qualidade da gerência ou pela carteira de clientes já estaria sendo considerado como parte do lucro futuro. Gomes (1996) e Clemente (1998) ressaltam que várias são as vantagens deste método e, conseqüentemente, os motivos para a sua utilização. Por isso, é considerado por muitos estudiosos como o método mais preditivo na avaliação de empresas, sendo, atualmente, o mais utilizado. No entanto, o método do fluxo de caixa descontado apresenta duas dificuldades para a sua execução: a determinação da taxa de desconto para trazer os fluxos projetados a valor presente, e o percentual utilizado para a elaboração dessas projeções. Pode-se citar como fontes importantes para a determinação do percentual de projeção a tendência da história das empresas concorrentes e como estão sendo vistas para o futuro, o setor que a empresa opera, os órgãos de classe ou o governo, as empresas similares no exterior, a tendência do mercado e, como fonte interna, a tendência da própria empresa. Já a taxa de desconto (taxa de oportunidade) pode ser obtida por meio de comparação com uma aplicação no mercado financeiro, que irá render um percentual X. Caso o investidor esteja disposto a correr algum risco, precisará de uma remuneração adicional. Caracterizado o método, é necessário conhecer os principais passos de sua aplicação. Passos para a aplicação do método do Fluxo de Caixa Descontado Para a determinação do valor de uma empresa por meio do método do Fluxo de Caixa Descontado, seguir-se-á os seguintes passos, conforme Copeland et alii citados por Casagrande (1999, p. 119): Análise histórica do desempenho. Projeção de geração de caixa. Estimativa do custo de capital (custo dos capitais de terceiros e capitais próprios). Determinação do custo médio ponderado de capital (CMPC). Determinação do valor presente da projeção de geração de caixa. Determinação do valor residual ou de perpetuidade a ser agregado ao valor presente da projeção de geração de caixa. Determinação do valor das empresas. Análise dos resultados alcançados. Análise histórica do desempenho No método do Fluxo de Caixa Descontado, o primeiro passo para se avaliar uma empresa é analisar o seu desempenho passado, pelo menos dos últimos cinco anos, para, então, se estimar o seu desempenho futuro. A análise do desempenho passado poderá ser realizada em função dos demonstrativos contábeis (Balanços Patrimoniais e Demonstrações de Resultados de Exercícios); no entanto, estes, conforme já comentado anteriormente, servirão apenas como ponto de partida para a determinação do valor de uma empresa, uma vez que tais demonstrativos estão a custo histórico e, obviamente, que o profissional que trabalha com avaliações de empresas vai traduzir tais demonstrativos a valores de mercado, ou seja, a valores que melhor evidenciam, a realidade. Projeção de geração de caixa A partir de dados e informações detalhadas sobre o setor de atuação da empresa em avaliação, preparam-se premissas que servem de base para a elaboração das projeções de seus resultados. Tendo-se as simulações de resultados, estimam-se os fluxos de caixa futuros, que representam a capacidade de propiciar o retorno do 26

Revista Brasileira de Contabilidade investimento na empresa em regime normal de operação. Assim, ao se projetar e construir o fluxo de caixa, faz-se necessário identificar as contas de resultado que não representam egresso ou ingresso de caixa, apurando-se, assim, somente o que foi pago e recebido pela empresa, ou seja, o que envolveu caixa. Não existe uma regra universal para se fazer projeções, o que varia muito com o objetivo da avaliação, com o ramo da empresa, ou seja, com a situação em que a empresa está sendo avaliada. Sendo assim, sugere-se a seguinte fórmula para o cálculo da projeção de geração de caixa: Vp = Vb x Fp Onde: Vp = Valor da projeção Vb = Valor base para a projeção Fp = Fator de projeção anual O valor base para a projeção poderá ser a média dos valores dos Demonstrativos Contábeis (Demonstração do Resultado do Exercício e Balanço Patrimonial), enquanto o fator de projeção anual poderá ser a taxa de crescimento do setor em que a empresa atua. Também poderá ser projetado, individualmente, cada componente dos demonstrativos contábeis, estudando as expectativas futuras da empresa partindo de informações internas de cada setor. Estimativa do custo de capital Realizada a projeção de geração de caixa, os valores projetados devem ser trazidos a valor presente, utilizandose, para isso, uma taxa de desconto que corresponde ao custo de capital da empresa. As empresas, na sua maioria, utilizam tanto capital de terceiros quanto capital próprio e, neste sentido, a taxa de desconto a ser utilizada representaria o custo global de capital, usada no desenvolvimento de sua atividade operacional. Este custo global é determinado como uma média ponderada entre o custo de capital de terceiros (no curto e longo prazos) e o custo de capital próprio, ou o que se chama de Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC). 27

Avaliação de empresas: como determinar o valor de uma empresa utilizando o método do Fluxo de Caixa Descontado O CMPC seria, então, a taxa de desconto, ou o valor do dinheiro no tempo, usado para converter o fluxo de caixa futuro a valor presente. A taxa de desconto destaca-se como item gerador de muitas dúvidas em um processo de avaliação. No Brasil, essas dúvidas decorrem, principalmente, da falta de informações estatísticas seguras a respeito do mercado de capitais. A taxa de desconto deve refletir o ganho projetado pelos investidores e levar em conta o risco do negócio. Estimativa do custo dos capitais de terceiros Segundo Ross et alii (1995, p. 253), o custo de capital de terceiros é a taxa de captação da empresa. Em outras palavras, o custo de capital de terceiros representa a taxa de juros paga a terceiros em função de empréstimos e financiamentos, tanto a curto quanto a longo prazo, requeridos pela empresa para determinado fim. Pelo fato de os juros pagos sobre empréstimos serem dedutíveis para fins de imposto de renda, o custo do capital de terceiros é considerado um componente bastante desejável da estrutura de capital da empresa, sendo, normalmente, considerado como a forma menos dispendiosa de financiamento a longo prazo. Com isso, a presença de empréstimo na estrutura de capital da empresa acarreta alavancagem financeira, que tende a maximizar os efeitos de maiores lucros operacionais sobre os retornos dos proprietários. Segundo Ross et alii (1995, p. 254), o custo do capital de terceiros pode ser determinado pela seguinte fórmula: CCT = r β x (1-TC) Onde: CCT = Custo do capital de terceiros depois do imposto de renda r β = Taxa de captação da empresa TC = Alíquota do imposto de renda No entanto, não se pode esquecer que quanto maior o volume de capital de terceiros, maior o grau de endividamento e o grau de alavancagem financeira, o que poderia, a longo prazo, elevar os riscos financeiros de uma empresa. Estimativa do custo dos capitais próprios O capital próprio consiste de fundos a longo prazo, fornecidos pelos proprietários da empresa, os acionistas. Diferentemente dos capitais de terceiros, espera-se que o capital próprio permaneça na empresa durante um período indeterminado. De uma maneira geral, o custo do capital próprio, ou o custo do patrimônio líquido, corresponde à taxa de retorno que os investidores exigem para realizar um investimento patrimonial em uma empresa. Para obter o custo do capital próprio, Clemente et alii (1998, p. 202) recomendam o uso do Capital Asset Pricing Model (CAPM), Modelo de Precificação dos Ativos Financeiros, que é um modelo de equilíbrio de ativos financeiros, sob hipótese de mercado perfeito, salientandose, ainda, que o custo do capital próprio pode ser determinado pela seguinte fórmula: CCP = Rf + (Rm - Rf) x β Onde: CCP = Retorno exigido ou custo do capital próprio. Rf = Taxa de retorno livre de risco Rm = Taxa de retorno esperado da carteira de mercado (Rm Rf) = Prêmio de risco de mercado β = Risco sistemático / mercado O Modelo de Precificação dos Ativos Financeiros (CAPM) é uma das ferramentas mais poderosas para a quantificação do custo do capital próprio, que, segundo Ross et alii (1995, p. 231), este modelo mostra uma relação positiva (e linear) entre o risco, também chamado de beta, de um título e seu retorno esperado. De uma maneira geral, o custo do capital próprio, ou o custo do patrimônio líquido, corresponde à taxa de retorno que os investidores exigem para realizar um investimento patrimonial em uma empresa. 28

Revista Brasileira de Contabilidade O custo médio ponderado é uma taxa adequada para descontar o fluxo de caixa operacional porque reflete o custo de oportunidade dos provedores de capital ponderado pela estrutura de capital destes. Nesse sentido, para a aplicação do modelo CAPM, tornase necessária a estimativa de três fatores: Taxa de retorno livre de risco (Rf) para a qual pode ser utilizado o retorno líquido real das cadernetas de poupança, considerado pelos analistas financeiros um investimento livre de risco nos dias de hoje. Taxa de retorno esperado da carteira de mercado (Rm) por não existir um portfólio representativo do mercado, pode-se utilizar a taxa média de retorno da economia, representada, atualmente, pelo Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), como retorno de mercado. Este índice mede a variação de uma carteira teórica de ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, principal bolsa de valores do País. menos do que proporcional às variações do mercado. Determinação do custo médio ponderado de capital (CMPC) O custo médio ponderado é uma taxa adequada para descontar o fluxo de caixa operacional porque reflete o custo de oportunidade dos provedores de capital ponderado pela estrutura de capital destes, ou seja, participação dos recursos próprios e dos recursos de terceiros. Faz-se necessário, então, definir uma estrutura de capital alvo, que considere a evolução da estrutura de capital da empresa ao longo do tempo, e que seja compatível com a estrutura de capital das empresas do mesmo setor de Risco sistemático ou de mercado (β) medida do risco da empresa, relacionada à sensibilidade dos retornos das ações da empresa em relação à carteira de mercado. Segundo Clemente et alii (1995, 202), o beta é o risco sistemático ou de mercado, e representa medida de sensibilidade de oscilação da rentabilidade do ativo em relação ao mercado. Exemplificando o seu entendimento, suponhamos um coeficiente β de 1,2. Este valor significa que quando o mercado subir em 5%, por exemplo, a ação deverá subir mais 5% x 1,2 = + 6%. Quando o mercado cair em 5%, a ação deverá cair mais 5%, ou seja 5% x 1,2 = - 6%. Contudo, Leite (1994, p. 435) complementa ressaltando que as ações com β = 1 mostram um comportamento absolutamente paralelo ao mercado e na mesma intensidade. Ações com β 1 super-reagem às variações do mercado. Ações com β < 1 apresentam uma reação 29

Avaliação de empresas: como determinar o valor de uma empresa utilizando o método do Fluxo de Caixa Descontado atuação. Infere-se, portanto, que o cálculo do custo médio do capital deve refletir a participação relativa de dois tipos de capital (próprio e de terceiros) na estrutura financeira da empresa. Groppelli & Nikbakht (1998, p. 188) afirmam que a média ponderada entre o custo de capital próprio e de terceiros pode ser determinada pela seguinte fórmula: [ ] [ ] CMPC = CP x CCP + CT x CCT CP + CT CT + CP Onde: CMPC = Custo médio ponderado de capital CP = Capital próprio CT = Capital de terceiros (CP (CP + CT)) = Proporção do capital próprio (CT (CT + CP)) = Proporção do capital de terceiros CCP = Custo do capital próprio determinado CCT = Custo do capital de terceiros determinado Assim, o custo médio de capital é o resultado de uma média ponderada dos custos de capital próprio e capital de terceiros. Contudo, um importante fator na discussão da fórmula do CMPC refere-se à suposição de que a estrutura de capital vigente à época da avaliação permanecerá constante durante a vida útil da empresa. A administração da empresa pode, por exemplo, adotar uma política temporária que altere seu mix de capitais próprios e capitais de terceiros. Isto afetaria, diretamente, o CMPC da empresa, fazendo com que o seu valor fosse superestimado ou subestimado. Destaque-se, porém, que, na prática, o custo de capital de terceiros é considerado menor que o custo de capital próprio devido ao menor risco, já que os terceiros são credores e, portanto, recebem, preferencialmente, as obrigações devidas. Os acionistas, por outro lado, têm uma característica diferente, porque os mesmos não emprestam dinheiro à empresa, mas, sim, integralizam, no sentido de construir uma outra entidade. Logo, assumem um risco bem maior na aplicação dos recursos disponíveis. Determinação do valor presente da projeção de geração de caixa 30

Revista Brasileira de Contabilidade A partir da determinação do custo médio ponderado de capital, torna-se necessário trazer a valor presente as respectivas projeções de geração de caixa calculadas, determinando-se, assim, os seus respectivos valores presentes. No entanto, primeiramente, deve-se calcular o fator de desconto de cada período, utilizando-se de técnicas de matemática financeira. Fator de Desconto = 1 (1 + CMPC) n Após apurar o fator de desconto, multiplica-se esse fator pelo fluxo de caixa líquido calculado, para cada ano, determinando, assim, o fluxo de caixa descontado de cada período. E o valor presente da geração de caixa é obtido pelo somatório dos fluxos de caixa descontados. Determinação do valor residual ou de perpetuidade Quando uma empresa está sendo avaliada em uma situação de continuidade operacional, faz-se necessário agregar ao valor presente da geração de caixa encontrado um valor que represente sua continuidade, após o período em que o fluxo de caixa está sendo projetado. O valor explícito depois do período da previsão é atribuído como sendo o valor residual. Assim, é de suma importância que se leve em consideração o valor residual de um fluxo de caixa na avaliação de empresas, porque o mesmo representa uma boa percentagem no valor global da empresa. Para Clemente et alii (1998, p. 203), o cálculo do valor de perpetuidade pode seguir duas orientações: 1) tomar como base os três últimos anos do fluxo de caixa projetado, calcular a média e atribuir esse valor ao próximo ano; 2) tomar o último valor do fluxo de caixa e atribuir diretamente ao próximo ano. A fórmula usada para o cálculo segundo Copeland et alii, citado por Casagrande, é demonstrada a seguir: FCLn = Fluxo de caixa líquido do último período de projeção CMPC = Custo médio ponderado de capital g = taxa de crescimento esperado no fluxo de caixa líquido em uma perpetuidade A taxa de crescimento para a empresa raramente é utilizada nos cálculos devido à dificuldade de estabelecê-lo. O resultado obtido por meio dessa fórmula deve também ser trazido a valor presente, para ser somado ao valor presente da projeção de geração de caixa, o qual poderá ser obtido pela fórmula que segue: VP = VR x [1 (1+CMPC) n ] Onde: VP = Valor presente VR = Valor residual CMPC = Custo médio ponderado de capital n = Número de períodos projetados Assim, para se chegar ao valor da empresa, basta somar o valor presente líquido da geração de caixa com o valor presente residual do sexto período. Análise dos resultados alcançados O oitavo e último passo é a análise dos resultados. Aqui, o avaliador irá confrontar os dados obtidos com as expectativas dos diretores da empresa. Contudo, vale ressaltar que apesar de todas as dificuldades quanto à taxa de projeção e taxa de desconto, esse método procura evidenciar o valor do dinheiro no tempo, por meio da geração de caixa futuro da empresa a valores presentes; conseqüentemente, evidencia toda a capacidade de competitividade atual da empresa, como também seu maior e mais valioso ativo o goodwill formado internamente. Por isso, o método de fluxo de caixa descontado é, atualmente, o mais utilizado nos processos de avaliações. FCLn VR = CMPC - g Onde: VR = Valor residual ou de perpetuidade Conclusão. Antes de iniciar qualquer processo de avaliação, é necessário fazer algumas perguntas básicas do tipo: qual a finalidade dessa avaliação? Ela é coerente com os objetivos estratégicos do negócio? Quais os fatores que estão influenciando ou poderão influenciar no processo 31

Avaliação de empresas: como determinar o valor de uma empresa utilizando o método do Fluxo de Caixa Descontado de avaliação? Pois, determinar o valor de uma empresa é um assunto de alta complexidade, um processo que exige muito trabalho devido às particularidades de cada empresa e o objetivo da avaliação. Portanto, o valor de uma empresa dependerá do método utilizado, dos critérios empregados, do avaliador, das características do mercado, da estabilidade econômica, das circunstâncias em que a empresa está sendo avaliada (falência, fusão, liquidação), do comprador interessado e do vendedor. Todos esses aspectos precisam ser cuidadosamente analisados para que o negócio seja bem realizado e para que se tomem decisões precisas. Uma mesma empresa pode apresentar diferentes valores, dependo do método que se está utilizando. No que tange aos métodos de avaliação, destacou-se o método do Fluxo de Caixa Descontado, que, com base na projeção de geração de caixa trazida a valor presente a uma determinada taxa de desconto, demonstra a capacidade dos ativos da empresa em gerar lucros no futuro. Ressaltouse, ainda, a dificuldade em utilizar os demonstrativos contábeis publicados, pois, as informações ali expostas são direcionadas ao usuário externo e, para chegarmos a um valor o mais próximo da realidade, tais informações devem ser coletadas dentro das empresas (dados gerenciais), bem como a necessidade de uma análise geral de suas estratégias competitivas. Com isso, fica evidente, também, que uma mudança nos elementos que norteiam a Contabilidade (Princípios Fundamentais de Contabilidade) se faz urgentemente necessária, pois os ativos intangíveis passaram a ter grande relevância e não podem mais ser ignorados pelos profissionais de Contabilidade. 32

Revista Brasileira de Contabilidade Bibliografia: CASAGRANDE, Maria Denize Henrique. Avaliação de empresas e os aspectos relativos à natureza da indústria. Florianópolis, UFSC, 1999. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Departamento de Pós-Graduação em Engenharia da Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, 1999. CLEMENTE, Ademir et alii. Projetos empresarias e públicos. São Paulo: Atlas, 1998. GOMES, Maria Tereza. Quanto vale a sua empresa? Revista Exame. São Paulo, v. 30, n o. 14, p. 52-56, jul. 1996. GOULART, Marselle. Como encontrar o valor de uma empresa: um enfoque teórico sobre os métodos de avaliação. Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, n o. 98, p. 56-66, out. 1999. GROPPELLI, A. A. NIKBAKHT, Ehsan. Administração financeira. Tradução de André Olímpio M. Du Chenoy Castro. São Paulo : Saraiva, 1998. INFORMAÇÕES OBJETIVAS. Por quê o balanço não fornece o valor da empresa?. São Paulo, n. 18, v. 26, p. 146-143, abr. 1992. Temática Contábil e Balanços.. Os modelos de avaliação de empresas podem ser aplicados à avaliação judicial? São Paulo, n. 9, v. 30, p. 85-80, set. 1996. Temática Contábil e Balanços. LEITE, Hélio de Paulo. Introdução à administração financeira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1994. NEIVA, Raimundo Alelaf. Valor de mercado da empresa: modelos de avaliação econômico-financeira de empresas, exemplos de avaliação com cálculos de valores, subsídios para privatização, compra e venda, cisão, fusão e incorporação. São Paulo: Atlas, 1997. ROSS, Stephen A. et alii. Administração financeira corporate finance. Tradução de Antônio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1995. 33