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EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ.

Transcrição:

, et» ACÓRDÃO ESTADO DA PARAÍBA MANDADO DE SEGURANÇA N2. 200.2009.000.516-9/001 RELATOR: Des. Júlio Paulo Neto IMPETRANTE: Jenefen Rayane Gonçalves Araújo, representada por sua genitora, Maria Suziana Gonçalves Moura Araújo. (Adv. Sandy de Oliveira Fortunato) IMPETRADO: Secretário da Saúde do Estado da Paraíba. MANDADO DE SEGURANÇA DIREITO CONSTITUCIONAL IMPETRANTE PORTADOR DE DEFICIÊNCIA NECESSIDADE DE USO DE APARELHO AUDITIVO AUSÊNCIA DE RECURSOS FINANCEIROS PARA AQUISIÇÃO - NEGATIVA DE FORNECIMENTO PELO ESTADO CONCESSÃO DA SEGURANÇA. "O APARELHO necessário para o tratamento médico indicado deve ser disponibilizado o quanto antes ao usuário que não dispõe de recursos para custeá-lo, e dele necessita urgentemente. Rejeitadas as preliminares, concede-se a SEGURANÇA." (Mandado de Seguraça N 1.0000.06.445917-5/000 Comarca de Belo Horizonte - Impetrante: Edir Maria Lures da Rocha Autoridade Coatora: Secretario de Saúde de Minas Gerais - Relator Exmo. Sr. Des. Kildare Carvalho, pub.: 11/06/2008.). VISTOS, relatados e discutidos estes autos, em que figuram como partes as acima nominadas. ACORDA, o Tribunal Pleno da Paraíba, por unanimidade, em conceder a segurança requerida. Integra a presente decisão a súmula de julgamento de fls. 65.

ESTADO DA PARAÍBA RELATÓRIO Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por Jenefen Rayane Gonçalves Araújo, representada por sua genitora Maria Suziana Gonçalves M. Araújo, contra ato do Secretário da Saúde do Estado da Paraíba. Alega a impetrante que, portadora de Síndrome de Treacher- Collins, requereu junto à autoridade impetrada, aparelhos auditivos para melhorar sua audição comprometida, tendo o pedido negado pela impetrada. 111 Foi deferido o pedido, determinando-se o fornecimento daquele aparelho a impetrante (fls. 34/35). Devidamente notificada, a autoridade impetrada prestou informações aduzindo, em preliminar, sua ilegitimidade passiva, já que caberia ao Município de Campina Grande fornecer o aparelho. No mérito, pugnou pela denegação da segurança (fls. 38/48). Instada a se pronunciar, a douta Procuradoria de Justiça opinou pela concessão da segurança (fls. 51/53). É o relatório. VOTO Em virtude de a preliminar levantada se confundir com o mérito, ambos serão analisados conjuntamente. A matéria ora posta em julgamento já conta com precedentes nesta Corte (v. AI 200.2009.013.341-0/001). Em verdade, firmou-se o entendimento de que é obrigação do Estado o fornecimento de medicamento que seja imprescindível à saúde, à vida ou à qualidade de vida de qualquer cidadão, como exigência do preceito constitucional que garante o respeito à dignidade humana. Aliás, nesses vários arestos, destacados foram os preceitos dos arts. 5 2, caput, e 196, da Carta Magna, que tratam dos direitos individuais e da obrigação do Estado quanto à saúde todos, respectivamente. Partindo dessa premissa, não vejo como negar o direito pleiteado no presente mandamus.

, ESTADO DA PARAÍBA O Estado, na sua defesa, em preliminar alega que não é possível o fornecimento do aparelho auditivo pretendido pela impetrante, entendendo que seria o município de Campina Grande o ente responsável para obrigação, em virtude de serem os municípios os responsáveis pelo fornecimento dos serviços de saúde. No mérito, verifica-se que há um aprofundamento do que foi alegado na preliminar. A questão concernente a municipalização do serviço de saúde, como estratégia de defesa do Estado já foi analisada pelo STF: "O acórdão recorrido deu correta aplicação ao art. 196 da Constituição, ao asseverar o caráter geral, amplo e irrestrito do acesso à saúde, responsabilidade de todos os entes do Poder Público." Acrescenta: "O direito à saúde, além de qualificar-se com direito fundamental que assiste a todas as pessoas, representa conseqüência constitucional indissociável do direito à vida. O Poder Público, qualquer que seja a esfera institucional de sua atuação no plano da organização federativa brasileira, não pode mostrar-se indiferente ao problema da saúde da população, sob pena de incidir, ainda que por censurável omissão, em grave comportamento institucional" (STF AI 486.816/RJ, julgado em 12/04/2005). No mesmo sentido, é a lição do Ministro Cezar Peluso, do STF, no RE 459175, julgado em 26/08/2005. Registre-se, por oportuno, que a questão da municipalização da saúde foi implementada como mecanismo descentralizador do serviço, para efeito de uma melhor fiscalização e acompanhamento das políticas nessa área, não tendo qualquer correlação com o dever do Estado, em seu sentido amplo, de prestar assistência à saúde de qualquer cidadão. No caso em apreço, trata-se de uma criança de apenas 3 (três) anos de idade, vitimada por Síndrome que compromete seriamente sua audição, sendo necessária o auxílio do Estado para salvaguardar seu direito a saúde. Mesmo no caso de fornecimento de aparelhos para fins medicinais, há também o dever do Estado em fornecer os mesmos, de modo a atender, mais do que preceitos legais, aos princípios que norteiam o nosso ordenamento jurídico, como a Dignidade da Pessoa Humana. Seguem abaixo precedentes jurisprudenciais acerca do tema: "(...) em reiterados precedentes tem reconhecido a responsabilidade solidária dos entes federativos da União. Estados. Distrito Federal e Municípios no que concerne à garantia do direito à saúde e à

, ESTADO DA PARAÍBA obrigação de fornecer medicamentos a pacientes portadores de doenças consideradas graves." (AgRg no Ag 961.677/SC, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/05/2008, DJe 11/06/2008) "MANDADO de SEGURANÇA. Impetração objetivando o fornecimento de prótese auditiva a menor que padece de perda de audição, seqüela de enfermidade que o acometeu anteriormente. Constitucional. Saúde é direito constitucionalmente consagrado a todos, constituindo dever do Estado. Inteligência do art. 196, de nossa Carta Magna, norma provida de eficácia plena. Sentença confirmada, em reexame necessário." (Apelação n9 1.0317.03.018096-0/001, Rel. Des. Pinheiro Lago, DJ 27/10/2004). MANDADO DE SEGURANÇA - DIREITO À SAÚDE - MOLÉSTIA GRAVE - FORNECIMENTO DE APARELHO PARA TRATAMENTO - DEVER DO ESTADO - SENTENÇA CONFIRMADA. Dispõe o art. 196 da Constituição Federal que a saúde é direito de todos e dever do Estado que deverá garanti-lo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco à doença e outros agravos. O APARELHO necessário para o tratamento médico indicado deve ser disponibilizado o quanto antes ao usuário que não dispõe de recursos para custeá-lo, e dele necessita urgentemente. Rejeitadas as preliminares, concede-se a SEGURANÇA. (Mandado de Seguraça N 1.0000.06.445917-51000 Comarca de Belo Horizonte - Impetrante: Edir Maria Lures da Rocha Autoridade Coatora: Secretario de Saúde de Minas Gerais - Relator Exmo. Sr. Des. Kildare Carvalho, pub.: 11/06/2008.) Ademais, soma-se ao entendimento aqui exposto o que preceitua o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), em seu art. 11, 22: 111 22 Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. Em suma: a patologia que acomete o impetrante SÍNDROME DE TREACHER-COLL1NS exige o fornecimento do aparelho auditivo AUDINA, modelo retroauricular, ganho 86 db, Faixa Freqüência: 230/5100Hz, saída 140 db SPL, como corolário de sobrevivência e qualidade de vida, no caso, de uma criança de apenas 3 anos de idade. A par dessas considerações, concedo a segurança para determinar o fornecimento diário do aparelho auditivo pleiteado, nos termos dos laudos médicos e especificações constantes de documentos de fls. 17 a 21, nos termos do artigo 14, inciso V, do CPC. Sem custas e sem honorários. É como voto.

ESTADO DA PARAÍBA DECISÃO ACORDA, o Tribunal Pleno da Paraíba, por unanimidade, pela concessão da segurança. Presidiu o julgamento do Excelentíssimo Senhor Desembargador Antônio de Pádua Lima Montenegro, primeiro decano, na ausência eventual do Desembargador Luiz Sílvio Ramalho Júnior (Presidente) 111 e na averbação de suspeição da Vice-Presidente, Desembargadora Maria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti (Vice-Presidente). Relator: Excelentíssimo Desembargador Júlio Paulo Neto. Participaram ainda do julgamento os Excelentíssimos Senhores Desembargadores Genésio Gomes Pereira Filho, Manoel Soares Monteiro, Márcio Murilo da Cunha Ramos, José Di Lorenzo Serpa, Saulo Henriques de Sá e Benevides, Rodrigo Marques Silva Lima (Juiz convocado para substituir o Des. Marcos Cavalcanti de Albuquerque), Romero Marcelo da Fonseca Oliveira, Nilo Luis Ramalho Vieira, Leôncio Teixeira Câmara, Joás de Brito Pereira Filho, Arnóbio Alves Teodásio e João Benedito da Silva (Juiz convocado até o preenchimento da vaga de Desembargador). Ausentes, justificadamente, os Exmos. Desembargadores. Maria das Neves do Egito de Araújo Duda Ferreira, Miguel de Britto Lyra Filho (Juiz convocado para integrar a Corte, tendo em vista o afastamento do Des. Marcos Antonio Souto Maior) e Abraham Lincoln da Cunha Ramos (Corregedor-Geral de Justiça). Presente à sessão o Excelentíssimo Senhor Doutor Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, Procurador-Geral de Justiça. Tribunal Pleno, Sala de Sessões "Des. Manoel Fonsêca Xavier de Andrade" do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, em João Pessoa, 02 de setembro de 2009. João Pessoa, 03 de setembro de 2009. Des. Paulo eto - lator -

I RIBUNAL. f)e jus; k," Coordeuaduria Judiciária. Registrado 1? 2 (001 -r 1 010