ANO XXIX ª SEMANA DE AGOSTO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 33/2018

Documentos relacionados
ANO XXVII ª SEMANA DE MARÇO DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 10/2016

ANO XXIX ª SEMANA DE JULHO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 30/2018

ANO XXV ª SEMANA DE MAIO DE 2014 BOLETIM INFORMARE Nº 18/2014

ANO XXVIII ª SEMANA DE MAIO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 22/2017

ECF (Escrituração Contábil Fiscal)

ANO XXVII ª SEMANA DE JUNHO DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 26/2016

ANO XXVI ª SEMANA DE SETEMBRO DE 2015 BOLETIM INFORMARE Nº 36/2015

ANO XXVIII ª SEMANA DE JULHO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 31/2017

ANO XXIX ª SEMANA DE ABRIL DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 15/2018

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.420, DE Dispõe sobre a Escrituração Contábil Digital (ECD).

ANO XXIII ª SEMANA DE JUNHO DE 2012 BOLETIM INFORMARE Nº 23/2012 ASSUNTOS CONTÁBEIS IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA

ANO XXIX ª SEMANA DE JULHO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 31/2018

ANO XXVII ª SEMANA DE MAIO DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 22/2016

ANO XXVII ª SEMANA DE JUNHO DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 25/2016

Blumenau, 12 de Julho de 2016 DEMONSTRAÇÕESCONTÁBEIS DECORE

ECF ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL

Instrução Normativa SRF nº 590, de 22 de dezembro de 2005

Cape contabilidade DCTF

Sérgio Roberto Especialista em Auditoria Eletrônica da Secretaria da Receita Federal ( 8 anos ) (IN68/86) Mestre em Ciências Contábeis pela FECAP-SP

Diário Oficial da União Seção 1 - Nº 81, sexta-feira, 29 de abril de 2011 MINISTERIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

expert PDF Trial DIMOB Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias - Atualização Elaborado por: José Sérgio Fernandes de Mattos

CIRCULAR AHESP Nº 021/13 São Paulo, 07 de Maio de 2013.

PAUTA DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL (ECF)

Cape contabilidade DACON

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE VARGINHA

BOLETIM INFORMATIVO Nº 35/2013 ANO X (23 de agosto de 2013)

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES ECONÔMICO-FISCAIS DA PESSOA JURÍDICA (DIPJ) LEI Nº /2009

ÍNDICE. - Instrução Normativa RFB nº 1.463/ Fichas da DIPJ

CÂMARA JAPONESA. Escrituração Contábil Fiscal (ECF IRPJ) Ricardo Bonfá Novembro 2014

ÍNDICE. - Instrução Normativa RFB nº 1.344/ Fichas da DIPJ

ANO XXX ª SEMANA DE JUNHO DE 2019 BOLETIM INFORMARE Nº 25/2019

Escrituração Contábil Fiscal Destaques MP 627/03

ANO XXV ª SEMANA DE OUTUBRO DE 2014 BOLETIM INFORMARE Nº 41/2014

Cape contabilidade DIPJ

ANO XXX ª SEMANA DE ABRIL DE 2019 BOLETIM INFORMARE Nº 16/2019

Quarta do Conhecimento ECF Alterações para 2017 e Pontos de Atenção no Preenchimento Marcia Ramos

ECF Obrigatoriedade, prazo e multas

Subseção III - Da Escrituração Contábil para Fins Societários e do Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT)

Informativo Março/2018

Brasília - DF, sexta-feira, 19 de setembro de 2014 página 36 MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

1 INÍCIO 2 SINDCONT 3 - PARTICIPANTES

OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS NAS COOPERATIVAS. Nádia Emer Grasselli

Fundamentos e conceitos básicos do FCONT Controle Fiscal Contábil de Transição. Luiz Campos

III - livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos.

CÓPIA. Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 10ª RF. Relatório RS PORTO ALEGRE SRRF10

Fortaleza, 14 de novembro de Sistema Público de Escrituração Digital

Decreto nº 37, de 29 de dezembro de D E C R E T A:

ECF 2018 Escrituração Contábil Fiscal.

O PREFEITO MUNICIPAL DE VALE DO SOL,

DECRETO N.º 2.231/17 De 10 de março de 2017.

DECRETO N 6003, de 02 de fevereiro de 2017.

Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012

FCONT - CONTROLE FISCAL CONTÁBIL DE TRANSIÇÃO

Instrução Normativa SRF nº 038, de 27 de junho de 1996 DOU de 28/06/1996 Dispõe sobre a tributação de lucros, rendimentos e ganhos de capital

ANO XXVIII ª SEMANA DE MARÇO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 10/2017

07/05/2019 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.888, DE 3 DE MAIO DE INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.888, DE 3 DE MAIO DE DOU - Imprensa Nacional

DSPJ INATIVA Regras para Apresentação. Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 15/01/2013. Sumário:

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.842, DE

DECRETO N.º 0401/12 DE 30 DE AGOSTO DE 2012

ECD ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL Parte 02.

Terceiro Setor. Apresentação da ECF

DSPJ INATIVA Regras para Apresentação. Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 04/01/2011. SUMÁRIO:

Orientações Consultoria de Segmentos Comparativo leiaute DIPJ 2014 x ECF

Maio/2017. MAPA ETÉCNICO FISCAL - facebook/mapaetecnicofiscal

Elaborado por: Professor Mauricio Barros

ANO XXVI ª SEMANA DE ABRIL DE 2015 BOLETIM INFORMARE Nº 14/2015

IMUNES & ISENTAS ENTIDADES. 1. Entidades Imunes. 2. Entidades Isentas. 3. Obrigatoriedade da Escrituração Contábil Digital ECD

LEI Nº DE 30/05/2018

Limites da Responsabilidade do

DESTAQUES DA SEMANA: SEMANÁRIO Nº 8/2017 3ª SEMANA FEVEREIRO DE 2017

expert PDF Trial SPED - Escrituração Contábil Digital Elaborado por: Ademir Macedo de Oliveira

ANO XXVIII ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 46/2017

EFD-Reinf Apresentação I - Instituição

Palestra. DMED Declaração de Serviços Médicos Atualização. Fevereiro Elaborado por:

Objetivos e Módulos do SPED. Dulcineia L. D. Santos

Coordenação-Geral de Tributação

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.801, DE

OBRIGAÇÕES FISCAIS SOCIAIS DA APM

ANO XXIX ª SEMANA DE MARÇO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 13/2018

OBRIGAÇÕES FISCAIS SOCIAIS DA APM

GIA-ST GUIA NACIONAL DE INFORMAÇÃO E APURAÇÃO DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

INFORMATIVO 06/2019 FEVEREIRO

ECF - Tela Introdução. Tópicos

Jd Soft Sistemas Ltda F o n e : ( )

PROJETO DE LEI Nº DE 2016

Orientações Consultoria de Segmentos Títulos Excluídos e Controles Contábeis

Ministério da Fazenda. SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL Instrução Normativa SRF nº 695, de 14 de dezembro de 2006

ESTADO DE RONDÔNIA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE BURITIS GABINETE DO PREFEITO

O PREFEITO MUNICIPAL DE GUAPIMIRIM, Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais,

Instrução Normativa SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL SRF nº. 695 de 14/12/06 DOU: 20/12/06

ANO XXIX ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 45/2018

PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO TRIBUTÁRIA E CONTABILIDADE DIGITAL

O Prefeito Municipal de Águas Formosas, Estado de Minas Gerais, no uso e gozo de suas atribuições legais,

VERITAE TRABALHO PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO LEX OUTROS. DCTF Fatos geradores a Partir de Normas Aprovação

Capacidade de pagamento na aquisição

LEI Nº1972, DE 28 DE FEVEREIRO DE 2007.

Normas - Sistema Gestão da Informação

Transcrição:

ANO XXIX - 2018-2ª SEMANA DE AGOSTO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 33/2018 ASSUNTOS CONTÁBEIS DECLARAÇÃO COMPROBATÓRIA DE PERCEPÇÃO DE RENDIMENTOS DECORE ELETRÔNICA - FORMA DE EMISSÃO... Pág. 441 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA MULTA RELACIONADA À ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL ECF - ALTERAÇÃO PARA AS EMPRESAS DO LUCRO PRESUMIDO, ARBITRADO E ENTIDADES IMUNES/ISENTAS... Pág. 442 DECLARAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE TITULARIDADE DE AÇÕES (DTTA) - OBSERVAÇÕES GERAIS... Pág. 443

ASSUNTOS CONTÁBEIS Sumário DECLARAÇÃO COMPROBATÓRIA DE PERCEPÇÃO DE RENDIMENTOS DECORE ELETRÔNICA Forma de Emissão 1. Introdução; 2. Quem Pode Emitir a Decore; 3. Forma de Emissão e Prazo de Validade; 4. Responsabilidade Pela Emissão e Assinatura da DECORE; 5. Fundamentação da DECORE; 6. Realização de UPLOAD; 7. Penalidades. 1. INTRODUÇÃO Por meio da Resolução CFC nº 1.364/2011, de 25 de novembro de 2011 (DOU de 02.12.2011), alterada pela Resolução CFC nº 1.403/2012, e a Resolução CFC nº 1.492/2015, foi aprovada a Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos Decore Eletrônica, que é o documento contábil destinado a fazer prova de informações sobre percepção de rendimentos, em favor de pessoas físicas. 2. QUEM PODE EMITIR A DECORE O profissional da Contabilidade poderá emitir a DECORE documento contábil destinado a fazer prova de informações sobre a percepção de rendimentos, em favor de pessoas físicas, por meio do sítio do Conselho Regional de Contabilidade do registro originário ou do originário transferido ou do registro provisório ou do registro provisório transferido, desde que ele e a organização contábil, da qual seja sócio e/ou proprietário e/ou responsável técnico com vínculo empregatício, não possuam débito de qualquer natureza perante o Conselho Regional de Contabilidade autorizador da emissão. É vedada a emissão de DECORE por profissionais da Contabilidade, com registro baixado ou suspenso, até o restabelecimento do registro, bem como aquele que tenha seu exercício profissional cassado. 3. FORMA DE EMISSÃO E PRAZO DE VALIDADE A DECORE será emitida via internet, disponível no endereço eletrônico do CRC de cada unidade da federação. A DECORE terá o prazo de validade de 90 (noventa) dias contados da data de sua emissão. A DECORE deverá evidenciar o rendimento auferido e ter relação com o período a que se refere. 4. RESPONSABILIDADE PELA EMISSÃO E ASSINATURA DA DECORE A responsabilidade pela emissão e assinatura da DECORE é exclusiva do Contador ou Técnico em Contabilidade, observado o seguinte: a) a Decore será emitida, mediante assinatura com certificação digital, em 1 (uma) via destinada ao beneficiário, ficando armazenado no Banco de Dados do CRC o documento emitido, à disposição para conferências futuras por parte da Fiscalização e para envio à Receita Federal do Brasil; b) A primeira via da DECORE será autenticada com a certidão de regularidade profissional. 5. FUNDAMENTAÇÃO DA DECORE A DECORE deverá estar fundamentada somente nos registros do Livro Diário ou em documentos autênticos, definidos no Anexo II da Resolução CFC nº 1.364/2011. 6. REALIZAÇÃO DE UPLOAD A emissão da DECORE fica condicionada à realização do upload, efetuado eletronicamente, de toda documentação legal que serviu de lastro, observado o seguinte: IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE AGOSTO 33/2018 441

a) o Conselho Regional de Contabilidade poderá realizar verificações referentes à documentação legal que serviu de lastro para a emissão da DECORE, inclusive daquelas canceladas, cabendo ao Setor de Fiscalização do Conselho Regional de Contabilidade fazer as verificações cabíveis quanto à sua correta aplicação; b) a documentação legal que serviu de lastro para a emissão da DECORE ficará sob a responsabilidade do profissional da Contabilidade que a emitiu, pelo prazo de 5 (cinco) anos, para fins de fiscalização por parte do Conselho Regional de Contabilidade. 7. PENALIDADES O profissional da Contabilidade que descumprir as normas previstas neste trabalho estará sujeito às penalidades previstas na legislação pertinente. Fundamentos Legais: os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA Sumário MULTA RELACIONADA À ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL ECF Alteração Para as Empresas do Lucro Presumido, Arbitrado e Entidades Imunes/Isentas 1. Introdução; 2. Guarda Dos Arquivos Digitais e Sistemas; 3. Valores Das Novas Multas; 3.1 Reduções das Multas. 1. INTRODUÇÃO Através da Instrução Normativa RFB nº 1.821, de 30.07.2018 (DOU de 31.07.2018), a Receita Federal do Brasil alterou a forma de cálculo da multa da Escrituração Contábil Fiscal para as empresas optantes pelo lucro presumido, arbitrado ou imunes/isentas. Anteriormente a edição da IN citada, os contribuintes que apuram o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica por qualquer sistemática que não o Lucro Real que deixarem de apresentar a ECF nos prazos fixados, ou a apresentar com incorreções ou omissões, ficavam sujeitos à aplicação das multas previstas no art. 57 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001. Nos itens a seguir trataremos sobre as multas específicas da ECF instituídas pela IN RFB nº 1.821/2018 para as empresas que não apurem o Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica pelo lucro real. Observação: a matéria foi publicada no boletim de acordo com a legislação vigente à época de sua publicação, estando sujeita a sofrer alterações posteriores a publicação em nosso site. 2. GUARDA DOS ARQUIVOS DIGITAIS E SISTEMAS O art. 11 da Lei nº 8.218/1991 prevê que para as pessoas jurídicas que utilizarem sistemas de processamento eletrônico de dados para registrar negócios e atividades econômicas ou financeiras, escriturar livros ou elaborar documentos de natureza contábil ou fiscal, ficam obrigadas a manter, à disposição da Secretaria da Receita Federal, os respectivos arquivos digitais e sistemas, pelo prazo decadencial previsto na legislação tributária. 3. VALORES DAS NOVAS MULTAS No caso de empresas não tributadas pela sistemática do lucro real que deixarem de apresentar a ECF nos prazos fixados, ou a apresentar com incorreções ou omissões, ficam sujeitos à aplicação das multas previstas no art. 12 da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991, com a redação dada pela Lei nº 13.670/2018, as multas aplicáveis são as seguintes: a) multa equivalente a 0,5% (meio por cento) do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração aos que não atenderem aos requisitos para a apresentação dos registros e respectivos arquivos; b) multa equivalente a 5% (cinco por cento) sobre o valor da operação correspondente, limitada a 1% (um por cento) do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, aos que omitirem ou prestarem incorretamente as informações referentes aos registros e respectivos arquivos; e IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE AGOSTO 33/2018 442

c) multa equivalente a 0,02% (dois centésimos por cento) por dia de atraso, calculada sobre a receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere a escrituração, limitada a 1% (um por cento) desta, aos que não cumprirem o prazo estabelecido para apresentação dos registros e respectivos arquivos. Ressaltamos que, a multa aplicável aos contribuintes que apurem o IRPJ pela sistemática do lucro real, imposta pelo não apresentação da ECF nos termos do art. 6º da IN RFB nº 1.422, de 2013, não será objeto de alteração tendo em vista disposição específica sobre o livro de apuração do lucro real no art. 8-A do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977. 3.1 Reduções das Multas Para as pessoas jurídicas que utilizarem o Sistema Público de Escrituração Digital, as multas de que tratam o item 3 serão reduzidas: a) à metade, quando a obrigação for cumprida após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; e b) a 75% (setenta e cinco por cento), se a obrigação for cumprida no prazo fixado em intimação. Fundamentos Legais: Os citados no texto. Sumário DECLARAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE TITULARIDADE DE AÇÕES (DTTA) Observações Gerais 1. Introdução; 2. Obrigatoriedade da Apresentação; 3. Caso em Que a DTTA Terá Que Ser Apresentada; 4. Forma de Apresentação; 5. Prazo Para Apresentação; 6. DTTA Retificadora; 7. Guarda de Documentos; 8. Falta ou Apresentação de Forma Inexata ou Incompleta. 1. INTRODUÇÃO Foram instituídas, por meio da Instrução Normativa RFB nº 892, de 18 de dezembro de 2008 (DOU de 19.12.2008), com as alterações da Instrução Normativa RFB nº 921, de 20 de fevereiro de 2009 (DOU de 25.02.2009), as normas para apresentação da Declaração de Transferência de Titularidade de Ações - DTTA, as quais examinaremos neste trabalho. 2. OBRIGATORIEDADE DA APRESENTAÇÃO Ficam obrigadas à apresentação da DTTA as entidades encarregadas do registro de transferência de ações. Considera-se entidade encarregada do registro de transferência de ações negociadas fora de bolsa, sem intermediação: a) a companhia emissora das ações, quando a própria companhia mantém o livro de Transferência de Ações Nominativas ; b) a instituição autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a manter serviços de ações escriturais quando contratada pela companhia emissora para manutenção do livro de Transferência de Ações Nominativas ; c) a instituição que receber a ordem de transferência do investidor, no caso de ações depositadas em custódia fungível. 3. CASO EM QUE A DTTA TERÁ QUE SER APRESENTADA A DTTA será apresentada na hipótese de o alienante deixar de exibir o documento de arrecadação de receitas federais que comprove o pagamento do Imposto de Renda sobre o ganho de capital incidente na alienação, ou declaração de inexistência de imposto devido em até 15 (quinze) dias após vencido o prazo legal para seu pagamento. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE AGOSTO 33/2018 443

A declaração de inexistência de imposto devido deve ser emitida na forma do Anexo I da Instrução Normativa RFB nº 892/2008, devendo a entidade encarregada do registro manter o documento arquivado enquanto perdurar o direito de a Fazenda Pública constituir os créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. ANEXO I MODELO DE DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE IMPOSTO DEVIDO Declaração (Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, art. 5º, 1º) (Nome do alienante), com domicílio (endereço completo), inscrito no CPF/CNPJ sob o nº..., declara a inexistência de Imposto sobre a Renda devido na transferência de titularidade de ações negociadas fora do mercado de bolsa, sem intermediação. O signatário está ciente de que a falsidade na prestação destas informações configura hipótese de crime contra a ordem tributária prevista no art. 2º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. Local e data... ASSINATURA DO RESPONSÁVEL (Abono da assinatura pela entidade encarregada do registro) 4. FORMA DE APRESENTAÇÃO A DTTA deverá ser apresentada, em meio digital, com base no leiaute constante do Anexo II da Instrução Normativa RFB nº 892/2008, mediante a utilização do programa gerador, de livre reprodução, disponível no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, no endereço http://www.receita.fazenda.gov.br>. A DTTA deverá ser apresentada mediante a utilização do programa de transmissão Receitanet. Para a transmissão da DTTA, é obrigatória a assinatura digital efetivada mediante utilização de certificado digital válido, para fatos geradores ocorridos a partir do 1º semestre de 2010 (Art. 1º, inc. XXI, da Instrução Normativa RFB nº 969/2009, com as alterações introduzidas pela Instrução Normativa RFB nº 995/2010). O programa aplica-se também às pessoas jurídicas extintas, cindidas totalmente, fusionadas ou incorporadas durante o período declarado. 5. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO As declarações geradas pelo programa DTTA devem ser apresentadas: a) até o último dia útil do mês de março, contendo as informações relativas ao 2º semestre do ano anterior; e b) até o último dia útil do mês de setembro, contendo as informações relativas ao 1º semestre do ano em curso. As declarações relativas aos eventos de extinção, cisão total, fusão ou incorporação deverão ser entregues pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas e incorporadas no mesmo período. 6. DTTA RETIFICADORA A alteração de declaração entregue será efetivada mediante apresentação de declaração retificadora, que substituirá, integralmente, as informações apresentadas na declaração anterior, devendo conter todas as informações anteriormente declaradas, ainda que não sujeitas à alteração, bem como as informações a serem adicionadas ou retificadas. 7. GUARDA DE DOCUMENTOS As entidades obrigadas à entrega da DTTA deverão conservar cópia dos sistemas utilizados para processamento das informações relativas à transferência de titularidade de ações, bem como das bases de dados processadas, de forma a possibilitar a recomposição e comprovação das informações constantes na DTTA enquanto perdurar o direito de a Fazenda Pública constituir os créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. 8. FALTA OU APRESENTAÇÃO DE FORMA INEXATA OU INCOMPLETA IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE AGOSTO 33/2018 444

A não apresentação da DTTA ou sua apresentação, de forma inexata ou incompleta, sujeitará a entidade responsável pelo registro de transferência de ações à multa de 30% (trinta por cento) do valor do imposto devido. Fundamentos Legais: Os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE AGOSTO 33/2018 445