Política e Programas Habitacionais em São Paulo

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Transcrição:

Política e Programas Habitacionais em São Paulo Papel de Agentes Públicos e Privados AUP 0563 - Estruturação do Espaço Urbano: Produção Imobiliária Contemporânea Profa. Dra. Luciana de Oliveira Royer LABHAB / FAU-USP Abr 2017

1. Características da urbanização no Brasil Urbanização excludente Dissociação crônica entre política urbana e habitacional Fragmentação do espaço urbano Contínuo crescimento e adensamento da periferia das grandes cidades Aprofundamento da segregação e exclusão sócio-territorial

1. Características da urbanização no Brasil Caráter da miséria social e da violência que marca nossa urbanização Industrialização com baixos salários, independente da formalidade das relações de trabalho e emprego, gerou como subproduto as cidades ilegais e precárias. Em 1940, o Brasil tinha 18,8 milhões de habitantes residindo em cidades, enquanto que em 2000 esse número era de 138 milhões e em 2010 aproximadamente 160 milhões

1. Características da urbanização no Brasil Foto: Luciana Ferrara

1. Características da urbanização no Brasil Foto: Luciana Ferrara

2. Características principais da formação das cidades brasileiras Fonte: http://www.diarioliberdade.org/archivos/colaboradores_medios/ingrid/2012-08/comunidade_da_paz_em_itaquera.jpg

2. Características principais da formação das cidades brasileiras

2. Características principais da formação das cidades brasileiras Fonte: http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/files/2010/06/moinho.jpg

Breve histórico da política habitacional brasileira Mercado restrito: A equação salário/renda e preço da terra/moradia excluiu a população de menor renda do mercado formal. Urbanização aliada a salários que não incluem o valor da moradia e mercados habitacionais que não atingem a baixa renda (Maricato; Francisco de Oliveira) Produção estatal: Não atingiu renda mais baixa e; Não garantiu acesso a terra urbanizada e adequada.

3. Breve histórico da política habitacional brasileira ANTECEDENTES (INÍCIO DO SEC XX): Produção rentista no início do séc XX (1889-1938): moradias de aluguel Aluguéis são regulados pelo mercado Inexiste produção estatal da habitação Vilas operárias Cortiços Produção rentista

3. Breve histórico da política habitacional brasileira Vila Economizadora SP Fonte: Bonduki, Nabil

3. Breve histórico da política habitacional brasileira 1940-41,2 milhões habitantes - 31% urbana Origens da habitação social (1930-1964) Economia centrada no setor agrário exportador 1930 Estado Novo 1946 Fundação da Casa Popular Conjuntos Habitacionais IAPs (Institutos de Aposentadorias e Pensões)

3. Breve histórico da política habitacional brasileira Congelamento dos alugueis Facilitação da venda de lote a prestação Adoção dos princípios do movimento moderno: habitação como serviço público Crescimento da cidade informal: loteamentos periféricos, favelas, alagados, mocambos, invasões

3. Breve histórico da política habitacional brasileira Pedregulho RJ Fonte: Bonduki, Nabil..

3. Breve histórico da política habitacional brasileira 1950-51,9 milhões habitantes - 36,2% urbana Política nacional desenvolvimentista Continuação da produção de habitação popular através dos IAP s e Fundação da Casa Popular Ampliação das periferias urbanas Massificação do automóvel Surgimento de industrias, classe média urbana e operariado urbano

3. Breve histórico da política habitacional brasileira 1960-70,1 milhões habitantes - 45,1% urbana 1964 - golpe militar - cerceamento dos direitos políticos Criação do Banco Nacional da Habitação BNH e das companhias municipais e estaduais de habitação (COHAB s) Criação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS e do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo SBPE Criação do serviço federal de habitação e urbanismo SERFHAU Urbanização crescente e expansão das periferias loteamentos clandestinos e auto-construção

3. Breve histórico da política habitacional brasileira 1970-93,2 milhões habitantes - 55,9% urbana População urbana supera a rural 1973 - constituição das regiões metropolitanas 1979 lei federal de parcelamento e uso do solo urbano (lei 6766/1979) Ampliação da ocupação das periferias urbanas Construção de conjuntos habitacionais periféricos Auto-construção nas periferias Movimentos organizados sobre a questão habitacional

3. Breve histórico da política habitacional brasileira A opção por grandes conjuntos na periferia das cidades gerou verdadeiros bairros dormitórios e requereu elevados custos públicos para levar infraestrutura urbana às franjas das cidades onde esses conjuntos eram instalados. Além da dispersão urbana promovida e desarticulada de preocupações fundiárias, a adoção exaustiva de soluções uniformizadas, padronizadas e indiferentes às diversidades regionais do país, gerou um parque habitacional que apesar de expressivo, revelou-se de qualidade questionável (BONDUKI, 2002).

3. Breve histórico da política habitacional brasileira Foto: CDHU

3. Breve histórico da política habitacional brasileira Fonte: Acervo LABHAB

Ocupações organizada de terrenos públicos e privados 3. Breve histórico da política habitacional brasileira 1980-119,1 milhões habitantes - 67,6% urbana 1984 - movimento diretas já 1985 - fim do governo militar 1986 fechamento do BNH e sua incorporação à CAIXA Emenda constitucional de iniciativa popular pela reforma urbana 1988 Constituição Federal (arts182 E 183) Aumento da favelização Programas de construção de habitação popular e de urbanização de favelas por mutirão auto-gestionários

3. Breve histórico da política habitacional brasileira 1990 Indefinição da coordenação da política nacional urbana e habitacional Programas com financiamento internacional 1991 - primeiro projeto de lei de iniciativa popular Fundo Nacional de Moradia Popular 1994 Plano Real

3. Breve histórico da política habitacional brasileira 2000-169,7 milhões habitantes - 81,2% urbana 2001 - Aprovação do Estatuto da Cidade (lei federal 10.257/2001) 2003 - Criação do Ministério das Cidades 2005 - Criação do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social I e II Conferências Nacional das Cidades (2003 e 2005)

3. Breve histórico da política habitacional brasileira 1985 1987 1988 Criado o Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Ministério da Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente, ao qual estava subordinado à Caixa Econômica Federal Criado o Ministério da Habitação e do Bem-Estar Social 1990 Criou-se o Ministério da Ação Social, vinculando a política de habitação às políticas de ação social

3. Breve histórico da política habitacional brasileira 1991 Primeiro projeto de iniciativa popular na Constituição: Fundo Nacional de Moradia Popular / Conselho de Moradia Popular 1995 1999 Criada a Secretaria de Política Urbana, subordinada ao Ministério do Planejamento e Orçamento, transformada em Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano (SEDU), vinculada à Presidência da República até 2002 1ª de 4 Conferências das Cidades organizada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano e Interior junto com Movimento Nacional de Reforma Urbana

3. Breve histórico da política habitacional brasileira 2001 2002 2003 2007 2008 Estatuto da Cidade: Lei Federal 10.257 / 2001 (13 anos após a Constituição Federal) Ministério das Cidades (1º dia de governo Lula) Conferência das Cidades Programa de Aceleração do Crescimento - PAC PLANHAB Plano Nacional de Habitação 2009 Programa Minha Casa Minha Vida 1 2009 Programa Minha Casa Minha Vida 2

4. Plano Nacional de Habitação Formular uma estratégia para equacionar a médio e longo prazo o atendimento às necessidades habitacionais do Brasil, definindo: Cenários Metas físicas e financeiras; Fontes de recursos e subsídios; Modelagem de financiamento e subsídios Propostas para a Cadeia Produtiva; Propostas de Política Urbana relacionada com habitação Proposta de arranjos institucionais; Linhas programáticas; Recomendações para alterações legais e novos estudos HORIZONTE TEMPORAL DO PLANHAB Ano 2023 4 quadriênios Revisões a cada PPA 2011, 2015 e 2019

5. PNH e Planhab Ampliação das fontes de recursos e subsídios Priorização das faixas de renda de até 5 salários mínimos, com ênfase na população de até 3 salários Criação do Sistema e do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social Adesão de Prefeituras e Governos de Estado ao SNHIS (exigência de Fundo, Conselho Gestor do Fundo e Plano) PlanHab

5. PNH e Planhab

5. PNH e Planhab EIXOS ESTRATÉGICOS DO PLANHAB: Modelo de financiamento e subsídios Política urbana e fundiária Desenho institucional Cadeia produtiva da construção civil A estratégia do PlanHab foi articulada em quatro eixos que precisam ser implementados simultaneamente com iniciativas claras e bem delimitadas, gerando resultados no curto, médio e longo prazo

5. PNH e Planhab Produtos habitacionais prioritários para atendimento segundo tipos de município Produto Regiões Metropolitanas, Capitais e Municípios com + 100 mil habitantes Municípios com de 20 a 100 mil habitantes Municípios com até 20 mil habitantes A B D C E F G H I J K Lote Lote + Material (32m²) + Ass. Técnica Material (32m²) + Assessoria Técnica Unidade Pronta (autogestão / empreiteira)* Unidade em Área Consolidada e/ou central Casa (40 m²) Apartamento (51 m²)

5. PNH e Planhab Fonte: http://territoriopoeticocidadetiradentes.wordpress.com/2010/07/23/ola-mundo/

5. PNH e Planhab Conteúdo PLHIS Plano Local de HIS Diagnóstico Contexto Inserção regional e características do município; Atores sociais e suas capacidades; Condições institucionais e administrativas; Marcos legais e regulatórios; Oferta Habitacional. Necessidades habitacionais Precariedade habitacional; Déficit quantitativo e qualitativo; Demanda demográfica futura; Produção habitacional: alternativas, padrões e custos; Quadro geral das necessidades habitacionais. Plano de ação Diretrizes e objetivos Provisão, adequação e urbanização: linhas programáticas, programas e ações Linhas programáticas normativas e institucionais Prioridades de atendimento Metas, recursos e fontes de financiamento Monitoramento, avaliação e revisão

5. PNH e Planhab PLANHAB: relação com PEHIS e PLHIS Conteúdos e procedimentos para elaboração dos PLHIS e dos PEHIS estabelecidos na publicação Guia de Adesão ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social SNHIS, produzida pela SNH e do MCidades e Manual do EAD PLHIS. Conteúdo: Proposta Metodológica Diagnóstico do setor habitacional Plano de ação. PLHIS/PEHIS: Deve ser articulado com o PlanHab PLHIS: Deve ser articulado com o Plano Diretor

5. PNH e Planhab PLANHAB: Dificuldades do PEHIS e PLHIS Conteúdo ambicioso Capacidade institucional dos municípios brasileiros é limitada e desigual; Falta de estrutura do setor habitacional ação voltada para execução de obras; Pouco valorizado por tomadores de decisão (gestores e dirigentes do setor habitacional e do governo) habitação é apenas construção de casas

Há saída? Solução não é pontual!!! Não é best practice Não é a cidade ideal, nem cidade do espetáculo... (Maricato, 2012) Enfrentar o passivo acumulado e o que há por vir!

O que fazer? Dar visibilidade aos "invisíveis", mostrando a cidade real com os seus números reais de pessoas excluídas e assentamentos ilegais Desmontar a representação ideológica da cidade nas universidades, governo, mídia e colocar a cidade real em lugar de destaque Ampliar os espaços de participação e controle social sobre o Estado atuando na resolução de conflitos sociais Trabalhar uma abordagem integrada da questão, do urbanismo ao meio ambiente. (Maricato, 2006)