MÓDULO 03 PRODUTO MÍNIMO VIÁVEL -

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MÓDULO 03 PRODUTO MÍNIMO VIÁVEL - MVP

2018 Open Educação LTDA Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação aos direitos autorais (Lei n 9.610) INFORMAÇÕES E CONTATOS Open Educação LTDA Av. Pres. Kennedy, 2511 - Água Verde, Curitiba - PR, 80610-010 Representantes Ana Paula de Souza Soares - Sócia Robson Crestani Diretor Material desenvolvido para fins didáticos do Projeto de Incentivo ao Desenvolvimento a Ideias e Empresas de Alto Impacto Regional Projeto IDEIA Equipe Técnica Responsável Robson Crestani

P R O J E T O I D E I A Formato de aplicação do módulo: Esse módulo é composto por 08 horas... Você deve executar a parte mais teórica do conteúdo em no máximo 4 horas. As outras 4 horas devem ser utilizadas para dar início a construção da atividade fim e informar das entregas do próximo bloco. M Ó D U L O M I N I M U M P R O D U C T V I A B L E - M V P Como facilitador desse tema você possui essencialmente apenas 4 objetivos: Questionar os participantes; Contribuir com as respostas; Explicar, se for necessário, com maiores informações; Conduzir o assunto para o objetivo final. É importante que todo o processo de conteúdo desse módulo seja interativo, construtivo e ativo.

M É T O D O A S E R A P L I C A D O Ciclo de construção: Direitos Reservados a 1 - Open Educação LTDA Exploração: A exploração explora e esclarece os principais conceitos relacionados ao tema que está sendo abordado no módulo atual. Além disso, cada facilitador possui conhecimentos e experiências diferentes, que também devem ser explorados nesse momento do método. Nessa etapa do método, foque principalmente nos aspectos abaixo relacionados: Apresentação dos principais conceitos do tema. Exploração das dúvidas e dos principais casos de sucesso. Clarificação das etapas do método e das ferramentas. Estímulo a perguntas. Respostas orientadas a entregas. Ideação Prática: A ideação prática desmistifica a utilização de ferramentas que podem auxiliar na construção dessa etapa do projeto em questão. Trata-se de todo o entendimento ferramental necessário para que a projeto possa ser desenvolvido com qualidade e consistência. Nessa etapa do método, foque principalmente nos aspectos abaixo relacionados: Orientação ao início dos trabalhos. Exposição de ferramentas. Auxilio na identificação do ponto de partida de cada projeto. Aplicação de tarefas em sala,

que permitam o primeiro passo. Estímulo a perguntas. Respostas orientadas a entregas. Construção mínima: A construção mínima pode ser classificada como uma missão, pois trata-se da tarefa a ser realizada pelos participantes do módulo, em um formato coletivo, prático e real. Com o ponto de partida construído em sala, a construção mínima será necessária para que a entrega seja completa nessa etapa do método. Nessa etapa do método, foque principalmente nos aspectos relacionados abaixo: Conversão dos conteúdos em ações práticas para o projeto. Conversão das atividades realizadas em sala em ações práticas para o projeto. Identificação estratégica e prioritária do que deve ser feito. Aplicação mínima dos pontos mais importantes para o projeto. Validação: a validação é a etapa do método onde a verdade é revelada. Tratase de uma etapa onde todos os pontos principais desenvolvidos pelos participantes devem ser expostos ao potencial público ou cliente do projeto. É nessa etapa onde todo o aprendizado é gerado para que a entrega possa acontecer com um plano de melhoria da construção desenvolvida. Nessa etapa do método, foque principalmente nos aspectos relacionados abaixo: Revisão da construção com a equipe. Identificação de pessoas chave para validação. Entrevistas com potenciais clientes ou usuários. Busca de informações no mercado. Fechamento de aprendizados em equipe. Entrega: A entrega refere-se à ação dos participantes apresentarem os resultados construídos e aprendidos nas etapas anteriores para a turma. Nessa etapa a apresentação deve ser em formato de pitch e com a exploração clara da ferramenta utilizada e dos conceitos e práticas aplicadas no projeto. Essa etapa é cumulativa, ou seja, em todas durante a entrega desse módulo o participante deve apresentar a melhoria continua de todos os módulos anteriores. Nessa etapa do método, foque principalmente nos aspectos relacionados abaixo: Entrega das atividades pré-fixadas pelo facilitador em sala. Apresentação dos resultados alcançados nessa etapa. Aprendizados com a validação. Discussão com a turma. Considerações orientadas para a evolução do projeto.

Evolução: É na etapa evolução que o projeto ganha robustez, pois ela refere-se ao processo de melhoria contínua dos aprendizados adquiridos para o projeto em todo o processo do método aplicado nesse módulo. A etapa evolução não tem fim e deve ser cobrada pelo coordenador e facilitadores em todos os módulos, para que em todos os check points definidos aja evolução. Nessa etapa do método, foque principalmente nos aspectos relacionados abaixo: Incentivo ao aperfeiçoamento com os aprendizados práticos do módulo. Orientação ao processo evolutivo do projeto para futura entrega em check point.

O B J E T I V O S D O M Ó D U L O TUTOR Relembrar conceitos lean startup Apresentar conceitos de MVP Explorar exemplos de MVP Reforçar etapas de evolução; Reforçar o método de entrega PARTICIPANTES Criar a 1º versão do projeto Explorar exemplos de sucesso Buscar novas oportunidades para o projeto Validar com os potenciais clientes as principais ideias construídas. R E L E M B R A N D O O C I C L O B U I L D ( C O N S T R U I R - M E D I R - A P R E N D E R ) É importante relembrar que o ciclo CONSTRUIR MEDIR APRENDER tem como objetivo expor suas principais ideias aos primeiros clientes. A metodologia Lean Startup recomenda que os empreendedores construam um produto ou desenvolvam um serviço, ofereçam aos clientes, coloquem para funcionar, meçam os impactos e impressões e, utilizem os feedbacks para melhorar ainda mais. O grande objetivo dessa metodologia é minimizar gastos e esforços de um produto final perfeito para o cliente e evoluir progressivamente com os aprendizados, sempre após os testes. Para que o ciclo Construir-Medir- Aprender (Build-Measure-Learn) se inicie há a necessidade da construção de uma hipótese, nesse caso, o MVP. Lembre-se de: Fazer isso o mais rápido possível, com prioridade para o aprendizado. Fazer quantos voltas no ciclo forem necessárias para que o produto possa amadurecer "magicamente";

Colha e registre sempre os feedbacks; Crie indicadores realmente mensuráveis e certifique-se de não olhar apenas para os números; Converse com os potenciais clientes, entendendo as impressões e opiniões. Timing - É um fator fundamental. Quanto mais a demora para aprender maior a chance de ser surpreendido por um concorrente e de seu produto ser "desmoralizado"... O Q U E N Ã O É U M M V P? O que não é um MVP? O MVP não é uma miniatura do projeto real. É claro que ele, o MVP, possui várias etapas, que vão do protótipo ao MVP final, mas não minimize a importância do processo. O MVP em hipótese alguma deve ser confundido com: Um produto/serviço inacabado ou em versões reduzidas; Um produto/serviço com poucas ou sem as características principais; Um produto/serviço sem qualidade (desenvolvido com matérias-primas mais baratas); Um produto/serviço que não funciona como deveria; Por exemplo: Ninguém pode testar algo feito pela metade. Concorda? O teste inicial de um produto/serviço deve ser feito com as funções principais. No exemplo da figura de baixo, o teste é a locomoção. Com esses testes você pode aprimorar a principal ideia com sofisticação, conforto e velocidade, até chegar em um carro, mas não poderia fazê-lo se as entregas fossem pela metade.

É importante compreender que o processo de MVP não é composto por entregas parciais e que se for assim, não haverá efetividade no processo, o que pode gerar desestímulo, gasto de energia, tempo e recursos financeiros. O Q U E É U M M V P M Í N I M O P R O D U T O V I Á V E L? A ideia central por traz do verdadeiro significado de MVP é a de servir como o primeiro contato ou teste para o seu projeto, permitindo de maneira muito rápida a avaliação dos potenciais clientes e do mercado. Sendo assim, é indispensável entender o conceito de Minimum Viable Product, o MVP. Esse conceito é muito difundido no ecossistema de startuos e relativamente simples de ser compreendido, porém, não deve ser confundido com a entrega de um produto inacabado ou cheio de falhas entregas parciais. No livro The Lean Startup ou Startp Enxuta, o autor Eric Ries define o processo como: O MVP é aquela versão do produto que permite uma volta completa do ciclo construirmedir-aprender (você já falou sobre ele), com o mínimo de esforço e o menor tempo de desenvolvimento. Podemos entender então que o MVP é como um protótipo da solução principal, ou seja, apresenta as características mínimas para que os potenciais clientes possam perceber valor e entender o produto/serviço. Esse processo permite mostrar qual é a visão do projeto,

mensurar a receptividade dos clientes e do mercado e testar diversas hipóteses previamente formuladas, sobre o produto e todos os aspectos principais do projeto. A prototipagem é nada mais que uma versão inicial e simplificada do produto ou serviço, mas que representa suas principais funções. A construção do MVP tem o objetivo de repassar aos clientes toda a ideia do projeto antes de efetivar um lançamento no mercado e investir financeiramente em algo ainda incerto. Essa prática deve ser utilizada como uma forma de estratégia rápida, econômica e precisa para obter feedbacks constantes e aprender muitos com os erros cometidos, levando sempre em consideração a opinião dos clientes. É necessário converter produtos, serviços e negócios em protótipos básicos para que o processo funcione de maneira efetiva. Pela definição literária MVP é: Um produto mínimo viável (MVP) ajuda empreendedores a iniciar o mais rápido possível o processo de aprendizagem. No entanto, ele não é maneira necessariamente o menor produto imaginável, apesar de ser a mais rápida de entrar no ciclo de Criar-Mensurar-Aprender com o mínimo de esforço possível. Eric Ries Livro Startup Enxuta, p. 70 (2011) Observe o exemplo abaixo:

A principal função do produto está fortemente destacada em todos os MVP criados a de corte de grama. A partir do feedback dos potenciais clientes é possível ir absorvendo novas funcionalidades no produto ou serviço. Por exemplo: A partir do MVP 1 foi possível observar que os clientes não gostavam de cortar grama abaixados e que a posição de corte deixava as costas doloridas, então, no MVP 2 é possível manter a principal função do produto, porém com novos atributos. E assim por diante até que se chegue a um produto ideal para o mercado e que ganhe cada vez mais espaço. Para que haja uma maior sensibilização da importância do processo de construção de um MVP é importante informar dados relevantes do mercado. D A D O S D O M E R C A D O P A R A S E N S I B I L I Z A Ç Ã O 18% dos projetos inovadores e em estágio inicial (startups) fecham em menos de 1 ano. 64% encerram suas atividades entre 2 e 5 anos. 74% desaparecem após 5 anos de existência. 72% das inovações em produtos fracassam no mercado. A maior causa de fracasso das startups em estágio inicial não está no desenvolvimento de um novo produto, mas no desenvolvimento de clientes e mercados. Startups não falham porque não têm um produto. Elas falham porque faltam clientes e um modelo financeiro comprovado. Criar algo levando em consideração apenas as percepções do empreendedor ou do grupo é de fato a principal fonte de falhas mortais de um projeto. Sua missão nesse módulo é: Descobrir os que as pessoas QUEREM ou PRECISAM Definir uma proposta de valor OBJETIVA e ATRAENTE Encontrar um PROBLEMA REAL não se apague a primeira ideia Vender o que as pessoas percebem como VALOR ou RESULTADO

D I C A S D E G R A N D E S E M P R E E N D E D O R E S Insights de empreendedores globais: Se você não tem vergonha da primeira versão do seu produto, você demorou demais para lançar. (Reid Hoffman, fundador do Linkedin) Construir, medir, aprender" não é apenas jogar coisas contra o muro para ver se eles funcionam. (Steve Blank) P O R Q U E C R I A R U M M V P? É através da experimentação e dos testes reais com os clientes que as chances de provar a viabilidade do projeto aumentam, pois é possível identificar erros e, ainda, possíveis pontos de melhoria para o projeto como um todo. É muito comum as famosas startups começarem com uma super ideia de negócio, mas logo na sequência acabam percebendo que para as pessoas aquela super ideia ou a necessidade identificada era pouco expressiva ou sequer existia de verdade, o que pode levar a pivotagem - entendendo que a solução não estava adequada. Para que esse equívoco não se repita é importante conversar constantemente com potenciais clientes e entender quais são as reais necessidades e dores deles. Para isso é importante desenvolver um MVP e, quanto antes melhor. Com essa solução inicial é possível desenvolver nas pessoas certo grau de interesse pelo produto/serviço e, assim, projetar um futuro mais certo e com maiores probabilidades de sucesso para o projeto. Mas é importante ressaltar que não existe uma fórmula mágica para criar um MVP. Sua construção pode ser efetuada através de diversas ferramentas e plataformas e, ser muito ou pouco

fiel a solução principal. O grande motivo pelo qual deve ser feito é provar a validade para o potencial cliente e para o mercado. P O R Q U E E U D E V O F A Z E R U M M V P? È necessário lançar um MVP por alguns motivos principais: Testar o modelo de negócios do projeto; Maximizar o aprendizado; Minimizar custos; Testar produtos/serviços; Otimizar o tempo de desenvolvimento; Agilizar testes e iterações. O MVP é uma ferramenta de testes e de experimentação e, portanto, deve ser suficientemente bom, ao ponto de proporcionar aprendizados relevantes para a sua startup, através de investigações qualitativas. O M V P É A E N T R E G A D O S E U P R O J E T O, N Ã O O I N Í C I O D E L E É muito importante que a ideia (o canvas) do projeto já tenha sido validada no mercado e com os potenciais clientes, pois o objetivo do MVP é não gastar tempo, energia e dinheiro à toa, mas sim, aprender, aprender e aprender. Para construir o primeiro MVP funcional é importante que tenha passado pelas etapas do Design Thinking anteriormente: ENTENDER identificar um problema no mercado OBSERVAR validar o problema no mercado DEFINIR o problema principal a ser trabalhado IDEALIZAR um modelo de negócio E então: PROTOTIPAR criar um mvp funcional TESTAR com os cliente e aprender.

Nesse processo o seu potencial cliente não pode ficar infeliz ou insatisfeito com a sua solução, por isso, a excelência e a assertividade deve estar em todo o processo, garantindo um padrão e as funcionalidades principais a entrega do que está prometendo. Significa dizer que o MVP é a redução do grande projeto para atender as necessidades momentâneas, no entanto, isso não significa começar de qualquer jeito. C O M O C R I A R O P R O D U T O M Í N I M O V I Á V E L? Não existe mágica e o mais importante, não existe uma fórmula 100% precisa para construir o primeiro MVP. Mas alguns pontos que devem ser levados em consideração no momento de pensar no que fazer são: Modelo de negócio; Mercado no qual pretende atuar; A público-alvo e/ou a persona definida; As hipóteses que precisam ser validadas. É muito comum que os projetos em estágio inicial comecem o processo de construção do 1º MVP através da criação de uma landing page bem estruturada. Isso porque uma landing page tem o objetivo de apresentar o projeto e captar leads que estejam interessados na ideia principal. Esse modelo de teste serve para monitorar o interesse do público e criar um grupo de potenciais clientes para receber e testar os produtos ou serviços do projeto quando estiver pronto. Mas existem outras dezenas de maneiras de fazer isso acontecer e é sobre isso que esse manual quer expor. Criar um MVP ou prototipar algo é uma das várias maneiras de dar vida às ideias que antes estavam apenas na sua imaginação ou em anotações. Os protótipos são usados em diferentes áreas do mercado, normalmente em arquitetura, nas artes, na engenharia, na culinária, na moda e mais recentemente, muito utilizado no desenvolvimento de negócios, graças ao movimento lean startup que se consolidou no mercado como uma das principais formas de lançamento de projetos e negócios.

A palavra Protótipo vem do grego protótypus que significa: primeira forma. Em outras palavras, é algo que está em estudo ou em fase de testes para produzir evolução. O Protótipo é uma amostra de ideia ou produto para ser testado antes de lançar efetivamente. O objetivo é gerar aprendizado, ajudá-lo a criar soluções alternativas e aprimorar a ideia. Existem vários motivos para apostar na construção de protótipos antes de efetivar um lançamento: Apresentar o conceito na prática. Testar e validar antes de implementar. Facilitar o entendimento e o feedback dos clientes. O que é possível prototipar? Produtos e serviços Funcionalidades Preço e formas pagamento Localização Canais de venda Estratégias promocionais O MVP em si, se trata de um protótipo ou de uma sequência de vários protótipos, com diferentes níveis de fidelidade, até que se tenha condições de testá-lo com um cliente real. MVP é a sigla para Minimum Viable Product ou Produto Mínimo Viável. O MVP é o protótipo de um produto ou serviço para testar o seu modelo de negócios com mais velocidade, menor esforço e menor custo. Para criar um MVP, o primeiro passo é definir sua proposta de valor, isto é, qual problema você quer solucionar. Após construir o MVP, encontre pessoas dispostas a testar ou até mesmo a pagar pela primeira apresentação do produto/serviço e a ajudar fornecendo feedbacks construtivos, ou seja, que gerem aprendizados relevantes para o projeto. Com esses feedbacks, é possível validar ou invalidar hipóteses, priorizar os próximos passos, ajustar e implementar novas funcionalidades ou atividades. Muitas vezes o MVP não é aberto ao público e, sim, direcionado para clientes específicos.

Ou seja, MVP serve para diminuir a distância entre a ideia e a implementação do projeto. É importante sempre relembrar que um MVP bem executado cria muitas oportunidades, se passar pelo ciclo de construir medir aprender, ou seja, pelas etapas de: Transformar ideias em protótipos dos produtos e serviços. Apresentar aos clientes e medir como eles reagem. Aprender e se for o caso mudar ou seguir adiante com a ideia. 3 C A R A C T E R Í S T I C A S P R I N C I P A I S D E U M M V P Para gravar de vez como deve ser feito um MVP, é importante reforçar 3 características principais: Tem valor suficiente para que as pessoas comecem a utilizá-lo; Demonstra benefícios suficientes para reter os usuários iniciais; Fornece um ciclo de feedback para orientar o desenvolvimento futuro. M O D E L O S D E M V P MVP DE BAIXA FIDELIDADE É utilizado para validar premissas básicas do negócio: se a ideia é boa, se as pessoas pagariam por ela, se a solução tem o formato ideal. É recomendado para os estágios iniciais da prototipagem, por isso são feitos de maneira rápida, possuem custo baixo ou nem exigem custo. O MVP de baixa fidelidade pode ser uma apresentação de slides, um site, MVP DE ALTA FIDELIDADE A versão de alta fidelidade do MVP é uma implementação mais completa. É recomendado para o estágio da prototipagem em que o formato do produto final é importante. São produzidos de maneira mais detalhada e geralmente exigem custos mais altos. Pode ser um software, uma empresa com produtos limitados, um espaço de atendimento menor, um jogo com

um quadro de histórias, um vídeo ou algo que apresente rapidamente o produto ao cliente. Ex: O DropBox criou um vídeo para validar o conceito antes de implementar o serviço. apenas as fases iniciais, um protótipo feito em impressão 3D. Ex: A Zappos (loja de sapatos montou um protótipo de e-commerce com fotos de sapatos. A plataforma era na verdade um site estático e o dono operava tudo manualmente por e-mail e telefone. MODELOS MVP Fumaça o Vídeo o Landing Page o Squeeze Page Mock-up Hi-Fi Mágico de Oz Piecemeal Função única Concierge MVPs duplos Conheça agora a descrição de cada um dos modelos de MVP apresentado na tabela e alguns exemplos importantes: MVP Fumaça: esse modelo é um simples anúncio, automação ou landing page do produto/serviço que tem como objetivo fazer uma rápida divulgação da ideia principal do projeto e colher leads (contas de e-mail e telefone) e feedback de interessados. Depois do MVP pronto e em validação, é preciso estar atento às métricas, além, é claro, da análise dos feedbacks sobre o produto. MVP Mágico de Oz: Em tese, esse modelo representa uma automação de processos, sem necessidade de que as automações realmente estejam acontecendo. Antes de programar as automatizações reais do produto/serviço, se colocam pessoas executando atrás das cortinas grande

parte das tarefas, até definir o que é essencial para o produto atender às necessidades dos clientes dispostos a pagar. Um exemplo desse modelo foi o do aplicativo de taxis Easy Taxi, que coletava os dados de localização do passageiro via um site na internet e repasse por mensagem aos taxistas. Conheça a Easy Taxi - CLIQUE AQUI MVP Piecemeal: A estratégia piecemeal é muito similar a do concierge. Entretanto utiliza pequenas ferramentas que já existem para criar a experiência que um usuário teria em um produto mais bem elaborado. A maior parte das operações continuam rudimentares e sem um investimento e você emula cada passo que o cliente teria em uma versão final à medida que desenvolve o serviço e vai ganhando mais dinheiro. Você pode utilizar ferramentas como: google docs, google sheets, google drive trelo, whatsapp, sms e etc.. Um exemplo de empresa que utilizou esse modelo foi o aplicativo Goleiro de Aluguel, que em sua primeira versão utiliza uma tabela de excel para registrar informações e o whatsapp para confirmar os aluguéis de goleiros. Conheça o Goleiro de Aluguel - CLIQUE AQUI Função única: A Google começou com uma simples função: Buscar sites. Essa função foi o que sustentou todo o império que a organização é hoje. Foi a partir dela que novas funcionalidades surgiram. A ideia do MVP de função única é justamente a de encontrar a funcionalidade mais simples e mais importante ou mais valiosa para o usuário e focar nela. Entretanto, isso pode necessitar de vários testes e, portanto, a função única deve ser realmente simples para permitir testes mais efetivos no mercado. MVP Concierge: MVP focado em conseguir os primeiros clientes para o projeto. Esses clientes receberão um tratamento concierge, com total

atenção da equipe. Esse tipo de MVP não permite grande escala, mas traz profundo conhecimento das necessidades dos clientes, permitindo ajustar a ideia ao modelo mais adequado antes de escalar; - Quando a automação é realizada de maneira manual. Um exemplo para esse modelo foi a Docway, um aplicativo que conecta o paciente ao médico. Através de um formulário no google docs e ligações de telefone, tratava cada médico registrado de maneira individual e com informações específicas. Conheça a Docway CLIQUE AQUI MVPs duplos: duas versões diferentes de MVP são lançadas ao mesmo tempo, a fim de testar se são provocados diferentes comportamentos nos clientes. É muito comum utilizar esse MVP para testar funcionalidades diferentes no produto ou serviço, tais como: tempo, cores, modelos etc.. C O M P R E E N S Ã O M Í N I M A Equilibrar o entendimento do que é mínimo aos conceitos de produto e viável implica em gerar valor para o cliente, usando poucos recursos, mas oferecendo algo que se assemelhe a um produto ou serviço. Minimum: o menor tamanho possível, que possa ser entregue no menor tempo possível. Viable: uma proposta de valor importante o suficiente para que seu cliente adote o produto. Product: funcionalidades encaixadas em uma entrega que se assemelhe a um produto ou serviço útil. Q U E É P I V O T A R Um dos destaques no livro Startup Enxuta, que você já deve ter ouvido falar, é um evento que quase todo o empreendedor vive durante o desenvolvimento de um projeto novo. Esse evento no livro é chamado de pivot, que é quando o

empreendedor decide pivotar e/ou perseverar em um projeto ou funcionalidade. O autor Eric Ries revela que não há maior destruidor do potencial criativo que a decisão mal orientada de perseverar. As empresas que não conseguem pivotar para uma nova direção com base no feedback do mercado podem ficar presas na terra dos mortos-vivos, nem crescendo o suficiente, nem morrendo, consumindo recursos e dedicação dos funcionários e de outras partes interessadas, mas sem avançar. É importante que os empreendedores tenham um processo de decisório certeiro para entenderem qual é hora de mudar a direção, pois assim, é possível avaliar qual o melhor caminho a seguir e as melhores alternativas, sempre baseado nos aprendizados. Conheça os modelos de Pivot: Pivot zoom-in: Quando uma funcionalidade do MVP se torna um novo produto Pivot zoom-out: Quando o produto completa se torna um recurso isolado de um novo produto Pivot de segmento de clientes: Utiliza-se o mesmo produto, entretanto, ele passa a ser comercializado para outro grupo de clientes Pivot de necessidade do cliente: Mantem-se os mesmos clientes, contudo, há uma mudança na solução apresentada Pivot de plataforma: Quando o produto se torna uma plataforma para outros produtos Pivot de arquitetura de negócios: Quando a empresa muda seu modelo comercial para capturar mais valor Pivot de captura de valor: Quando muda o modo como a empresa cobra por seus serviços Pivot de motor de crescimento: Quando a empresa muda a estratégia de crescimento para buscar um crescimento mais rápido ou mais lucrativo Pivot de canal: Quando os canais de distribuição mudam Pivot de tecnologia: Quando a tecnologia utilizada para construir o produto é modificada

M O D E L O S D E M V P J Á U T I L I Z A D O S P O R G R A N D E S E M P R E S A S MVP FACEBOOK Como exibido no filme A Rede Social, o Facebook (no começo, The Facebook) pretendia conectar jovens de universidades norte-americanas e permitir que trocassem mensagens. Essa função já existia em outros sites, mas a viralidade veio porque o Facebook era simples. E esse foi o MVP da rede social! Testado primeiro apenas com estudantes de Harvard, foi possível perceber o crescimento da popularidade, e, assim, a expansão se tornou inevitável. MVP AMAZON A Amazon começou como uma livraria que tentava apresentar uma solução mais prática para clientes. Antes, o mercado era dominado por livrarias físicas, como Barnes and Nobles. Para testar, a Amazon criou um site com design bem simplificado e vendia apenas livros a preços baixos. Logo, cresceu e hoje é conhecida como A Loja de Tudo.

MVP INSTAGRAM A primeira versão do Instagram permitia que usuários compartilhassem fotos com um número limitado de filtros. Ser mais um aplicativo de fotos não era ideal na época, com o mercado saturado com apps de edição de imagens e redes sociais. A proposta, então, era juntar o compartilhamento e a edição em um só lugar. Com tal facilidade, os usuários passaram a adotar a rede como principal. Esse mindset de criar um espaço no qual é possível executar várias ações ainda permeia a empresa e hoje vemos o Instagram fornecer inúmeras funções. MVP DROPBOX O Dropbox tem um dos MVPs mais simples e interessantes. Na verdade, no início, a plataforma de arquivos em nuvem não propôs nenhum produto. Em vez disso, criou um vídeo de 30 segundos que explicava facilmente do que se trataria o projeto. Quem se interessasse poderia deixar seu e-mail e, assim que fosse lançado, seria o primeiro a testar. Com o grande sucesso do vídeo (mais de 70 mil e-mails), foi fácil perceber que a ideia era perfeita. O primeiro produto lançado era bem simples e continha a principal função: armazenamento seguro de arquivos para pessoas. Conheça o MVP CLIQUE AQUI

MVP TWITTER A ideia para o Twitter surgiu em uma hackathon (saiba o que é isso) produzida pela plataforma de podcasts Odeo, que até então estava perdendo clientes para o recém-lançado itunes. Durante a hackathon, surgiu a ideia de criar um mensageiro interno por SMS para que funcionários conversassem entre si o que veio a ser o MVP. No entanto, constatou-se que os usuários tinham de gastar muito dinheiro para postar. Foi aí que os executivos viram que isso poderia tornar-se o próximo projeto da empresa e criaram o inicialmente chamado twittr. Depois de alguns testes, o Twitter foi lançado, em 15 de julho de 2006. MVP SPOTIFY O Spotify é outra prova de que o MVP não precisa conter todas as funcionalidades que você sonha colocar em seu produto. Basta que ele exemplifique a solução e seja possível utilizá-lo a fim de testar e compreender melhor. Uma vez que a audiência aceite, você inicia o processo de implementar outras funções, que vão fazer o produto ser ainda mais desejado. O MVP do Spotify tinha a principal solução,que é protagonista até hoje: streaming de música. Em um app para desktop, a empresa colocou

exatamente isso e rodou testes para saber se daria certo. Junto disso, veio o modelo de preço freemium, que explicamos aqui. Essas duas coisas juntas se mostraram ser o que as pessoas queriam. P R I N C Í P I O S D A P R O T O T I P A G E M Para criar um MVP é importante entender os princípios da prototipagem para aprender a usar o tempo e a energia na direção e medida certas, explorar todas as possibilidades e entregar o melhor produto possível para os clientes. Faça protótipos de maneira visual, clara e concreta. Seus clientes não são obrigados a entenderem um produto ou serviço complexo. Admita ser um principiante. Ninguém sabe de tudo ou tem visão além do alcance. A ideia é aprender. Não se apegue em excesso às suas ideias. Fique confortável em estado líquido. Empreendedores precisam se adaptar ao meio. Comece com simplicidade, repita e aperfeiçoe. A repetição nessa etapa é fundamental para criar um bom produto final. Mostre o seu trabalho o quanto antes. Não tenha medo de dividir a sua ideia com outras pessoas. As críticas podem ser grandes aliadas. Aprenda errando [muito]. Quanto mais você errar (de um jeito barato) mais irá aprender e mais irá acertar. Seja criativo. Sim, a criatividade poder ser aprendida. Pesquise técnicas para estimular sua criatividade. Fabrique monstrinhos. Crie produtos feios, tortos, estranhos. Mas que sirvam para fazer testes. Não foque na perfeição logo no início. Registre seu aprendizado. Se você não anotar, irá esquecer. F E R R A M E N T A S P A R A P R O T O T I P A R O primeiro passo para criar um MVP é definir qual problema você deseja solucionar com esse produto ou serviço. Quanto mais específico for o seu problema, mais fácil será formular uma solução e melhor será o seu MVP.

O seu MVP só precisa conter suas funções básicas, pois a ideia é aperfeiçoar o produto ou serviço, à medida em que você adquire mais conhecimentos a partir do que o cliente deseja. É importante conhecer algumas ferramentas e estudar sobre suas funcionalidades principais. ENTREVISTAS COM CLIENTES É indiscutível que a opinião dos clientes deve ser levada muito a sério, afinal de contas, são eles que validam ou invalidam a proposta do MVP, hipótese criada. Pesquisas presenciais são sempre as melhores opções quando o assunto é qualidade, mas as online tem maior expressividade quando o assunto é a quantidade. As entrevistas para serem boas precisam ser exploratórias e focadas em validação da ideia e não em vender o produto ou serviço. Utilize os dados colhidos para melhorar as hipóteses e entender melhor ainda o mercado. Conheça algumas ferramentas que podem ajudar: Typeform, Survey Monkey, Google Forms LANDING PAGES Além de servirem para capturar e-mails e informações sobre os interessados no assunto, as landing pages também servem para validar uma ideia. Esse modelo de MVP pode mensurar a demanda do assunto, proposta de valor, preços, segmento de mercado e funcionalidades. Além disso, podem realizar ações de pré-venda. Conheça algumas ferramentas que podem ajudar: Landingi, Strikingly, Unbouce, Opyimizepress, Wix. TESTE A/B Os testes A/B são muito utilizados como estratégias capazes de oferecer respostas claras sobre a ideia. Essa estratégia pode ser executada de maneira isolada ou combinada, para validar quais personas mais se

convertem, qual cidade a aceitação é maior, qual cor é mais atrativa, quais chamadas são mais eficazes, quais redes sociais se encaixam melhor para o projeto. Para executar a estratégia é necessário efetuar a publicação da mesma landing page, com a mesma oferta, porém, para públicos diferentes. Conheça algumas ferramentas que podem ajudar: Google Analytics, Optmizely. CAMPANHAS DIGITAIS As campanhas digitais podem ser utilizadas de maneira integrada com os testes A/B. Através das ferramentas adwords disponibilizadas em plataformas como o Google, Bing, Facebook, LinkedIn e Instagram, é possível observar informações muito relevantes para o desenvolvimento do projeto, tais como: Segmento de mercado, comportamento, motivação, entre outros. É muito comum utilizar essa estratégia para converter leads em clientes. Conheça algumas ferramentas que podem ajudar: Google Adsense, Facebook Ads CROWDFUNDING De modo geral, a rede de internet é um grande apoiador para validar MVPs. O crowdfunding ou em português, financiamento coletivo, é considerado uma alternativa para buscar financiamento no mercado, se o assunto for dinheiro. Utilizar crowdfunding possui algumas vantagens muito interessantes, entre elas, a possibilidade de realizar o lançamento de produtos de alto valor agregado, por mais que ainda não tenha sido construído, através da solicitação de uma vaquinha online, que é realizada pelas pessoas cadastradas na plataforma escolhida. Para funcionar, é necessário que o projeto ofereça algo em troca para os financiadores, normalmente são os produtos. Conheça algumas ferramentas que podem ajudar: Kickstaster, Kickante, Catarse, IndieGogo

VÍDEOS EXPLICATIVOS Vídeos sempre foram uma ótima ferramenta do mercado publicitário para lançar produtos. Assim como em landing pages, o vídeo precisa repassar as informações mais relevantes para o cliente, com o objetivo de que o potencial cliente veja e deserte a curiosidade sobre o assunto, ou seja, que tenha uma experiência mais próxima possível do que se pretende vender depois. Conheça algumas ferramentas que podem ajudar: AnimaMe, Powtoon, GoAnimate MVP PIECEMEAL Conheça algumas ferramentas que podem ajudar: Pluga BLOGS Conheça algumas ferramentas que podem ajudar: WordPress, Medium, Blogger MÁGICO DE OZ As ferramentas irão depender do modelo de MVP escolhido, mas o conceito principal já foi apresentado. PROTÓTIPOS DIGITAIS Essas ferramentas podem ser utilizadas para criar Mockups, wireframes e protótipos que demonstrem a funcionalidade principal do produto, simulando a realidade. Conheça algumas ferramentas que podem ajudar: Balsamiq, Invision PROTÓTIPOS DE PAPEL

Conheça algumas ferramentas que podem ajudar: papel e um bom lápis ou caneta. RECURSO ÚNICO Vai depender muito do tipo de recurso. A T I V I D A D E E M S A L A - I D E A L I Z A Ç Ã O De início, o que deve ficar claro é que Minimum Viable Product (Produto Minimamente Viável) não tem nada a ver com entregar um produto mal feito antes de terminá-lo e jogá-lo definitivamente ao mercado. Não é entregar um software cheio de falhas para saber o que os clientes acham dele e apontem os problemas: é entregar um modelo que represente o produto final que está para ser entregue, mas que trará apenas uma versão resumida, mais enxuta, no entanto, seja o suficiente para resolver o problema para o qual foi desenvolvido ou passe a experiência necessária para que o potencial cliente se sinta assim. OBJETIVO Permitir que os empreendedores captem, através de uma landing pafe, informações do mercado para pensarem na elaboração de um MVP funcional (que funcione) para os seus projetos. O QUE É UMA LANDING PAGE? Landing page (página de destino) é uma página da web onde os visitantes entram ao clicar em um banner ou e-mail. Sua função é comunicar e validar rapidamente sua proposta de valor, sua solução e o preço, além de capturar contatos. Uma landing page deve informar qual problema você está resolvendo, descrever seu produto ou serviço, além de uma chamada para ação que pode ser cadastrar o email, preencher um formulário, fazer um download ou até

mesmo comprar seu produto ou serviço. Há sites que criam landing pages gratuitamente ou a um preço reduzido. POR QUE UMA LANDING PAGE? Pela velocidade que o empreendedor vai testar suas primeiras hipóteses e impressões do mercado. A velocidade com que você aprende será um fator-chave de sucesso. Use protótipos e dê forma às suas ideias para testá-las, desafiá-las e compartilhá-las com clientes e parceiros. MUITO LENTA NORMAL ULTRARÁPIDA Plano de Negócios Esboços Guardanapos em LANDING PAGES Estudos de Mercado Terceirizados Canvas do Modelo de Negócios e Proposta de Valor Campanhas Digitais Estudo Piloto Entrevistas com Clientes, Parceiros e partes interessadas Funcionais PASSO A PASSO DA ATIVIDADE: 1) O primeiro passo é elaborar uma landing page capaz de apresentar o produto pela primeira vez ao mercado (ainda que na teoria), tendo como um de seus maiores objetivos, captar leads que serão usados posteriormente no processo de validação. 2) O segundo passo é tirar, a partir das primeiras manifestações de seus leads, as hipóteses de testes, referenciais ou métricas que serão usados para o

desenvolvimento. É a partir dessas informações que serão formulados os critérios a serem testados, as expectativas de retorno e qual o perfil de cliente que esse produto alcança. 3) Só após essas duas etapas iniciais é que sua startup poderá pensar na criação de um MVP OFICIAL para ser submetido a testes. Lembre-se de que o objetivo é gastar o mínimo de recursos possíveis, mas sem permitir que o produto deixe de ser um produto para ser só um conjunto de funções sem sentido. Lembre-se: Os feedbacks devem servir de base para a melhoria contínua, até que se tenha certeza de que ele é viável e pode ser jogado no mercado sem chance de naufrágio! Um processo longo e de muita tentativa e erro! QUE CUIDADOS DEVO TOMAR NA CONSTRUÇÃO DELE? Trabalhar com um grupo restrito de leads (estendê-lo em demasia pode fazer com que sua ideia seja, digamos, usurpada ). Saber é uma coisa, achar que sabe, é outra! Deixe o mercado falar e não tente interpretar o que você quer ouvir! Alguns produtos cabem com perfeição no mercado e não é necessário testes para se certificar disso. DICAS DE CONSTRUÇÃO 1. Entreviste seus principais clientes e entenda a visão deles sobre o problema. 2. Quando as respostas dos clientes forem semelhantes, você já tem material suficiente para planejar seu MVP. 3. Use 30 minutos para esboçar seus protótipos iniciais. Tenha um cronômetro por perto e mantenha-se dentro do tempo pré-definido. 4. Pense em vários protótipos e, em seguida, compare-os.

5. Seu vídeo não é um trailer de filme? Sua landing page não é a mais bonita da web? Não tem problema! Não invista tempo com detalhes em algo que provavelmente vai mudar. 6. Aproveite para criar sua base de clientes enquanto valida a ideia. Eles podem se tornar seus primeiros compradores. Procure os clientes que você entrevistou anteriormente com o MVP já pronto para colher feedbacks. Faça com que os clientes priorizem as propostas de valor, da mais valiosa à menos útil. Pergunte aos clientes: Que benefícios do produto ou serviço realmente criam valor para você? Quais deveriam ser mantidos e quais devem ser descartados? O que está faltando? O que deve ser acrescentado? Pergunte sempre por que para obter feedbacks de qualidade. Após encerrar a atividade, reforçar que é necessário ter o MVP bem definido para colher informações o mais rápido possível no mercado. E N T R E G A S P A R A O P R Ó X I M O E N C O N T R O Todo o trabalho foi iniciado em sala de aula, agora cabe aos participantes colocarem tudo o que foi visto em prática. Cabe unicamente a ele transformarem seus projetos, por isso, reforce as entregas do módulo e as entregas complementares. É de suma importância que nesse momento, seja esclarecido e, se necessário, relembrado cada etapa do dia de aula para que as entregas sejam completas. Entregas desse módulo: Modelo de MVP definido e construído + landing page; Validação com 30 pessoas; Relatório de feedbacks e plano de melhoria do MVP. Entregas da evolução:

Canvas refinado e relatório de mais validações do problema e solução; Quadro de atividades (atualizado) do mês atual; Plano de composição da equipe; 1º versão do MVP + landing page; Relatório de feedbacks do MVP e plano de melhoria. Se tiver dúvidas para essas atividades, consulte o tutor do módulo. Essa informação estará disponível no centro de empreendedorismo. Até mais.

R E F E R Ê N C I A S 1. RIES, E. A Startup Enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. 1ª reimpressão. São Paulo: Lua de Papel, 2012. 2. SEBRAE/MG, Ebooks. MENTORIA REMOTA: #3 PRODUTO MÍNIMO VIÁVEL. Disponível em: <http://startupsebraeminas.com.br/ebooks/>. Acesso em: 23/4/2017. 3. GARY BLANK, Steven. Do sonho à realização em 4 passos: estratégias para a criação de empresas de sucesso. Ed. Évora: São Paulo, 2012. 4. STARTUP SOROCABA, Blog. 14 maneiras de testar seu MVP. Disponível em: <http://startupsorocaba.com/startup-sorocaba-14-maneiras-detestar-seu-mvp/>. Acesso em: 30/04/2018. 5. CAROLI.ORG, Blog. 7 simples passos para alinhar o que vai no Produto Mínimo Viável (MVP). Disponibilizado em: <http://www.caroli.org/7- simples-passos-para-alinhar-o-que-vai-no-produto-minimo-viavel-mvp/>. Acesso em: 30/04/2018