FACULDADE ASSIS GURGACZ JULIANA DO NASCIMENTO DANIEL



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Transcrição:

FACULDADE ASSIS GURGACZ JULIANA DO NASCIMENTO DANIEL COMPARAÇÃO DOS TEORES DE VITAMINA C E FERRO DE VEGETAIS CRUS SUBMETIDOS A DIFERENTES MÉTODOS DE COCÇÃO CASCAVEL 2006

JULIANA DO NASCIMENTO DANIEL COMPARAÇÃO DOS TEORES DE VITAMINA C E FERRO DE VEGETAIS CRUS SUBMETIDOS A DIFERENTES MÉTODOS DE COCÇÃO Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel no curso de Nutrição da Faculdade Assis Gurgacz FAG campus de Cascavel, Pr. Orientador(a): Profª.Adriana H. Martins CASCAVEL 2006

JULIANA DO NASCIMENTO DANIEL COMPARAÇÃO DOS TEORES DE VITAMINA C E FERRO DE VEGETAIS CRUS SUBMETIDOS A DIFERENTES MÉTODOS DE COCÇÃO Trabalho apresentado à Banca Avaliadora como requisito, de conclusão da graduação em Nutrição da Faculdade Assis Gurgacz FAG BANCA AVALIADORA Prof. Esp. Adriana Hernandes Martins Prof. Msc. Janesca Alban Roman Prof. Msc. Fernanda Zanchet Saraiva

1 COMPARAÇÃO DOS TEORES DE VITAMINA C E FERRO DE VEGETAIS CRUS SUBMETIDOS A DIFERENTES MÉTODOS DE COCÇÃO DANIEL, Juliana do Nascimento 1 MARTINS, Adriana Hernandes 2 RESUMO As vitaminas e minerais exercem funções importantíssimas para o bom desempenho do organismo, sendo a sua deficiência causadora de doenças comprometedoras ao indivíduo. O objetivo desse trabalho é averiguar e mensurar as alterações de vitamina C e ferro em vegetais, que foram submetidos a diferentes cortes e métodos de cocção, além de verificar o valor nutricional dos mesmos in natura. Este estudo foi realizado no Laboratório de Nutrição e Dietética da Faculdade Assis Gurgacz. Foram utilizados amostras de couve, beterraba e espinafre. As mesmas foram avaliadas em relação à quantidade in natura de ferro e vitamina C com as amostras submetidas aos seguintes métodos de cocção: microondas, vapor, pressão, refogado e cozido. Os resultados apresentaram diferenças significantes de retenção dos nutrientes. O vegetal que melhor apresentou quantidades de vitamina C foi a beterraba, sendo recomendada o método de cocção no vapor. Em relação ao ferro, o espinafre se sobressaiu dos demais vegetais estudados, mais vale ressaltar que esse mineral é pouco aproveitado pelo nosso organismo. Este trabalho espera poder contribuir para novas pesquisas e principalmente para a orientação do consumo correto dos vegetais, fazendo com que o aproveitamento dos nutrientes seja maior, auxiliando nas recomendações diárias da DRI/2000 e 2001, evitando as doenças provocadas pela carência dos minerais citados. Palavras-chave: Vitamina C, Ferro, Métodos de cocção,vegetais 1 INTRODUÇÃO O organismo necessita além dos nutrientes que fornecem energia, os que são indispensáveis para o metabolismo, ou seja, as vitaminas e minerais provenientes da alimentação. São substâncias essenciais para conservar os processos metabólicos e a 1 Acadêmica formanda do 8º período do curso de Nutrição da Faculdade Assis Gurgacz. E-mail: juliana.daniel@gmail.com.br 2 Nutricionista e docente do curso de Nutrição da Faculdade Assis Gurgacz; Especialista em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas. E-mail: adrianahm@globoaves.com.br.

2 vida. Assim sendo, se faz necessário diariamente um aporte adequado desses nutrientes para suprir as necessidades sem prejudicar a saúde ( DOUGLAS, 2002). Segundo Pilon (2003), o consumo de hortaliças, frutas e vegetais é insatisfatório na população, fazendo com que haja preocupação para o futuro, afinal, as recomendações diárias de vitaminas, minerais e nutrientes não são atingidas conforme preconiza as DRIs, podendo ocasionar sérios problemas à saúde. A cocção é a aplicação do calor no alimento proporcionando características bem definidas em termos de cor, sabor, consistência, rendimento, composição química e conservação. Deve possuir baixo custo e não produzir resíduos indesejáveis. Possui a capacidade de modificar a estrutura de algumas moléculas do alimento, tornando-a mais digerível, além de proporcionar melhores condições sanitárias, inibindo ou destruindo alguns microrganismos indesejáveis e produtos químicos utilizados na agricultura (TEICHMANN, 2000). Conforme Rodrigues (2003), as perdas de vitaminas nos alimentos ocorrem através das mudanças químicas. O oxigênio e a luz também aceleram as perdas. Essas mudanças acontecem mais rapidamente quando a temperatura utilizada for muito elevada. O processamento requer especial atenção, pois o contato do alimento com a água leva a diminuição não só das vitaminas hidrossolúveis como também de outros nutrientes importantes à saúde. Atualmente, a anemia ferropriva é um problema comum na população, principalmente em classes baixas, gestantes, crianças e adolescentes, onde as necessidades são maiores. Sua principal causa é a ingestão insuficiente do mineral, perda excessiva ou ainda a absorção inadequada do mesmo (MARTINI, 2002). A autora ressalta ainda que uma das alternativas para prevenir a deficiência de vitaminas e minerais, é fortificar os alimentos. Assim sendo, o objetivo desse estudo é averiguar e mensurar as alterações de vitamina C e ferro em vegetais, que foram submetidos a diferentes cortes e métodos de cocção, além de verificar o valor nutricional dos mesmos in natura. Quando se realiza a escolha das hortaliças, verduras e legumes, as mesmas devem acontecer não prejudicando a sua aparência. Devem estar isentas de picadas de insetos, as folhas devem estar limpas e brilhantes, prontas para passarem pelos métodos de cocção. Existem vários tipos de cortes para as preparações dos alimentos, e esses podem ser em tiras, pedaços, cubos e outras maneiras, fazendo com que o consumidor encare a refeição de maneira agradável (CARDOSO, et al 2004).

3 Ornellas (2001), diz que, os métodos mais utilizados são o meio indireto, ou seja, aquecimento ao ar livre e ao meio direto que é chapa, aquecimento eletrônico, raios infravermelhos, entre outros, onde o alimento entra em contato diretamente com o calor. Além desses métodos também se utiliza o calor misto, sendo realizado em duas etapas. Inicia-se com calor seco, em gordura para formar uma camada protetora e logo submete-se o alimento ao calor úmido. De acordo com Philipi (2003), a cocção através do calor úmido pode acontecer através de líquido quente ou vapor. É uma cocção lenta, onde o vapor ou a água hidrata o alimento abrandando as fibras. Os métodos de cocção mais utilizados por calor úmido são água em ebulição, fervura a fogo lento, cocção a vapor ou cocção a vapor sob pressão, sendo que cada método possui diferente tempo de cocção, temperatura, como também diferentes indicações para alimentos de menor ou maior consistência (TEICHMANN,2000). Segundo Wolke (2002), outro método de cocção bastante utilizado é o microondas, onde ocorre cocção por meio de ondas eletromagnéticas que penetram no alimento produzindo calor. Esse método permite melhor preservação do valor nutricional dos alimentos. O autor ainda afirma, que microondas são ondas de radiação eletromagnética gerada por um tubo de vácuo, chamado magnétron. Todos os fornos possuem potência de cocção diferenciada, e isso é influenciado pelo número de watts que são produzidos por litro de espaço, podendo ocasionar destruição de algumas vitaminas. As recomendações nutricionais (Recomended Dietary Allowances RDAs) são estabelecidas pelo Food and Nutrition Board National Research Council, desde 1941. São classificadas como sendo os níveis de ingestão de nutrientes essenciais para cobrir as necessidades de quase todos os indivíduos saudáveis. A partir de 1997, deu inicio ao desenvolvimento de valores de referências para nutrientes, ou seja, DRIs, para a população saudável, a fim de substituir as RDAs publicadas anteriormente (CUPARRI,2003). Segundo Mahan et al (2002), a DRI é um termo genérico que engloba quatro tipos de recomendações, sendo Ingestão Adequada (AI), Necessidade Média Estimada (EAR), Nível de Ingestão Dietética Recomendada (RDA), e os Níveis Superiores de Ingestão Toleráveis (UL).

4 O ferro é um elemento fundamental para os processos metabólicos como o transporte de oxigênio; metabolismo oxidativo e crescimento celular (MARTINI,2002), é fornecido por uma dieta habitual, a quantidade de 14 mg de ferro, sendo absorvido pelo organismo apenas 1 a 2 mg, ou seja 5 10% (AIRES, 1999). Assim, a distribuição desse mineral acontece sob duas formas: a forma heme, encontrada em carnes e vísceras sob a forma de hemoglobina e mioglobina, e a forma não-heme, que é encontrada em alimentos de origem vegetal, também em alguns alimentos de origem animal (BIANCHI et al, 1992). De acordo com a forma, o ferro é absorvido por caminhos diferenciados na mucosa intestinal. Em seres humanos acontece a absorção no duodeno, sendo transportado na corrente sanguínea ligado a uma proteína plasmática, denominada transferrina, logo é estocado na forma de ferritina (SILVA,1999). De acordo com Mahan et al, (2002), o ferro foi reconhecido como um nutriente essencial a mais de um século, sendo a deficiência desse mineral, responsável pela doença nutricional mais comum no mundo, a anemia ferropriva. Silva (1994) diz que essa anemia tem por principal causa a ingestão insuficiente, perda excessiva ou a absorção inadequada de ferro. Já houve grande evolução nos estudos realizados no metabolismo e deficiência de ferro, mas, as questões relacionadas ao equilíbrio do ferro ainda continuam. Alguns componentes dos alimentos podem atuar promovendo a absorção do ferro não-heme como inibindo a absorção do mesmo. Esses componentes são chamados de promotores e inibidores. Os promotores são aqueles que auxiliam a absorção do ferro no organismo, sendo eles: ácido ascórbico (vitamina C); ácido cítrico; málico e as proteínas de origem animal. (MARTINI, 2002). Entre os componentes inibidores da absorção do ferro, se encontram os taninos ou polifenóis presente nos chás e cafés. Este forma um complexo insolúvel com o ferro dificultando a absorção do mineral (OLIVEIRA et. al, 2006). Os fitatos presentes em cereais integrais, leguminosas e em algumas folhas, como a folha da mandioca, possui capacidade de formar quelato com o ferro, tornandoo cataliticamente inativo. O ácido fítico é encontrado em vegetais, cereais e leguminosas, promovendo o mesmo efeito que os fitatos no oganismo. (SILVA,1996). Além desses o cálcio ; manganês e zinco (MARTINI,2002). Segundo Aires (1999), a vitamina C ou ácido ascórbico, é uma vitamina antiescorbútica, ou seja, previne a ocorrência do escorbuto, que se caracteriza por sangramento das mucosas. Os seres humanos são totalmente dependentes do

5 fornecimento dessa vitamina na dieta, sendo responsável pela capacidade oxidante geral; síntese do colágeno, principalmente para a formação da matriz óssea; dentina; cartilagem e tecido conjuntivo; biossíntese de neurotransmissores; biossíntese de carnitina; síntese de hemoglobina e desenvolvimento das hemácias; prevenção da oxidação do ácido fólico e ainda possui função imunológica. As vitaminas são substâncias que promovem a regulação do nosso corpo e são divididas em hidrossolúveis e lipossolúveis. As vitaminas hidrossolúveis não são armazenadas em nosso organismo, devendo ser ingeridas diariamente. Entre essas, se encontram a vitamina C e as vitaminas do complexo B. Já as vitaminas lipossolúveis são armazenadas no fígado e tecido adiposo. Dentre essas vitaminas se encontram as vitaminas A,D,E,K (MARTINI,2002). A vitamina C é encontrada em tecidos animal e vegetal, sendo as principais fontes hortaliças; frutas; brócolis; verduras amarelas e verdes entre outros. Essa vitamina é facilmente destruída por oxidação e, por ser um mineral solúvel em água é afastado do alimento para a água de cocção (MAHAN et. al, 2002). Há evidências sobre perdas de vitaminas e minerais nos diferentes processos de cocção, mas, não possui dados mensurados dessas perdas, fazendo com que o estudo sobre tal assunto seja de grande valor. 2 MATERIAIS E MÉTODOS Este estudo foi realizado no Laboratório de Técnica Dietética da Faculdade Assis Gurgacz. Foram utilizadas amostras de couve, beterraba e espinafre, todas provenientes da horta localizada nas dependências da Faculdade. As mesmas foram retiradas da horta no dia em que foram preparadas. As amostras foram higienizadas em solução de hipoclorito de sódio, sendo 1 (uma) colher de sopa da solução para 2 (dois) litros de água por 15 (quinze) minutos antes da preparação. Para a realização desse estudo, estabeleceu-se para a couve tiras finas, o espinafre folhas inteiras e a beterraba cubos de aproximadamente 3 cm. Utilizou-se uma balança analítica para pesar todas as amostras.

6 2.1 AMOSTRAS DE COUVE As amostras de couve já cortada em tiras finas foi submetida aos seguintes métodos de cocção abaixo descritos: a) Cozimento a Vapor: foi estabelecido 200 ml de água para 100 g de amostra, ou seja 2:1. Utilizou-se para a preparação uma panela própria. A cocção foi realizada com a panela tampada durante 10 minutos. b) Cozimento em água fervente: utilizou-se uma quantidade de 200 ml de água para 100 g de amostra, ou seja 2:1. Utilizou-se para a preparação uma panela comum. A amostra só foi colocada na panela no momento em que a água já estava fervendo. A cocção foi realizada com a panela sem tampa mantendo-se por 10 minutos. c) Refogado: utilizou se 100 g da amostra sem a presença de água. A cocção foi realizada em panela comum, sem tampa, por um período de 02 minutos. 2.2 AMOSTRAS DE ESPINAFRE Pesou-se 100 g de amostra de espinafre (folhas inteiras), logo foi submetida aos seguintes métodos de cocção abaixo descritos: a) Cozimento a Vapor: foi estabelecido 200 ml de água para 100 g de amostra, ou seja 2:1. Utilizou-se para a preparação uma panela própria. A cocção foi realizada com panela tampada, por um período de 10 minutos. b) Cozimento em água fervente: utilizou-se uma quantidade de 200 ml de água para 100 g de amostra, ou seja, 2:1. Utilizou-se para a preparação uma panela comum sem tampa. A amostra só foi colocada na panela quando a água já estava fervendo, ficando em um período de 10 minutos. c) Refogado: utilizou-se uma panela comum sem tampa. Quando a mesma já estava aquecida, foi colocado em seu interior 100 g da amostra. A cocção foi realizada em durante 04 minutos.

7 2.3 AMOSTRAS DE BETERRABA A amostra de beterraba já cortada em cubos de aproximadamente 3 cm, foi submetida aos seguintes métodos de cocção: a) Microondas: foi estabelecido 100 g da amostra, logo foi colocado no aparelho de microondas em um período de 3 minutos e 15 segundos. b) Cozimento na Pressão: foi realizada com 200 ml de água para 100 g de amostra, ou seja, 2:1. O mesmo foi realizado em um período de 15 minutos. c) Cozimento em água fervente: utilizou-se uma panela comum com tampa, onde a amostra só foi colocada na panela quando a água já estava fervendo, ficando em um período de 13 minutos. Além das amostras serem submetidas aos diversos métodos de cocção, as mesmas foram separadas in natura para as análises, ou seja, 100 g de amostra de espinafre em folhas inteiras; 100 g de beterraba já cortadas em cubos de aproximadamente 3 cm e 100 g de couve já cortadas em tiras finas. Após a realização de todos os métodos de cocção, as amostras foram dividas em pacotes plásticos, sendo cada pacote etiquetado com o nome da amostra, dia da preparação, nome do nutriente a ser avaliado, método de cocção e quantidade da amostra. Todas as amostras foram encaminhadas em 100g e feitas em triplicatas para análise de Ferro e Vitamina C. As mesmas foram colocadas em um isopor com gelos para prevenir a deteriorização. A Vitamina C das amostras foram analisadas no Laboratório de Bromatologia da Faculdade Assis Gurgacz, seguindo a metodologia Titulométrica do Instituto Adolfo Lutz de 1985, e o Ferro foi determinado pelo no Laboratório da Universidade Estadual de Maringá seguindo a metodologia AOAC, P436 de 1975, Os métodos de cocção na pressão e microondas não foram aplicados na couve e espinafre devido a rapidez com que os mesmos são preparados, não havendo necessidade, evitando a desidratação das mesmas. Em relação aos métodos de cocção vapor e refogado, não foram utilizadas para a preparação da beterraba, afinal são métodos poucos utilizados para o preparo deste alimento.

8 Ressalta-se ainda, que não foi estabelecido um tempo para cada método de cocção das amostras, apenas verificou-se com auxilio de um garfo, o momento em que a amostra já estaria pronta para o consumo, ou seja, com as fibras já abrandadas. 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados obtidos nas análises estão expostos na forma de tabelas e gráficos e foram comparados aos resultados obtidos na bibliografia disponível. A composição química de um alimento demonstra o seu potencial em nutrientes, sendo esses dados de grande significância para os profissionais da área de alimentação. Na Tabela 1 observa-se às recomendações diárias de ferro e vitamina C expressa em mg/dia, de acordo com DRI/2000 e 2001. TABELA 1: Recomendações Nutricionais para Ferro e Vitamina C, sendo que EAR significa (Necessidade Média Estimada), RDA (Quota Diária Recomendada) e UL ( Nível de Ingestão Máxima Tolerável). Categoria Ferro Vitamina C EAR RDA UL EAR RDA UL Homens 19-30 anos 6 8 45 75 90 2000 31-50 anos 6 8 45 75 90 2000 51-70 anos 6 8 45 75 90 2000 Mulheres 19-30 anos 8,1 18 1,8 60 75 2000 31-50 anos 8,1 18 1,8 60 75 2000 51 e mais 5,0 8 1,8 60 75 2000 Gestantes 22 27 2 70 85 2000 Lactantes 6,5 2,6 2,6 100 120 2000 Fonte: CUPPARI, 2002

9 Na tabela 2, estão ilustradas a quantidade de vitamina C analisadas nos três vegetais estudados, por meio de diferentes métodos de cocção. TABELA 2: Quantidade de vitamina C em Diferentes Vegetais Beterraba Couve Espinafre (mg) % (mg) % (mg) % In Natura 209,16 100 46,51 100 12,42 100 Cozida 150,32 71,8 19,54 42 0,189 1,5 Microondas 93,17 44,5 ---- ---- ---- --- Pressão 141,84 67,8 ---- ---- ---- --- Vapor ---- --- 45,21 97,2 4 32,2 Refogada ---- --- 39,64 85,2 0,95 7,6 Valor de Referência: Laboratório de Bromatologia da Faculdade Assis Gurgacz Observa-se que a quantidade de vitamina C presente na amostra de beterraba in natura se sobressai em relação aos outros vegetais estudados, seguido da couve e o espinafre com menor quantidade. De acordo com a tabela de composição química de alimentos (IBGE,1999), observa-se que os valores obtidos nos dados coletados para o estudo são diferenciados do apresentado pela tabela. Segundo a tabela, a quantidade de Vitamina C presente na couve é maior do que aos outros vegetais estudados, sendo a beterraba com menor quantidade. Conforme verificado na tabela 2, a beterraba in natura é uma excelente fonte de vitamina C, porém alguns métodos de cocção não possuem a capacidade de conservar essa vitamina, visto que ela é termosensível, como relatado por Pilon (2003), ou seja, muito sensível ao oxigênio e a luz, além dos cortes nos tecidos dos vegetais contribuirem para maiores perdas. Wolke (2003) afirma ainda, que nenhum método de cocção acaba com os minerais, mas o calor destrói a vitamina C, não importa como o alimento for cozido. O gráfico 1 demonstra a quantidade de vitamina C nos vegetais estudados após os métodos de cocção.

10 GRÁFICO 1 - Quantidade de Vitamina C em Diferentes Vegetais após Métodos de Cocção (Em Percentual) Porcentagem (%) 100 80 60 40 20 0 97,2 85,2 71,8 67,8 42 44,5 32,2 7,6 1,5 Couve em tiras (mg) Beterraba em cubos (mg) Espinafre em folhas inteiras (mg) Vapor Refogada Cozida Pressão Microondas Observa-se que o método de cocção mais indicado para preservação da vitamina C, é o vapor seguido do refogado. Verificou-se que o método de cocção no vapor reteve quase totalmente a quantidade de vitamina C da couve, ou seja, 97,2%, em seguida vem a quantidade encontrada no método de cocção refogada, 85,2% e logo o método de cocção cozida com 42%. Em relação ao espinafre, observa-se que o método de cocção que melhor aproveitou a quantidade de vitamina C, foi o vapor com 32,2%, em seguida a quantidade refogada com 7,6% e logo o método de cocção cozido com 1,5%. O método de cocção cozido apresentou maiores quantidades de retenção do nutriente na beterraba, ou seja, 71,8%. Quando submetido 100g do vegetal na pressão, o mesmo apresentou 67,8% Observa-se que o método de cocção no microondas só foi utilizado para a preparação da beterraba, apresentando a menor quantidade de vitamina C retida comparada com os outros métodos de cocção, ou seja, 44,5%. Verificou-se que a beterraba possui maiores quantidades de vitamina C comparadas aos demais vegetais estudados, porém é o vegetal que menos reteve a vitamina depois de passarem pelos métodos de cocção. Isso porque, foi o único vegetal que passou por dois métodos de cocção utilizando a água, assim sendo a vitamina hidrossolúvel da beterraba ficou retida na água, conforme diz Mahan, et. al (2002). Na tabela 3, estão ilustradas as quantidades de Ferro analisadas nos três vegetais estudados, por meio de diferentes métodos de cocção.

11 TABELA 3 Quantidade de Ferro em Diferentes Vegetais Observa-se, que a quantidade de ferro presente em 100 g de espinafre in natura, se sobressai em relação aos demais vegetais estudados. O mesmo relatado por Salgado (2000), onde diz que o espinafre é um dos vegetais que contém maiores quantidades de ferro e cálcio, mas os dois minerais são poucos aproveitados pelo nosso organismo, pois o mesmo contém alta quantidade de ácido oxálico, inibindo a absorção desses minerais no organismo. Beterraba Couve Espinafre (mg) % (mg) % (mg) % In Natura 0,67 100 0,81 100 1,62 100 Cozida 0,57 85 0,56 69,13 1,04 64,1 Microondas 0,69 100 --- --- --- --- Pressão 0,35 52,2 --- --- --- --- Vapor --- --- 0,68 83,9 1,18 72,8 Refogada --- --- 0,87 100 1,71 100 Valor de Referência: Laboratório da Universidade Estadual de Maringá De acordo com Franco (1999), os valores obtidos nos dados coletados para o estudo, são diferenciados do analisado por ele. Segundo o autor, a quantidade de ferro presente no espinafre é maior que na beterraba, ficando por último a quantidade presente na couve. Já o resultado desse estudo, demonstra que o espinafre possui ferro em maior proporção, seguido pela couve e logo a beterraba. No gráfico 2, observa-se quais são os métodos de cocção indicados para preservar a quantidade de Ferro dos vegetais estudados. GRÁFICO 2 - Quantidade de Ferro em Diferentes Vegetais após Métodos de Cocção P orcentagem (% ) 100 80 60 40 20 0 100 100 100 83,9 85 69,13 72,8 64,1 52,2 Couve em tiras (mg) Beterraba em cubos (mg) Espinafre em folhas inteiras (mg) Vapor Refogada Cozida Pressão Microondas

12 Quanto aos diferentes métodos de cocção analisados, a beterraba cozida, apresentou 85% de retenção e logo a pressão com 52,2%. O microondas apresentou 100%, confirmando o relatado por Ornellas (2001), onde diz que nesse método acontece melhor preservação do valor nutricional dos alimentos. A couve apresentou excelentes valores de retenção de ferro. No método de cocção cozido, o vegetal apresentou 69,13% de retenção, o refogado com 100% e 83,9% no vapor. No espinafre observa-se que o método de cocção refogado apresentou 100% de retenção, logo o vapor com 72,8% e o cozido com 64,1% Conforme estudo realizado por Martini (2002), alguns componentes dos alimentos podem atuar promovendo a absorção do ferro, sendo um deles a Vitamina C. Observou-se ainda que o valor in natura de ferro da couve, espinafre e beterraba, ficou inferior após a cocção. Pode-se considerar que o acontecido seja por uma desidratação do alimento com redução de peso e concentração. Mas, não se encontrou estudos comprovando, fazendo com que o valor apresentado seja criteriosamente avaliado, pois pode ser algum erro no momento da preparação das amostras. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após o término deste trabalho, verificou-se que foi atingido o objetivo de mensurar as alterações de vitamina C e ferro nos vegetais ao passarem por diferentes métodos de cocção. Os resultados das análises químicas indicaram diferenças significativas de retenção em ambos os nutrientes avaliados. O vegetal que melhor apresentou quantidades de vitamina C in natura foi a beterraba, sendo que para o aproveitamento dessa vitamina, se faz necessário utilizar o método de cocção no vapor, sendo classificado como o melhor método. Em relação ao ferro, o espinafre se sobressai aos demais vegetais estudados, porém deve ser ressaltado que esse mineral é pouco aproveitado pelo organismo. O melhor método de cocção apresentado é o refogado. Por fim, este trabalho espera poder contribuir para novas pesquisas e principalmente para a orientação do consumo correto dos vegetais, fazendo com que o

13 aproveitamento dos nutrientes seja maior, auxiliando nas recomendações diárias da DRI/2000 e 2001, evitando as doenças provocadas pela carência dos minerais citados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AIRES, M. M. Fisiologia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara. 1999. BIANCHI, M.L.D.; SILVA, H.C; OLIVEIRA, J.E.D. Considerações sobre a disponibilidade do ferro nos alimentos. Arquivos latinoamericano de nutrição. V.42, N2, p.94-100, 1992. CARDOSO, M. H; MARQUES, S. V. B. Avaliação sensorial de salada de verão: estudo do efeito do tipo de corte de hortaliças cruas sobre a preferência do consumidor. Nutrição em pauta. São Paulo: Janeiro/Fevereiro de 2004. N.64. p.48-54. CUPPARI, L. Nutrição clínica no adulto. 1ª ed. Barueri: Manole. p. 13-25. DOUGLAS, C.R. Tratado de fisiologia aplicada à Nutrição. São Paulo: Robe, 2002. Estudo Nacional de Despesas Familiar Tabela de Composição de Alimentos. 5ª Edição. Rio de Janeiro,1999 IBGE FRANCO, G. Tabela de Composição Química dos Alimentos. 9ª Edição. São Paulo. Atheneu. 1999. MAHAN, K. L.; STUMP, S. E.. Krause, Alimentos, Nutrição & Dietoterapia. São Paulo, 10 ed. Roca, 2002. MARTINI, F.C.C. Comparação entre a disponibilidade de ferro na presença de vitamina A e Beta-Caroteno em alimentos e medicamentos. 2002. Dissertação (Mestrado em Ciências, Área de Concentração: Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade de São Paulo). OLIVEIRA, G. I. C. et. al. Alimentação e suplementação de ferro em uma população de lactentes carentes. São Paulo: Pediatria, 2006. ORNELLAS, F.H. Técnica dietética: seleção e preparo de alimentos. 7ª ed. São Paulo: Atheneu, 2001. PHILIPI, S.T., Técnica Dietética. São Paulo: Manole, 2003. PILON, L. Estabelecimento da vida útil de hortaliças minimamente processadas sob atmosfera modificada e refrigeração. 2003. Dissertação (Mestrado em Ciências, Área de Concentração: Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade de São Paulo).

14 RIBEIRO, M. A.;STAMFORD, T. L. M.; FILHO, J. E.. Valor Nutritivo de Refeições Coletivas: Tabelas de Composição de Alimentos Versus Análises em Laboratórios. Recebido em 08/02/1994 e Aprovado em 02/01/1995 Universidade Federal de Pernambuco. RODRIGUES, C. M. A; SANT ANA, H. M. P. É possível prevenir perdas de vitaminas em alimentos? Nutrição em pauta. São Paulo: Novembro e dezembro de 2003. N:63. p:12-17. SALGADO, J. M. Por que o espinafre faz mal à saúde. Disponível em http://www.portalverde.com.br/alimentacao/perigos/espinafre.htm/ Acessado em 06 de setembro de 2006.,J.M. Faça do Alimento o Seu Medicamento. 1ª Edição. São Paulo. Ed. Madras. 2000. SILVA, M. R; SILVA, M. A. A. P. Aspectos nutricionais de fitatos e taninos. n.1, V. 12. Campinas: Scielo Brasil., 1999. SILVA, P. Farmacologia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara.1994. TEICHMANN, I. Tecnologia Culinária. Caxias do Sul: Editora Universidade de Caxias do Sul, 2000. WOLKE, R. L. O que Einstein disse a seu cozinheiro: a ciência na cozinha. Rio de Janeiro, 2003. Ed. Jorge Zahar.