Custo de Produção. Modelo de Controle Just in Time (JIT)

Documentos relacionados
MRP MRP. Módulo 5 MRP e JIT. Demanda de produtos e serviços. Fornecimento de produtos e serviços

Definição. Kaizen na Prática. Kaizen para a Administração. Princípios do Just in Time. Just in Time 18/5/2010

Just in Time Massagista JIT?

COMO MELHORAR O DESEMPENHO DAS LINHAS DE. Edson Donisete da Silva, Carlos Roberto Sponteado Aquarius Software

JUST-IN-TIME & KANBAN

Localização e arranjo físico de unidades da rede de operações

Lean manufacturing ou Toyotismo

PRODUÇÃO ENXUTA. Eng. Liane Freitas, MsC.

Lean manufacturing ou Toyotismo. Lean manufacturing

Prof. Clovis Alvarenga Netto

Planejamento da produção. FATEC Prof. Paulo Medeiros

17/02/2015 JIT KANBAN. Uma técnica que se utiliza de várias normas e regras para modificar o ambiente produtivo.

QUARTA LISTA DE EXERCÍCIOS: ARRANJO FÍSICO

(LOQ4208) Processos da Indústria de Serviços 05 Lean Office

Gestão de Estoques - Premissas. Pleno atendimento Máxima eficiência Menor custo Maior giro possível para o capital investido

O sistema Just-In-Time. Professor: Dannilo Barbosa Guimarães

Portfólio de Treinamentos. Exo Excelência Operacional // 2014

Just In Time (JIT) é uma abordagem disciplinada, que visa aprimorar a produtividade global e eliminar desperdícios.

Produção Enxuta. Kanban

Excelência Operacional

CONCURSO PETROBRAS DRAFT. Planejamento da Produção e Sistemas de Produção. Questões Resolvidas. Produzido por Exatas Concursos

Supply Chain Management Gerenciamento da cadeia de suprimentos. Prof. Paulo Medeiros

Estes postos não permitem mais nenhuma adição de ordens novas, sendo, portanto assumidos como as restrições de capacidade para TODA a operação.

Introdução ao Lean Manufacturing. Dário Spinola

TPM Total Productive Maintenance. ENG Manutenção e Confiabilidade Flávio Fogliatto

15/09/2011. Historico / Conceito. Lean Production é um programa corporativo ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II. Evolucao do Conceito LEAN THINKING

GESTÃO VISUAL GESTÃO VISUAL GESTÃO VISUAL GESTÃO VISUAL GESTÃO VISUAL GESTÃO VISUAL

Estudo do Layout Ricardo A. Cassel Áreas de Decisão na Produção

LEAD TIME PRODUTIVO: UMA FERRAMENTA PARA OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS PRODUTIVOS

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE

Técnicas de Logística Enxuta [6 de 11]

Ecogerma 2012 Lean Production na redução de uso de recursos em processos produtivos

Sistemas de Transformação e Estratégia de produção

LAYOUT IMPACTANDO DIRETAMENTE NOS CUSTOS DE PRODUÇÃO: LUCRO NA PRODUÇÃO COM ÊNFASE NO JUST-IN- TIME

Ementa e Cronograma Programático...

Controle de estoque Aula 03. Prof. Msc. Ubirajara Junior

TPM -Total Productive Maintenance. (Gestão da Manutenção)

Fernando Bracalente, material em desenvolvimento Página 1 de 6 Revisão Data: 1 Julho, 2010

DEFINIÇÃO DE LEAN MANUFACTURING

GESTÃO DE OPERAÇÕES E LOGÍSTICA - ESTOQUES

Mensuração e avaliação do desempenho logístico e nível de serviços. Prof. José Carlos Vaz EACH-USP Curso de Gestão de Políticas Públicas

Sistema de Informação Gerencial SIG

P G Q P. Gestão de Produtividade. Ivan De Pellegrin. Alexandre Soares. Produttare Consultores Associados. Medabil Sistemas Construtivos

Unidade I LOGÍSTICA INTEGRADA. Marinalva R. Barboza

Caso Fábrica de Silos Janes Gausmann

FACULDADE DE JAGUARIÚNA

17/08/2010. Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves

Gestão Laboratorial GESTÃO DE. Prof. Archangelo P. Fernandes

Sumário AS LIÇÕES DA HISTÓRIA 13. O que é a Ciência da Fábrica? 1 PARTE I. 1 A Indústria Norte-Americana 15

Universidade Presidente Antônio Carlos Faculdade de Ciências Humanas e Exatas Curso de Administração Campus VI

LOGO. Sistema de Produção Puxada

12/09/2015. Conceituação do SIG. Introdução. Sistemas de Informações Gerenciais Terceira Parte

FUNDAMENTOS PARA A ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

ATIVIDADES DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP).

UNIDADE VI - Planejamento e Controle de Projetos

Conectando a Montagem aos Processos em Lotes através de Sistemas Puxados Básicos

Conceitos Básicos de Gestão de Projetos

Considerações sobre a Parte I - Histórico e componentes do lean, 74

GESTÃO DA QUALIDADE DE SOFTWARE Introdução

Aplicações de Otimização em Processos Industriais

DEFINIÇÃO DA FUNÇÃO COMPRAS

Introdução à Qualidade. Aécio Costa

Evolução da Disciplina. Logística Empresarial. Aula 2. Logística de Resposta Rápida. Contextualização. Prof. Me. John Jackson Buettgen

Os Sistemas de Informação para as Operações das Empresas e o Comércio Eletrônico Simulado Verdadeiro ou Falso

VISÃO GLOBAL DAS ÁREAS FUNCIONAIS : MERCADOLÓGICA, FINANCEIRA, PRODUÇÃO E DE RECURSOS HUMANOS

1. Introdução. 1.1 Apresentação

estratégias operações

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS

Administração das Operações Produtivas

Estratégia de Operações - Modelos de Formulação - Jonas Lucio Maia

Administração das Operações Produtivas

A BUSCA PELA OTIMIZAÇÃO EM PROCESSOS PRODUTIVOS, ATRAVÉS DE TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO.

Observação: Aqui não esta sendo exposto a questão da estratégia competitiva e os fatores internos e externos à companhia.

FUNDAMENTOS DA EMPRESA ENXUTA

(LOQ4208) Processos da Indústria de Serviços

FORMAÇÃO PRÁTICA LEAN

A Cadeia de Abastecimentos corresponde ao conjunto de processos necessários para: agregar-lhes valor dentro da visão dos clientes e consumidores e

Escolha os melhores caminhos para sua empresa

QUESTIONÁRIO LOGISTICS CHALLENGE 2015 PRIMEIRA FASE

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

Sistema de Administração da Produção

APLICATIVOS CORPORATIVOS

GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS. Vanice Ferreira

Profa. Ghislaine Miranda Bonduelle

Transformando idéias em soluções

7 Pr gramaçã Otimizada

O planejamento, programação e o controle nos ambientes da produção puxada

FTAD Formação Técnica em Administração Módulo de Gestão de Materiais ACI Atividade Curricular Interdisciplinar Prof. Marcus Fontes

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

Curso de Engenharia de Produção. Noções de Engenharia de Produção

Sistemas de Empurrar. Sistemas de Empurrar. Sistemas de empurrar dificilmente vão produzir no tempo necessário (Just-on-time)

Unidade IV LOGÍSTICA INTEGRADA. Profa. Marinalva R. Barboza

Utilização do Kanbans Eletrônicos Integrados à Gestão de Estoques e ao Planejamento

jul-09 1 FURB Pedro Paulo H. Wilhelm & Maurício C. Lopes

GESTÃO DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES. Introdução aos estudos da Administração da Produção

Estrutura Hierárquica de Planejamento e Controle da Produção Estratégico Entradas Ações Saídas Fonte

ESTOCAGEM. Processos e Serviços em Transporte. Curso Técnico em Logística Módulo II. Prof. Esp. Luís Teodoro Peixoto

SIMULADO TURMA 1414 TUTORA TACIANE DISCIPLINA: LOGÍSTICA

Ementários. Disciplina: Gestão Estratégica

Necessidade do cliente Análise. Logística. Reposição de materiais. Armazenamento. Recebimento

Transcrição:

Custo de Produção Modelo de Controle Just in Time (JIT)

Modelos Organizacionais de Empresas Diversificadas Alimentação Mercados Distintos Higiene Beleza Empresa Multiproduto P&D, Fabricação e Marketing Similaridades Tecnológicas, Economia de Escopo e Canais de Comercialização Ades Ex: Unilever Rexona Seda

Empresa Verticalmente Integrada Empresa Verticalmente Integrada Atuação em Diversos Estágios da Cadeia Produtiva Economia de Escala, Redução de Custos de Transação CEMIG CEMIG Geração e Transmissão CEMIG Distribuição CEMIG Comercialização

Conglomerado Gerencial Presente em Vários Mercados Produtos Pouco Relacionados Automóveis Conglomerado Gerencial Mitsubishi Navios Capacidade Gerencial Genérica Eletroeletrônicos... Intercâmbio

Conglomerado Gerencial Banking & Securities Foods Nonferrous Metals Services Chemicals Hotel Organizations Steel Products Commerce Incorporated Foundations Precision Machinery Temporary Work Services Construction Information, Communication & IT Pulp & Paper Textiles & Apparel Consulting & Research Insurance Real Estate Transport Equipment Elderly Care Machinery Resources & Energy Travel & Recreation Electrical Machinery Metal Products Rubber Products, Ceramics & Glass Warehousing & Transport Environments Mining Fonte: <www.mitsubishi.com>

Conglomerado Financeiro Empresa Diversificada Presente em Diversos Mercados (não relacionados) Eletrobras Votorantim Conglomerado Financeiro Valepar BNDESPar Acesso Privilegiado ao Circuito Financeiro Interligação via Controles Financeiros Itaúsa

Companhia de Investimento Volatilidade Visão de curtoprazo Companhia de Investimento Busca constante de Novas Oportunidades (mais rentáveis) MSI Descolada da Função Produção Capital Especulativo

O que é Just in Time (JIT)?

Analogia do lago para abordagem JIT Ataque Estoques seletivo aos problemas Melhoria contínua Opearadores destreinados Retrabalho Problemas Entregas atrasadas ou defeituosas Refugo Filas Quebras Demanda instável A redução do nível de estoque (água) permite que a gerência (navio) observe as falhas da produção (pedras) e busque soluções.

O que o JIT requer? Qualidade Velocidade Confiabilidade Flexibilidade JIT

O JIT como uma Filosofia de Produção Eliminar desperdício Aprimoramento contínuo Envolvimento de todos

Eliminar Desperdício Estoques Superprodução Produtos defeituosos Tempo de Espera Movimentação Transporte Processamento

Aprimoramento Contínuo (Kaizen) Qualidade de gerenciamento Qualidade da produção Qualidade dos serviços Qualidade da mão-de-obra

Envolvimento do todos Diretrizes para todos os funcionários Cultura Organizacional adequada Diretrizes para todos os processos

O JIT como um conjunto de técnicas para a gestão da produção

Práticas Básicas de Trabalho

Projeto para a Manufatura

Foco na Produção

Máquinas Pequenas e Flexíveis

Arranjo Físico e Fluxo

Arranjo Físico por Processo Passos Possíveis ferramentas 1. Análise de fluxos de produtos ou recursos Diagrama de fluxo ou diagrama de-para 2. Identificação e inclusão de fatores qualitativos Diagrama de relacionamento de atividades 3. Avaliação dos dados e arranjo de áreas de trabalho Diagrama de arranjo de atividades 4. Determinação de um plano de arranjo dos espaços Diagrama de relações de espaço 5. Ajuste do arranjo no espaço disponível Planta do local e modelos (templates)

5 Atividades Requisitos de espaço (m 2 ) 1. Programação de materiais 100 2. Embalagem 150 3. Supervisor de materiais 50 4. Recebimento e despacho 300 5. Armazém 600 1 a. Diagrama de-para Diagrama de Fluxo ou De-Para Para Embalagem Recebimento/despacho Armazém Totais De Embalagem 0 400 0 400 Recebimento/despacho 0 0 2000 2000 Armazém 400 1600 0 2000 b. Total de fluxo entre Pares de setores Totais 400 2000 2000 Fluxo Prioridade de proximidade Embalagem e recebimento/despacho 400 E Embalagem e armazém 400 E Armazém e recebimento/despacho 3600 A 2 Diagrama de Relacionamento de Atividades 1. Programação de materiais 2. Embalagem 3. Supervisor de materiais 4. Recebimento e despacho 5. Armazém E (importante), A (muito importante), I (normal), O (desejável) E O I A A E O A E I 3 4 2 3 5 1 P l a n t a d o L o c a l 4 300 m 2 3 50 m 2 Diagrama de Arranjo de Atividades 5 1 100 m 2 600 m 2 Diagrama de Relações de Espaço 2 150 m 2 4

Bebidas Papelaria Higiene pessoal Utensílios domésticos Material de limpeza Cereais Alimentos Enlatados Legumes Frutas Arranjo Físico: Supermercado Peixaria Açougue Queijos e frios Padadria Caixas X Y

Arranjo Físico por Produto Processo em fluxo contínuo (a) Linha de montagem manual (c) Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Etapa 6 Linha de montagem automática (b) Cafeteria processando clientes em linha (d)

Arranjo Físico: Modelo T - linha

Retífica Arranjo Físico Celular To To To To Fr Fresas To To To To Fr Recebimento To Fr Fr Fr Fr Ferramentaria (a) Tornos To Fr Fr Fr Fr Tratamento térmico Tt Tt Tt Tt Fu Fu Fu Fu Fu Fu Furadeiras Expedição Re Re Re Re Retífica Exemplo de célula em escritório (b) X Y Ferramentaria (a) Exemplo de célula de manufatura (b) To To Fresas Recebimento Tornos To To To To To To Fr Fr To To Fr Fr Fr Fr Fr Fr Fr X Tratamento térmico Tt Tt Tt Fu Fu Fu Fu Fu Furadeiras Expedição Re Re Re Re Célula Y Fr Tt Fu Y

Arranjo Locacional

Redução de Set-Up

Envolvimento Total das Pessoas

Visibilidade

Fornecimento de materiais JIT

Composição do tempo de espera Tramitação da ordem Preparação do equipamento Movimentação Espera em fila Processamento Identificação da necessidade do material Tempo de Espera Material disponível para uso

Variedade de produtos vs Variedade de processos JIT Variedade de produtos Variedade de produtos Variedade de produtos Variedade de processos Variedade de processos Variedade de processos Abordagem tradicional Abordagem JIT

Metas inatingíveis JIT Zero defeito Tempo zero de preparação Estoques zero Quebras zero Tempo de espera zero

O JIT como um método de planejamento e controle

Programação puxada Empurrado: Condições para disparar produção: 1. Disponibilidade do material 2. Presença da ordem no programa definida a partir de previsões 3. Disponibilidade do equipamento Demanda Diferença entre sistemas puxados e empurrados Puxado: Condições para disparar produção: 1. Sinal vindo da demanda (quadrado Kanban) com menos de dois produtos (no exemplo) 2. Disponibilidade do equipamento 3. Disponibilidade do material

Controle Kanban Método para operacionalizar o sistema de planejamento e controle puxado Palavra japonesa para cartão ou sinal Kanban de Transporte Kanban de Produção

Kanban de Transporte Usado para avisar o estágio anterior que o material pode ser retirado do estoque e transferido para uma destinação específica

Kanban de Produção Sinal para um processo produtivo de que ele pode começar a produzir um item para que seja colocado em estoque.

JIT vs Qualidade total Retirada deliberada de recursos (estoques ou trabalhadores) Lógica JIT Consciência acentuada dos problemas Fluxo produtivo restaurado, agora com menos recursos Lógica da Qualidade Total Ferramentas da qualidade total buscam as causas raiz Causas raiz atacadas