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Transcrição:

AC no 035.2005.000.557-4/001 1 Poder Judiciário do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça Gabinete da Desembargadora Maria das Neves do Egito de A. D. Ferreira ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL No 035.2005.000.5 001 - SAPÉ RELATORA: Desa Maria das Neves d gito de A. D. Ferreira APELANTE: Banco do Nordeste do asil S/A ADVOGADA: Tamara F. de Holanda Cavalcanti APELADA: Severina Santos de Araújo ADVOGADOS: Marcos de Assis Holmes e Antônio de Araújo Pereira APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXECUÇÃO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CÉDULA DE CRÉDITO COMERCIAL. CÔNJUGE DA APELADA. CREDOR HIPOTECÁRIO. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO. PREJUÍZO. COMPROVAÇÃO. LEGITIMIDADE. NULIDADE DO PROCESSO. DESPROVIMENTO. 1. É parte legítima no processo de execução aqueles que deram garantia hipotecária em pagamento de dívida de terceiro. 2. A ausência da citação do interveniente hipotecário causa a nulidade do processo até o ato citatório, ante o expresso prejuízo sofrido por aquele, especialmente quando a penhora recai sobre bem seu dado em garantia. VISTOS, relatados e discutidos estes autos. ACORDA a Colenda Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal

AC no 035.2005.000557-4/001 2 de Justiça do Estado da Paraíba, à unanimidade, negar provimento ao apelo. Trata-se de apelação cível interposta pelo BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A contra a sentença proferida pelo MM. Juiz de Direito da 2a Vara da Comarca de Sapé que, nos autos dos embargos à execução movidos por SEVERINA SANTOS DE ARAÚJO, julgou procedente o pedido, acolhendo a preliminar de nulidade, decretando a anulação da execução ajuizada pelo apelante, por não ter sido incluído na lide o cônjuge da apelada. O apelante alegou que a execução em tela volta-se contra a firma individual Severina Santos de Araújo ME. Desse modo, a única executada seria a recorrida, única titular da empresa e quem se obrigou por toda a dívida. Foi arguido ainda que o esposo da apelada - Pedro Pereira de Araújo - assinou o título executivo apenas na qualidade de interveniente anuente e hipotecante, haja vista constar do título exequendo um imóvel de sua propriedade, dado como garantia hipotecária. Sendo assim, o consorte da apelada não pode ser responsabilizado pela integralidade da dívida (fls. 91-100). Sem contrarrazões. Neste grau de jurisdição, instada a manifestar-se, a Procuradoria de Justiça ofertou parecer pelo provimento do recurso (fls. 116-118). É o relatório. VOTO: Desa MARIA DAS NEVES DO EGITO DE A. D. FERREIRA Relatora Trata-se de uma apelação que se insurge contra sentença que acolheu a preliminar de nulidade da execução por entender que o cônjuge da executada deveria ser citado, já que dera em garantia uma hipoteca sobre terreno de sua propriedade. A meu ver, com respaldo na melhor doutrina existente, aquele que prestou a garantia deve ser parte (no sentido estrito ou como litisconsorte) na execução. Então não se justifica, sem norma expressa, que pudesse sofrer o desapossamento do bem dado em garantia da dívida, sendo estranho ao processo

AC no 035.2005.000.557-4/001 3 e não podendo a isso se opor. Compulsando os autos do processo de execução, constatei que o consorte da apelada participou da feitura da Cédula de Crédito Comercial na qualidade de interveniente hipotecante, segundo o documento anexado às fls. 14 do referido feito. Sendo assim, entendo que ele deve ser citado, uma vez que a posição do indivíduo que deu bem em garantia é de legitimado passivo, exatamente porque é responsável pelo pagamento do débito juntamente com o executado. Sobre o assunto, Humberto Theodoro Júnior leciona o seguinte: Ressalta-se que é totalmente inadmissível pretender-se executar apenas o devedor principal e fazer a penhora recair sobre o bem do terceiro garante. Se a execução vai atingir o bem dado em caução real pelo não-devedor, este forçosamente terá de ser parte na relação processual executiva, quer isoladamente, quer em litisconsórcio com o devedor. Jamais poderá suportar a expropriação executiva sem ser parte no processo, como é óbvio.' senão vejamos: Esse também é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. HIPOTECÁRIA. - O proprietário do imóvel hipotecado em garantia do pagamento da dívida deve ser citado da execução, ainda que não seja o devedor.' PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. LEGITIMIDADE PASSIVA DO PRESTADOR DE GARANTIA HIPOTECÁRIA. ESCLARECIMENTO QUANTO À LEITURA IDO ACÓRDÃO RECORRIDO. RECURSO ESPECIAL. ADMISSIBILIDADE. QUESTÃO FÁTICA. DESCABIMENTO. REEXAME DE PROVA. - Se a execução vai atingir o bem dado em garantia, os signatários da hipoteca devem integrar a relação processual In Curso de Direito Processual Civil, volume II - Processo de Execução e Processo Cautelar -, editora Forense, Rio de Janeiro, 34a edição, 2003, página 121. 2 REsp. no. 286.172/SP. Rel. Min. Ari Pargendler. Julg. 20.03.2001.

AC no 035.2005.000.557-4/001 executiva. Todavia, não é lícito ao credor exigir daquele que tão somente entregou seu bem em hipoteca, mais do que isso.' EXECUÇÃO. LEGITIMIDADE DE PARTE PASSIVA. MULHER DO AVALISTA, QUE ANUIU À CONSTITUIÇÃO DA GARANTIA HIPOTECÁRIA. COMPROMETIMENTO, INCLUSIVE A SUA MEAÇÃO. - O garante de dívida alheia equipara-se ao devedor. Quem deu a garantia deve figurar no pólo passivo da execução, quando se pretenda tornar aquela efetiva. Precedentes. - Caso em que, ademais, os executados nomearam o bem hipotecado à penhora. Litisconsórcio passivo necessário entre o garante hipotecário e seu cônjuge. - Recurso Especial provido e conhecido.' PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CÉDULA DE CRÉDITO COMERCIAL. DÉBITO GARANTIDO POR HIPOTECA DE BEM DE TERCEIRO. I É parte legítima na execução intentada com fundamento no art. 585, III do CPC, aquele que deu garantia hipotecária em pagamento da dívida de terceiro. II Recurso conhecido e provido.' Assim, no caso, o interveniente hipotecário deve ser citado, já que é o proprietário do imóvel hipotecado. Qualquer outro motivo passível de excluí-lo da execução necessitaria de dilação probatória. Se alguém garante a dívida de outrem em um momento, não pode depois deixar de ser citado para integrar a relação processual de uma eventual execução, até porque o interveniente hipotecário participa da relação material trazida a juízo. Portanto a execução não terá eficácia contra aqueles que não foram citados quando o deveriam ser. 3 RE_sp. no. 114.128/MG. Rel. Min. César Asfor Rocha. 03. 08.03.2000. 4 REsp. no. 212-447/MS. Rel. Min. Barros Monteiro. Dl 09.10.2000. 5 REsp. no. 147.520/MG. Rel. Min. Waldemar Zveiter. DJ. 08.06.98.

AC no 035.2005.000.557-4/001 5 Nessas condições, entendo que a execução deve ser anulada, para que o esposo da apelada seja citado para tal procedimento, pois é o proprietário do bem garantidor da obrigação. Ante o exposto, nego provimento ao apelo, mantendo a sentença em todos os seus termos. É como voto. Presidiu a Sessão ESTA RELATORA, que participou do julgamento com a Revisora a Excelentíssima Doutora MARIA DAS GRAÇAS MORAIS GUEDES (Juíza de Direito Convocada, em substituição à Excelentíssima Desembargadora MARIA DE FÁTIMA MORAES BEZERRA CAVALCANTI) - e com o Excelentíssimo Desembargador MARCOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE. Presente à Sessão o Excelentíssimo Doutor FRANCISCO ANTÔNIO SARMENTO VIEIRA, Promotor de Justiça Convocado. Sala de Sessões da Segunda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, em João Pessoa/PB, 03 de março de 2011. Desa MARIA DAS N DO EGITO DE A. D. FERREIRA e atora

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