Assumir e gerir os conflitos, uma urgência nacional

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Renata Canedo Azeredo
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1 positive organization facilitators Assumir e gerir os conflitos, uma urgência nacional Retrato dos conflitos organizacionais em Portugal Outubro Inquérito concebido pela Convirgente e realizado pela

2 Sumário executivo 1. O conflito em Portugal não está assumido, custando muito às organizações. Por um lado, a conflituosidade é mais elevada em Portugal do que nos países de referência: a taxa de resposta local sobre as causas dos conflitos é sempre superior à média internacional, atingindo o dobro nalguns casos. As causas de conflitos mais frequentes são, por ordem decrescente de taxa de resposta: confronto ou incompatibilidade de personalidades, má gestão de topo, stress, incorrecta definição de responsabilidades ou funções, muito trabalho para recursos humanos escassos e escassa honestidade e frontalidade. 27% dos inqueridos são confrontados com conflitos sempre ou de forma frequente demonstrando-se esgotados e insatisfeitos no seu trabalho e sendo por isso improdutivos, em grande parte devido aos conflitos nunca resolvidos, que representam 15% das ocorrências totais em Portugal. O conflito é visto pela maioria como doloroso, com mais de 50% (comparados com 20% na média internacional) dos inquiridos que declaram sentir-se desmotivados, irritados, frustrados e/ou stressados depois de um conflito. Os conflitos têm poucas consequências positivas: só 21% dos inquiridos declaram já ter sido confrontados com um conflito que originou Conflito organizacional : 1. Qualquer situação onde pessoas têm aparentemente a percepção de objectivos, interesses, princípios ou emoções incompatíveis 2. Qualquer desacordo que rompe o fluxo normal de trabalho. melhor compreensão entre as partes, comparados com 41% na média internacional. Neste contexto, perde-se em Portugal por ano, pelo menos, 270 milhões de horas de trabalho e 1000 milhões devido ao tempo passado com conflitos organizacionais. 2. O conflito não está bem gerido 41% dos inquiridos preferem uma forma negativa de lidar com os conflitos, quer seja a evasão, o confronto ou a cedência. 22% dos respondentes são alheados da realidade porque declaram que nunca estiveram envolvidos pessoalmente num conflito na sua organização e ao mesmo tempo confessam assistir/enfrentar conflitos sempre, de forma frequente, ou algumas vezes. Só 18% dos inquiridos já receberam uma formação dedicada à gestão de conflitos. Metodologia : A amostra foi obtida junto do painel da Netsonda constituído por mais de 50 mil membros, registados voluntariamente ao longo dos últimos 9 anos, através de campanhas de recrutamento diversificadas. A recolha das 933 respostas foi realizada via Entrevista na Internet (CAWI). Os valores de referência internacionais provêm do estudo Fight, flight or face it? conduzido em Julho de 2008 pela OPP em nove países: Alemanha, Bélgica, Brasil, Dinamarca, EUA, França, Holanda, Inglaterra e Irlanda. NB: Ao longo deste relatório, os quadros vermelhos contêm os resultados de uma questão cruzados com uma outra, por exemplo o tamanho da organização, o género, ou qualquer outra dimensão pertinente. Inquérito sobre os conflitos organizacionais em Portugal Outubro

3 Cálculo do tempo e dinheiro perdidos cada ano em conflitos Numa semana de trabalho quanto tempo despende em média com questões relacionadas com conflitos, quer porque ouve os desabafos dos colegas, quer porque é parte no mesmo, quer ainda porque intervém como facilitador entre os seus pares? 39% 28% 14% 10% 3%1% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Menos de 1 hora por semana Entre 1 a 2 horas por semana Entre 2 a 3 horas por semana Entre 3 a 5 horas por semana Entre 5 a 10 horas por semana Mais de 10 horas por semana Figura 1: Tempo gasto em conflitos por semana A nossa abordagem para este cálculo foi privilegiar a subavaliação à sobreavaliação. Utilizámos primeiro as respostas da figura 1 para calcular o tempo médio gasto por colaborador e por semana, excluindo do nosso cálculo os inquiridos que declararam gastar menos de 1 hora por semana. O resultado está apresentado na figura 2 e comparado com os outros países. Portugal aparece como tendo uma boa classificação, mas como veremos adiante, é a árvore que mascara a floresta. Depois, multiplicámos o tempo médio semanal pela população total activa, excluindo os trabalhadores por conta própria (ou seja consignando cerca de 3,9 milhões de pessoas no estudo), e pela quantidade de semanas de trabalho (44). Chegámos assim a um total anual de 270 milhões de horas de trabalho. HOL BE PT UK FR 1,58 Para chegar ao custo de 1000 milhões, multiplicámos o tempo total acima por um salário horário de 3,75, que escolhemos de propósito como mais perto do salário mínimo do que o salário médio oficial de 800 por mês. Claro que este salário exclui os encargos de todo o tipo, sendo mais uma prova de que o nosso cálculo constitui uma subavaliação. DK BR EUA IR DE Figura 2: Tempo médio gasto em conflitos por colaborador e semana (horas) Inquérito sobre os conflitos organizacionais em Portugal Outubro

4 O relatório completo apresenta a frequência, duração, causas, impactos e consequências dos conflitos assim como os modos e as capacidades actuais de gestão dos colaboradores. Se quiser receber esta versão completa, contacte-nos.

Apresentação da Convirgente A Convirgente é a primeira empresa portuguesa de consultoria especializada na prevenção, gestão e resolução de conflitos inter-organizacionais e intra-organizacionais,

A missão da Convirgente consiste em habilitar as organizações a serem mais colaborativas e por isso mais produtivas e rentáveis.

5 Apresentação da Convirgente A Convirgente é a primeira empresa portuguesa de consultoria especializada na prevenção, gestão e resolução de conflitos inter-organizacionais e intra-organizacionais, fundada por quatro mediadores com uma vasta experiência no mundo empresarial português e internacional. A missão da Convirgente consiste em habilitar as organizações a serem mais colaborativas e por isso mais produtivas e rentáveis. A Convirgente conjugou competências de consultoria em gestão, coaching, facilitação, mediação e psicologia positiva, assim como parcerias exclusivas com os melhores consultores estrangeiros, para criar uma oferta de serviços única: Conflito negado Conflito gerido Organização positiva Avaliação pessoal Conflict Dynamics Profile Avaliação organizacional Diagnóstico Plano estratégico Facilitação individual Preparação à negociação Executive Conflict Coaching Facilitação organizacional Workshops de desenvolvimento de competências Preparação de grupo à negociação Trabalho em equipa multicultural ou virtual Optimização de reuniões de direcção Resoluções de situações de crise e restabelecimento da relação Criação de sistemas colaborativos Executive Coaching Facilitação na definição, implementação e seguimento De Decision/Vision-maker até Coach-like leader Associada de : Convirgente Lda Lisboa & São Paulo contacto@convirgente.com

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