O PASS THROUGH DA TAXA DE CÂMBIO PARA ÍNDICES DE PREÇOS: ANÁLISE EMPÍRICA PARA O BRASIL

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1 Revisa de Economia Conemporânea (204) 8(3): p (Journal of Conemporary Economics) ISSN (Versão Impressa) hp://dx.doi.org/0.590/ O PASS THROUGH DA TAXA DE CÂMBIO PARA ÍNDICES DE PREÇOS: ANÁLISE EMPÍRICA PARA O BRASIL Sílvia Verônica Vilarinho Couo a Gilbero Joaquim Fraga b a Programa de Pós Graduação em Economia da Universidade Federal de Sana Caarina (UFSC). b Deparameno de Economia da Universidade Esadual de Maringá (UEM). Arigo recebido em 0/07/203 e aprovado em 6/0/205. RESUMO: O presene arigo objeiva analisar empiricamene a relação enre axa de câmbio e preços no Brasil no período de 999 a 202. Adicionalmene apresena se uma revisão da lieraura eórica e empírica desacando os canais de ransmissão do câmbio para os índices de preços ano no âmbio micro quano macroeconômico. Para alcançar o objeivo proposo, uilizou se o procedimeno economérico de séries emporais aravés do Veor de Correção de Erros. Os resulados enconrados sugerem uma relação de longo prazo enre câmbio e os índices de preços domésicos em análise, embora seja possível consaar um grau de pass hrough incompleo. Observa se ambém que o repasse é maior para o índice de preços (IGPDI) com maior componene de preços por aacado. PALAVRAS CHAVE: Pass hrough; preços; nova macroeconomia abera. CLASSIFICAÇÃO JEL: F3; F37; F4. Correspondência para Sílvia Verônica Vilarinho Couo. veronicavilarinho@homail.com.

2 334 Rev. Econ. Conemp., Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p , se-dez/204 Couo, S.V.V.; FRAGA, G.J. O pass-hrough da axa de câmbio para índices de preços: análise empírica para o Brasil 335 O PASS THROUGH DA TAXA DE CÂMBIO PARA ÍNDICES DE PREÇOS: ANÁLISE EMPÍRICA PARA O BRASIL (*) Sílvia Verônica Vilarinho Couo a Gilbero Joaquim Fraga b RESUMO: O presene arigo objeiva analisar empiricamene a relação enre axa de câmbio e preços no Brasil no período de 999 a 202. Adicionalmene apresena se uma revisão da lieraura eórica e empírica desacando os canais de ransmissão do câmbio para os índices de preços ano no âmbio micro quano macroeconômico. Para alcançar o objeivo proposo, uilizou se o procedimeno economérico de séries emporais aravés do Veor de Correção de Erros. Os resulados enconrados sugerem uma relação de longo prazo enre câmbio e os índices de preços domésicos em análise, embora seja possível consaar um grau de pass hrough incompleo. Observa se ambém que o repasse é maior para o índice de preços (IGPDI) com maior componene de preços por aacado. THE EXCHANGE RATE PASS THROUGH TO THE PRICE INDICES: EMPIRICAL ANALYSIS FOR BRAZIL ABSTRACT: This paper aims o examine he relaionship beween exchange rae and prices in Brazil from 999 hrough 202. Also presens a survey of heoreical and empirical lieraure highlighing he ransmission channels of exchange price indexes in boh he micro and macroeconomic. Empirical analysis uses ime series economeric procedure hrough he Vecor Error Correcion. The main findings sugges a long erm relaionship beween exchange raes and domesic prices under consideraion, alhough i is possible o noe a degree of incomplee pass hrough is also observed ha he ransfer is greaer for he price index (IGPDI) wih higher componen prices wholesale. KEYWORDS: Pass hrough; price; New Open Macroeconomics. PALAVRAS CHAVE: Pass hrough; preços; nova macroeconomia abera. CLASSIFICAÇÃO JEL: F3; F37; F4. * Arigo recebido em 0/07/203 e aprovado em 6/0/205. a Programa de Pós Graduação em Economia da Universidade Federal de Sana Caarina (UFSC). Conao: veronicavilarinho@homail.com. b Deparameno de Economia da Universidade Esadual de Maringá (UEM).

3 336 Rev. Econ. Conemp., Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p , se-dez/204 Couo, S.V.V.; FRAGA, G.J. O pass-hrough da axa de câmbio para índices de preços: análise empírica para o Brasil 337. INTRODUÇÃO 2. TAXA DE CÂMBIO E PREÇOS: ASPECTOS TEÓRICOS E EMPÍRICOS Na década de 970 as discussões sobre a validade da Lei do Preço Único (LPU) e da Paridade do Poder de Compra (PPC) começaram a ser quesionadas, pois esudos empíricos mosravam que no curo prazo as variações na axa de câmbio não são inegralmene repassadas aos preços, como deveria ocorrer caso vigorasse a LPU e a PPC. O debae sobre o grau de pass hrough (repasse) da axa de câmbio para os preços passou a er desaque nas discussões ano acadêmicas quano de formuladores de políicas. Um bom enendimeno dessa relação é de suma imporância para os policymakers nas omadas de decisões. De acordo com Campa e Goldberg (2002), o pass hrough do câmbio pode ser definido como a variação percenual nos preços dada uma variação de % na axa de câmbio. Caso a LPU e a PPC fossem válidas, o grau de pass hrough seria igual a um, ou seja, compleo. Nesse conexo surge, enão, uma nova agenda de pesquisa, que é consaara magniude e quais os faores podem influenciar no nível do repasse cambial. Eses esudos podem ser, de maneira geral, divididos em dois grupos: enfoque microeconômico e o macroeconômico. Do pono de visa microeconômico, procurou se inferir como a organização indusrial influencia o repasse do câmbio para os preços dos bens de acordo com o seor. Já o enfoque macroeconômico preocupa se em verificar a relação enre o pass hrough incompleo e o nível geral de preços na economia e suas implicações na formulação de políica econômica. Recenemene, a Nova Macroeconomia Abera em dado grande desaque para o papel do pass hrough na escolha de políicas óimas (ver Adolfson, 200; e Corsei, 2007). Nese cenário, o objeivo dese rabalho é esimar o grau de pass hrough de longo prazo para a economia brasileira pós meas de inflação aé 202 sob o enfoque macroeconômico. Segundo Campa e Goldberg (2005), no longo prazo a elasicidade do pass hrough deve ser próxima à unidade, ou seja, no longo prazo o pass hrough se orna quase compleo. Para alcançar o objeivo proposo uiliza se o Veor de Correção de Erro aravés do procedimeno de Johansen (988). Além desa inrodução, o arigo esá organizado da seguine forma: a segunda seção apresena uma revisão das eorias do pass hrough e os rabalhos empíricos relevanes sobre o ema; a erceira seção apresena o modelo eórico que dará supore às esimaivas; a quara seção apresena as variáveis uilizadas e, ambém, os procedimenos economéricos; na quina seção são apresenados os resulados obidos e, por fim, as considerações finais. 2.. Pass hrough: perspeciva micro e macroeconômica O esudo da relação enre a axa de câmbio e preços dos bens em sido alvo de esudos há muio empo, acenuando se após 970 com o fim do sisema de Breon Woods e a adoção de axas de câmbio fluuanes por diversos países. De acordo com Menon (995), as fluuações da axa de câmbio não alcançaram as expecaivas de equilibrar o balanço de pagameno das nações como previso pela condição Marshall Lerner. Para o auor, foi ese conexo que esimulou diversos auores a buscarem explicações alernaivas para o cenário econômico, volando se para o esudo da relação enre a axa de câmbio e o preço dos bens comercializados inernacionalmene. Quano ao grau de repasse cambial, Rogoff (996, p. 665) argumena que é possível que alerações na axa de câmbio nominal não sejam oalmene repassadas, [a]s a consequence of various adjusmen coss, here is a large buffer wihin which nominal exchance raes can move wihou producing an immediae proporional response in relaive domesic prices. O pass hrough da axa de câmbio é definido por Kannebley Júnior (999) como a elasicidade preço da exporação/imporação com relação àaxa de câmbio. O grau de pass hrough mosra a variação percenual dos preços domésicos em face da variação de % na axa de câmbio. Segundo Colbano (2006), o grau de pass hrough pode ser nulo e as variações cambiais não são repassadas aos preços, o pass hrough pode ser compleo, igual a um, dese modo, as variações cambiais são oalmene repassadas aos preços e o pass hrough pode enconrar se enre zero e um, nese caso, apenas pare da variação cambial é repassada ao preço, resulando em um pass hrough incompleo. O repasse cambial pode ser ano no âmbio macro (país ou grupo de países) quano microeconômico (seores de aividade ou em nível de firmas). Denre os esudos pioneiros pode se desacar Dornbusch (985) e Feensra (987). Esses auores invesigaram desacando fenômenos microeconômicos na dinâmica de ajuse. Já nos anos 990, Menon (995) amplia a análise para desacar ambém a caracerísica do produo. Para enender porque o pass hrough é incompleo, Kneer e Goldberg (997) seguiram de um cenário de compeição imperfeia e o conceio de Price o Marke apresenado por Krugman (986) para consruir um modelo em que a discriminação de preços em implicações na dinâmica do rapasse cambial. Nessa mesma perspeciva enconra se a pesquisa de Gus e al. (200).

4 338 Rev. Econ. Conemp., Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p , se-dez/204 Couo, S.V.V.; FRAGA, G.J. O pass-hrough da axa de câmbio para índices de preços: análise empírica para o Brasil 339 Nos anos 2000 vários esudos enfaizaram o papel de variáveis macroeconômicas como condicionanes adicionais para o pass hrough incompleo. Taylor (2000); Goldfajn e Werlang (2000); Gagnon e Ihrig (2004) e Goldberg e Campa (2005) adicionaram variáveis de conrole como, por exemplo, aberura comercial e pressão de demanda (gap do produo) na equação de pass hrough A nova macroeconomia abera e o pass hrough Como ressala Mark (200), o modelo da nova macroeconomia abera ganhou desaque com o rabalho de Obsfeld e Rogoff (995).Um dos principais avanços do modelo apresenado pelos auores é a incorporação da rigidez nominal de preços para analisar o comporameno da axa de câmbio e a ransmissão inernacional das políicas macroeconômicas. Para Corsei (2007), a nova macroeconomia abera em como objeivo fornecer um novo quadro eórico para analisar economias aberas e ambém a escolha de políicas óimas e esabilização. De acordo com Bacchea e Van Wincoop (2002), denre ouros, um dos principais objeos de esudo da nova macroeconomia abera é analisar como o pass hrough do câmbio para o preço dos bens imporados é influenciado pela escolha da moeda por pare da firma exporadora, na qual os bens serão comercializados. O exporador pode opar por expressar seus preços em sua própria moeda, hipóese chamada de producer currency pricing (PCP), ou o preço do bem pode ser expresso na moeda do seu comprador, hipóese chamada de local currency pricing (LCP). Corsei (2007) mosra que se o exporador fixa seus preços em sua própria moeda, PCP, o preço dos bens imporados irá variar proporcionalmene a alerações na axa de câmbio. No enano, se o exporador escolhe o LCP, variações na axa de câmbio não influenciarão o preço dos bens imporados. Goldberg e Campa (2005) pesquisaram o pass hrough para os preços dos bens imporados para 25 países da OCDE, verificando se prevalecia o PCP, o LCP ou o pass hrough incompleo. O local currency pricing implica em um pass hrough nulo, enquano que o producer currency pricing equivale ao pass hrough compleo. Os auores rejeiam ambas as hipóeses, LCP e PCP, no curo prazo, nese caso, prevaleceu o pass hrough incompleo; porém, os resulados sugerem que no longo prazo exise uma convergência para o PCP na maioria dos países. O debae enre opar pelo LCP ou PCP em grande impaco na condução da políica macroeconômica de um país. De acordo com Colbano (2006), uma vez que a escolha enre o LCP e o PCP em grandes impacos sobre o repasse cambial, esa escolha pode deerminar a magniude dos efeios de um choque cambial sobre as exporações e imporações dos países. No conexo da nova macroeconomia abera e do pass hrough cambial surgiram diversos rabalhos discuindo políica moneária óima. Devereux (200) analisa quais são as possíveis regras de políica moneária de acordo com o grau de flexibilidade da axa de câmbio. Para o auor, a escolha da políica moneária óima e do regime cambial depende do grau do pass hrough para o nível de preços dos bens comercializáveis da economia, caso o pass hrough seja alo, qualquer decisão de políica moneária enfrenará um rade off enre fluuações no produo da economia ou na inflação. Caso o pass hrough do câmbio para os bens comercializáveis seja baixo, o rade off enre produo e inflação não será ão significaivo. Devereux (200) ainda afirma que há diferença de políicas óimas em países emergenes e países indusrializados, uma vez que, para o auor, o grau de pass hrough em países emergenes é maior. Adolfson (200) ambém raa da políica moneária óima e o pass hrough incompleo em um regime de meas de inflação, considerando a imporância do canal do câmbio como mecanismo de ransmissão de políica moneária. O auor desaca rês resulados imporanes em seu rabalho: o primeiro resulado é sobre a reação da políica moneária frene a choques exernos e inernos. Com um pass hrough incompleo e baixo, o impaco de variações na axa de câmbio para a inflação diminui, dese modo, frene a choques exernos o ajuse na axa de juros será menor. O segundo resulado é sobre o rade off enre volailidade do produo ou da inflação, que diminui na presença do pass hrough incompleo, já que a economia esará menos vulnerável a fluuações na axa de câmbio. Por fim, o pass hrough baixo, que, para Adolfson (200), é resulado da maior rigidez nominal de preços, leva a maior volailidade da axa de câmbio para permiir o ajuse dos preços relaivos (Pi/Pi*). Já para Corsei e Peseni (2005), considerando economias aberas, políicas que êm como objeivo cenral conrolar a inflação e o nível do produo podem resular em um nível inferior de bem esar do consumidor. Segundo os auores, a inerdependência enre os países em economias aberas faz com que as políicas voladas apenas para o mercado inerno não sejam ão eficienes em comparação à possível cooperação de políica enre os países. Assim, o pass hrough aparece como uma informação imporane para delinear as políicas óimas do país. Um grau de pass hrough baixo em países preocupados apenas com a inflação e o produo inerno pode levar a auoridade moneária a negligenciar os efeios das fluuações cambiais. Já um país que ambém se preocupa com a volailidade da axa de câmbio ende a agir de maneira semelhane aos demais países, conribuindo para a redução da volailidade da axa de câmbio. Dese modo, os auores acrediam que na presença do pass hrough incompleo a cooperação enre os países na escolha de suas políicas óimas irá sempre resular em ganhos de bem esar.

5 340 Rev. Econ. Conemp., Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p , se-dez/204 Couo, S.V.V.; FRAGA, G.J. O pass-hrough da axa de câmbio para índices de preços: análise empírica para o Brasil Trabalhos empíricos sobre o grau de pass hrough para o Brasil O grau de pass hrough no Brasil já foi esimado por alguns auores e por diferenes abordagens. Esa seção apresena alguns deses esudos e seus resulados. Kannebley Junior (2000) analisa o pass hrough do câmbio para as exporações brasileiras de 984 a 997. O rabalho é feio a parir do esudo de séries de empo para 0 seores exporadores do país, responsáveis por aproximadamene 56% do oal das exporações. O auor esima que, para seis seores no curo prazo e see seores no longo prazo, o pass hrough é nulo. Dois seores no curo prazo e apenas um seor no longo prazo apresenaram pass hrough diferene de zero. Pereira e Carvalho (2000) analisam o efeio de uma depreciação cambial para os cusos dos principais seores da economia brasileira. De acordo com os auores, uma desvalorização cambial afea os preços da indúsria por dois canais, os cusos de produção e o mark up. Em relação aos cusos de produção o impaco será maior, quano maior for a parcela de insumos imporados na produção do bem. Já em relação ao mark up, em uma economia abera a desvalorização do câmbio diminui a concorrência exerna, e isso pode levar as firmas a ampliarem suas margens sem perder sua parcela de mercado. Por ouro lado, a elevação dos cusos pode ser, em pare, absorvida aravés de uma redução do mark up, havendo, assim, duas possibilidades. Para Pereira e Carvalho (2000), a resposa dos cusos a uma variação cambial é quase imediaa e direa, dese modo, a análise preocupa se mais em deerminar a sensibilidade das esruuras de cusos seoriais diane de variações no câmbio, considerando o mark up esável. A parir dessa análise é esimado o impaco de um choque exerno no índice de preços ao consumidor. Segundo os auores, uma depreciação nominal de 50% gera uma pressão sobre a esruura de cusos, aravés de encadeamenos inerseoriais, capaz de elevar a inflação ao consumidor em aproximadamene 8,2%. O grau de pass hrough do câmbio para os preços no Brasil ambém é calculado por Moneiro, Carneiro e Wu (2002). Nese rabalho os auores discuem a melhor forma de se esimar o repasse cambial, aravés de mecanismos lineares ou mecanismos não lineares. Para isso uilizam o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA) e seus subgrupos. Inicialmene os auores calculam a curva de Phillips Backward Looking uilizada pelo Banco Cenral do Brasil para o IPCA e seus subgrupos para o período enre o erceiro rimesre de 994 aé o quaro rimesre de 200com dados rimesrais. Além de esimar o grau de pass hrough para o IPCA fechado, os auores ambém desagregam o IPCA em preços livres e adminisrados e subdivide os preços livres em indusrializados, serviços e alimenos exceo alimenos indusrializados para poder analisar a sensibilidade desses grupos a variações na axa de câmbio. Os auores ressalam que a esimação do pass hrough aravés do modelo linear não apresena resulados significaivos para os preços adminisrados, enquano que para preços livres o resulado é significaivo, indicando que as variações no câmbio afeam apenas os preços livres. O subgrupo mais significaivo denro dos preços livres é o de produos indusrializados. Já com o modelo não linear os resulados foram significaivos ano para os preços livres quano para os preços adminisrados, e ambém apresenou resulados significaivos em odos os subgrupos dos preços livres. Para Carneiro, Moneiro e Wu (2002), o modelo não linear é capaz de capurar relações que não são possíveis de alcançar com o modelo linear, sendo assim, o modelo não linear apresena ganhos de especificação. Já o pass hrough esimado pelo modelo linear em 200 foi,9%, e o esimado pelo modelo não linear foi 2,9%. Adicionalmene os auores afirmam que, devido ao amanho reduzido da amosra, os resulados possuem limiações. Ouro rabalho que esima o grau de pass hrough para o Brasil foi realizado por Belaisch (2003). A auora uiliza o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), o índice geral de preços (IGP DI) e o índice de preços ao aacado (IPA) para o pass hrough em diferenes seores da economia. De acordo com a auora, uma depreciação prolongada pode gerar um pass hrough reprimido que acabará resulando em um aumeno repenino da inflação. Para capar esses efeios na esimação do grau do repasse cambial é uilizado o modelo de Veores Auorregressivos com dados mensais de julho de 999 a dezembro de 2002 das séries de axa de câmbio, índice de preços, uma proxy para choques de ofera e um indicador de demanda agregada. Os resulados alcançados por Belaisch (2003) mosram que um choque na axa de câmbio apresena um efeio pequeno e leno sobre o IPCA, sendo o pico aproximadamene um rimesre depois do choque e em seis meses o efeio é zero. Sobre o IPA a resposa ao choque é muio maior e mais rápida, com o pico um mês após o choque e permanecendo aé o oiavo mês. Já o IGP DI é um meio ermo enre o IPCA e o IPA, a resposa ao choque é mais rápida, porém, o efeio é mais curo. A auora ambém faz a divisão enre bens comercializáveis e preços livres, que são mais sensíveis a choques na axa de câmbio, bens não comercializáveis que, embora menos sensíveis, apresenam um período de ajuse maior e preços adminisrados que respondem mais rápido do que os preços livres, porém, com um ajuse muio rápido. O grau de pass hrough esimado por Belaisch (2003) mosra que o IPA, os bens comercializados e os preços livres apresenam o maior grau de pass hrough, e os preços adminisrados apresenam o menor grau. Fazendo uma comparação inernacional, o grau de repasse cambial no Brasil é menor do que o padrão inernacional, principalmene menor do que os países da América Laina, 6% conra 20%, respecivamene, de pass hrough, um rimesre após um choque na axa de câmbio.

6 342 Rev. Econ. Conemp., Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p , se-dez/204 Couo, S.V.V.; FRAGA, G.J. O pass-hrough da axa de câmbio para índices de preços: análise empírica para o Brasil 343 Uma esimação mais recene do grau de pass hrough para o Brasil é feia por Souza e Alves (200). O modelo uilizado pelos auores se assemelha basane ao modelo uilizado por Belaisch (2002), embora uilizem apenas o IPCA e sem desagregações. As variáveis uilizadas para esimar o pass hrough foram o IPCA, a axa de câmbio comercial, índice de preço do peróleo e o índice de produção indusrial com dados mensais do período de 999 a De acordo com os auores, o período de análise apresena diferenes momenos que podem influenciar na esimação do repasse cambial. A amosra foi dividida em duas, um primeiro período enre 999 e 2002 e o segundo período de 2003 a No primeiro período o pass hrough foi esimado aravés do Veor de Correção de Erro, e no segundo período foi uilizado o Veor Auorregressivo Esruural. O pass hrough cambial esimado pelos auores para o primeiro período foi 3,35% logo no primeiro rimesre e 3,57% no sexo rimesre. No segundo período o pass hrough esimado foi,29%, e,78% no primeiro e sexo rimesres, respecivamene. De acordo com os auores, alguns faores da conjunura macroeconômica conribuíram para essa diferença do grau pass hrough enre os dois períodos, como, por exemplo, a mudança do regime cambial e as eleições de 2002 no primeiro período, e o crescimeno do PIB, a esabilidade dos preços e a endência de apreciação cambial no segundo período. P = aep* (2) No enano, Campa e Goldberg (2005) ressalam que para gerar um modelo econômico mais represenaivo é melhor parir do comporameno do preço do exporador. O preço do exporador depende da sua demanda e esruura de cusos: xj, x x P = mkup cmg (3) Em (3), cmg é o cuso marginal e mkup é o mark up. As variáveis minúsculas esão em logarimo. O mark up depende de caracerísicas específicas de cada indúsria e das condições macroeconômicas, que os auores expressam em função do câmbio: mkup x =φ + Φ e (4) Em (4) ϕ são os faores específicos da indúsria e represena a axa de câmbio, e Φ é a elasicidade da axa de câmbio. O cuso marginal da firma exporadora depende da demanda do bem no país inerno e do preço dos insumos no país exporador. O preço dos insumos depende dos salários no mercado do exporador enquano que a demanda depende da renda gasa com bens subsiuos inernamene: 3. MODELO TEÓRICO O modelo uilizado nese rabalho para esimar o coeficiene de pass hrough do câmbio para os preços domésicos é baseado no modelo desenvolvido por Campa e Goldberg (2005). O modelo pare da Lei do Preço Único, sendo que para o país j: mj, j xj, P = E P () Em () P m são os preços domésicos; P x, os preços exernos; e E, a axa de câmbio nominal. A lei do preço único esa essa equação para bens individuais comercializados enre os países enquano que paridade do poder de compra esa essa mesma equação uilizando índices de preços para ver se a relação se maném. No enano, empiricamene essa relação não se verifica, resulando assim no pass hrough incompleo, que, de acordo com Campa e Goldberg (2002), é o percenual de mudança nos preços imporados resulane da variação de % na axa de câmbio enre o país imporador e o exporador. A equação da lei do preço único pode ser reescria com um desvio da seguine maneira: x x cmg = c0y + c w (5) Em (5) y represena as condições de demanda do mercado de desino e w x, os salários. Dese modo, é possível reescrever a equação dos preços domésicos: m x 0 p = φ + ( + Φ ) e + c y+ cw (6) De acordo com Campa e Goldberg (2005), a equação (6) permie que o pass hrough varie de acordo com a esruura de compeição. Caso Φ = 0, prevalece o producer currency pricing, ou pass hrough compleo, caso Φ =, prevalecerá o local currency pricing,ou pass hrough nulo e os exporadores absorvem as variações na axa de câmbio nos seus mark ups. Com base no modelo eórico desenvolvido por Campa e Goldberg (2005), propõe se no presene rabalho esimar a seguine equação aravés da meodologia do veor de correção de erro: p = α+ βe + ϕgap + δppi + γaber + ε (7)

7 344 Rev. Econ. Conemp., Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p , se-dez/204 Couo, S.V.V.; FRAGA, G.J. O pass-hrough da axa de câmbio para índices de preços: análise empírica para o Brasil 345 Em (8) é o nível de preços domésico 4 (IGP DI e IPCA); e é a axa de câmbio; gap, o hiao do produo; ppi, o índice de preços ao produor dos Esados Unidos; e aber represena o grau de aberura. Adicionalmene ao modelo desenvolvido por Campa e Goldberg (2005), a especificação empírica, a ser esada, inclui oura variável de conrole, que é o grau de aberura comercial que, segundo Goldfajn e Werlang (2000), possui uma relação posiiva com o grau de pass hrough. Há ambém o hiao do produo, uilizado frequenemene na lieraura sobre o pass hrough como pressão de demanda. Quano ao cuso dos insumos exernos é uilizado o índice de preços ao produor dos Esados Unidos (PPI). De acordo com Marazzi e al. (2005), o PPI é uma proxy mais apropriada para cusos de produção do que o índice de preços ao consumidor. 4. DADOS E PROCEDIMENTO ECONOMÉTRICO 4.. BASE DE DADOS Para esimar o coeficiene do pass hrough do câmbio para os preços serão uilizadas as seguines variáveis: IPCA, IGP DI, axa de câmbio nominal, PIB, índice de preços ao produor dos Esados Unidos (PPI) e aberura comercial. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Insiuo Brasileiro de Geografia e (IBGE), é o índice oficial de inflação no Brasil desde a adoção do Regime de Meas de Inflação (RMI) em 999. O IGPDI é calculado pelo Insiuo Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Geulio Vargas. Além dos índices de preços será uilizada ambém a axa de câmbio nominal mensal média, definida como preço da moeda esrangeira em unidades da moeda local (R$/US$), disponibilizada no sie do Ipeadaa. As demais variáveis de conrole são: o hiao do produo, PPI e aberura comercial. O hiao do produo (gap) pode ser definido como a diferença enre o produo efeivo e o produo poencial de uma economia. Ele foi obido aravés do filro Hodrick Presco, uilizando a série do PIB mensal a preços correnes calculada pelo Bacen. Para o índice de preços ao produor dos Esados Unidos (PPI) uilizou se a série disponibilizada pelo Fundo Moneário Inernacional. Já a aberura comercial (aber) foi consruída aravés da correne de comércio mensal em proporção do PIB mensal disponibilizado pelo Bacen. 4 As variáveis minúsculas esão em logarimo PROCEDIMENTO ECONOMÉTRICO Essa seção visa a apresenar sumariamene os procedimenos economéricos que serão uilizados para esimação do pass hrough da axa de câmbio para os índices preços. A equação (8) será esimada aravés do procedimeno conhecido como Veor de Correção de Erro (VEC), porém, anes de realizar a esimação é necessário realizar uma série de procedimenos a fim de verificar a presença de raiz uniária e coinegração Primeiro é realizado o ese Dickey FullerAumenado (ADF) e o ese Kwiakowski, Phillips, Schmid e Shin (KPSS) para verificar a presença de raiz uniária nas séries, ou seja, verificar a esacionariedade das séries. De acordo com Enders (995), a regressão enre séries não esacionárias pode resular no chamado fenômeno da regressão espúria. O ese ADF esa a hipóese nula de exisir uma raiz uniária conra a hipóese alernaiva de que a série é esacionária aravés da esimação da seguine regressão: m 2 ( ) ( i= ) i ( i) (8) Y = β + β + δy + Σ α Y + ε m Y = β + β + δy + α Y + ε 2 i i i= (9) Em (9) ε é um ermo de erro de ruído branco puro e DY i = (Y Y 2 ), sucessivamene. A hipóese nula é que δ = 0, nesse caso não é possível rejeiar a hipóese nula de que a série não é esacionária, já a hipóese alernaiva é que δ < 0, nese caso, sendo rejeiada a hipóese nula, a série é esacionária. Já o ese KPSS, diferene do ADF, em como hipóese nula a série ser esacionária conra a hipóese alernaiva de a série apresenar raiz uniária. De acordo com Hornok e Larsson (2000), os eses convencionais de raiz uniárias êm baixo poder em avaliar processos esacionários, o que pode levar a rejeiar a hipóese de esacionariedade quando, na verdade, a série é esacionária. Dese modo, o ese KPSS complemena a análise de raiz uniária nas séries, corroborando o ese ADF. Depois dos eses de raiz uniária é realizado o ese de coinegração de Johansen (988). Para Enders (995) é comum exisir uma relação linear enre variáveis esacionárias; essa relação recebe o nome de coinegração. Bueno (2008, p. 203) define coinegração conforme Engle e Granger (987). Para esses auores, quando os elemenos de um veor X, n, são dios coinegrados de ordem (d, b), denoados por X CI(d,b), se: i) Todos os elemenos de X são inegrados de ordem d. ii) Exise um veor não nulo, β, al que: u = X' b (d b),b>0 De acordo com a primeira condição, as consanes devem possuir mesma ordem de inegração e a segunda condição implica que a combinação linear de X e o veor de

8 346 Rev. Econ. Conemp., Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p , se-dez/204 Couo, S.V.V.; FRAGA, G.J. O pass-hrough da axa de câmbio para índices de preços: análise empírica para o Brasil 347 coinegração β é inegrada de ordem (d b). Segundo Bueno (2008), no longo prazo,, o que significa que há uma combinação linear perfeia enre os elemenos no senido de que eles seguem uma endência comum, no enano, essa relação de longo prazo pode ser alerada emporariamene por choques de curo prazo, represenados por u, que se dissipam no empo. Dado que u é esacionário, a eoria sobre a coinegração se preocupa em uilizar essa informação para melhor ajusar o modelo de Veores Auorregressivos (VAR), resulando em um modelo de Veor de Correção de Erro (VEC), que assume a seguine forma: Γ i x = x + Γi x + ε (0) ƒ p i= Em (0) Φ = αβ', sendo α a mariz de ajusameno e β a mariz de coinegração; e p =, sendo A i um veor de consanes do VAR. A i i=+ j De acordo com Bueno (2008), o VEC recebe esse nome por explicar x por dois faores, Φx, que mosra a relação de longo prazo enre as variáveis, e Γ i x, que mosra a relação de curo prazo. i= O ese de coinegração que será realizado foi proposo por Johansen (988). Segundo Bueno (2008), o objeivo do ese é definir o poso da mariz Φ para que seja possível esimar os veores de coinegração da mariz β. Sendo Φ uma mariz n n, o poso dessa mariz será r < n caso haja coinegração. Johansen desenvolveu dois eses, o ese do raço e o ese de máximo auovalor. O ese do raço considera a hipóese nula de r* veores de coinegração conra hipóese alernaiva der > r*. Já o ese de máximo auovalor, ambém chamado de razão de verossimilhança, em como hipóese nula a exisência de r* veores de coinegração conra a hipóese alernaiva de r* + veores de coinegração. 5. ANÁLISE EMPÍRICA Anes de realizar a esimação do VEC é necessário realizar uma série de procedimenos a fim de verificar a presença de raiz uniária, coinegração e deerminar a quanidade de lags a ser uilizada. Foram realizados dois eses para verificar a presença de raiz uniária nas séries e para verificar a ordem de inegração; uilizou se o ese Dickey Fuller Aumenado (ADF) e, ambém, o ese Kwiakowski Phillips Schmid Shin (KPSS). Os resulados dos eses são apresenados na abela a seguir. p Tabela Resulado do ese de raiz uniária de ADF e KPSS (999 20) Tese ADF Tese KPSS Variável Valores Críicos Valores Críicos P valor (τ) % 5% (η) 5% % l_igpdi*,749 0,7289 4,022 3,443 0,675 0,46 0,26 Dl_igpdi 5,925 0,0000 3,492 2,886 0,0706 0,46 0,26 l_ipca* 0,883 0,9579 4,022 3,443 0,7 0,46 0,26 Dl_ipca 5,894 0,0000 3,492 2,886 0,0938 0,46 0,26 l_câmbio,69 0,4357 3,492 2,886 0,533 0,46 0,26 Dl_câmbio 0,063 0,0000 3,492 2,886 0,0879 0,46 0,26 l_ppi*,99 0,6447 4,022 3,443 0,75 0,46 0,26 Dl_ppi 8,699 0,0000 3,492 2,886 0,0364 0,46 0,26 Gap 6,85 0,0000 3,492 2,886 0,0836 0,46 0,26 l_aber 4,799 0,000 3,492 2,886 0,43 0,46 0,26 Dl_aber 8,694 0,0000 3,492 2,886 0,0249 0,46 0,26 Noas: (*) variável esada com endência. A Tabela mosra que odas as séries, com exceção do hiao do produo (gap) e da correne do comércio (l_aber), são não esacionárias em nível de acordo com o ese ADF. Dese modo foi uilizada a série na primeira diferença dessas variáveis e novamene aplicou se o ese ADF. Os resulados foram significaivos, o que significa que as séries são inegradas de ordem I(). O ese KPSS confirma os resulados enconrados pelo ese ADF. Tabela 2 Resulado do ese de raiz uniária de ADF e KPSS ( ) Variável (τ) Tese ADF P valor Tese KPSS Valores Críicos Valores Críicos % 5% (η) 5% % l_igpdi*,356 0,8735 4,034 3,447 0,24 0,46 0,26 Dl_igpdi 5,547 0,000 4,034 3,448 0,063 0,46 0,26 l_ipca* 2,82 0,895 4,034 3,447 0,27 0,46 0,26 Dl_ipca 6,24 0,000 4,034 3,448 0,56 0,46 0,26 l_câmbio 2,352 0,556 3,504 2,889 0,362 0,46 0,26 Dl_câmbio 7,08 0,000 3,504 2,889 0,0335 0,46 0,26 l_ppi*,776 0,762 4,034 3,447 0,2 0,46 0,26 Dl_ppi 7,379 0,000 4,034 3,448 0,033 0,46 0,26 Gap 5,605 0,000 3,504 2,889 0,0 0,46 0,26 l_aber 3,97 0,009 3,504 2,889 0,08 0,46 0,26 Dl_aber 3,463 0,000 3,504 2,889 0,03 0,46 0,26 Noas: (*) variável esada com endência.

9 348 Rev. Econ. Conemp., Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p , se-dez/204 Couo, S.V.V.; FRAGA, G.J. O pass-hrough da axa de câmbio para índices de preços: análise empírica para o Brasil 349 A Tabela 2 apresena os resulados dos eses de raiz uniária para o segundo período analisado, com exceção das séries do hiao do produo e da correne de comércio que são esacionárias em nível, as demais séries são inegradas de ordem I(). Anes de esimar o VEC é necessário verificar a coinegração enre as séries e ambém especificar o número de defasagens para eliminar a auocorrelação nos resíduos. Os resulados desse ese são apresenados na Tabela 3. Tabela 3 Resulado do ese para a deerminação do número de defasagens LL LR DF P FPE AIC HQIC SBIC 0 76,57 8,20e 5 5,4023 5,3538 5, ,72 262, ,60e 22 32,48 3,7754 3, ,5 233, ,60e 22 33,777 32,5473* 3,6259* ,85 58, ,0,70e 22 33,090 32,688 30, ,73 89,766* 36 0,6e 22* 33,2069* 3, ,2229 De acordo com a Tabela 3, opou se por uilizar quaro defasagens por er sido significane em um número maior de eses, LR, FPE e AIC. Deerminado o número de defasagens, foi realizado o ese de coinegração de Johansen para verificar a exisência de coinegração enre as séries para os dois períodos. As Tabelas 4 e 5 a seguir apresenam os resulados do ese de coinegração considerando o IGPDI. Tabela 4 Tese de coinegração de Johansen, variáveis l_igpdi, l_câmbio, gap, l_aber e l_ppi (999 20) Eigenvalue :r r* H :r r* λ raço :r = r* H :r r* + λ máximo 0 5,26 68,520 5,62 33,460 0,286 64,054 47,20 38,6 27, ,224 25,4430* 29,680 4,499** 20, ,09 0,944 5,40 6,627 4, ,043 4,38 3,760 Tabela 5 Tese de coinegração de Johansen, variáveis l_igpdi, l_câmbio, gap, l_aber e l_ppi ( ) Eigenvalue :r r* H :r r* λ raço :r = r* H :r r* + λ máximo 0 96,72 68,52 4,707 33,46 0,297 55,03 47,2 30,836 27,07 2 0,229 24,77* 29,68 3,749** 20,97 3 0,09 0,428 5,4 9,862 4,07 4 0,080 0,566 3,76 0,566 3,76 As Tabelas 4 e 5 mosram os resulados das esaísicas do raço e máximo auovalor para o ese de coinegração de Johansen para o modelo uilizando o IGP DI. A hipóese H0 mosra o resulado do ese para a hipóese nula de nenhuma equação ser coinegrada conra a hipóese alernaiva H. De acordo com os resulados aponados, a hipóese de duas equações coinegranes não é rejeiada, ano pela esaísica do raço quano pela esaísica do máximo auovalor. As Tabelas 6 e 7 apresenam os resulados das esaísicas do raço e máximo auovalor uilizando o índice preços IPCA. Tabela 6 Tese de coinegração de Johansen, variáveis l_ipca, l_câmbio, gap, l_aber e l_ppi (999 20) Eigenvalue :r r* H :r r* λ raço :r = r* H :r r* + λ máximo 0 28,207 68,520 57,777 33,460 0,36 70,429 47,20 43,648 27, ,250 26,784* 5,40 2,808** 20, ,08 3,974 3,760 9,834 4, ,063 4,40 4,40 3,760

10 350 Rev. Econ. Conemp., Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p , se-dez/204 Couo, S.V.V.; FRAGA, G.J. O pass-hrough da axa de câmbio para índices de preços: análise empírica para o Brasil 35 Tabela 7 Tese e coinegração de Johansen, variáveis l_ipca, l_câmbio, gap, l_aber e l_ppi ( ) Eigenvalue :r r* H :r r* λ raço :r = r* H :r r* + λ máximo 0 07,947 68,52 47,63 33,46 0,332 60,36 47,2 35,574 27,07 2 0,260 24,74* 29,68 3,034** 20,97 3 0,04,707 5,4,057 4,07 4 0,089 0,6494 3,76 0,649 3,76 Já as abelas 6 e 7 apresenam os resulados do ese de coinegração de Johansen para o modelo com o IPCA. Segundo os dados apresenados não se rejeia a hipóese da exisência de pelo menos duas equações de coinegração. Após realizar o ese de coinegração foi esimado o modelo do VEC para ober os coeficienes, para ano esimaram se dois VEC, um considerando o IPCA como variável dependene e as variáveis câmbio, hiao do produo, grau de aberura e PPI como explicaivas, e ouro VEC com o IGP DI como variável dependene e as mesmas variáveis explicaivas. A Tabela 8 apresena os resulados do veor de coinegração normalizado coeficienes da relação de longo prazo. Tabela 8 Veor de coinegração normalizado (Johansen) Variáveis () (2) (3) (4) l_ipca l_igpdi l_ipca l_igpdi Câmbio 0,679** 0,8467** 0,3676* 0,623** (0,046) (0,066) (0,240) (0,278) Gap 0,2098 2,459** 0,0000 7,9** (0,225) (0,3645) (2,390) (,370) Aber 0,5935** 0,578** 0,6409** 0,3802** (0,0596) (0,098) (0,64) (0,0889) Ppi,9894** 2,5466**,3964** 2,767** (0,0444) (0,0703) (0,3755) (0,2063) Consane 0, ,0692 3,0553 3,5895 Noas: Erros padrão enre parêneses. (*) significane a %; (**) significane a 5%. A Tabela 8 mosra os parâmeros de longo prazo do modelo levando em consideração dois períodos de empo 5. Como é possível observar, a variável de ineresse, câmbio, em elevado grau de repasse para os índices de preços no longo prazo, exceo IPCA no segundo período (regressão 3). No primeiro período (esimaiva e 2) o pass hrough do câmbio para o IPCA é de 67,9% no longo prazo e para o IGP DI o pass hrough é de 84,7%. Essa diferença já era esperada e esá em linha com ouros rabalhos, como o de Belaisch (2003). O IGP DI possui em sua composição o Índice de Preços ao Produor Amplo (IPA), com o peso de 60%. O IPA é foremene influenciado pela axa de câmbio por considerar as variações nos preços nas fases aneriores ao consumo final. A presença de insumos imporados no processo de produção é comum, e dese modo o IPA orna se mais sensível ao câmbio e acaba raificando melhor o repasse ao IGP DI. Quano às demais variáveis, vale desacar que um aumeno na aberura comercial conribui para reduzir a inflação, já o hiao do produo em um efeio posiivo. O presene esudo é consisene com a lieraura. Alves e Souza (200) e Menezes e Fernandez (202) ambém consaaram um grau de pass hrough incompleo do câmbio para os índices de preços, embora os resulados desses auores mosrem coeficienes de repasse cambial em níveis disinos. A heerogeneidade de resulados enconrados na lieraura deve se ao uso especificações diferenes, ou seja, na escolha das variáveis e/ou méodo de esimação e período analisado. Deve se ressalar que a especificação do modelo esimado esá sujeia à validade do ese de esabilidade, conforme indica a lieraura, e os resulados sugerem que a condição de esabilidade do modelo é saisfeia, sendo que odas as raízes ficaram denro do círculo uniário (ver Gráficos A.2 e A.3 em anexo). Os resulados apresenados para a relação enre axa de câmbio e índice de preços são de grande relevância para discussão e formulação de políica macroeconômica ao mosrar os impacos da variação cambial sobre os índices de preços em análise IPCA e IGPDI, no período recene. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A presene pesquisa eve como objeivo esimar o grau de pass hrough de longo prazo da axa de câmbio para o nível de preços da economia brasileira no período pós meas de inflação. Além disso, visou a considerar os aspecos eóricos do pass hrough, e 5 O objeivo de realizar as esimaivas para as séries em dois períodos foi verificar se após 2003, período de mudanças na políica econômica, o coeficiene de repasse cambial se modificaria.

11 352 Rev. Econ. Conemp., Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p , se-dez/204 Couo, S.V.V.; FRAGA, G.J. O pass-hrough da axa de câmbio para índices de preços: análise empírica para o Brasil 353 ambém foram analisados diversos rabalhos empíricos com a inenção de desenvolver um modelo consisene e bem ajusado. Em relação aos deerminanes do grau de pass hrough, além das variáveis que são objeo de esudo índice de preços e câmbio, a lieraura sugere que era necessário considerar ouras variáveis de conrole, que foram selecionadas de acordo com os fundamenos eóricos. Os resulados dese rabalho são consisenes com ouros resulados, como Campa e Goldberg (2005), que aravés da análise das elasicidades do pass hrough para países da OCDE concluem que no longo prazo, para a maioria dos países, o repasse é próximo a, ou seja, é quase compleo. De acordo com esimaivas apresenadas, a relação enre o pass hrough do câmbio e os índices de preços no longo prazo é esaisicamene significane. Para o IPCA o ajuse de longo prazo esimado do câmbio é de 67,9%, enquano que para o IGP DI o ajuse é de 84,7% no período pós mea de inflação. Esa pesquisa é imporane por abordar e ampliar a discussão sobre um ema que é sempre aual nas políicas macroeconômicas das economias aberas e que demanda grande conhecimeno sobre comporameno conjuno desas variáveis. 7. REFERÊNCIAS ADOLFSON, M. Moneary policy wih incomplee exchange rae pass hrough. Working Paper Series, Sveriges Riksbank, n. 27, 200. BACCHETTA, P.; VAN WINCOOP, E. A heory of currency denominaion of inernaional rade. NBER Working Paper, n. 9039, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN). Economia e finanças. Disponível em: < Acesso em: 0 dez BELAISCH, A. Exchange rae pass hrough in Brazil. IMF Working Paper, n. 034, BUENO, R. D. L. S. Economeria de séries emporais. São Paulo: Cengage Learning, CAMPA, J. M.; GOLDBERG, L. S. Exchange rae pass hrough ino impor prices. The Review of Economics and Saisics, v. 87, n. 4, CAMPA, J. M.; GOLDBERG, L. S. Exchange rae pass hrough ino impor prices: a micro or a macro phenomenon? NBER Working Paper, n. 8934, CARNEIRO, D. D.; MONTEIRO, A. M. A. M.; WU, T. Y. H. Mecanismos não lineares de repasse cambial para o IPCA. Texo para Discussão, PUC Rio, n. 462, COLBANO, F. S. Preços inernacionais e a axa de câmbio: o caso brasileiro. Disseração de Mesrado. Faculdade de Economia, Adminisração e Conabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, CORSETTI, G. New open economy macroeconomics. Discussion Paper, Cenre for Economic Policy Research, n. DP6578, CORSETTI, G.; PESENTI, P. Inernaional dimension of opimal moneary policy. Journal of Moneary Economics, n. 52, DEVEREUX, M. B. Moneary policy, exchange rae flexibiliy, and exchange rae pass hrough. Revisiing he Case for Flexible Exchange Raes, p , 200. DORNBUSH, R. Exchange raes and price. NBER Working Paper, n. 769, 985. ENDERS, W. Applied economeric ime series. ed. New York: John Wiley & Sons, 995. FEENSTRA, R. C. Symmeric pass hrough of ariffs and exchange raes under imperfec compeiion: an empirical es. NBER Working Paper, n. 2453, 987. GAGNON, J. E.; IHRIG, J. Moneary policy and exchange rae pass hrough. Discussion Papers, Board of Governors of he Federal Reserve Sysem Inernaional Finance, n. 704, 200. GOLDBERG, P. K.; KNETTER, M. M. Good prices and exchange raes: wha have we learned? NBER Working Paper, n. 5862, 996. GOLDFAJN, I.; WERLANG, S. R. C. The pass hrough from depreciaion o inflaion: a panel sudy. Working Paper, Banco Cenral do Brasil, n. 5, GUST, C.; LEDUC, S.; VIGFUSSON, R. J. Trade inegraion, compeiion, and he decline in exchange rae pass hrough. Discussion Papers, Board of Governors of he Federal Reserve Sysem Inernaional Finance, n. 864, HORNOK, A.; LARSSON, R. The finie sample disribuion of he KPSS es. Economeric Journals, v. 3, INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA. Banco de dados IBGE. Disponível em: < Acesso em: 0 jun INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA. Banco de dados. Disponível em: < Acesso em: 0 jun INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Ipeadaa. Disponível em: < Acesso em: 0 jun JOHANSEN, S. Saisical analysis of coinegraion vecors. Journal of Economic Dynamics and Conrol, v. 2, 988. KANNEBLEY JUNIOR, S. Exchange rae pass hrough: uma análise seorial para as exporações brasileiras ( ). Economia Aplicada, v. 4, n.3, KRUGMAN, P. R. Pricing o marke when exchange raes change. NBER Working Paper, n. 926, 986. MARAZZI, M.; SHEETS, N; VIGFUSSON, R. Exchange rae pass hrough o U.S. impor prices: Some new evidence. Discussion Papers, Board of Governors of he Federal Reserve Sysem Inernaional Finance, n. 833, abr MARK, N. C. Inernaional Macroeconomics and Finance. Oxford: Blackwell Publishers, 200. MENON, J. Exchange rae pass hrough. Journal of Economic Surveys, v. 9, n. 2, 995.

12 354 Rev. Econ. Conemp., Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p , se-dez/204 Couo, S.V.V.; FRAGA, G.J. O pass-hrough da axa de câmbio para índices de preços: análise empírica para o Brasil 355 OBSTFELD, M.; ROGOFF, K. Exchange rae dynamics redux. Journal of Poliical Economic, v. 03, n. 3, 995. PEREIRA, T. R., CARVALHO, A. Depreciação cambial e seu impaco sobre os cusos e preços indusriais no Brasil: uma analise dos efeios de encadeameno nos seores produivos. Texo para Discussão, IPEA, n. 7, ROGOFF, K. The purchasing power pariy puzzle. Journal of Economic Lieraure, v. 34, p , 996. SOUZA, R. G., ALVES, A. F. Relação enre câmbio e preços no Brasil: aspecos eóricos e evidências empíricas. In: Enconro Nacional de Economia da ANPEC, 38, Salvador, 7 0 dez TAYLOR, J. B. Low inflaion, pass hrough, and pricing power of firms. European Economic Review, n. 44, ANEXOS Gráfico A. Esabilidade do VEC para o IPCA (999 20) Fone: Elaboração própria com base nos dados da pesquisa STATA. Gráfico A.2 Esabilidade do VEC para o IGP DI (999 20) Roos of he companion marix 5 Imaginary Real The VECM specificaion imposes 4 uni moduli Fone: Elaboração própria com base nos dados da pesquisa STATA.

13 356 Rev. Econ. Conemp., Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p , se-dez/204 Couo, S.V.V.; FRAGA, G.J. O pass-hrough da axa de câmbio para índices de preços: análise empírica para o Brasil 357 Gráfico A.3 Esabilidade do VEC para o IGP DI ( ) Tabela A. Tese LM de correlação dos resíduos (999 20) Roos of he companion marix Lag IPCA IGP DI Probabilidade Probabilidade 48,592 0, ,786 0, ,3065 0, ,8472 0, ,7890 0, ,8428 0,7034 Imaginary ,693 0, ,232 0,00035 Tabela A.2 Tese LM de correlação dos resíduos ( ) -5 IPCA IGP DI Lag Probabilidade Probabilidade 5,846 0, ,872 0, ,069 0, ,976 0, Real 3 26,4823 0, ,6297 0, ,469 0, ,8207 0,0486 The VECM specificaion imposes 4 uni moduli Fone: Elaboração própria com base nos dados da pesquisa STATA. Gráfico A.4 Esabilidade do VEC para o IGP DI ( ) Roos of he companion marix 5 Imaginary Real The VECM specificaion imposes 4 uni moduli Fone: Elaboração própria com base nos dados da pesquisa STATA.

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