RELATÓRIO ABEGÁS MERCADO E DISTRIBUIÇÃO
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- Carolina Caldas Bicalho
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1 RELATÓRIO ABEGÁS MERCADO E DISTRIBUIÇÃO Ano II - Nº 13 - Agosto
2 Sumário Panorama Expediente Diretoria Executiva ABEGÁS - Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado Presidente: Armando Laudorio Diretor - Vice-Presidente: Davidson de Magalhães Santos Diretores: Aldo Guedes Alvaro; Artur Lorentz; Carlos Eduardo de Freitas Brescia; José Carlos de Mattos; José Carlos de Salles Garcez. Secretário Executivo: Roberto P. Rangel de Almeida Coordenador Jurídico: Antônio Luis de M. Ferreira Coordenador de Comunicação: Augusto S. Salomon Coordenador Técnico: Gustavo Galiazzi Coordenador Comercial: Heitor Pinto Hugo Coordenador Institucional: João Carlos de Carvalho Produção e Editoração Gás Brasil Mídia Editorial 02
3 A UNIÃO DO GÁS NATURAL MOVIMENTANDO O BRASIL 03
4 Panorama GÁS NATURAL: EFICIÊNCIA PARA ATENDER A DEMANDA A mídia destes últimos dias ocupa seus espaços para duas crises simultâneas. A crise das instituições de crédito do mercado financeiro norte-americano, com conseqüências ainda imprevisíveis para o mundo e, do lado de cá, nas nossas fronteiras, a disputa de poder na Bolívia pela detenção dos direitos sobre a exploração dos bens naturais (leia-se Gás Natural) entre as províncias do Sul e o governo de Evo Morales. A ação do executivo nacional foi rápida e precisa. Ao invés da retórica diplomática adotada em 2007, pôs na ordem do dia os mecanismos originados pelo plano de contingência, trazendo certo alívio para os consumidores industriais, comerciais e domésticos dependentes do gás proveniente do País vizinho. Todo o mal que a reiterada crise boliviana possa vir a causar poderá também ser benéfica se vier a servir para acelerar o Projeto Malhas e outros de construção de gasodutos estratégicos como o Gasene. Incentivado pela oferta, o mercado de Gás Natural cresceu em média 20% ao ano nos últimos anos, mesmo sem contar ainda, com a aprovação da Lei do Gás, cujos benefícios serão relevantes, desde que preservada a Constituição Federal. As expectativas de demanda por energia até 2013, projetadas pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), levaram à habilitação 17 termelétricas - que operarão com Gás Natural regaseificado, proveniente da importação de GNL da Petrobras - para o leilão de Energia Nova A-5, que ocorrerá no final de setembro. A oferta de energia via térmicas a GNL poderá viabilizar a construção de uma terceira unidade de regaseificação no País. A contenção do uso das hidrelétricas pela estiagem verificada provocou o funcionamento constante das térmicas a Gás Natural, sem que houvesse contingenciamento ou redução da oferta de Gás Natural às Distribuidoras. Isto mostra que quando se opera com eficiência, e planejamento, o mercado convencional não precisa ser prejudicado. É importante ressaltar que com o planejamento adequado é possível operar as térmicas sem desabastecimento do mercado convencional, mas é preciso lembrar que este mercado continua crescendo, mesmo que em ritmo moderado, e para abastecê-lo é preciso mais do que nunca dar continuidade aos investimentos para aumentar a oferta de Gás Natural, entre eles o Plangás (Plano de Antecipação da Produção de Gás), cujas metas de 2008 foram adiadas para Considerando se apenas o mercado convencional (não-térmico) existe hoje uma demanda reprimida de Gás Natural da ordem de 15 milhões de metros cúbicos por dia, se comparada a comercialização atual versos a projeção da EPE, o que reforça a necessidade de investimentos em produção. Competitividade Neste relatório, apresentamos o primeiro relatório sobre competitividade do Gás Natural em relação aos energéticos concorrentes e detectamos que o GLP P13, cujos subsídios custam ao Brasil cerca de R$ 1,6 bilhões por ano, está com o preço congelado desde 2003, o que faz com que o Gás Natural perca mercado em algumas regiões do País. A ABEGÁS acredita que deve existir isonomia nos preços dos energéticos para que haja de fato uma relação de competitividade mais justa entre eles. O estudo de competitividade em desenvolvimento nos dará as bases necessárias para debater com os agentes do setor as distorções causadas pelas falta de isonomia. CTGÁS A ABEGÁS firmou em 12 de setembro como amplamente anunciado - o importante Acordo de Cooperação técnico-científica com o Centro de Tecnologias do Gás CTGAS, em Natal (RN). O Acordo, válido para todo o País, propiciará a qualificação e aperfeiçoamento de mão-de-obra e, mais do que isso, viabilizará a certificação de equipamentos e serviços para a Indústria do Gás Natural. Participe e opine. Vamos em frente! Armando Laudorio Presidente 04
5 ESTATÍSTICAS E MERCADO 05
6 Consumo Agosto Despacho térmico aumenta 15% no mês de agosto O consumo de gás natural bate recorde de comercialização, em função do aumento do despacho termoelétrico A média do consumo de Gás Natural registrada no mês de agosto atingiu o volume de 51 milhões de metros cúbicos diariamente, de acordo com os dados consolidados pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado ABEGÁS. No mês anterior, o volume consumido foi de 50,4 milhões de m³/dia, o que representa um crescimento de 1,23%. Já a comparação com o mês de agosto do ano passado é bem mais significativa: alta de 21,8%. O setor que apresentou o maior índice de crescimento desde o ano passado e puxou a alta do consumo de Gás Natural foi o termoelétrico, com 178,73% a mais frente ao consumido em agosto do ano passado. Com relação ao mês anterior, os dados apontam aumento de 6,23%. Porém, se desconsideramos o despacho térmico, o consumo de Gás Natural teria mantido, durante o ano, a média de 38 milhões de metros cúbicos por dia. Os setores de Cogeração e Comercial obtiveram destaque na consolidação dos dados. Apesar da ligeira queda de 1,42%, o segmento de Cogeração manteve a média de 2 milhões de m³ consumidos diariamente nos últimos meses. E com relação ao ano anterior, apresentou crescimento de 16,58%. Já o setor comercial, saltou 3,66% com relação a julho. Em contrapartida, no mês de agosto, os setores industrial e residencial, se comparados com o mês anterior, obtiveram um decréscimo de -1,18% e -5,32%, respectivamente. Vale ressaltar que a queda do uso em residências deu-se pela sazonalidade do período (retorno das férias) e também pelo aumento de temperatura. E o segmento automotivo, que durante um bom tempo apresentou um crescimento constante, manteve a média de 6,5 milhões de metros cúbicos por dia, o que representa uma queda de 8,34% em relação ao ano passado e um pequeno crescimento de 0,70% com relação a julho de A Região Sudeste segue como a maior consumidora do energético (39,1 milhões m³/dia), mas a Região Sul foi a que apresentou maior crescimento com 5 milhões de metros cúbicos de Gás Natural consumidos por dia. Os 16,7% a mais no consumo foi ocasionado pelo aumento de 441,1% no despacho térmico no Estado do Paraná. Na seqüência, estão as regiões Nordeste (6,6 milhões m³/dia), Centro-Oeste (77 mil m³/ dia) e Norte (2 mil m³/dia). Apesar do volume mensal comercializado no país ter apresentado números favoráveis ao mercado, estes dados demonstram que a oferta tem sido um dos maiores entraves para o desenvolvimento da Indústria do Gás Natural no Brasil. E para aumentar a oferta são necessários investimentos, que só serão propiciados por um marco regulatório adequado. 06
7 Comercialização de Gás Natural no Brasil Comercialização Histórica de Gás Natural no Brasil a 2007 e Comparativo de agosto de 2008 em relação ao mesmo período de 2007 em milhões de m³/dia Fonte: Abegás 07
8 Comercialização de Gás por Região Acumulada por Região Agosto em Mil de m³/dia Industrial - Agosto em Mil de m³/dia Automotivo - Agosto em Mil de m³/dia Residencial - Agosto em Mil de m³/dia Comercial - Agosto em Mil de m³/dia Geração Elétrica - Agosto em Mil de m³/dia Cogeração - Agosto em Mil de m³/dia GNC e Outros - Agosto em Mil de m³/dia 08
9 Competitividade Para a composição do Estudo de Competitividade do Gás Natural foram consideradas as seguintes premissas: Preços: Como fonte de consulta foram utilizados os contratos de concessão das distribuidoras analisadas; Critérios: Foram utilizadas como base de levantamento duas distribuidoras, respeitando os maiores volumes comercializados nos seguintes segmentos: Residencial, Comercial, Automotivo e Industrial; Geração Térmica: Este segmento não foi analisado neste estudo, devido às diferentes condições comerciais de fornecimento dos energéticos; Apresentação: Os números utilizados como base de avaliação por região seguiram os seguintes critérios de análise: Gráficos em R$/MMBtu; Gráfico R$ preços médios. Industrial - Preço s/ ICMS Fontes: Gás Natural: Tarifas das Concessionárias Óleo Combustível A1: Preço Distribuidoras Óleo Combustível B1 e GLP: ANP Agosto 2008 e Preço Distribuidoras Preço Médios nas Refinarias + Frete Energia Elétrica: ANEEL - Julho 2008 Tarifas Médias por Classe de Consumo (Industrial) Lenha e Carvão: AMS Junho 2008 Associação Mineira de Silvicultura Preços Médios Poder Calorífico GN: kcal/m³ OC A1: kcal/kg OC B1: kcal/kg GLP: kcal/kg E.E.: kcal/mwh Lenha: kcal/kg Carvão kcal/kg Fonte: CTGÁS - Dados de Unidades de Conversão 09
10 Residencial - Preço s/ ICMS Fontes: GLP: Gás Natural: ANP Agosto 2008 Tarifas das Concessionárias Preço Médios Revenda P13 Residencial - Gás Natural Vs. GLP Energia Elétrica: ANEEL Julho 2008 Tarifas Médias por Classe de Consumo (Residencial) Poder Calorífico: GN: GLP: E.E.: kcal/m³ kcal/kg kcal/mwh Fonte: CTGÁS - Dados de Unidades de Conversão 16,5 m³ = 13 kg 16,5 m³ = 13 kg 16,5 m³ = 13 kg 16,5 m³ = 13 kg Fontes: Gás Natural: Tarifas das Concessionárias GLP: ANP Agosto 2008 Preço Médios Revenda P13 Relação: 1 kg de GLP equivale a 1,27 m³ de Gás Natural Fonte: CTGÁS - Dados de Unidades de Conversão 10
11 Comercial - Preço s/ ICMS Fontes: GLP: Energia Elétrica: Poder Calorífico: Gás Natural: ANP Agosto 2008 ANEEL Julho 2008 GN: kcal/m³ Tarifas das Concessionárias Preço Médios nas Tarifas Médias por Classe de GLP: kcal/kg Refinarias + Frete Consumo (Comercial, Serviços e Outras) E.E.: kcal/mwh Fonte: CTGÁS - Dados de Unidades de Conversão Automotivo - Preço s/ ICMS 11
12 Automotivo - Preço s/ ICMS Fonte Gás Natural: ANP Agosto 2008 Preço Revenda Álcool: ANP Agosto 2008 Preço Revenda Diesel: ANP Agosto 2008 Preço Revenda Gasolina: ANP Agosto 2008 Preço Revenda Poder Calorífico: GNV: Álcool: Diesel: kcal/m³ kcal/l kcal/l Gasolina: kcal/l Fonte: CTGÁS - Dados de Unidades de Conversão Automotivo - Evolução dos Preços dos Combustíveis nos Postos Conclusão O consumidor somente enxerga os preços dos combustíveis na bomba. Essa comparação simples de preços somada à desconfiança da falta de suprimento, inibe a realizações de conversões e conseqüentemente acarretam na redução do consumo nesse segmento. Até 2007, a média mensal de conversões era de no país, em agosto de 2008 foram apenas conversões. 12
13 Energia A última reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) do ministério de minas e energia foi realizada em julho e as térmicas a gás continuam despachando normalmente em todo o país. Geração de Energia: Térmica a Gás Geração de Energia: Hidráulica Fonte: ONS Fonte: ONS Comparativo Geração de Energia Térmica a Gás em Mwmed % Janeiro 1.615, ,17 190,71% Fevereiro 1.307, ,19 330,33% Março 1.410, ,64 262,39% Abril 1.415, ,86 192,15% Maio 936, ,71 322,61% Junho 1.523, ,03 184,11% Julho 2.179, ,70 65,59% Agosto 2.399, ,00 59,52% Fonte: ONS Comparativo Geração de Energia Hidráulica em Mwmed % Janeiro ,51.338,80-3,97% Fevereiro , ,21-6,61% Março , ,45-8,35% Abril , ,48 21,90% Maio , ,65-1,39% Junho , ,45 1,68% Julho , ,17 3,11% Agosto , ,08-0,19% Fonte: ONS Níveis dos Reservatórios Energia Armazenada por Região em Julho/2008 Região EAR SE/CO 73,17% S 52,02% NE 73,29% N 77,81% Fonte: ONS Obs: Até o fechamento desta edição o ONS não havia informado os dados refrerentes ao mês de agosto. 13
14 Rua Sete de Setembro, 99-16º andar CEP: Centro - Rio de Janeiro - RJ Tel. (21) / Fax. (21) abegas@abegas.org.br
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