PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

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1 PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: GÁS E TERMOELÉTRICAS JUNHO DE 2012 Nivalde J. de Castro Matheus Trotta Vianna

2 ÍNDICE: SUMÁRIO EXECUTIVO OFERTA DE GÁS NATURAL: DESCOBERTAS, EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO CONSUMO DE GÁS NATURAL PREÇO E COMERCIALIZAÇÃO DO GÁS NATURAL GERAÇÃO DE ENERGIA TERMOELÉTRICA ASPECTOS INSTITUCIONAIS, REGULATÓRIOS E AMBIENTAIS...9 2

3 SUMÁRIO EXECUTIVO Este relatório está esquematizado em grupos de assuntos relacionados ao setor de Gás e às usinas termelétricas. São eles: i) Oferta de Gás Naural; ii) Consumo de GN; iii) Preço e Comercialização do gás natural; iv) Geração Termoelétrica e; Regulatórios e Ambientais. v) Aspectos institucionais, No primeiro tópico, no qual se relacionam as principais informações veiculadas sobre ofertas de gás natural, com enfoque na produção. A produção de gás natural brasileira aumentou em abril 4,4% em relação a igual mês do ano passado. Segundo a ANP, a produção de gás natural foi 65 milhões de metros cúbicos por dia. O segundo tópico é sobre o consumo do gás natural. Para este mês, foi apresentado o histograma com o volume de importação de gás natural de maio de 2011 à maio de O consumo de gás natural em maio cresceu 22,76% no país ante abril, segundo a Abegás. Foram consumidos uma média de 58,2 milhões de m³ de gás diariamente no mês. O terceiro tópico cita as principais informações veiculadas sobre preços e a comercialização do gás natural. Neste mês, destacam-se alguns reajustes no preço do gás, entre eles, um provisório feito no estado de São Paulo, que pode causar grande impacto na indústria dependente do gás. O quarto tópico é reservado a informações do setor de geração de energia termelétrica. Neste tópico são apresentadas autorizações da Aneel que dão inicio a operações de UTE's, ou prorrogações de operações. No quinto e último tópico abordam-se fatos ligados a aspectos institucionais, regulatórios e ambientais. Destacam-se a situação dos financiamentos no setor de Petróleo e Gás e a afirmação do Ministro da Fazenda que a China tem intenção de investir em petróleo e gás no Brasil.

4 1- OFERTA DE GÁS NATURAL: DESCOBERTAS, EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO A produção de gás natural nos campos nacionais aumentou em abril deste ano 4,4% em relação a igual mês do ano passado. Segundo a ANP, em abril a produção de gás natural foi aproximadamente 65 milhões de metros cúbicos por dia. O volume, no entanto, é 1,4% inferior ao registrado em março. A produção de gás natural da Petrobrás alcançou, em maio, 57,437 milhões de metros cúbicos, volume 4,9% acima dos 54,748 milhões de metros cúbicos/dia produzidos em abril. No exterior, a produção média de petróleo, no mês, chegou a barris/dia, permanecendo praticamente estável. Segundo a Petrobras, o aumento na produção de gás natural se deu em função da maior demanda pelo gás boliviano. Abaixo se encontra uma análise gráfica da produção nacional de gás natural de maio de 2011 a maio de 2012, com destaque para a produção do mês de maio, que marcou ³ m³, o que representa crescimento de mais de 8% em relação a produção de ³ m³ do mês de abril. Gráfico 1: PRODUÇÃO NACIONAL DE GÁS NATURAL ( em 10³ M³ ) FONTE: DADOS ESTATÍSTICOS MENSAIS DA ANP 4

5 2- CONSUMO DE GÁS NATURAL Abaixo, é possível analisar graficamente o nível de importação de gás natural de maio de 2011 a maio de Desde o inicio do ano, o volume de importação de gás natural vem apresentando números em crescimento quase constante. O mês de maio apresentou volume de gás natural importado de ³ m³, crescimento de 15% em comparação com os ³ m³ importados em abril. Gráfico 2: IMPORTAÇÃO DE GÁS NATURAL ( em 10³ M³ ) FONTE: DADOS ESTATÍSTICOS MENSAIS DA ANP O consumo de gás natural em maio cresceu 22,76% no país ante o mês diretamente anterior, segundo apontou levantamento da Abegás. Segundo a associação, foi consumida uma média de 58,2 milhões de m³ de gás diariamente no quinto mês do ano. O setor de geração elétrica apresentou a maior alta nos últimos doze meses, com expansão de 123,84%. Já os segmentos veicular e industrial caíram 2,43% e 2,86%, respectivamente. Em contrapartida, os setores comercial, residencial e cogeração tiveram aumento no período, sendo este de 5,33%, 5,50% e 9,07%, respectivamente, no consumo diário de gás natural. No comparativo mensal, a Abegás mostrou que houve retração de 0,87% devido à queda de 14,64% no despacho térmico. 5

6 O destaque entre as regiões em maio foi o Sudeste, com o consumo de 37,4 milhões de metros cúbicos por dia no mês. Em contraparida, o resultado mais ameno foi registrado no Centro-Oeste, com 1,2 milhões de metros cúbicos por dia. 6

7 3- PREÇO E COMERCIALIZAÇÃO DO GÁS NATURAL A Comgás reajustou os preços do gás natural para a indústria em 16,46%. O aumento deve provocar impacto em setores industriais. Alguns dos mais afetados devem ser os de cerâmica, vidro e química. A Arsesp anunciou um reajuste "provisório" do preço do gás natural distribuído no Estado de São Paulo. Os aumentos chegam a 21,53% para os consumidores industriais e 15,58% para os clientes residenciais nas três concessionárias que atendem os consumidores paulistas. A Agência espera o governo estadual negociar o preço com a GasPetro, que detém o suprimento do gás em São Paulo, para dar o reajuste definitivo. O governo do Rio de Janeiro e a CEG negociam uma redução na tarifa de fornecimento do produto para projetos de cogeração de energia. O objetivo é desenvolver esse mercado e incentivar o uso mais eficiente e sustentável de energia no Estado. O valor do desconto, que poderá ser aplicado a partir de 2013, ainda será definido. A tarifa aplicada hoje para projetos de cogeração varia de acordo com o porte e o consumo mensal de gás. Um sistema de cogeração que utiliza 300 mil m³/mês de gás paga um valor de R$ 1,42/m³. Já a tarifa para um sistema que consome 600 mil m³/mês é de R$ 1,28/m³. 7

8 4- GERAÇÃO DE ENERGIA TERMOELÉTRICA A Aneel autorizou o início da operação comercial das unidades geradoras da UTE Refinaria Henrique Lage, localizada em São José dos Campos (SP) e de propriedade da Petrobras. A UG5 (TS-G-59103), unidade autorizada para início da operação, tem 23 MW de potência instalada. A Aneel autorizou também o início da operação comercial da UG3 da UTE Conquista do Pontal, localizada em Mirante do Paranapanema (SP). A unidade tem 50 MW de potência instalada. A Aneel prorrogou a operação comercial até o dia 30 de junho de 2012, de 12 usinas térmicas na região Nordeste do país: Termonodeste (UG1 a UG19, com 8,763 MW cada, e UG20, de 4,355 MW); Termoparaíba (GG01, de 52,578 MW, GG02, de 61,341 MW, e GG03, de 56,933 MW) e Campina Grande (UG1 a UG20, de 8,454 MW cada), na Paraíba; Termomanaus (UG1 a UG347, de 450 kw cada) e Pau Ferro I (UG1 a UG228, de 450 kw cada), em Pernambuco; Potiguar (UG01 a UG64, de 830 kw cada) e Potiguar III (UG01 a UG80, de 830 kw cada), no Rio Grande do Norte; Global I (GG01, GG03 e GG04, de 39,680 MW cada, e GG02, de 29,760 MW), Global II (GG05, GG06 e GG07 de 39,680 MW cada, e GG08, de 29,760 MW); Camaçari Pólo de Apoio I (UG1 a UG60, de 2,5 MW cada) e Camaçari Muricy I (UG1 a UG8, de 18,962 MW cada), na Bahia; e Maracanaú I (UG1 a UG8, de 21 MW cada), no Ceará. A termelétrica de Uruguaiana, instalada no Rio Grande do Sul, pode ter a geração de energia restabelecida ainda neste ano. A expectativa é do diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, que adiantou que "o Ministério de Minas e Energia está trabalhando para isso". Pertencente ao grupo AES, a UTE Uruguaiana tem 639,9MW e está com operação suspensa desde abril de 2009, quando a argentina YPF suspendeu o fornecimento de gás para seu funcionamento. 8

9 5- ASPECTOS INSTITUCIONAIS, REGULATÓRIOS E AMBIENTAIS O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a China tem intenção de investir em petróleo e gás no Brasil e que o governo busca aumento de investimento de empresas chinesas no país. "O Brasil tem demanda grande para produtos na área petrolífera: bens de capital, plataformas etc, que queremos que sejam feitos no Brasil, e estamos convidando os chineses que participem disso", comentou o ministro. " A Finep e o BNDES vão lançar, no segundo semestre deste ano, um programa de financiamento à inovação no setor de petróleo e gás para o pré-sal. Segundo o presidente da Finep, Glauco Arbix, a linha de crédito, batizada de Inova Petro, ainda está sendo estruturada, mas deverá contar com R$ 3 bilhões. O apoio combinará crédito reembolsável a empresas em fluxo contínuo e apoio não reembolsável a instituições de ciência e tecnologia e empresas via subvenção econômica. Os financiamentos terão taxa de até 5% ao ano, prazos de carência de até 3 anos e prazos de amortização de até 120 meses. A Finep poderá financiar até 90% do valor de cada projeto. Com a perspectiva de consumir aportes totais de R$ 354 bilhões de crédito até 2015, o setor de petróleo e gás vê os programas e opções para captação de financiamento se multiplicar. Só o BNDES prevê desembolsar cerca de R$ 63 bilhões entre 2012 e 2015, 66% mais que nos últimos quatro anos. Do total previsto, R$ 33 bilhões são de projetos já firmados.