Existência e Concentração de Soluções para uma Equação de Schrödinger Estacionária

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Existência e Concentração de Soluções para uma Equação de Schrödinger Estacionária"

Transcrição

1 Existência e Concentração de Soluções para uma Equação de Schrödinger Estacionária Jonas Antonio Padovani Ederli Orientador: Prof. Dr. Marcos Tadeu de Oliveira Pimenta Coorientador: Prof. Dr. Suetônio de Almeida Meira Programa: Matemática Aplicada e Computacional Presidente Prudente, Julho de 2015

2

3 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente Programa de Pós-Graduação em Matemática Aplicada e Computacional Existência e Concentração de Soluções para uma Equação de Schrödinger Estacionária Jonas Antonio Padovani Ederli Orientador: Prof. Dr. Marcos Tadeu de Oliveira Pimenta Coorientador: Prof. Dr. Suetônio de Almeida Meira Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Matemática Aplicada e Computacional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Matemática Aplicada e Computacional. Presidente Prudente, Julho de 2015

4 FICHA CATALOGRÁFICA P138e Padovani Ederli, Jonas Antonio. Existência e concentração de soluções para uma Equação de Schrödinger Estacionária / Jonas Antonio Padovani Ederli. - Presidente Prudente : [s.n], f. : il. Orientador: Marcos Tadeu de Oliveira Pimenta Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia Inclui bibliografia 1. Equação de Schrödinger não linear. 2. O Teorema do Passo da Montanha. 3. Métodos Variacionais. I. Pimenta, Marcos Tadeu. II. Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Tecnologia. III. Título.

5

6

7 Aos meus pais Antonio e Maria Sueli, ao meu irmão Daniel e às minhas irmãs Natana, Glória Maria, Rebeca e Maria Angélica

8 Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a graça de concluir mais esta etapa da minha vida e por ter permitido conhecer pessoas especiais que me ajudaram muito durante este período. Agradeço aos meus pais Antonio e Maria Sueli pelo amor que sempre demonstraram por mim e pela educação sólida e cristã que me deram. Agradeço aos meus irmãos e à minha família no geral que sempre me apoiaram em cada passo desta conquista. Agradeço aos meus amigos, principalmente ao Guilherme, Fernando, Danilo (Kurt), Elton, Leonardo, Gustavo, Vinícius, Douglas (Yugi), Junior, Heloísa, Crislaine, Adriano, Cintia, Rafael (Castanha), Rafael (Pão), Irineu (Powerfera), José Vanterler (Pancada) e todos aqueles que de alguma maneira contribuiram para o bom andamento deste trabalho, me ajudando direta ou indiretamente. Sou grato, sobretudo, pelos momentos de descontração por eles proporcionados. Agradeço pelos meus professores da graduação e do mestrado que não mediram esforços para me ensinar. Tenho plena certeza de que sem eles nada disso seria possível. Agradeço ao meu orientador Marcos Tadeu de Oliveira Pimenta pela sua innita paciência e preocupação comigo, pela dedicação integral em me atender e tirar minhas dúvidas e principalmente por ter me dado o exemplo do que é ser um excelente prossional. Agradeço aos professores Suetônio de Almeida Meira (coorientador) e Roberto de Almeida Prado que contribuiram signicativamente com as dicas e com as correções valiosas. Finalmente, agradeço à CAPES pelo apoio nanceiro.

9 Quanto mais um homem se aproxima de suas metas, tanto mais crescem as diculdades. Johann Goethe

10 Resumo Nesse trabalho estudamos resultados de existência e concentração de soluções positivas para uma equação de Schrödinger estacionária não-linear, quando um parâmetro tende a zero. Mais especicamente, provamos que quando o parâmetro tende a zero, a sequência de soluções obtidas possui um ponto de máximo que tende a se concentrar em torno de um ponto de mínimo global do potencial. A técnica utilizada consiste na utilização de métodos variacionais para comparar as soluções obtidas com a solução de um problema limite que envolve o valor de mínimo do potencial. Palavras-Chave: Equações Diferenciais Parciais, Análise Funcional, Equação de Schrödinger, Métodos Variacionais.

11

12 Abstract In this work we study some results about existence and concentration of positive solutions for a nonlinear stationary version of the Schrödinger equation, as a parameter goes to zero. More specically, we prove that the sequence of solutions have a maximum points which concentrate around the global minimum of the potential, as a parameter goes to zero. The technique used relies on variational methods to compare the solutions with the solution of a limit problem which have information on the minimum of the potential. Keywords: Partial Dierential Equations, Functional Analysis, Schrödinger equation, Variational Methods.

13

14 Sumário Resumo 5 Abstract 7 Capítulos 1 Introdução 11 2 Preliminares Os Espaços de Sobolev O Teorema do Passo da Montanha Resultados de Existência 17 4 Resultados de Concentração 35 Referências 44

15

16 Capítulo 1 Introdução De grande interesse na física-matemática é a versão estacionária da equação de Schrödinger não-linear, ou mais especicamente, ɛ 2 u + V (x)u = f(u) em u H 1 ( ) u > 0. (1.1) A equação (1.1) foi estudada por Rabinowitz em [13], onde foi provado um resultado de existência de soluções usando pioneiramente métodos puramente variacionais, supondo que a não-linearidade f se comporta como uma potência subcrítica e o potencial V satisfaz uma condição global. Após isso, Wang em [15], provou que o problema (1.1) com a nãolinearidade f(u) = u p 1 u, admite uma sequência de soluções que se concentram em torno do mínimo global do potencial V. Antes desses, resultados de existência e concentração de soluções para (1.1) haviam sido provados pela primeira vez por Floer e Weinstein em [5] para o caso unidimensional e depois generalizados para dimensões mais altas por Oh em [10]. Outro trabalho bastante importante no estudo desse tipo de problema é o artigo de Del Pino e Felmer [4], onde os autores abordam o problema (1.1) com uma não-linearidade do tipo potência subcrítica e potencial satisfazendo uma condição que pode ser vista como uma versão local da condição suposta por Wang em [15]. Nesse trabalho, os autores introduzem uma técnica que cou conhecida por Método de Penalização, a qual vem sendo largamente utilizada até os dias atuais. Generalizações acerca dos resultados de Rabinowitz, Wang, Del Pino e Felmer e outros, vêm sendo desenvolvidos por vários autores, envolvendo hipóteses mais gerais sobre a nãolinearidade f e potencial V, bem como também para outros operadores como por exemplo o p laplaciano, desenvolvido por Alves e Figueiredo em [2] e biharmônico de Pimenta e Soares [11, 12], entre outros. Neste trabalho, faremos um estudo detalhado dos trabalhos [13] e [15], onde se estuda o problema (1.1) com não-linearidade f e potencial V satisfazendo o seguinte conjunto de hipóteses. (V 1 ) V C 0 ( ); (V 2 ) 0 < V 0 = inf V < lim inf x + V ; 11

17 1. Introdução 12 (f 1 ) f C 1 (R); (f 2 ) f(0) = f (0) = 0; (f 3 ) existem constantes c 1, c 2 > 0 e p (1, 2 1), tais que f(s) c 1 s + c 2 s p, para todo s R, onde 2 = 2N N 2, (f 4 ) Existe θ > 2 tal que (f 5 ) f(s) s para todo s R\{0}, onde F (s) = é crescente para s > 0. 0 < θf (s) f(s)s, s 0 f(t)dt; Os principais resultados desse trabalho são os seguintes teoremas. Teorema 1 Suponha que (f 1 ) (f 5 ), (V 1 ) e (V 2 ) valham. Então existe ɛ 0 > 0 tal que para 0 < ɛ < ɛ 0, existe u ɛ solução de (1.1) tal que I ɛ (u ɛ ) = c ɛ. Teorema 2 Sejam V satisfazendo (V 1 ) e (V 2 ) e f(s) = s p 1 s onde 1 < p < N+2. Então N 2 para toda sequência ɛ m 0, existe uma subsequência que continuaremos a denotar por (ɛ m ) tal que (1.1) (com ɛ m no lugar de ɛ) possui uma solução positiva u m H 1 ( ) e u m se concentra em um ponto de mínimo global x 0 de V no seguinte sentido: Para cada m > 0 sucientemente grande, u m possui somente um ponto de máximo local x m (portanto, global), com x m x 0, quando m, e para todo δ > 0 e m sucientemente grande, max u m(x) > (V 0 ) 1 1 p. (1.2) x x 0 δ Na demonstração de ambos, empregamos métodos variacionais e utilizamos os argumentos de Rabinowitz para a prova da existência de solução para o problema (1.1), para valores de ɛ sucientemente pequenos. Uma vez obtidas as soluções, mostramos que os níveis minimax associados ao problema (1.1) convergem para o nível minimax do seguinte problema limite u + V 0 u = f(u) em u H 1 ( ) u > 0. Isto, por sua vez, nos permite mostrar a concentração das soluções em torno de um ponto de mínimo de V utilizando-se dos argumentos de Wang. Nossa principal contribuição é de caráter estritamente pedagógico no sentido de facilitar a leitura dos artigos [13] e [15], para iniciantes na área de Equações Diferenciais Parciais Elípticas. Para isso, procura-se exibir todos os cálculos e justicar todas as passagens nas demonstrações. Para procurar manter o texto tão auto-contido quanto possível, serão apresentados no Capítulo 2 alguns resultados preliminares.

18 Capítulo 2 Preliminares 2.1 Os Espaços de Sobolev Seja Ω um domínio qualquer, limitado ou não. Começaremos este capítulo denindo o conceito de derivada fraca de uma função. Denição 1 Um multi-índice α é uma n-upla (α 1,..., α N ), onde α i N, para todo 0 < i n. Temos associado ao multi-índice α alguns símbolos, um deles é D α = α α 1 x 1... α N, xn onde α = α 1 + α α N, chamado de ordem do multi-índice α. Denição 2 Seja ulocalmente integrável em Ω, ou seja, para cada subconjunto compacto K Ω, temos que u dx < e considere α um multi-índice qualquer. Então uma K função v localmente integrável é chamada de α-ésima derivada fraca de u se satisfaz ϕvdx = ( 1) α ud α ϕdx (2.1) para toda ϕ C α 0 (Ω). Nesse caso denotamos v = D α u. Ω Dizemos que uma função é fracamente diferenciável se a sua derivada fraca de primeira ordem existe e diremos que ela é k vezes fracamente diferenciável se sua derivada fraca até a ordem k existe. Vamos denotar o espaço linear das funções k vezes fracamente diferenciáveis em Ω por W k (Ω). Note que C k (Ω) W k (Ω) e que o conceito de derivada fraca é uma extensão do conceito de derivada clássica que preserva a validade da integração por partes (2.1). Denição 3 Sejam Ω um aberto, 1 p e k N. Denimos os espaços de Sobolev W k,p (Ω) como sendo W k,p (Ω) := {u L p (Ω); D α u L p (Ω), para 0 α k} Observação 1 O espaço W k,p (Ω) é um espaço de Banach, dotado da norma 1 u k,p = p D α u p p, se 1 p < (2.2) 0 α k Ω u k, = max 0 α k Dα u, se p =. (2.3) 13

19 2. Preliminares 14 Observação 2 Quando p = 2, denotamos W k,p (Ω) simplesmente por H k (Ω). Em particular, se k = 1, temos o espaço H 1 (Ω) = W 1,2 (Ω) = {u L 2 (Ω); u x i L 2 (Ω), para 1 i n}. Denimos também, o espaço W k,p 0 (Ω), como sendo W k,p 0 (Ω) := C 0 (Ω). k,p. Teorema 3 O subespaço C (Ω) W k,p (Ω) é denso em W k,p (Ω). Ver demonstração em [1]. Teorema 4 Se Ω satisfaz a condição do cone interior uniforme, isto é, existe um cone xo K Ω tal que cada x Ω é o vértice de um cone K Ω (x) Ω e congruente a K Ω, então existe uma imersão contínua W k,p (Ω) L q (Ω), para 1 q isto é, a aplicação de inclusão i : W k,p (Ω) L q (Ω) é contínua. Ver demonstração em [1]. 2.2 O Teorema do Passo da Montanha Np, onde kp < N, (2.4) N kp Nesta seção vamos provar o Teorema do Passo da Montanha e para isso, deniremos objetos que servirão de pré-requisitos para a prova desse. Seja E um espaço de Banach real. Uma aplicação I : E R é chamada de funcional. Para fazer sentido o que vamos entender por ponto crítico de I, vamos denir o que vem a ser um funcional ser diferenciável no sentido de Fréchet. Denição 4 Dizemos que Ié Fréchet diferenciável em u E se existe uma aplicação linear contínua L = L(u) : E R que cumpre a seguinte condição: para qualquer ɛ > 0 dado, existe um δ = δ(ɛ, u) > 0 tal que I(u + v) I(u) Lv ɛ v, para todo v E, com v δ. A aplicação L será denotada por I (u). Note que I (u) E, onde E é o espaço dual de E. Denição 5 Um ponto crítico u de I é um ponto em que I (u) = 0, ou seja, I (u)ψ = 0 para toda ψ E. O valor de I em u é então chamado de valor crítico de I. Iremos provar agora o Teorema do Passo da Montanha e para isso usaremos o seguinte resultado. Lema 1 (Lema da Deformação) Seja ϕ d := ϕ 1 (], d]), X um espaço de Hilbert, ϕ C 2 (X, R), c R, ɛ > 0. Considere que para todo u ϕ 1 ([c ɛ, c + ɛ]), ϕ (u) 2ɛ. Então, existe η C(X, X) tal que:

20 2. Preliminares 15 (i) η(u) = u, para todo u / ϕ 1 ([c 2ɛ, c + 2ɛ]); (ii) η(ϕ c+ɛ ) ϕ c ɛ. Teorema 5 (Teorema do Passo da Montanha) Seja X um espaço de Hilbert, ϕ C 2 (X, R), e X er > 0 tais que e > r. Considere b := ϕ(u) > ϕ(0) ϕ(e). Então, para cada ɛ > 0, existe u X tal que (a) c 2ɛ ϕ(u) c + 2ɛ; (a) ϕ (u) < 2ɛ. onde e Γ = {γ C([0, 1], X); γ(0) = 0 e γ(1) = e}. inf u =r c = inf max ϕ(γ(u)) (2.5) γ Γ t [0,1] Demonstração. Note que b max ϕ(γ(t)), e então b c max ϕ(γ(te)). Suponha 0 t 1 0 t 1 que, para algum ɛ > 0, a conclusão do Teorema não seja válida. Podemos assumir que Pela denição de c, existe γ Γ tal que c 2ɛ ϕ(0) ϕ(e). (2.6) max ϕ(γ(t)) c + ɛ. (2.7) 0 t 1 Considere β := η γ, onde η é dado como no lema anterior. Pelo item (i) do Lema da Deformação e por 2.6 temos que β(0) = η(γ(0)) = η(0) = 0 e que β(1) = e. Logo, temos que β Γ. Segue do item (ii) do Lema da Deformação e de 2.7 que o que é uma contradição. c max ϕ(β(t)) c ɛ, 0 t 1

21

22 Capítulo 3 Resultados de Existência Nesta seção, o nosso objetivo é provar que o problema ɛ 2 u + V (x)u = f(u) em u H 1 ( ) u > 0. (3.1) possui solução, onde N 3 e f e V satisfazem as condições (f 1 ) (f 5 ), (V 1 ) e (V 2 ) são satisfeitas. A abordagem começa observando que o problema é equivalente ao problema ɛ 2 u + V (x)u = f(u) em v + V (ɛx)v = f(v) em, (3.2) onde as soluções u ɛ de (3.1) e v ɛ de (3.2) são relacionadas por v ɛ (x) = u ɛ (ɛx). Assim estudemos o problema (3.2). Para cada ɛ > 0 denimos o espaço de Hilbert H ɛ H 1 ( ) como sendo onde dene uma norma em H ɛ dada por H ɛ = {u H 1 ( ); u ɛ < },. ɛ : H ɛ R ( ) 1 u ɛ = ( u 2 + V (ɛx)u 2 2 dx, que vem do produto interno u, v ɛ = ( u v + V (ɛx)uv)dx. Por (V 1 ), para N > 2 temos as imersões contínuas: H ɛ H 1 ( ) L p ( ), para 2 p 2. Temos associado à equação (3.2), o funcional dado por 17

23 3. Resultados de Existência 18 para u H ɛ. I ɛ (u) = 1 ( u 2 + V (ɛx)u 2 )dx F (u)dx 2 Prova-se que I ɛ C 1 (H ɛ, R). Além disso, temos que I ɛ (0) = 0. Lema 2 O funcional I ɛ satisfaz as condições geométricas do Teorema do Passo da Montanha, ou seja: (i) existem constantes ρ, α > 0 tais que I ɛ Bρ > α, e (ii) existe um e H ɛ \B ρ tal que I ɛ (e) < 0. Demonstração. Primeiramente, provemos o item (ii). Note que, para u H ɛ \ {0} e t > 0, existe r > 0 tal que onde X denota a medida de Lebesgue do conjunto X. {x ; tu(x) > r} > 0 (3.3) De fato, se {x ; tu(x) > r} = 0 paratodo r > 0, teríamos que tu(x) = 0 q.t.p, o que contraria o fato de u 0 em H ɛ. Então, F (tu)dx F (tu)dx. {x ; tu(x) >r} Logo, por (3.3) e pela condição (f 4 ), segue que I ɛ (tu) = t2 2 u 2 ɛ F (tu)dx t2 R 2 u 2 ɛ N t2 2 u 2 ɛ a 3 t µ {x ; tu(x) >r} quando t e dessa forma, o item (ii) está provado. Agora, provemos o item (i). {x ; tu(x) >r} u µ dx, Por (f 2 ), temos que para todo η > 0, existe δ > 0 tal que se t < δ, Note que, por (f 4 ), existe A = A(η) > 0 tal que, se t δ, De fato, como temos que F (tu)dx F (t) η 2 t 2 (3.4) F (t) A(η) t p+1 (3.5) F (t) t f(t) t (c 1 t + c 2 t p ) = c 1 t 2 + c 2 t p+1, F (t) t p+1 c 1 t 2 + c 2 t p+1 t p+1 = c 1 t p 1 + c 2 c 1 δ p 1 + c 2 := A(δ).

24 3. Resultados de Existência 19 De (3.4) e (3.5), segue que F (t) η 2 t 2 + A t p+1. para todo t 0. Fazendo J(u) = F (t)dx, pelas imersões contínuas de Sobolev, temos que ( J(u) = F (u) η ) dx R R 2 u 2 + A u p+1 dx = η 2 u 2 L + 2 A u p+1 L p+1 N N C ( ) ( η 2 u 2 ɛ + A u p+1 ɛ = C u 2 η + ) ɛ 2 A u p 1 ɛ. Então, tomando u ɛ < ( ) 1 η p 1, temos 2A Como por (3.6) segue que J(u) ηc u 2 ɛ (3.6) I ɛ (u) = 1 2 u 2 ɛ J(u), I ɛ (u) = 1 2 u 2 ɛ J(u) 1 2 u 2 ɛ Cη u 2 ɛ = u 2 ɛ ( 1 2 Cη). Logo, escolhendo η > 0 de modo que 1 2 Cη > 0, se u ɛ = ρ, temos que onde α := ρ 2 ( 1 2 Cη). I ɛ (u) α, A seguir, além de denir o que vem a ser a Variedade de Nehari, vamos também apresentar uma propriedade muito interesante a respeito dela. Mostraremos que a variedade de Nehari, denotada por N ɛ, é radialmente homeomorfa à esfera unitária S 1 em H ɛ. Denição 6 Denimos como sendo a Variedade de Nehari o conjunto N ɛ dado por { } N ɛ = u H ɛ \ {0}; ( u 2 + V (ɛx)u 2 )dx = f(u)udx. (3.7) É interessante notar que N ɛ é um conjunto que contém todas as soluções fracas nãotriviais do problema (3.1). Antes de provar o próximo lema, considere para todo u H ɛ \ {0} e t > 0 a aplicação ψ ɛ (t) = I ɛ (tu). (3.8) Note que ψ ɛ (0) = 0 e usando argumentos similares ao do Lema 2, temos que ψ ɛ (t) > 0 para t sucientemente pequeno e ψ ɛ (t) < 0 para t sucientemente grande. Portanto, o max t 0 ψ ɛ(t) existe e é assumido em um certo t = ϕ ɛ (u) > 0. Derivando ψ ɛ, temos que ψ ɛ(t) = I ɛ(tu)u = t u 2 ɛ f(tu)udx = t 2 u 2 ɛ f(tu)udx.

25 3. Resultados de Existência 20 Aplicando em t = ϕ ɛ (u), temos ψ (ϕ ɛ (u)) = (ϕ ɛ (u)) u 2 ɛ f(ϕ ɛ (u)u)udx. (3.9) Como ϕ ɛ (u) é o ponto onde ψ assume o seu máximo, a derivada nesse ponto é nula, ou seja, ψ (ϕ ɛ (u)) = 0. Então, usando esse fato em (3.9), segue que (ϕ ɛ (u)) 2 u 2 ɛ = f(ϕ ɛ (u)u)ϕ ɛ (u)udx Portanto, ϕ ɛ (u)u N ɛ. Lema 3 O número ϕ ɛ (u) > 0 é o único valor de t tal que tu N ɛ. Demonstração. Para provar a unicidade de ϕ ɛ (u), vamos supor que existem dois valores diferentes e mostrar que eles são os mesmos. Para isso, tomemos um ϕ ɛ (u), tal que 0 < ϕ ɛ (u) ϕ ɛ (u) e ϕ ɛ (u)u N ɛ. Sendo assim, temos que ou seja, Então I ɛ( ϕ ɛ (u)u) ϕ ɛ (u)u = 0, ( ϕ ɛ (u)) 2 u 2 ɛ = f( ϕ ɛ (u)u) ϕ ɛ (u)udx. u 2 ɛ = Por outro lado, como ϕ ɛ (u)u N ɛ, u 2 ɛ = f( ϕ ɛ (u)u)u dx. (3.10) ϕ ɛ (u) f(ϕ ɛ (u)u)u dx. (3.11) ϕ ɛ (u) Logo, de (3.10) e (3.11) segue que f( ϕ ɛ (u)u)u dx = ϕ ɛ (u) f(ϕ ɛ (u)u)u dx. (3.12) ϕ ɛ (u) Como escolhemos ϕ ɛ (u) ϕ ɛ (u), podemos supor, sem perda de generalidade que ϕ ɛ (u) < ϕ ɛ (u). Pela hipótese (f 5 ), temos que ϕ ɛ (u) < ϕ ɛ (u) f( ϕ ɛ(u)u(x)) ϕ ɛ (u) < f(ϕ ɛ(u)u(x)), ϕ ɛ (u) para todo x. Assim, contradizendo (3.12). ( f( ϕɛ (u)u) ϕ ɛ (u) f(ϕ ) ɛ(u)u) udx 0, ϕ ɛ (u) Lema 4 A aplicação T : S 1 N ɛ denida por T (u) = ϕ ɛ (u)u é bijetora e sua inversa T 1 : N ɛ S 1 é dada por T 1 (u) = u. u ɛ

26 3. Resultados de Existência 21 Demonstração. Para provar esse lema, basta vericar que T T 1 = T 1 T = u. De fato, primeiramente note que para todo u S 1, T 1 T (u) = T 1 ϕ ɛ (u)u (T (u)) = = u. ϕ ɛ (u) ɛ u ɛ ( ) u Note ainda que, para todo u N ɛ, temos que ϕ ɛ = u ɛ. Então, para u N ɛ, u ɛ ( ) u u T T 1 (u) = T (T 1 (u)) = ϕ ɛ = u. u ɛ u ɛ Assim, para concluirmos que N ɛ é radialmente homeomorfa à esfera S 1 em H ɛ, basta mostrar que a aplicação u ϕ ɛ (u) é contínua em H ɛ \ {0}. Proposição 1 A aplicação Λ : H ɛ \ {0} R +, dada por Λ(u) = ϕ ɛ (u) é contínua. Demonstração. Seja u m u em H ɛ \{0}. Como ϕ ɛ (u m )u m N ɛ, temos que I ɛ(ϕ ɛ (u m )u m )ϕ ɛ (u m )u m = 0, ou seja, (ϕ ɛ (u m )) 2 u m 2 ɛ = f(ϕ ɛ (u m )u m )ϕ ɛ (u m )u m dx. (3.13) Mostremos que, a menos de subsequência, (ϕ ɛ (u m )) é limitada. Como ϕ ɛ (u m ) > 0, temos que analisar dois casos. Se ϕ ɛ (u m ) 1 ao longo de uma subsequência, não há o que provar. Consideremos então ϕ ɛ (u m ) > 1 e note que, ϕ ɛ (u m ) u m > u m. Assim, por (f 4 ), se u m (x) > 0, então ϕɛ(u m)u m(x) u m(x) Analogamente, se u m (x) < 0, prova-se que µ ϕɛ(um)u m(x) s ds f(s) u m(x) F (s) ds F (ϕ ɛ (u m )u m (x)) (ϕ ɛ (u m )) µ F (u m ) (3.14) F (ϕ ɛ (u m )u m (x)) (ϕ ɛ (u m )) µ F (u m ) (3.15) Assim, por (f 4 ) temos que f(ϕ ɛ (u m )u m )ϕ ɛ (u m )u m dx µ F (ϕ ɛ (u m )u m )dx µ (ϕ ɛ (u m )) µ F (u m )dx Assim, em (3.13) (ϕ ɛ (u m )) 2 u m 2 ɛ = f(ϕ ɛ (u m )u m )ϕ ɛ (u m )u m dx µ (ϕ ɛ (u m )) µ F (u m )dx = ϕ ɛ(u m ) 2 ϕ ɛ (u m ) µ µ F (u m )dx u m 2 ɛ

27 3. Resultados de Existência 22 = ϕ ɛ (u m ) µ 2 1 u m 2 ɛ µ F (u m )dx Devemos encontrar um limite superior para ϕ ɛ (u m ) e para isso é suciente que (3.16) u m ɛ F (u m )dx u ɛ. F (u)dx Como u m u em H ɛ, pela continuidade da norma, temos que u m 2 ɛ u 2 ɛ (3.17) Sendo assim, vamos provar que F (u m )dx F (u)dx. (3.18) A ideia é utilizar o Teorema da Convergência Dominada Generalizada, então vamos vericar que suas hipóteses são satisfeitas. De fato, observe que Então, (i) Como F é contínua e u m u q.t.p em, segue que F (u m ) F (u) q.t.p em. (ii) Temos também que F (s) a 1 s 2 + a 2 s p+1. F (u m ) a 1 u m 2 + a 2 u m p+1 a 1 u 2 + a 2 u p+1 Alémdisso, pelas imersões contínuas de Sobolev (iii) (a 1 u m 2 + a 2 u m p+1 )dx (a 3 u 2 + a 4 u p+1 )dx. Logo, pelo Teorema da Convergência Dominada Generalizada, F (u m )dx F (u)dx. Sendo assim, em (3.16), por (3.17) e (3.18) temos que quando m. ϕ ɛ (u m ) µ 2 1 µ u m 2 ɛ F (u m )dx u 2 ɛ F (u)dx Logo ϕ ɛ (u m ) é limitada, então possui uma subsequência que converge para um ϕ 0. Armação: ϕ 0. De fato, se ϕ = 0, temos em (3.13) que u m 2 f(ϕ ɛ (u m )u m )u 2 m ɛ = dx (3.19) ϕ ɛ (u m )u m Como u m 2 ɛ u 2 ɛ, por (f 2 ) segue que

28 3. Resultados de Existência 23 f(ϕ ɛ (u m )u m )u m lim ϕ ɛ(u m)u m 0 ϕ ɛ (u m ) Além disso, (u m ) é limitada, então segue que a integral do último membro de (3.19) converge para zero. Logo, teremos que u ɛ = 0, contradizendo o fato de que u H ɛ \ {0}. Dessa forma, ϕ > 0. Então, a menos de subsequência, ϕ ɛ (u m ) ϕ > 0. Pela unicidade de ϕ ɛ (u), segue que ϕ = ϕ ɛ (u). Portanto, ϕ ɛ (u m ) ϕ ɛ (u) o que implica que Λ(u m ) Λ(u), mostrando a continuidade de Λ. Assim, concluímos que N ɛ é radialmente homeomorfa à esfera S 1 em H ɛ. Sejam c ɛ e c ɛ denidos por = 0. e onde Γ ɛ é dado por c ɛ = inf g Γ ɛ max 0 t 1 I ɛ(g(t)) (3.20) c ɛ = inf max I ɛ(tu) (3.21) u H ɛ\{0} t 0 Proposição 2 c ɛ = c ɛ = inf N ɛ I ɛ. Γ ɛ = {g C([0, 1], H ɛ ); g(0) = 0 e I ɛ (g(1)) < 0}, (3.22) Demonstração. Para cada u H ɛ, como ψ ɛ assume o seu máximo em ϕ ɛ (u) > 0, temos que max t 0 ϕ ɛ(tu) = max t 0 I ɛ(tu) = I ɛ (ϕ ɛ (u)u). onde a última igualdade segue da unicidade de ϕ ɛ (u). Logo, c ɛ = inf maxi ɛ(tu) = inf I ɛ(ϕ ɛ (u)u) = inf I ɛ (3.23) u H ɛ\{0} t 0 u H ɛ\{0} N ɛ Armação: Para todo g Γ ɛ, g([0, 1]) N ɛ. De fato, tomemos u H ɛ \ {0}, de forma que ou u N ɛ ou u está no interior de N ɛ. Se u está no interior de N ɛ, temos que ϕ ɛ (u) > 1 e então ϕ ɛ(1) 0. Note que, ϕ ɛ(1) 0 = I ɛ(u)u 0. Assim, u 2 ɛ f(u)udx (3.24) Note que, por (f 4 ), temos que, para todo s R \ {0}, µf (s) f(s)s = µ F (s)dx f(s)sdx. Logo, Por (3.24) e (3.25), µ F (s)dx 1 f(s)sdx. (3.25) 2 R 2 N

29 3. Resultados de Existência 24 I ɛ (u) = 1 2 u 2 ɛ F (u)dx 1 f(u)udx F (u)dx R 2 N ( µ ) µ F (u)dx F (u)dx = 2 R 2 1 F (u)dx. N Como µ > 2, temos que µ 2 1 > 0. Assim, ( µ 2 1 ) F (u)dx > 0 o que implica I ɛ (u) > 0. Temos que g(1) está no exterior de N ɛ, pois I ɛ (g(1)) < 0. Por outro lado, g(0) está no interior de N ɛ. Logo, pelo Teorema da Alfândega, g([0, 1]) N ɛ e a armação está provada. Sendo assim, Portanto, max I ɛ(g(t)) inf I ɛ = c 0 t 1 N ɛ ɛ. c ɛ c ɛ. (3.26) Por outro lado, para u H ɛ \ {0} xo, I ɛ (tu) < 0, para t sucientemente grande. Assim, cada raio {tu; t 0} pode ser associado a uma função g u Γ ɛ a menos de um reescalonamento. Assim, c ɛ = inf max I ɛ(tu) = inf max I ɛ(g u (t)) inf max I ɛ(g(t)) = c ɛ (3.27) u H ɛ\{0} t 0 u H ɛ\{0} 0 t 1 g Γ ɛ 0 t 1 Portanto, de (3.26) e (3.27) obtém-se que c ɛ = c ɛ. Observação 3 Como N ɛ homeomorfo à esfera unitária, este divide H ɛ em duas componentes conexas. Na prova anterior, os termos "interior"e "exterior"de N ɛ se referem, respectivamente, à componente conexa que contém a origem e a que não contém. Observação 4 Como c ɛ = inf N ɛ I ɛ e qualquer ponto crítico não trivial de I ɛ pertence a N ɛ, se c ɛ é um valor crítico de I ɛ, então é o menor valor crítico positivo de I ɛ. O próximo resultado nos mostra a dependência monótona de c ɛ com relação a V. Considere para cada j = 1, 2, o problema u + a j (x)u = f(u) em (3.28) onde o funcional associado a (3.28) é dado por I j (u) = 1 ( u 2 + a j (x)u 2 )dx F (u)dx, 2 e considere o conjunto Γ j dado por Γ j = {g C([0, 1]), H 1 ); g(0) = 0 e I j (g(1)) < 0}.

30 3. Resultados de Existência 25 Proposição 3 Seja f satisfazendo as hipóteses (f 1 ) (f 5 ) e a 1 e a 2 C 0 ( ) de modo que existe d > 0 tal que a 1,a 2 d em. Se a 2 a 1 em, então c 2 c 1, onde os c j são os respectivos níveis minimax associados ao problema (3.28) com a j igual a a 1 e a 2. Demonstração. Temos que a 2 a 1 = I 2 (u) I 1 (u), (3.29) para todo u H 1 ( ). Então, pela denição de Γ j, temos que g Γ 2 = g Γ 1. Por (3.29), Logo, I 2 (u) I 1 (u) = max 0 t 1 I 2(g(t)) max 0 t 1 I 1(g(t)). c 2 = inf g Γ 2 max 0 t 1 I 2(g(t)) inf g Γ 2 max 0 t 1 I 1(g(t)) inf g Γ 1 max 0 t 1 I 1(g(t)) = c 1. e Para provar a próxima proposição, considere o funcional I V0 denido por I V0 (u) = 1 ( u 2 + V 0 u 2 )dx F (u)dx. 2 Além disso, sejam Γ V0 e c V0 denidos como Γ V0 = {g C([0, 1], H 1 ( )); g(0) = 0 e I V0 (g(1)) < 0} c V0 = inf g Γ V0 max 0 t 1 I V 0 (g(t)). Proposição 4 Se as hipóteses (V 1 ) (V 2 ) e (f 1 ) (f 5 ) são satisfeitas, então ou c ɛ é nível crítico de I ɛ ou c ɛ c V0. Demonstração. Por (2.5), existe uma sequência (w m ) H ɛ tal que w m ɛ = 1 e quando m, max θ 0 I ɛ(θw m ) c ɛ. (3.30) Então, associando a cada w m uma função g m Γ ɛ, de modo que max g m(t) = max I ɛ(θw m ), 0 t 1 θ 0 temos que pelo Teorema 2.4 de [16], existe uma sequência (u m ) H ɛ, 0 < δ m 0 e 0 t m 1 tais que, u m g m (t m ) ɛ δ 1 2 m (3.31) e c ɛ δ m < I ɛ (u m ) < c ɛ (3.32) I ɛ(u m ) ɛ δ 1 2 m. (3.33)

31 3. Resultados de Existência 26 Sendo assim, (3.32) e (3.33) implicam que (u m ) é limitada em H ɛ. Logo, a menos de uma subsequência u m u ɛ em H ɛ e u m u ɛ em L p, para 1 p < loc( ) 2, onde u ɛ é uma solução fraca de (3.1). Então, existem (y m ), β > 0 e R > 0, tais que lim inf u 2 mdx > β. (3.34) m B R (y m) De fato, pois caso contrário, para todo R > 0, teríamos que lim inf u 2 mdx = 0. m sup y B R (y) Consequentemente, pelo Lema I.1 de [8], segue que u m 0 em L p, para 2 p < 2. (3.35) Mas, usando (3.32),(3.33) e o fato de u m ɛ ser limitada, obtém-se I ɛ (u m ) 1 2 I ɛ(u m )u m c ɛ > 0 (3.36) Por outro lado, (3.35) e as hipóteses (f 2 ) e (f 3 ) mostram que ( ) 1 I ɛ (u m ) 1 2 I ɛ(u m )u m = 2 u mf(u m ) F (u m ) dx 0, o que contraria (3.36). Se (y m ) contém uma subsequência limitada, por (3.34), u ɛ 0. Além disso, para cada ρ > 0, como por (f 4 ), temos que, para s R\{0}, o que implica 0 < µf (s) sf(s) F (s) sf(s) µ 1 sf(s) F (s) > 0. 2 < sf(s) 2 Logo, pelas imersões compactas ( de Sobolev, ) 1 I ɛ (u m ) 1 2 I ɛ(u m )u m 2 f(u m)u m F (u m ) dx Por outro lado, B ρ(0) I ɛ (u m ) 1 2 I ɛ(u m )u m c ɛ. Então, quando m, temos que ( ) 1 c ɛ 2 f(u ɛ)u ɛ F (u ɛ ) dx. B ρ(0) B ρ(0) ( ) 1 2 f(u ɛ)u ɛ F (u ɛ ) dx. Como ρ é qualquer e o integrando é positivo, pelo Teorema da Convergência Monótona, segue que ( ) 1 c ɛ 2 f(u ɛ)u ɛ F (u ɛ ) dx. (3.37) Como u ɛ é uma solução fraca não trivial de (3.1), temos que u ɛ N ɛ, ou seja,

32 3. Resultados de Existência 27 c ɛ ( ) 1 2 f(u ɛ)u ɛ F (u ɛ ) dx = I ɛ (u ɛ ). Logo, pela Observação 5, I ɛ (u ɛ ) = c ɛ e o resultado está provado para este caso. Agora, suponhamos que (y m ) não seja uma sequência limitada, então, para todo α > 0 e ρ > 0, max I 1 ɛ(θw m ) I ɛ (αw m ) = I V0 (αw m ) + θ 0 R 2 (V (ɛx) V 0) αw m 2 dx N 1 = I V0 (αw m ) + 2 (V (ɛx) V 0) αw m 2 1 dx + 2 (V (ɛx) V 0) αw m 2 dx. B ρ(0) \B ρ(0) Como por (V 2 ) podemos escolher ρ de modo que V (x) V 0, para todo x (B ρ (0)) c, segue que max I 1 ɛ(θw m ) I V0 (αw m ) + θ 0 B ρ(0) 2 (V (ɛx) V 0) αw m 2 dx. (3.38) Como (3.38) vale para todo α > 0, podemos escolher em particular α = ϕ V0 (w m ). Logo, segue que, max I 1 ɛ(θw m ) I V0 (ϕ V0 (w m )w m ) + θ 0 B ρ(0) 2 (V (ɛx) V 0) ϕ V0 (w m )w m 2 dx 1 inf I V0 + N ɛ 2 (V (ɛx) V 0) ϕ V0 (w m )w m 2 dx. ou seja, temos que = c V0 + B ρ(0) B ρ(0) max θ 0 I ɛ(θw m ) c V (V (ɛx) V 0) ϕ V0 (w m )w m 2 dx, B ρ(0) 1 2 (V (ɛx) V 0) ϕ V0 (w m )w m 2 dx. (3.39) Armação: A sequência (ϕ V0 (w m )) é limitada, a menos de subsequência. com efeito, como ϕ V0 (w m ) > 0, temos dois casos a considerar. A saber: (i) ao longo de uma subsequência ϕ V0 (w m ) 1 ou (ii) ao longo de uma subsequência ϕ V0 (w m ) > 1 para m sucientemente grande. No caso (i) não há o que provar. Para o caso (ii), como ϕ V0 (w m ) > 1, por (f 4 ) temos que ϕ V0 (w m ) 2 µ F (ϕ V0 (w m )w m )dx µϕ V0 (w m ) µ F (w m )dx Logo, temos que ϕ V0 (w m ) µ (3.40) µ F (w m )dx

33 3. Resultados de Existência 28 Se ao longo de uma subsequência o termo do lado direito de (3.40) é limitado, encontramos um limite superior para ϕ V0 (w m ). Caso contrário, para m, F (w m )dx 0. (3.41) Armação: F (w m )dx 0. De fato, note que como em (3.31) onde g m Γ ɛ e ξ m R +, para todo m N. Por (3.31), g m (t m ) ξ m w m (3.42) ξ m w m u m ɛ δ 1 2 m (3.43) e como anteriormente, por (3.32) e (3.33), temos que (u m ) é limitada em H ɛ. Logo, como vale (3.43), existe uma constante K > 0, que independe de m, tal que ξ m δ 1 2 m + u m ɛ K. Sendo assim, para qualquer r > 0 e y, Logo, temos que w m L 2 (B r(y)) = 1 ξ m ξ m w m L 2 (B r(y)) 1 K ξ mw m L 2 (B r(y)). w m L 2 (B r(y)) 1 K ξ mw m L 2 (B r(y)) 1 ( ) um L K 2 (B r(y)) u m ξ m w m L 2 (B r(y)). (3.44) Segue de (3.43) e das imersões de Sobolev que w m L 2 (B r(y)) 1 K ( u m L 2 (Br(y)) Cδ 1 2 m ). (3.45) Logo, pelo Lema I.1 de [8] existe uma sequência (y m ) R n e constantes β > 0, R > 0, tais que lim inf wmdx 2 β. m B R (y m) Então em (3.45), escolhendo y = y m e r = R, para m grande obtemos w m L 2 (B R (y m)) 1 ( ) 1 β 2 (3.46) K 2 Para provar que F (w m )dx 0, basta mostrar então que existe β 1 > 0 tal que, a R menos de subsequência, N F (w m )dx β 1 B R (y m)

34 3. Resultados de Existência 29 Por (f 4 ), temos que F (s) > 0 para todo s R tal que s 1 e F (s) K 1 s µ com K 1 > 0. Logo, para todo γ > 0, existe uma constante A γ > 0 de modo que para todo s R. s 2 γ + A γ F (s), (3.47) Para mostrar que (3.47) vale, considere γ > 0 pequeno, ou seja, podemos supor que γ < 1. Temos que analisar dois casos. Caso 1: Se s > 1, então como µ > 2, F (s) K 1 s µ > K 1 s 2. Caso 2: Se s γ, então temos novamente que considerar dois casos. (i) Se s 1, como A γ F (s) > 0, segue que s 2 s γ γ + A γ F (s). (ii) Se γ s < 1, para A γ sucientemente grande, Logo, B R (y m) w m 2 dx B R (y m) s 2 γ + A γ onde B R é a medida de Lebesgue de B R. Se min F (s). γ s 1 (γ + A γ F (w m )) dx = γ B R + A γ F (w m )dx 0 B R (y m) quando m, como γ é arbitrário, segue da desigualdade anterior que wmdx 2 0 B R (y m) quando m, o que é impossível em virtude de (3.46). Portanto, ϕ V0 (w m ) é limitada. F (w m )dx, Dando continuidade na demonstração da Proposição 4, vamos supor que existe um η 1 > 0, tal que w m L 2 (B ρ(0)) η 1. (3.48) Essa suposição será provada logo abaixo. Como g m (t m ) = ξ m w m, onde ξ m R + para todo m N, por (3.31), temos que ξ m w m u m ɛ δ 1 2 m. (3.49) Assim, usando as imersões contínuas de Sobolev, temos que

35 3. Resultados de Existência 30 u m L 2 (B ρ(0)) ξ m w m L 2 (B ρ(0)) ξ m w m u m L 2 (B ρ(0)). (3.50) Por (3.49), o último termo do lado direito de (3.50) tende à zero, quando m. Assim, se ξ m 0 ao longo de uma subsequência, como w m é limitada, ξ m w m 0. E pela continuidade de I ɛ, I ɛ (ξ m w m ) 0, o que contraria (3.30), ou seja, (ξ m ) é limitada inferiormente por um M > 0. Isso signica que para todo m N, ξ m M. Sendo assim, de (3.50) u m L 2 (B ρ(0)) ξ m w m L 2 (B ρ(0)) ξ m w m u m L 2 (B ρ(0)) ξ m η 1 C ξ m w m u m ɛ Mη 1 Cδ 1 2 m (3.51) Portanto, (3.51) nos mostra que existe uma constante η 2 > 0 dada por η 2 = Mη 1 Cδ 1 2 m tal que, u m L 2 (B ρ(0)) η 2. Logo, ao longo de uma subsequência, u m u ɛ em H ɛ, que é solução fraca não trivial de (3.1), com I ɛ (u ɛ ) = c ɛ. Agora nos resta vericar que (3.48) é válido. De fato, se (3.48) não valesse, teríamos que, ao longo de uma subsequência de m s, w m L 2 (B ρ(0)) 0. (3.52) Assim, por (3.30), (3.52) e pelo fato da sequência (ϕ V0 (w m )) ser limitada, segue da relação (3.39) descrita por max I 1 ɛ(θw m ) c V0 + θ 0 2 (V (ɛx) V 0) ϕ V0 (w m )w m 2 dx, B ρ(0) que c ɛ c V0. Desta forma, a prova da Proposição 4 está completa. Lema 5 Existe w H 1 ( ) tal que w + V 0 w = f(w) em (3.53) e I V0 (w) = c V0, onde I V0 (u) = 1 ( u 2 + V 0 u 2 ) F (u)dx, u H ɛ e c V0 é o nível 2 R minimax associado a I N V0. Demonstração. Pelo Teorema 8.5 de [16], existe uma sequência (w m ) H 1 ( ) tal que I V0 (w m ) c V0 e I V 0 (w m ) 0. Note que, por (f 4 ), por um lado onde I V0 (w m ) 1 µ I V 0 (w m )w m = ( ) ( ) w 2 µ m 2 V 0 + R µ f(w m)w m F (w m ) dx N ( ) 1 1 w 2 µ m 2 V 0,

36 3. Resultados de Existência 31 Por outro lado, temos que w m 2 V 0 = ( w m 2 + V 0 w m )dx. I V0 (w m ) 1 µ I V 0 (w m )w m c V0 + o m (1) w m V0 + o m (1), Assim, segue que ( ) 1 1 w 2 µ m 2 V 0 c V0 + o m (1) w m V0 + o m (1). Logo, (w m ) é limitada em H 1 ( ). Além disso, pelo Lema I.1 de [8], existem uma sequência (y m ) e constantes β > 0, R > 0, tais que lim inf wmdx 2 > β. m B R (y m) Note que, se τ y u(x) = u(x y), então pela regra da cadeia e fazendo uma simples mudança de variável, temos que I V0 (τ y u) = I V0 (u). Assim, a menos de uma translação de w m, lim inf wmdx 2 β. m B R (0) Sendo assim, w m w em H 1 ( ), onde w é solução fraca e não trivial de (3.1). Logo, de forma similar a (3.37), mostra-se que I V0 (w) = c V0. Finalmente, vamos mostrar que o problema (3.1) possui solução fraca não trivial. Neste intuito, vamos provar o principal teorema deste capítulo. Teorema 6 Suponha que (f 1 ) (f 5 ), (V 1 ) e (V 2 ) valham. Então existe ɛ 0 > 0 tal que para 0 < ɛ < ɛ 0, existe u ɛ solução de (3.1) tal que I ɛ (u ɛ ) = c ɛ. Demonstração. Vamos supor que c ɛ não é um valor crítico de I ɛ, então, pela Proposição 4, temos que c ɛ c V0. (3.54) Vamos mostrar então que (3.54) é impossível para ɛ sucientemente pequeno. Para isso, vamos empregar um argumento de comparação. Seja w uma solução de (3.1) tal que I V0 (w) = c V0. Considere R > 0 e χ R C 1 (R +, R + ) tal que (i) χ R (t) = 1, se t R, (ii) χ R (t) = 0, se t R + 2, (iii) χ R (t) 1, para R < t < R + 2.

37 3. Resultados de Existência 32 Seja v = χ R w. Então, para qualquer θ > 0, γ R max I V 0 (θv) I ɛ ( θv) + 1 θ 0 2 B R+2 (0) (V 0 V (ɛx)) θv 2 dx. (3.55) Escolha θ = ϕ ɛ (v), onde ϕ ɛ é dada pela Proposição 1. Assim, como na prova do Teorema 6, γ R c ɛ + 1 (V 0 V (ɛx)) θv 2 dx. (3.56) 2 B R+2 (0) Note que, para ɛ > 0 sucientemente pequeno, Então, em (3.56), temos que γ R c ɛ Assim, V 0 V (ɛx) 1 2 (V 0 V (ɛx)) em B R+2 (0). B R+2 (0)(V 0 V (ɛx)) θv 2 dx c ɛ γ R c ɛ (V 0 V (0)) θ 2 Note que θ = θ(ɛ, R) depende de ɛ e de R. ( ) 1 2 (V 0 V (0)) θ 2 v 2 dx. B R+2 (0) B R+2 (0) v 2 dx. (3.57) Vamos mostrar que existe um θ 0 > 0 tal que θ(ɛ, R) θ 0 para todo ɛ sucientemente pequeno e R sucientemente grande. Além disso, escolhendo R de modo que v 2 dx 1 w 2 dx, (3.58) B R+2 (0) 2 teremos que γ R c ɛ (V 0 V (0)) θ0 2 w 2 dx. (3.59) Por outro lado, vamos mostrar que existe uma função ψ(r) > 0 tal que, ψ(r) 0, quando R e γ R c V0 + ψ(r) (3.60) Portanto, escolhendo R sucientemente grande tal que ψ(r) < 1 8 (V 0 V (0)) θ0 2 w 2 dx, (3.61) teremos que (3.59), (3.60) e (3.61) implicam que c ɛ < c V0, contradizendo (3.54). Vamos vericar a existência de θ 0 e mostrar que vale (3.60). Temos que θ é caracterizado por θ R 2 ( v 2 + V (ɛx)v 2 )dx = f( θv) θvdx. (3.62) N Por (f 2 ) e (f 3 ), para todo η > 0, existe uma constante A η > 0 tal que f(z) η z + A η z p (3.63) para todo z. Logo, por (3.61), (3.62) e (3.63), segue que

38 3. Resultados de Existência 33 θ R 2 ( v 2 + V 0 v 2 )dx (η θv 2 + A η θv p+1 )dx. N (3.64) Note que, como v = χ R w, temos que v χ R w v w v p+1 dx w p+1 dx. (3.65) Além disso, como v = w em B R (0), ( v 2 + V ) ( 0 R 2 v2 dx v 2 + V ) ( 0 N B R (0) 2 v2 dx = w 2 + V ) 0 B R (0) 2 w2 dx (3.66) Portanto, para R sucientemente grande, B R (0) ( w 2 + V ) 0 2 w2 dx 1 2 Dessa forma, tomando η = V 0 2 > 0 em (3.64), temos que θ R 2 ( v 2 + V 0 v 2 )dx N ( w 2 + V ) 0 2 w2 dx (3.67) ( θ 2 V ) 0 2 v2 + A η θp+1 v s+1 dx. Logo, ( v 2 + V 0 v 2 V ) 0 2 v2 dx A η θp 1 v p+1 dx. Por (3.65), temos que ( v 2 + V ) 0 R 2 v2 dx A η θp 1 v p+1 dx A η θp 1 w p+1 dx. N Assim, por (3.66) e (3.67), segue que θ p 1 ( v 2 + V ) 0 2 v2 dx A η w p+1 dx ( 1 w 2 + V ) 0 2 R 2 w2 dx N. A η w R p+1 dx N Portanto, θ 1 2 ( w 2 + V ) 0 2 w2 dx A η w R s+1 dx N 1 1 s := θ 0 > 0. (3.68) Agora, resta provar que (3.60) vale. De fato, note que por (3.55), γ R = I V0 (ϕ(v)v) = c V0 + I V0 (ϕ(v)v) I V0 (w). (3.69) Então, basta mostrar apenas que

39 3. Resultados de Existência 34 quando R. I V0 (ϕ(v)v) I V0 (w) 0, (3.70) De fato, como v = χ R w, temos que χ R w w em H ɛ. Pela Proposição 1, ϕ(v) ϕ(w). Mas como w é uma solução fraca não-trivial de (3.1), temos que ϕ(w) = 1. Desta forma, a continuidade de ϕ implica (3.70) e a prova do resultado está completa.

40 Capítulo 4 Resultados de Concentração Neste capítulo vamos mostrar que as soluções obtidas no capítulo anterior apresentam um fenômeno de concentração em torno de pontos de mínimo global do potencial, no caso particular em que a não linearidade é do tipo f(s) = s p 1 s, onde 1 < p < N+2 N 2. Seja ɛ m 0, quando m. Para m sucientemente grande, pelo Teorema 6, do Capítulo 3, sabemos que existe uma solução de energia mínima u m H ɛm para o problema ɛ 2 m u + V (x)u = u p 1 u, (4.1) Lembremos que o problema (4.1) é equivalente ao seguinte problema v + V (ɛ m x)v = v p 1 v, (4.2) onde v m e u m, soluções de (4.1) e (4.2), respectivamente, estão relacionados por v m (x) = u m (ɛ m x), onde portanto I ɛm (v m ) = c ɛm. Para o problema (4.2), temos associado o funcional I ɛm : H ɛm R, dado pela expressão I ɛm (v) = 1 2 ( v 2 + V (ɛ m x)v 2 )dx 1 p + 1 v p+1 dx. (4.3) É válido lembrar que, de forma análoga ao Capítulo 3, pode-se provar que I ɛm C 1 (H ɛ, R) e que qualquer ponto crítico de I ɛm é uma solução fraca de (4.2). Para estudar os pontos críticos de I ɛm, vamos introduzir o seguinte conjunto que também já é conhecido em virtude do capítulo anterior. Esse conjunto é conhecido como a Variedade de Nehari para I ɛm e é dado por Denimos também o conjunto M m = {v H ɛm \ {0}; I ɛ m (v)v = 0}. (4.4) Γ m = {η C([0, 1]), H ɛm ); η(0) = 0, η(1) 0, I ɛm (η(1)) 0} e o valor minimax do passo da montanha por c ɛm = inf η Γ m max t [0,1] I ɛ m (η(t)). 35

41 4. Resultados de Concentração 36 Então, para qualquer v H ɛm \{0}, existe um único θ > 0 tal que Além disso, I ɛm (θv) = max t 0 I ɛ m (tv), θv M m. (4.5) 0 < c ɛm = inf I ɛm (v) = inf max I ɛ m (tv). (4.6) v M m v H ɛm \{0} t 0 Em vista de (4.6), v m é um minimizante de I ɛm em M m. Note que cada minimizante v m de I ɛm em M m não muda de sinal. De fato, por (4.5), existe um θ > 0 tal que θ v m M m e ( 1 max I ɛ m (t v m ) = I ɛm (θ v m ) = t ) θ p+1 v m p+1 dx p + 1 = θ p+1 I ɛm (v m ) = θ p+1 c ɛm. Esse fato juntamente com (4.6) implica que θ 1. Mas, ( v m 2 + V (ɛ m x)vm)dx 2 ( v m 2 + V (ɛ m x)vm) 2 = v m p+1 dx e θv m M m. Então, θ 1. Logo, segue que θ = 1 e v m M m. Assim, v m também é um minimizante de I ɛm em M m. Argumentos semelhantes ao do Capítulo 3, nos mostram que v m é uma solução fraca de (4.2). Agora, pelo princípio do máximo forte, v m nunca se anula e desta forma v m não muda de sinal. Vamos provar o teorema que já foi enunciado no Capítulo 1, mas por praticidade, será enunciado novamente aqui. Teorema 7 Sejam V e f satisfazendo (V 1 ) e (V 2 ) e (f 1 ) - (f 5 ), respectivamente. Então para toda sequência ɛ m 0, existe uma subsequência que continuaremos a denotar por (ɛ m ) tal que (3.1) (com ɛ m no lugar de ɛ) possui uma solução positiva u m H 1 ( ) e (u m ) se concentra em um ponto de mínimo global x 0 de V no seguinte sentido: Para cada m > 0 sucientemente grande, u m possui somente um ponto de máximo global x m, com x m x 0, quando m, e para todo δ > 0 e m sucientemente grande, max u m(x) > (V 0 ) 1 1 p. (4.7) x x 0 δ Para provar o Teorema 7, a ideia será comparar v m com a solução positiva u 0 de u V 0 u + u p = 0, u( ) = 0, u(0) = max u (4.8) e a prova seguirá de uma série de lemas que serão provados ao longo deste capítulo. Antes de começarmos efetivamente a prova do teorema, provaremos o seguinte resultado que nos será muito útil para os resultados posteriores. Lema 6 lim c ɛ m = c 0. m Demonstração. Para qualquer R > 0, tome ϕ R C0 ( ) tal que, ϕ R = 1 em B R (0) = { x R}, ϕ R = 0 em (B R+1 (0)) C, 0 ϕ R 1 e ϕ R c(n). ( Seja v R = ϕ R u 0. Tome uma sequência y k tal que V (y k ) V 0. Seja w(x) = v R x + y ) k. Então, existe um único θ = θ(k, m, R) > 0 tal que θw M ɛm, ou seja, ɛ m

42 4. Resultados de Concentração 37 θ 2 ( w 2 + V (ɛ m x)w 2 )dx = θ p+1 w p+1 dx ( v R 2 + V (ɛ m x + y k )vr)dx 2 = θ p 1 v p+1 R dx Dessa forma, temos que ( v R 2 + V (ɛ m x + y k )vr)dx 2 + θ p 1 R = V 0 vrdx 2 V 0 vrdx 2 dx θ p 1 = v p+1 R ( v R 2 + V 0 vr)dx 2 + v p+1 R dx V (ɛ m x + y k ) V 0 )vr)dx 2 (4.9) v p+1 R dx ( v R 2 + V 0 vr)dx 2 R Armação: lim N = 1. R v p+1 R dx A armação segue do fato de v R convergir para u 0 quando R em H 1 ( ) e em L q ( ) para 2 q 2, somado ao fato de u 0 ser solução de (4.8). Também, para R xo, se tomarmos k e m sucientemente grande tal que V (y k ) está sucientemente perto de V 0, xando tal k podemos provar que o segundo termo do lado direito da igualdade em (4.9) está sucientemente próximo de 0. Juntando esses fatos vemos que dado η > 0, existe R e k sucientemente grandes de tal forma que 1 η < lim inf m θ lim sup θ < 1 + η. (4.10) m Agora, observe que c ɛm I ɛm (θw) = 1 ( θw 2 + V (ɛ 2 m x)(θw) 2 )dx 1 θw p+1 dx R p + 1 N ( = θ 2 I ɛm (w) + 1 ) θp 1 w p+1 dx p + 1 ( = θ 2 I V0 (w) + 1 RN (V (ɛ m x) V 0 )w 2 dx + 1 ) θp 1 w p+1 dx 2 p + 1 ( = θ 2 I V0 (v R ) + 1 RN (V (ɛ m x + y k ) V 0 )v 2Rdx + 1 ) θp 1 v R p+1 dx 2 p + 1 (4.11) = θ 2 A(k, m, R) onde para todo η > 0, existe k N e R > 0 tais que c 0 η < lim inf m A(k, m, R) lim sup A(k, m, R) < c 0 + η. (4.12) m Assim, por (4.10), (4.11) e (4.12) segue que para todo η > 0, temos que existe uma constante K > 0 tal que

43 4. Resultados de Concentração 38 lim sup m c ɛm lim sup θ(k, m, R) 2 A(k, m, R) < c 0 + Kη. m Como η > 0 é arbitrário, segue que lim sup m c m c 0. Por outro lado, como V 0 = inf V, temos que I ɛm (v) I V0 (v), para v E ɛ. Logo, c ɛm c 0. Assim segue que de fato lim c m = c 0. m Como comentamos no início deste capítulo, a prova do Teorema 7 seguirá dos lemas enunciados e provados a seguir. Primeiramente, note que ( 1 c ɛm = I ɛm (v m ) = 2 1 ) ( 1 ( v m 2 + V (ɛ m x)v 2 p + 1 m)dx = R 2 1 ) v m ɛm. p + 1 N Como c ɛm c 0, quando m, segue que v m ɛm é limitada, quando m. Lema 7 Existe uma sequência {y m } e constantes positivas R e β, tais que lim inf vm(x)dx 2 β. (4.13) m B R (y m) Demonstração. Caso contrário, para qualquer R > 0, lim sup vm(x)dx 2 = 0, m y B R (y) e pelo Lema de Lions, teríamos que v m 0 em L q ( ), para 2 < q < 2. Isso é impossível, pois pelo Lema 6, temos que ( ) vm p+1 dx = c ɛm c 0 > 0, p + 1 quando m. Seja w ɛm (x) = v ɛm (x + y m ) = u ɛm (ɛ m x + ɛ m y m ). Então, por (4.13), lim inf wɛ 2 m m (x)dx β > 0. (4.14) Além disso, B R (0) w ɛm + V (ɛ m x + ɛy m )w ɛm = w p ɛ m, (4.15) onde w ɛm > 0 em. Ainda, como w ɛm M m temos que ( 1 c ɛm = 2 1 ) ( 1 ( w ɛm 2 + V (ɛ m x + ɛ m y m )wɛ 2 p + 1 m )dx = R 2 1 ) wɛ p+1 p + 1 m dx. N (4.16) Seja o conjunto M 0 dado por M 0 = {v H 1 ( ) \ {0}; I V 0 (v)v = 0},

44 4. Resultados de Concentração 39 onde I V0 (v) = 1 2 Vamos mostrar o seguinte resultado. ( v 2 + V 0 v 2 )dx 1 p + 1 Lema 8 {ɛ m y ɛm } é limitada quando m. v p+1 dx. Demonstração. De fato, pois caso contrário, existiria uma sequência ɛ m 0 +, tal que ɛ m y ɛm. Por (4.16) e pelo Lema 6, temos que ( ) C w m H 1 wm 2 + V (ɛ m x + ɛ m y m )wm 2 dx ( ) = vm 2 + V (ɛ m x)vm 2 dx R ( N 1 = 2 1 ) 1 ( 1 c ɛm p ) 1 c 0, p + 1 quando m, ou seja, w m = w ɛm é limitada em H 1 ( ). Portanto, passando a uma subsequência se necessário, temos que (i) w m w 0 0 em H 1 ( ); (ii) w m w 0 0 em L p loc (RN ), para 2 p < 2 ; (iii) w m w 0 0 q.t.p em. Por (4.13), w 0 0. Logo, existe um θ > 0 tal que θw 0 M 0. Armação: Como lim inf x V (x) > V 0, por (4.14) existe δ > 0 tal que w 0 (V 0 + δ)w 0 + w p 0 0 em H 1 ( ) = (H 1 ( )), (4.17) onde (H 1 ( )) denota o dual de H 1 ( ). De fato, primeiramente note que para toda ϕ H 1 ( ) o funcional w 0 (V 0 + δ)w 0 + w p 0 : H 1 ( ) R, é dado por ( w 0 (V 0 + δ)w 0 + w0)(ϕ) p := ( w 0.ϕ (V 0 + δ)w 0.ϕ + w0.ϕ)dx. p Assim, temos que w 0 (V 0 + δ)w 0 + w p 0 0 ( w 0.ϕ (V 0 + δ)w 0.ϕ + w0.ϕ)dx p 0, (4.18) para todo ϕ H 1 ( ), ϕ 0. Como C 0 ( ) é denso em H 1 ( ), para provar (4.18), basta provar então que, para toda ϕ C 0 ( ), com ϕ 0,

45 4. Resultados de Concentração 40 ( w 0.ϕ (V 0 + δ)w 0.ϕ + w p 0.ϕ)dx 0. Seja ϕ C 0 ( ), tal que ϕ 0 e note que ( w m ϕ V (ɛ m x + ɛ m y m )w m ϕ + w p mϕ)dx = 0 (4.19) Tomando o lim inf em ambos os lados, temos o seguinte: (i) w m w 0 lim inf m w m ϕdx = w 0 ϕdx; (ii) lim inf V (ɛ m x + ɛ m y m )w m ϕdx m R vergência N Dominada; (V 0 + δ)w 0 ϕdx pelo Teorema da Con- (iii) w m w 0 em L p (suppϕ) lim inf m wmϕdx p = w0ϕdx. p Logo, ( w 0 ϕ (V 0 + δ)w 0 ϕ + w p 0ϕ)dx 0. (4.20) Como (4.20) vale para toda ϕ C 0, ϕ 0, então, aproximando w 0 por funções suaves e positivas, temos que ( w 0 2 V 0 w w p+1 0 )dx Assim, Logo, 0 < θ < 1. Como p > 1, temos ( w 0 2 (V 0 + δ)w w p+1 0 )dx 0. (4.21) ( w (V 0 + δ)w0)dx 2 w p+1 0 dx. ( 1 c 0 = inf I V0 (v) I V0 (θw 0 ) = θ p+1 M p + 1 ( 1 < 2 1 ) p + 1 lim inf m = lim inf m ) w p+1 w p+1 0 dx 0 dx ( ) wm p+1 dx p + 1 I ɛ m (w m ) = lim I ɛ m (w m ) = c 0, m onde a última desigualdade e a última igualdade seguem do Lema de Fatou e do Lema 6, respectivamente. Assim chegamos a c 0 < c 0, o que é uma contradição, o que prova o resultado. Pelo último resultado a menos de subsequência, temos que x m ɛ m y ɛm x 0 e, pelo Lema 6, w m w ɛm w 0 > 0 em H 1 ( ) e q.t.p. em, quando m. Lema 9 x 0 é um ponto de mínimo global de V.

46 4. Resultados de Concentração 41 Demonstração. Aplicando a Teoria da Regularidade Elíptica para (4.15), temos que w m w 0 em Cloc 2 (RN ) e portanto Como V 0 = inf x V (x), segue que w 0 + V (x 0 )w 0 = w p 0, x. (4.22) ( w V 0 w0)dx 2 ( w V (x 0 )w0)dx 2 = w p+1 0 dx. (4.23) Logo, existe um 0 < θ 1 tal que θw 0 M 0. Observe que, pelo Lema de Fatou, ( 1 c 0 = lim c ɛ m = lim m m 2 1 ) wm p+1 dx p + 1 R ( N ) w p+1 0 dx p + 1 R ( N ) (θw 0 ) p+1 dx p + 1 = I V0 (θw 0 ) inf I V0 c 0. M 0 Dessa forma, θ = 1 e de fato w 0 M 0. Assim temos que ( w V 0 w0)dx 2 = w p+1 0 dx = ( w V (x 0 )w0)dx, 2 o que só é possível se V (x 0 ) = V 0 e o lema está provado. Provados os lemas, passaremos agora à prova do Teorema 7. Demonstração. (Teorema 7:) Note que, como w m w 0 w 0 lim inf w m e pelo Lema 10, temos que m ( w V (x 0 )w0)dx 2 lim inf m lim sup m lim sup m = lim m = ( w m 2 + V (x 0 )wm)dx 2 ( w m 2 + V (x 0 )wm)dx 2 ( w m 2 + V (ɛ m x + x m )w 2 m)dx c ɛm ( p+1 ) = c 0 ( ) p+1 ( w V (x 0 )w 2 0)dx. Observação 5 A igualdade da quarta linha acima é justicada da seguinte forma. Note que, como v m satisfaz v m + V (ɛ m x)v m = vm, p temos que 0 = I ɛ m (v m )v m = v m 2 ɛ m v m p+1 dx v m 2 ɛ m = v m p+1 dx. (4.24) Por outro lado, I ɛm (v m ) = c ɛm, então usando (4.24),

47 4. Resultados de Concentração 42 c ɛm = I ɛm (v m ) = 1 2 v m 2 1 p + 1 v m p+1 dx = ( ) v m 2 p + 1 c ɛm ( ) = v m 2. (4.25) p + 1 Assim, temos que ( w m 2 + V (x 0 )wm)dx 2 ( w V (x 0 )w0)dx, 2 quando m, ou seja, w m H 1 w 0 H 1. Logo, w m w 0 em H 1 ( ) e portanto, w m w 0 em L 2. Pela recíproca do Teorema de Frechet-Kolmogorov (Corolário 4.27 de [3]), segue que para todo η > 0, existe R > 0, tal que w m L 2 ( \B R ) < η, para todo m N. Isto é, quando R uniformemente em m N. Note que, como V 0 e w m 0, w m L 2 ( \B R ) 0, (4.26) w m w m + V (ɛ m x + x m )w m = w p m. Então temos que w m é uma subsolução de - u = u p 1 u. Pela Desigualdade de Harnack (Teorema 8.17 de [14]), tomando f i, g = 0 e R = 1, temos que sup w m C w m L 2 (B 2 (Q)), onde Q. (4.27) B 1 (Q) Armação: w m (x) 0 quando x uniformemente em m N, ou seja, para todo η > 0, existe um R 0 > 0 e um m 0 N tal que w m (x) < η, para todo x tal que x > R 0 e para todo m m 0. Com efeito, para todo η > 0, existem, por (4.26), um R 0 > 0 e um m 0 N tal que m dx < η \B R w 2 para todo R R 0 e para todo m m 0. Seja x tal que x > R e m m 0. Note que B 2 (x) B C R(0). (4.28) Então, como w m é positiva, por (4.28) e pela Desigualdade de Harnack, temos que ( ) ( 1 2 ) 1 2 w m (x) max w m C wm 2 dx C wm 2 dx Cη 1 2 B 1 (x 0 ) B 2 (x) (B R0 (0)) C

48 4. Resultados de Concentração 43 e a armação está provada. ( ) x xm Sendo assim, u m (x) = w m decai uniformemente para zero para todo x fora ɛ m de qualquer vizinhança de x 0, quando m. Isso se dá porque como x m x 0, quando m e x x 0, temos que o quociente x x m ɛ m, quando m. Armação: Seja x m um máximo local de u m. Por (4.1), e pelo princípio do máximo forte, Então, u m (x m ) (V 0 ) 1 p 1. De fato, como u m (x m ) = max u m, temos que u m (x m ) 0. Logo, V 0 u m (x m ) V (x m )u m (x m ) ɛ 2 m u m (x m ) + V (x m )u m (x m ) = u m (x m ) p V 0 u m (x m ) u m (x m ) p u m (x m ) (V 0 ) 1 p 1. (4.29) Portanto, x m x 0, quando m, pois caso contrário u m (x m ) tenderia à zero quando m. Continuando a prova do Teorema 7, vamos vericar a unicidade de x m. Seja w m (x) = u m (ɛ m x + x m ). Então, w m (x) + V (ɛ m x + x m )w m = w p m, w m > 0 em. (4.30) Além disso, temos que w m (0) = u m (x m ), ou seja, 0 é um ponto crítico de w m e como x m é um ponto de máximo, segue que w m (0) 0. Assim, como V 0 V (x), para todo x, segue de (4.29) que Logo, V 0 w m (0) w m (0) + V (ɛ m 0 + x m )w m (0) = w m (0) p w m (0) V 1 p 1 0. Pelos mesmos argumentos usados acima para w m temos que, que passando a uma subsequência de (w m ), w m w 0 em C 2 loc (RN ) e em H 1 ( ), onde w 0 0 satisfazendo (4.22). Além disso, w m 0 quando x uniformemente com relação a m. Então, para todo compacto K, w m w 0 em C 2 (K) e w m w 0 em C 0 (K). Logo, sup w m (x) w 0 (x) 0 x K quando m. Assim, 0 = w m (0) w 0 (0) = 0, pois o fato de zero ser ponto crítico de w m implica que ele é também um ponto crítico de w 0. Por um resultado devido a Gidas-Ni-Nirenberg [6], w 0 é esfericamente simétrica com respeito a algum ponto P e ainda radialmente decrescente. Logo w 0(s) < 0, para 0 s = x P, onde por um abuso de notação, estamos usando o mesmo símbolo w 0 para representar a função w 0 (s) = w 0 (x), onde x p = s. Desta forma, P = 0, isto é, w 0 é radialmente simétrica com respeito à

1 Introdução. Problemas Elípticos Assintoticamente Lineares

1 Introdução. Problemas Elípticos Assintoticamente Lineares Problemas Elípticos Assintoticamente Lineares Caíke da Rocha DAMKE; Edcarlos Domingos da SILVA Instituto de Matemática e Estatística, Universidade Federal de Goiás, Campus II- Caixa Postal 131, CEP 74001-970

Leia mais

Convergência em espaços normados

Convergência em espaços normados Chapter 1 Convergência em espaços normados Neste capítulo vamos abordar diferentes tipos de convergência em espaços normados. Já sabemos da análise matemática e não só, de diferentes tipos de convergência

Leia mais

Espaço Dual, Transposta e Adjunta (nota da álgebra linear 2)

Espaço Dual, Transposta e Adjunta (nota da álgebra linear 2) Espaço Dual, Transposta e Adjunta nota da álgebra linear 2) Sadao Massago Outubro de 2009 1 Espaço Dual Dado um espaço vetorial V sobre o corpo F, o espaço dual V é o espaço de todas transformações lineares

Leia mais

1 Diferenciabilidade e derivadas direcionais

1 Diferenciabilidade e derivadas direcionais UFPR - Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Matemática CM048 - Cálculo II - Matemática Diurno Prof. Zeca Eidam Nosso objetivo nestas notas é provar alguns resultados

Leia mais

Sobre uma classe de problemas elípticos com não linearidades do tipo côncavo-convexa

Sobre uma classe de problemas elípticos com não linearidades do tipo côncavo-convexa Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Programa de Pós-Graduação em Matemática Curso de Mestrado em Matemática Sobre uma classe de problemas elípticos com não linearidades

Leia mais

Construção dos Números Reais

Construção dos Números Reais 1 Universidade de Brasília Departamento de Matemática Construção dos Números Reais Célio W. Manzi Alvarenga Sumário 1 Seqüências de números racionais 1 2 Pares de Cauchy 2 3 Um problema 4 4 Comparação

Leia mais

CÁLCULO I. 1 A Função Logarítmica Natural. Objetivos da Aula. Aula n o 22: A Função Logaritmo Natural. Denir a função f(x) = ln x;

CÁLCULO I. 1 A Função Logarítmica Natural. Objetivos da Aula. Aula n o 22: A Função Logaritmo Natural. Denir a função f(x) = ln x; CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida Aula n o 22: A Função Logaritmo Natural Objetivos da Aula Denir a função f(x) = ln x; Calcular limites, derivadas e integral envolvendo a função

Leia mais

Uma condição necessária e suciente para integrabilidade de uma função real

Uma condição necessária e suciente para integrabilidade de uma função real Uma condição necessária e suciente para integrabilidade de uma função real Jonas Renan Moreira Gomes 1 e Fernanda S. P. Cardona (orientadora) 1 Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de

Leia mais

Começamos relembrando o conceito de base de um espaço vetorial. x = λ 1 x λ r x r. (1.1)

Começamos relembrando o conceito de base de um espaço vetorial. x = λ 1 x λ r x r. (1.1) CAPÍTULO 1 Espaços Normados Em princípio, os espaços que consideraremos neste texto são espaços de funções. Isso significa que quase todos os nossos exemplos serão espaços vetoriais de dimensão infinita.

Leia mais

1 A função δ de Dirac

1 A função δ de Dirac Transformadas de Laplace - Delta de Dirac Prof ETGalante Nesta nota de aula abordaremos a função (que não é bem uma função) delta de Dirac, tão importante nas equações diferenciais que modelam fenômenos

Leia mais

da Teoria do conjuntos

da Teoria do conjuntos UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Centro de Ciências Exatas e Tecnologia - CCET Departamento de Matemática Topologia do ponto de vista da Teoria do conjuntos Aluna: Natalia de Barros Gonçalves Orientador:

Leia mais

Neste trabalho, mostramos a existência de soluções para a seguinte classe de problemas elípticos. u = λu + p(x, u), x Ω

Neste trabalho, mostramos a existência de soluções para a seguinte classe de problemas elípticos. u = λu + p(x, u), x Ω Resumo Neste trabalho, mostramos a existência de soluções para a seguinte classe de problemas elípticos u = λu + p(x, u), x u = 0, x. As principais ferramentas utilizadas são os Teoremas de Deformação,

Leia mais

Givanildo Donizeti de Melo. Sobre a dimensão do quadrado de um espaço métrico compacto X de dimensão n e o conjunto dos mergulhos de X em R 2n

Givanildo Donizeti de Melo. Sobre a dimensão do quadrado de um espaço métrico compacto X de dimensão n e o conjunto dos mergulhos de X em R 2n Givanildo Donizeti de Melo Sobre a dimensão do quadrado de um espaço métrico compacto X de dimensão n e o conjunto dos mergulhos de X em R 2n São José do Rio Preto 2016 Givanildo Donizeti de Melo Sobre

Leia mais

Então (τ x, ) é um conjunto dirigido e se tomarmos x U U, para cada U vizinhança de x, então (x U ) U I é uma rede em X.

Então (τ x, ) é um conjunto dirigido e se tomarmos x U U, para cada U vizinhança de x, então (x U ) U I é uma rede em X. 1. Redes Quando trabalhamos no R n, podemos testar várias propriedades de um conjunto A usando seqüências. Por exemplo: se A = A, se A é compacto, ou se a função f : R n R m é contínua. Mas, em espaços

Leia mais

Produtos de potências racionais. números primos.

Produtos de potências racionais. números primos. MATEMÁTICA UNIVERSITÁRIA n o 4 Dezembro/2006 pp. 23 3 Produtos de potências racionais de números primos Mário B. Matos e Mário C. Matos INTRODUÇÃO Um dos conceitos mais simples é o de número natural e

Leia mais

Notas de Aula. Análise Funcional

Notas de Aula. Análise Funcional Notas de Aula Análise Funcional Rodney Josué Biezuner 1 Departamento de Matemática Instituto de Ciências Exatas (ICEx) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Notas de aula do curso Análise Funcional

Leia mais

σ-álgebras, geradores e independência

σ-álgebras, geradores e independência σ-álgebras, geradores e independência Roberto Imbuzeiro M. F. de Oliveira 15 de Março de 2009 Resumo Notas sobre a σ-álgebra gerada por uma variável aleatória X e sobre as condições de independência de

Leia mais

Curvas Planas em Coordenadas Polares

Curvas Planas em Coordenadas Polares Curvas Planas em Coordenadas Polares Sumário. Coordenadas Polares.................... Relações entre coordenadas polares e coordenadas cartesianas...................... 6. Exercícios........................

Leia mais

= f(0) D2 f 0 (x, x) + o( x 2 )

= f(0) D2 f 0 (x, x) + o( x 2 ) 6 a aula, 26-04-2007 Formas Quadráticas Suponhamos que 0 é um ponto crítico duma função suave f : U R definida sobre um aberto U R n. O desenvolvimento de Taylor de segunda ordem da função f em 0 permite-nos

Leia mais

Sistemas de equações lineares com três variáveis

Sistemas de equações lineares com três variáveis 18 Sistemas de equações lineares com três variáveis Sumário 18.1 Introdução....................... 18. Sistemas de duas equações lineares........... 18. Sistemas de três equações lineares........... 8

Leia mais

Notas Para o Curso de Medida e. Daniel V. Tausk

Notas Para o Curso de Medida e. Daniel V. Tausk Notas Para o Curso de Medida e Integração Daniel V. Tausk Sumário Capítulo 1. Medida de Lebesgue e Espaços de Medida... 1 1.1. Aritmética na Reta Estendida... 1 1.2. O Problema da Medida... 6 1.3. Volume

Leia mais

de Operadores Lineares

de Operadores Lineares Universidade Federal de Itajubá Programa de PósGraduação em Matemática Majoração, Inclusão de Imagens e Fatoração de Operadores Lineares Raquel Maria Nogueira Wood Noronha Orientador: Prof. Dr a. Márcia

Leia mais

Problemas de fronteira livre nas EDP elípticas: uma tentativa fuzzy

Problemas de fronteira livre nas EDP elípticas: uma tentativa fuzzy Problemas de fronteira livre nas EDP elípticas: uma tentativa fuzzy III Workshop de Teoria de Conjuntos Fuzzy e Incerteza Generalizada Aplicada à Otimização FAMAT - UFU Ana Maria Amarillo Bertone Universidade

Leia mais

Equação Geral do Segundo Grau em R 2

Equação Geral do Segundo Grau em R 2 8 Equação Geral do Segundo Grau em R Sumário 8.1 Introdução....................... 8. Autovalores e autovetores de uma matriz real 8.3 Rotação dos Eixos Coordenados........... 5 8.4 Formas Quadráticas..................

Leia mais

A TRANSFORMAÇÃO DE GAUSS

A TRANSFORMAÇÃO DE GAUSS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA A TRANSFORMAÇÃO DE GAUSS Tales Villas Boas dos Santos São Carlos - SP Dezembro - 200 UNIVERSIDADE

Leia mais

Problemas de equações elípticas do tipo côncavo-convexo

Problemas de equações elípticas do tipo côncavo-convexo Universidade de Lisboa Faculdade de Ciências Departamento de Matemática Problemas de equações elípticas do tipo côncavo-convexo Gonçalo Santos Montalvão Carvalho Dissertação Mestrado em Matemática Lisboa,

Leia mais

Notas do Curso de SMA-333 Cálculo III. Prof. Wagner Vieira Leite Nunes. São Carlos 1.o semestre de 2007

Notas do Curso de SMA-333 Cálculo III. Prof. Wagner Vieira Leite Nunes. São Carlos 1.o semestre de 2007 Notas do Curso de SMA-333 Cálculo III Prof. Wagner Vieira Leite Nunes São Carlos.o semestre de 7 Sumário Introdução 5 Seqüências Numéricas 7. Definições.................................... 7. Operações

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula

Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula João Roberto Gerônimo 1 1 Professor Associado do Departamento de Matemática da UEM. E-mail: jrgeronimo@uem.br. ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO Esta notas de aula

Leia mais

Multiplicidade e concentração de soluções positivas para uma equação elíptica quasilinear

Multiplicidade e concentração de soluções positivas para uma equação elíptica quasilinear Universidade Federal do Espírito Santo Centro de Ciências Exatas Departamento de Matemática Dissertação de Mestrado em Matemática Multiplicidade e concentração de soluções positivas para uma equação elíptica

Leia mais

Introduzir os conceitos de base e dimensão de um espaço vetorial. distinguir entre espaços vetoriais de dimensão fnita e infinita;

Introduzir os conceitos de base e dimensão de um espaço vetorial. distinguir entre espaços vetoriais de dimensão fnita e infinita; META Introduzir os conceitos de base e dimensão de um espaço vetorial. OBJETIVOS Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de: distinguir entre espaços vetoriais de dimensão fnita e infinita; determinar

Leia mais

Fórmulas de Taylor - Notas Complementares ao Curso de Cálculo I

Fórmulas de Taylor - Notas Complementares ao Curso de Cálculo I Fórmulas de Taylor - Notas Complementares ao Curso de Cálculo I Gláucio Terra Sumário 1 Introdução 1 2 Notações 1 3 Notas Preliminares sobre Funções Polinomiais R R 2 4 Definição do Polinômio de Taylor

Leia mais

ANÁLISE E TOPOLOGIA. 1 o semestre. Estudaremos neste curso alguns dos conceitos centrais da análise matemática: números reais, derivadas,

ANÁLISE E TOPOLOGIA. 1 o semestre. Estudaremos neste curso alguns dos conceitos centrais da análise matemática: números reais, derivadas, ANÁLISE E TOPOLOGIA 1 o semestre Estudaremos neste curso alguns dos conceitos centrais da análise matemática: números reais, derivadas, séries e integrais. 1. Espaços topológicos e métricos Todos estes

Leia mais

184 Instituto de Matemática UFF

184 Instituto de Matemática UFF 184 Instituto de Matemática UFF Capítulo 4 Aplicações diferenciáveis 1 Diferenciabilidade de uma aplicação Definição 1.1. Uma aplicação f : U R n, definida no aberto U R m, é diferenciável no ponto a U

Leia mais

1 Conjuntos enumeráveis

1 Conjuntos enumeráveis Medida e Integração. Departamento de Física e Matemática. USP-RP. Prof. Rafael A. Rosales de maio de 007. Conjuntos enumeráveis Denotamos por Q os numeros racionais, logo [0, ] Q, são os números racionais

Leia mais

Resumo das aulas dos dias 4 e 11 de abril e exercícios sugeridos

Resumo das aulas dos dias 4 e 11 de abril e exercícios sugeridos MAT 1351 Cálculo para funções uma variável real I Curso noturno de Licenciatura em Matemática 1 semestre de 2016 Docente: Prof. Dr. Pierluigi Benevieri Resumo das aulas dos dias 4 e 11 de abril e exercícios

Leia mais

Existência, multiplicidade e concentração de soluções positivas para uma classe de problemas quasilineares em espaços de Orlicz-Sobolev

Existência, multiplicidade e concentração de soluções positivas para uma classe de problemas quasilineares em espaços de Orlicz-Sobolev Universidade Federal da Paraíba Universidade Federal de Campina Grande Programa Associado de Pós-Graduação em Matemática Doutorado em Matemática Existência, multiplicidade e concentração de soluções positivas

Leia mais

Soluções para uma Equação de Schrödinger Quasilinear

Soluções para uma Equação de Schrödinger Quasilinear Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Programa de Pós-Graduação em Matemática Curso de Mestrado em Matemática Soluções para uma Equação de Schrödinger Quasilinear por José

Leia mais

1.3 Conjuntos de medida nula

1.3 Conjuntos de medida nula 1.3 Conjuntos de medida nula Seja (X, F, µ) um espaço de medida. Um subconjunto A X é um conjunto de medida nula se existir B F tal que A B e µ(b) = 0. Do ponto de vista da teoria da medida, os conjuntos

Leia mais

MAT Topologia Bacharelado em Matemática 2 a Prova - 27 de maio de 2004

MAT Topologia Bacharelado em Matemática 2 a Prova - 27 de maio de 2004 MAT 317 - Topologia Bacharelado em Matemática 2 a Prova - 27 de maio de 2004 1 Nome : Número USP : Assinatura : Professor : Severino Toscano do Rêgo Melo 2 3 4 5 Total Podem tentar fazer todas as questões.

Leia mais

UMA CONDIÇÃO NECESSÁRIA E SUFICIENTE PARA A EXISTÊNCIA DE SOLUÇÃO PARA UM PROBLEMA SEMILINEAR COM EXPOENTE CRÍTICO DE SOBOLEV

UMA CONDIÇÃO NECESSÁRIA E SUFICIENTE PARA A EXISTÊNCIA DE SOLUÇÃO PARA UM PROBLEMA SEMILINEAR COM EXPOENTE CRÍTICO DE SOBOLEV UMA CONDIÇÃO NECESSÁRIA E SUFICIENTE PARA A EXISTÊNCIA DE SOLUÇÃO PARA UM PROBLEMA SEMILINEAR COM EXPOENTE CRÍTICO DE SOBOLEV Alex Jenaro Becker, Mestrando, alexjenaro@gmail.com Bolsista CAPES/FAPERGS

Leia mais

Análise na Reta - Verão UFPA 1a lista - Números naturais; Corpos ordenados

Análise na Reta - Verão UFPA 1a lista - Números naturais; Corpos ordenados Análise na Reta - Verão UFPA 1a lista - Números naturais; Corpos ordenados A lista abaixo é formada por um subconjunto dos exercícios dos seguintes livros: Djairo G. de Figueiredo, Análise na reta Júlio

Leia mais

Análise Funcional Não-Linear Aplicada ao Estudo de Problemas Elípticos Não-Locais

Análise Funcional Não-Linear Aplicada ao Estudo de Problemas Elípticos Não-Locais Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Teconologia Programa de Pós-Graduação em Matemática Curso de Mestrado em Matemática Análise Funcional Não-Linear Aplicada ao Estudo de Problemas

Leia mais

(versão preliminar) exceto possivelmente para x = a. Dizemos que o limite de f(x) quando x tende para x = a é um numero L, e escrevemos

(versão preliminar) exceto possivelmente para x = a. Dizemos que o limite de f(x) quando x tende para x = a é um numero L, e escrevemos LIMITE DE FUNÇÕES REAIS JOSÉ ANTÔNIO G. MIRANDA versão preinar). Revisão: Limite e Funções Continuas Definição Limite de Seqüências). Dizemos que uma seqüência de números reais n convergente para um número

Leia mais

Análise Funcional Aplicada. Dimitar K. Dimitrov

Análise Funcional Aplicada. Dimitar K. Dimitrov Análise Funcional Aplicada Dimitar K. Dimitrov Preface i ii Contents Preface 1 1 Álgebra dos Conjuntos 3 1.1 Álgebra dos Conjuntos....................... 3 1.2 Relações de Equivalência.......................

Leia mais

Axiomatizações equivalentes do conceito de topologia

Axiomatizações equivalentes do conceito de topologia Axiomatizações equivalentes do conceito de topologia Giselle Moraes Resende Pereira Universidade Federal de Uberlândia - Faculdade de Matemática Graduanda em Matemática - Programa de Educação Tutorial

Leia mais

MULTIPLICIDADE DE SOLUÇÕES PARA UM PROBLEMA DO TIPO AMBROSETTI-PRODI

MULTIPLICIDADE DE SOLUÇÕES PARA UM PROBLEMA DO TIPO AMBROSETTI-PRODI Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Exatas Mestrado Acadêmico em Matemática BRUNO MENDES RODRIGUES MULTIPLICIDADE DE SOLUÇÕES PARA UM PROBLEMA DO TIPO AMBROSETTI-PRODI Juiz de Fora

Leia mais

TEMA 2 PROPRIEDADES DE ORDEM NO CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS

TEMA 2 PROPRIEDADES DE ORDEM NO CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS TEMA 2 PROPRIEDADES DE ORDEM NO CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS O conjunto dos números reais,, que possui as seguintes propriedades:, possui uma relação menor ou igual, denotada por O1: Propriedade Reflexiva:

Leia mais

Propriedades das Funções Contínuas e Deriváveis

Propriedades das Funções Contínuas e Deriváveis Propriedades das Funções Contínuas e Deriváveis O Corpo dos Números Reais Prof. Doherty Andrade 2005/Agosto/20 Vamos rever algumas coisas que já sabemos sobre o corpo dos números reais. Por corpo entendemos

Leia mais

Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos. Ana Cristina Vieira. Departamento de Matemática - ICEx - UFMG

Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos. Ana Cristina Vieira. Departamento de Matemática - ICEx - UFMG 1 Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos Ana Cristina Vieira Departamento de Matemática - ICEx - UFMG - 2011 1. Representações de Grupos Finitos 1.1. Fatos iniciais Consideremos

Leia mais

Capítulo 2. Ortogonalidade e Processo de Gram-Schmidt. Curso: Licenciatura em Matemática

Capítulo 2. Ortogonalidade e Processo de Gram-Schmidt. Curso: Licenciatura em Matemática Capítulo 2 Ortogonalidade e Processo de Gram-Schmidt Curso: Licenciatura em Matemática Professor-autor: Danilo Felizardo Barboza Wilberclay Gonçalves de Melo Disciplina: Álgebra Linear II Unidade II Aula

Leia mais

Convergência das Séries de Fourier

Convergência das Séries de Fourier Convergência das Séries de Fourier Elton Gastardelli Kleis 6 de outubro de 010 1 1 Palavras-Chave Séries de Fourier, convergência de séries e convergência Resumo O objetivo do presente artigo é estudar

Leia mais

Números Reais. Víctor Arturo Martínez León b + c ad + bc. b c

Números Reais. Víctor Arturo Martínez León b + c ad + bc. b c Números Reais Víctor Arturo Martínez León (victor.leon@unila.edu.br) 1 Os números racionais Os números racionais são os números da forma a, sendo a e b inteiros e b 0; o conjunto b dos números racionais

Leia mais

Lista de exercícios 7 Independência Linear.

Lista de exercícios 7 Independência Linear. Universidade Federal do Paraná semestre 6. Algebra Linear Olivier Brahic Lista de exercícios 7 Independência Linear. Exercício : Determine se os seguintes vetores são linearmente independentes em R : (

Leia mais

As funções exponencial e logarítmica são assim

As funções exponencial e logarítmica são assim Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Instituto de Geociências e Ciências Exatas Campus de Rio Claro As funções exponencial e logarítmica são assim Henrique da Costa Figo Dissertação apresentada

Leia mais

Exercícios de ANÁLISE E SIMULAÇÃO NUMÉRICA

Exercícios de ANÁLISE E SIMULAÇÃO NUMÉRICA Exercícios de ANÁLISE E SIMULAÇÃO NUMÉRICA Licenciaturas em Engenharia do Ambiente e Química 2 o Semestre de 2005/2006 Capítulo II Resolução Numérica de Equações Não-Lineares 1. Considere a equação sin(x)

Leia mais

APLICAÇÃO DO TEOREMA DO PONTO FIXO DE BANACH A UM PROBLEMA EM PROBABILIDADE 1

APLICAÇÃO DO TEOREMA DO PONTO FIXO DE BANACH A UM PROBLEMA EM PROBABILIDADE 1 Disciplinarum Scientia. Série: Ciências Exatas, S. Maria, v.2, n.1, p.59-68, 2001 59 APLICAÇÃO DO TEOREMA DO PONTO FIXO DE BANACH A UM PROBLEMA EM PROBABILIDADE 1 APPLICATION OF BANACH FIXED POINT THEOREM

Leia mais

Leandro F. Aurichi de novembro de Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - Universidade de São Paulo, São Carlos, SP

Leandro F. Aurichi de novembro de Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - Universidade de São Paulo, São Carlos, SP Espaços Métricos Leandro F. Aurichi 1 30 de novembro de 2010 1 Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação - Universidade de São Paulo, São Carlos, SP 2 Sumário 1 Conceitos básicos 5 1.1 Métricas...........................................

Leia mais

Capítulo 6: Transformações Lineares e Matrizes

Capítulo 6: Transformações Lineares e Matrizes 6 Livro: Introdução à Álgebra Linear Autores: Abramo Hefez Cecília de Souza Fernandez Capítulo 6: Transformações Lineares e Matrizes Sumário 1 Matriz de uma Transformação Linear....... 151 2 Operações

Leia mais

Representação decimal dos números racionais

Representação decimal dos números racionais Representação decimal dos números racionais Alexandre Kirilov Elen Messias Linck 4 de abril de 2017 1 Introdução Um número é racional se puder ser escrito na forma a/b, com a e b inteiros e b 0; esta é

Leia mais

[À funç~ao d chama-se métrica e aos elementos de X pontos do espaço métrico; a condiç~ao (3) designa-se por desigualdade triangular.

[À funç~ao d chama-se métrica e aos elementos de X pontos do espaço métrico; a condiç~ao (3) designa-se por desigualdade triangular. Aula I - Topologia e Análise Linear 1 Espaços Métricos ESPAÇO MÉTRICO Um par (X, d) diz-se um espaço métrico se X for um conjunto e d : X X R + for uma aplicação que verifica as seguintes condições, quaisquer

Leia mais

Tópicos de Séries de Fourier e de Teoria de Aproximação. Dimitar K. Dimitrov

Tópicos de Séries de Fourier e de Teoria de Aproximação. Dimitar K. Dimitrov Tópicos de Séries de Fourier e de Teoria de Aproximação Dimitar K. Dimitrov Contents Preface 1 1 Aproximação em Espaços Lineares 3 1.1 Melhor Aproximação em Espaços Lineares Normados..... 3 1. Aproximação

Leia mais

Ado Raimundo Dalla Costa. Teorema de Hahn-Banach

Ado Raimundo Dalla Costa. Teorema de Hahn-Banach Ado Raimundo Dalla Costa Teorema de Hahn-Banach Florianópolis 2014 Ado Raimundo Dalla Costa Teorema de Hahn-Banach Trabalho de conclusão de curso apresentado na Universidade Federal de Santa Catarina para

Leia mais

4 Teorema de Anosov. 4.1 O Teorema de comparação de Rauch

4 Teorema de Anosov. 4.1 O Teorema de comparação de Rauch 4 Teorema de Anosov O teorema de Anosov é um resultado sobre o comportamento das geodésicas em variedades com curvatura negativa. Basicamente, ele diz que o fluxo geodésico em uma variedade riemanniana

Leia mais

Análise Funcional MATEMÁTICA. Curso de pós-graduação lato sensu

Análise Funcional MATEMÁTICA. Curso de pós-graduação lato sensu MATEMÁTICA Curso de pós-graduação lato sensu Análise Funcional Carlos Alberto Raposo da Cunha Fábio Alexandre de Matos Guilherme Chaud Tizziotti Waliston Rodrigues Silva Universidade Aberta do Brasil Núcleo

Leia mais

Uma curiosa propriedade com inteiros positivos

Uma curiosa propriedade com inteiros positivos Uma curiosa propriedade com inteiros positivos Fernando Neres de Oliveira 21 de junho de 2015 Resumo Neste trabalho iremos provar uma curiosa propriedade para listas de inteiros positivos da forma 1, 2,...,

Leia mais

Produto Misto, Determinante e Volume

Produto Misto, Determinante e Volume 15 Produto Misto, Determinante e Volume Sumário 15.1 Produto Misto e Determinante............ 2 15.2 Regra de Cramer.................... 10 15.3 Operações com matrizes............... 12 15.4 Exercícios........................

Leia mais

Professor: Carlos Eugênio da Costa Teoria Microeconômica II Monitor: Diego Santiago

Professor: Carlos Eugênio da Costa Teoria Microeconômica II Monitor: Diego Santiago Professor: Carlos Eugênio da Costa Teoria Microeconômica II - 2012 Monitor: Diego Santiago EPGE/FGV Introdução matemática 1 Introdução Esta introdução visa familiarizar o aluno com ferramentas matemáticas

Leia mais

Posição relativa entre retas e círculos e distâncias

Posição relativa entre retas e círculos e distâncias 4 Posição relativa entre retas e círculos e distâncias Sumário 4.1 Distância de um ponto a uma reta.......... 2 4.2 Posição relativa de uma reta e um círculo no plano 4 4.3 Distância entre duas retas no

Leia mais

Um estudo sobre a equação de Hénon. Maribel Rosa Bravo Quispe

Um estudo sobre a equação de Hénon. Maribel Rosa Bravo Quispe Um estudo sobre a equação de Hénon Maribel Rosa ravo Quispe SERVIÇO DE PÓS-GRADUAÇÃO DO ICMC-USP Data de Depósito: Assinatura: Um estudo sobre a equação de Hénon Maribel Rosa ravo Quispe Orientador: Prof.

Leia mais

MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL. ENQ Gabarito

MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL. ENQ Gabarito MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL ENQ 016. Gabarito Questão 01 [ 1,00 ] A secretaria de educação de um município recebeu uma certa quantidade de livros para distribuir entre as escolas

Leia mais

Aula 10 Produto interno, vetorial e misto -

Aula 10 Produto interno, vetorial e misto - MÓDULO 2 - AULA 10 Aula 10 Produto interno, vetorial e misto - Aplicações II Objetivos Estudar as posições relativas entre retas no espaço. Obter as expressões para calcular distância entre retas. Continuando

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I

Cálculo Diferencial e Integral I Cálculo Diferencial e Integral I Texto de apoio às aulas. Amélia Bastos, António Bravo Dezembro 2010 Capítulo 1 Números reais As propriedades do conjunto dos números reais têm por base um conjunto restrito

Leia mais

Elementos de Topologia para Sistemas Dinâmicos

Elementos de Topologia para Sistemas Dinâmicos Elementos de Topologia para Sistemas Dinâmicos Fernando Lucatelli Nunes Brasília - DF Sumário Prefácio.............................. 3 0 Conjuntos e Relações 5 0.1 Conjuntos.............................

Leia mais

A TRANSFORMADA DE LAPLACE E ALGUMAS APLICAÇÕES. (UFG) RESUMO

A TRANSFORMADA DE LAPLACE E ALGUMAS APLICAÇÕES. (UFG) RESUMO A TRANSFORMADA DE LAPLACE E ALGUMAS APLICAÇÕES Fernando Ricardo Moreira 1, Esdras Teixeira Costa 2, Marcio Koetz 3, Samanta Andressa Santos Dumke Teixeira 4, Henrique Bernardes da Silva 5 1 Professor Mestre

Leia mais

uma classe de sistemas elipticos envolvendo o operador p-laplaciano em dominio nao limitado

uma classe de sistemas elipticos envolvendo o operador p-laplaciano em dominio nao limitado Seminário Brasileiro de Análise - SBA Instituto de Matemática e Estatatística - USP Edição N 0 68 Novembro 2008 uma classe de sistemas elipticos envolvendo o operador p-laplaciano em dominio nao limitado

Leia mais

3 O Teorema de Ramsey

3 O Teorema de Ramsey 3 O Teorema de Ramsey Nesse capítulo enunciamos versões finitas e a versão infinita do Teorema de Ramsey, além das versões propostas por Paris, Harrington e Bovykin, que serão tratadas no capítulos subseqüentes.

Leia mais

Resolução de sistemas de equações não-lineares: Método Iterativo Linear

Resolução de sistemas de equações não-lineares: Método Iterativo Linear Resolução de sistemas de equações não-lineares: Método Iterativo Linear Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP 27 de março de 2015 Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires.

Leia mais

Decaimento da Energia de Placas Termoelásticas Linear

Decaimento da Energia de Placas Termoelásticas Linear Sumário Decaimento da Energia de Placas Termoelásticas Linear com memória PEDRO GAMBOA ROMERO Instituto de Matemáticas. Universidade Federal do Rio de Janeiro Av. Brigadeiro Trompowski s/n.caixa Postal

Leia mais

Gabarito da Primeira Prova MAT0234 Análise Matemática I Prof. Daniel Victor Tausk 13/09/2011

Gabarito da Primeira Prova MAT0234 Análise Matemática I Prof. Daniel Victor Tausk 13/09/2011 Gabarito da Primeira Prova MAT0234 Análise Matemática I Prof. Daniel Victor Tausk 13/09/2011 Questão 1. Sejam X, X conjuntos e φ : X X uma função. (a) (valor 1,25 pontos) Mostre que se A é uma σ-álgebra

Leia mais

y y(y + 3x) em frações parciais: 1 u + 1 A(u + 1) + Bu = 1 A = 1, B = 1 du u(u + 1) u + 1 u 2 u + 1

y y(y + 3x) em frações parciais: 1 u + 1 A(u + 1) + Bu = 1 A = 1, B = 1 du u(u + 1) u + 1 u 2 u + 1 Turma A Questão : (3,5 pontos) Instituto de Matemática e Estatística da USP MAT455 - Cálculo Diferencial e Integral IV para Engenharia 3a. Prova - o. Semestre 03-0//03 (a) Determine a solução y da equação

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Funções Crescentes e Decrescentes

CÁLCULO I. 1 Funções Crescentes e Decrescentes CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida Aula n o 14: Crescimento e Decrescimento. Teste da Primeira Derivada. Objetivos da Aula Denir funções crescentes e decrescentes; Determinar os intervalos

Leia mais

Objetivos. em termos de produtos internos de vetores.

Objetivos. em termos de produtos internos de vetores. Aula 5 Produto interno - Aplicações MÓDULO 1 - AULA 5 Objetivos Calcular áreas de paralelogramos e triângulos. Calcular a distância de um ponto a uma reta e entre duas retas. Determinar as bissetrizes

Leia mais

FUNCIONAIS LINEARES: ESPAÇO DUAL E ANULADORES

FUNCIONAIS LINEARES: ESPAÇO DUAL E ANULADORES FUNCIONAIS LINEARES: ESPAÇO DUAL E ANULADORES Eduardo de Souza Böer - eduardoboer04@gmail.com Universidade Federal de Santa Maria, Campus Camobi, 97105-900-Santa Maria, RS, Brasil Saradia Sturza Della

Leia mais

Sobre Desenvolvimentos em Séries de Potências, Séries de Taylor e Fórmula de Taylor

Sobre Desenvolvimentos em Séries de Potências, Séries de Taylor e Fórmula de Taylor Sobre Desenvolvimentos em Séries de Potências, Séries de Taylor e Fórmula de Taylor Pedro Lopes Departamento de Matemática Instituto Superior Técnico o. Semestre 004/005 Estas notas constituem um material

Leia mais

é uma proposição verdadeira. tal que: 2 n N k, Φ(n) = Φ(n + 1) é uma proposição verdadeira. com n N k, tal que:

é uma proposição verdadeira. tal que: 2 n N k, Φ(n) = Φ(n + 1) é uma proposição verdadeira. com n N k, tal que: Matemática Discreta 2008/09 Vítor Hugo Fernandes Departamento de Matemática FCT/UNL Axioma (Princípio da Boa Ordenação dos Números Naturais) O conjunto parcialmente (totalmente) ordenado (N, ), em que

Leia mais

Laboratório Nacional de Computação Científica LNCC, Brasil URL: alm URL: alm/cursos/medida07.

Laboratório Nacional de Computação Científica LNCC, Brasil URL:  alm URL:  alm/cursos/medida07. Introdução à Medida e Integração Pós-graduação da EPGE FGV 1 Alexandre L. Madureira Laboratório Nacional de Computação Científica LNCC, Brasil URL: http://www.lncc.br/ alm URL: http://www.lncc.br/ alm/cursos/medida07.html

Leia mais

Máximos e mínimos em intervalos fechados

Máximos e mínimos em intervalos fechados Universidade de Brasília Departamento de Matemática Cálculo 1 Máximos e mínimos em intervalos fechados No texto em que aprendemos a Regra da Cadeia, fomos confrontados com o seguinte problema: a partir

Leia mais

Primitivas e a integral de Riemann Aula 26

Primitivas e a integral de Riemann Aula 26 Primitivas e a integral de Riemann Aula 26 Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil 13 de Maio de 2014 Primeiro Semestre de 2014 Turma 2014106 - Engenharia Mecânica

Leia mais

Notas sobre os anéis Z m

Notas sobre os anéis Z m Capítulo 1 Notas sobre os anéis Z m Estas notas complementam o texto principal, no que diz respeito ao estudo que aí se faz dos grupos e anéis Z m. Referem algumas propriedades mais específicas dos subanéis

Leia mais

MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL. ENQ Gabarito

MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL. ENQ Gabarito MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL ENQ 2017.1 Gabarito Questão 01 [ 1,25 ] Determine as equações das duas retas tangentes à parábola de equação y = x 2 2x + 4 que passam pelo ponto (2,

Leia mais

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS Centro de Ciências e Tecnologia Curso de Graduação em Matemática Análise I 0- Solução da ª Lista de Eercícios. ATENÇÃO: O enunciado

Leia mais

Capítulo 7: Espaços com Produto Interno

Capítulo 7: Espaços com Produto Interno 7 Livro: Introdução à Álgebra Linear Autores: Abramo Hefez Cecília de Souza Fernandez Capítulo 7: Espaços com Produto Interno Sumário 1 Produto Interno.................... 178 2 Ângulos entre Vetores e

Leia mais

PROBLEMAS ELÍPTICOS SEMILINEARES COM NÃO LINEARIDADES DO TIPO CÔNCAVO-CONVEXO

PROBLEMAS ELÍPTICOS SEMILINEARES COM NÃO LINEARIDADES DO TIPO CÔNCAVO-CONVEXO Universidade Federal de Goiás Instituto de Matemática e Estatística Karla Carolina Vicente de Sousa PROBLEMAS ELÍPTICOS SEMILINEARES COM NÃO LINEARIDADES DO TIPO CÔNCAVO-CONVEXO Goiânia 2017 Karla Carolina

Leia mais

xy + y = 0. (1) Portanto a solução geral de (1) é a família de hipérboles y = C x,

xy + y = 0. (1) Portanto a solução geral de (1) é a família de hipérboles y = C x, Seção 4: Equações Exatas Fator Integrante Introduzimos a idéia de equação exata, através de dois exemplos simples. Note que nesses dois exemplos, além de exata, a EDO também é separável, podendo alternativamente

Leia mais

Soma de Quadrados. Faculdade de Matemática, UFU, MG

Soma de Quadrados. Faculdade de Matemática, UFU, MG Soma de Quadrados Stela Zumerle Soares 1 Antônio Carlos Nogueira (stelazs@gmailcom (anogueira@ufubr Faculdade de Matemática, UFU, MG 1 Resultados Preliminares Historicamente, um problema que tem recebido

Leia mais

Teoria da medida e integral de Lebesgue

Teoria da medida e integral de Lebesgue nálise Matemática III Teoria da medida e integral de Lebesgue Manuel Guerra Conteúdo 1 Introdução 3 2 Noções básicas de teoria de conjuntos 5 2.1 Relações de pertença e de inclusão.............................

Leia mais

26 CAPÍTULO 4. LIMITES E ASSÍNTOTAS

26 CAPÍTULO 4. LIMITES E ASSÍNTOTAS Capítulo 4 Limites e assíntotas 4.1 Limite no ponto Considere a função f(x) = x 1 x 1. Observe que esta função não é denida em x = 1. Contudo, fazendo x sucientemente próximo de 1 (mais não igual a1),

Leia mais

Imersões e Mergulhos. 4 a aula,

Imersões e Mergulhos. 4 a aula, 4 a aula, 12-04-2007 Imersões e Mergulhos Um mapa entre variedades f : X Y diz-se um mergulho sse (1) é uma imersão, i.e., Df x : T x X T f(x) Y é injectiva, para todo x X, (2) é injectiva, e (3) a inversa

Leia mais

MA11 - Unidade 4 Representação Decimal dos Reais Semana 11/04 a 17/04

MA11 - Unidade 4 Representação Decimal dos Reais Semana 11/04 a 17/04 MA11 - Unidade 4 Representação Decimal dos Reais Semana 11/04 a 17/04 Para efetuar cálculos, a forma mais eciente de representar os números reais é por meio de expressões decimais. Vamos falar um pouco

Leia mais

GRUPOS CÍCLICOS. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo

GRUPOS CÍCLICOS. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo Professora: Elisandra Bär de Figueiredo GRUPOS CÍCLICOS Potências e Múltiplos DEFINIÇÃO 1 Seja G um grupo multiplicativo. Dado a G dene-se a potência m-ésima de a, para todo inteiro m, ˆ se m 0, por recorrência

Leia mais