Vamos descascar juntos o abacaxi! Ouriço cacheiro: bandido ou mocinho da agricultura? Comércio justo: todos ganham com esta prática!

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1 Jornal de Educação Ambiental da Fibria Ano XIX Junho Julho de 2014, nº 88 Vamos descascar juntos o abacaxi! Ouriço cacheiro: bandido ou mocinho da agricultura? Comércio justo: todos ganham com esta prática!

2 Ufa, chegou mais uma edição do nosso JornalEco para você! Dando continuidade aos temas referentes ao Ano Internacional da Agricultura Familiar, decretado pela Organização das Nações Unidas para 2014, traremos informações muito interessantes sobre a comercialização dos produtos cultivados pelas famílias brasileiras. Vamos saber mais sobre o comportamento do ouriço cacheiro, conhecer algumas frutas nativas do nosso país e saber como elas são comercializadas na feira. Em especial, trouxemos algumas receitas fáceis e nutritivas para você aproveitar bem os alimentos, sem abrir mão das cascas e dos talos que normalmente são descartados. E para fechar com chave de ouro, divirta-se com as macaquices e tente vencer o desafio proposto por nossa equipe! Você sabia.. Que em 2013, o Concurso do JornalEco premiou as escolas que apresentaram projetos sobre a Água? Conheça abaixo um dos trabalhores vencedores: Escola Municipal José Sebastião Herrera Itapeva São Paulo Panfletagem na comunidade Construção de uma fossa Visita à Prefeitura Municipal Entrevista com moradores Epa, cadê sua cartinha? Escreva para: JornalEco Caixa Postal CEP ou contato@turmadoleleco.com.br O JornalEco é uma publicação de Educação Ambiental voltada para estudantes de 5º ano. Produzido e distribuído gratuitamente nas unidades industriais e florestais da Fibria, nos Núcleos de Educação Ambiental (NEAs) e em escolas de municípios selecionados para atuação anual. Quem faz o Conselho editorial Fausto Rodrigues A. de Camargo, João Carlos Augusti e Maria Sebastian Rangel Gregorio Redação Adriana M. Imperador e Marcos Gimenez Ilustrações Robson R. da Silva (Ludykum) Edição de arte Urbania Revisão de texto Vania Fontanesi Impressão D Lippi.Print Tiragem exemplares ISSN X Responsáveis pelos Programas de Formação Ambiental nas unidades de produção da Fibria: Unidade Aracruz (ES) Maria Sebastian Rangel Gregório - maria.rangel@fibria.com.br Unidade Três Lagoas (MS) Renato Cipriano Rocha - rcrocha@fibria.com.br Lillian Teixeira Carvalho - lillian.carvalho@fibria.com.br Maria Tereza Borges - maria.borges@fibria.com.br Unidade Jacareí (SP) Aparecida Sotero da Silva (NEA Jacareí) ext.aparecida.silva@fibria.com.br Unidade Florestal Vale do Paraíba e Capão Bonito (SP) Fernanda de Moraes Alvarenga - fernanda.alvarenga@fibria.com.br Impresso com:

3 Descascando o abacaxi! O Brasil é considerado um país com grande abundância de frutas. Mas muitas frutas que consumimos foram trazidas de outros países e se adaptaram muito bem ao clima tropical brasileiro. A maçã, por exemplo, é nativa da Ásia, assim como a tangerina. Já a melancia tem sua origem na África. É claro que hoje os agricultores plantam estas espécies aqui mesmo em suas hortas e quintais, mas nem sempre foi assim. Também temos algumas frutas típicas do Brasil, como o maracujá, a goiaba e o abacaxi. Vamos falar um pouquinho mais do abacaxi. Típica do cerrado, esta espécie é da família das bromélias. E até que o abacaxi se parece mesmo com elas, não é? Mas não pense que é só a fruta que pode ser aproveitada: sua casca pode ser transformada em um delicioso suco. Basta lavar bem a casca do abacaxi, bater com água, gelo e açúcar e pronto! Nesta edição do JornalEco teremos outras dicas para você. Fique atento! O ouriço cacheiro ajuda agricultores familiares! Christian Zichelli Denominado pelos cientistas como Coendou villosus, este animal é muito conhecido pelos seus espinhos que, na verdade, são pelos modificados que servem de proteção contra o inimigo. Considerado campeão quando se fala no consumo de insetos, este pequeno mamífero mede de 18 a 20 cm de comprimento e pesa, em média, 1 kg. Pode ser encontrados em florestas da Venezuela, Guianas, norte da Argentina, Bolívia, Trinidad e Brasil. Vive também em regiões do cerrado. De hábitos noturnos, estes animais podem ingerir 70 gramas de alimento por noite! Lesmas, lagartas, caracóis e insetos são verdadeiros banquetes para o ouriço cacheiro e, por isso, eles são tão importantes para a agricultura familiar: são inimigos naturais de diversas pragas que afetam as roças e hortas! Os ouriços são muito atacados por cães em seus ambientes naturais, o que tem causado muitos acidentes. Porém este animal não é agressivo, apenas se defende eriçando seus espinhos, que podem se soltar quando são mordidos. Agora que já sabemos da importância ecológica dos ouriços cacheiros, vamos ajudar a preservá-los! 3

4 Todos ganham com isso! Organização da Agricultura familiar A agricultura familiar, como o próprio nome já diz, é baseada na atividade agrícola em que participam diversos membros de uma família. São pessoas que possuem um forte vínculo com a natureza e com a área onde trabalham e dependem da comercialização de seus produtos para manter suas atividades e suprir suas necessidades básicas. Nem sempre estes produtores agrícolas foram devidamente remunerados pelo seu trabalho e, por este motivo, muitos abandonaram o campo e migraram para as áreas urbanas. Algumas organizações mundiais, preocupadas com a qualidade de vida, a valorização do trabalho e as condições sociais dos trabalhadores rurais, planejaram algumas ações, como a certificação de seus produtos. Estes selos são concedidos a produtos ou serviços que atendam a determinadas especificações. Vamos conhecer algumas destas ações! 4 Produtores

5 Certificação dos produtos orgânicos Os produtos orgânicos são aqueles que não usam agrotóxicos, adubos químicos ou substâncias sintéticas que agridam o meio ambiente e a saúde dos seres humanos. Como garantir que os produtos que consumimos são orgânicos? Desde os anos 1970, surgiu a necessidade de se criarem normas e procedimentos para dar garantias ao consumidor da procedência dos produtos orgânicos. Houve um forte movimento das organizações não governamentais (ONGs), das organizações de produtores e consumidores, que aperfeiçoaram, durante as últimas duas décadas, seus sistemas de controle, validados pela Federação Internacional dos Movimentos de Agricultura Orgânica. No Brasil, a certificação orgânica é realizada por diversas certificadoras nacionais, como o Instituto Biodinâmico, a Associação de Agricultura Orgânica e a Fundação Mokiti Okada. Qual é o preço justo que deve ser pago para os trabalhadores rurais? Foi justamente para responder a esta pergunta que surgiu nos Estados Unidos, por volta de 1960, a WFTO World Fair Trade Organization (Organização Mundial de Comércio Justo). O primeiro produto a receber o selo foi o café. A prática é muito estimulada em países em desenvolvimento e hoje certifica produtos agrícolas e artesanato. Desta forma, o produtor recebe pagamento justo por seu trabalho. Os empreendimentos licenciados são aqueles que podem usar o selo de comércio justo. E você, amigo leitor, já visitou alguma loja de comércio justo? No Brasil, a prática do comércio justo teve início em A Associação Mundaréu, da cidade de São Paulo, criou a primeira loja com a proposta de comércio justo no Brasil, em O objetivo é vender produtos que aumentem a renda de famílias excluídas do mercado formal e também orientar a sociedade para o consumo consciente. E claro, pagar um preço justo ao produtor! Consumidores 5

6 Como lavar corretamente os alimentos? Não basta apenas lavar em água corrente! Para retirar a terra e algumas larvas presentes em frutas, legumes e verduras, devemos ter alguns cuidados especiais. Uma dica é separar uma bucha ou esponja exclusiva para ser usada na lavagem destes alimentos. Assim, não corremos o risco de contaminar os alimentos com produtos de limpeza. Mas isso não basta! Algumas bactérias patogênicas, isto é, microorganismos que podem causar doenças ao homem, são mais difíceis de serem eliminadas. Neste caso, o ideal é misturar uma colher de sopa de água sanitária em um litro de água e deixar os alimentos de molho nesta solução por mais ou menos 15 minutos. Para tirar aquele cheiro característico, é só lavar bem os alimentos em água corrente. Compre dois e leve três! Quem nunca visitou uma feira livre não sabe como esta experiência pode ser divertida. Além das promoções e dos clientes que são atraídos no grito, estes ambientes são repleto de cores e sabores que aguçam nosso paladar. Você sabia que os feirantes chegam cedinho, muitas vezes antes do sol nascer, para montar as barracas e conseguir um bom lugar para expor suas mercadorias? Pois eles fazem tudo isso e ainda trazem a família para ajudar nas vendas e no atendimento ao público. Chegar cedo à feira é a garantia de frutas, legumes e verduras fresquinhos, mas se você prefere as promoções, espere o momento da xepa, quando os alimentos que não foram comercializados durante a feira livre são vendidos nas promoções. Mas se você é bom de papo e gosta mesmo de fazer economia, que tal pechinchar? Compare os preços e não abra mão daquele descontinho no final da compra e não se esqueça de selecionar bem os alimentos para garantir uma saúde de ferro! 6

7 Talos e folhas... vamos aproveitar! Que tal aproveitar melhor os alimentos usando talos e folhas em receitas deliciosas e nutritivas? É justamente nestas partes das verduras e legumes que podemos encontrar grande quantidade de nutrientes e que não podemos desperdiçar. Chame seus parentes e amigos e saboreie este suco, dica do JornalEco! Você vai precisar de: 2 xícaras de suco de laranja 2 talos de couve Açúcar e gelo a gosto Modo de preparo: Bata tudo no liquidificador e pronto! Bom apetite! Encontre mais receitas na página do Sesi: < 01&idSubSubMenu=1172> Turismo rural aumenta renda das famílias! Você sabia que muitas crianças não sabem de onde vem o leite? Outras nunca viram uma galinha viva! Nos dias de hoje, fica cada vez mais difícil para as crianças das grandes cidades conviverem próximas da natureza e dos animais, criados em áreas rurais para produção do alimento. O turismo rural é considerado um dos mais importantes do país. Por isso, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) aposta na atividade para aumentar a renda para a agricultura familiar. Além de visitar lugares lindíssimos e conhecer a produção de alimento nas áreas rurais, os turistas ainda podem saborear um docinho da fazenda e um leitinho tirado na hora. Afinal, não é sempre que podemos aproveitar estes momentos especiais da vida no campo! 7

8 Na feira! Este é um desafio para quem é bom de matemática e sabe escolher o melhor preço. Faça as contas nas plaquinhas dos produtos da feira e descubra qual o melhor preço para: 2 kg de tomate + 1 abacaxi + 1 dúzia de bananas = tomate R$3,00 (kg) 1 kg de tomate + 1 abacaxi + 3 kg batata = b 2 abacaxis + 1 kg batata = c 2 dúzias de banana = d 1 dúzia de banana + 2 acacaxis + 1 kg de batata + 1 kg de tomate banana abacaxi R$2,00 (cada) a R$10 batata R$1,50 (kg) R$2,00 (dúzia) Resposta: 8 bananas, 6 abacaxis, 5 maçãs e 9 tomates. 8 Descubra quantas frutas temos na imagem abaixo: Impresso em papel produzido a partir de florestas plantadas. Preservando matas nativas, em harmonia com o meio ambiente. Resposta: a) R$9,50; b) R$5,50; c) R$4,00; d) R$10,50. embaraço!