Instituições de Direito Público e Privado. Parte XV Noções Gerais de Direito Tributário
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- Matilde Cortês Capistrano
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1 Instituições de Direito Público e Privado Parte XV Noções Gerais de Direito Tributário
2 1. Direito Tributário Conceito
3 ... ramo didaticamente autônomo do Direito, integrado pelo conjunto de proposições jurídiconormativas, que correspondam, direta ou indiretamente, à instituição, arrecadação e fiscalização de tributos. Paulo de Barros Carvalho
4 ... ramo do direito que se ocupa das relações entre fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder. Hugo de Brito Machado
5 1. Tributo Conceito
6 Tributo Art. 3 do CTN. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.. a) Prestação Pecuniária b) Compulsória Tributo c) Instituída por lei d) Não é multa e) Cobrado mediante Lançamento
7 Tributo: Prestação Pecuniária Tributo é prestação pecuniária, ou seja, obrigação de prestar dinheiro ao Estado. A lei não pode obrigar o pagamento em algo que não seja a moeda corrente. Não é possível o tributo in natura (em bens) ou o tributo in labore (em trabalho, em serviços). Não há como estabelecer associação entre tributo e a obrigação que não seja pecuniária, (v.g., a de prestar serviço militar obrigatório, ou a de trabalhar no Tribunal do Júri ou nas eleições).
8 Tributo: Compulsório O contribuinte é obrigado a pagar tributo, em virtude da relação de império que o Estado estabelece sobre a sociedade no exercício de sua soberania. Ocorrido o fato gerador, o sujeito tem o dever de pagar o tributo, independente de sua vontade.
9 Tributo: Compulsório O contribuinte é obrigado a pagar tributo, em virtude da relação de império que o Estado estabelece sobre a sociedade no exercício de sua soberania. Ocorrido o fato gerador, o sujeito tem o dever de pagar o tributo, independente de sua vontade. Prestação pecuniária compulsória quer dizer o comportamento obrigatório de uma prestação em dinheiro, afastando-se, de plano, qualquer cogitação inerente às prestações voluntárias (Paulo de Barros Carvalho).
10 Tributo: Não é Multa Muitas vezes, somos obrigados a pagar valores ao Estado em decorrência de infrações que cometemos. Nesse caso, não se trata de tributo. Multas de trânsito, multas administrativas, multa pela prática de crime, etc., não são tributos.
11 A expressão [não constitui sanção de ato ilícito] não significa, necessariamente, que o tributo sempre pressupõe a licitude de ato que o gerou [...] O que a expressão significa é que a cobrança de tributo não representa imposição de penalidade. Kyioshi Harada
12 Tributo: Instituído por Lei Tributo é obrigação legal. Para que seja exigido legitimamente, torna-se necessário que a lei o estabeleça com antecedência. Art. 150 d CRFB. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;. É o mais antigo princípio de direito tributário, já constando da Magna Carta inglesa de 1215, do Rei João Sem Terra (King John Lackland), com base no brocardo no taxation whitout representation (nenhuma tributação sem representação).
13 Tributo: Instituído por Lei... no Brasil, como, em geral, nos países que consagram a divisão dos Poderes do Estado, o princípio da legalidade constitui o mais importante limite aos governantes na atividade de tributação. (Hugo de Brito Machado). Nenhum tributo pode ser instituído ou aumentado a não por meio de lei. Se o tributo é invasão patrimonial, é prudente que isso ocorra segundo a vontade popular, representada pelo Poder Legislativo.
14 Tributo: Instituído por Lei A lei exigida pela Constituição deve ser entendida como lei sem sentido estrito, ou seja, ato normativo que observa o processo legislativo previsto na própria Constituição (art. 59 e ss.). Estão, pois, excluídos os decretos, portarias, resoluções, etc. Art. 97 do CTN. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução.. A EC nº. 32/2001 modificou parcialmente o art. 3º do CTN, pois previu a possibilidade de instituição e majoração de imposto por medida provisória, ressalvados os tributos instituídos por lei complementar (art. 62, 1º, III, CRFB).
15 Tributo: Instituído por Lei A jurisprudência do STF é firme no sentido de que a instituição de que a Lei 9.960/2000, que autoriza a Suframa a instituir taxas por meio de portaria, contraria o princípio da legalidade. (STF, AgR ARE /AM, Rel. Min. Edson Fachin, Primeira Turma, j. 15/03/2016)... Item 5.4 do anexo I da portaria n. 62, de , do Ministério do Meio Ambiente. Medida Cautelar deferida. Dispositivo por meio do qual o Ministério do Meio Ambiente, sem lei que o autorizasse, instituiu taxa para inspeção de importações e exportações de produtos da indústria pesqueira, a ser cobrada pelo [...] IBAMA, com ofensa ao princípio da legalidade estrita, que disciplina o Direito Tributário. (STF, ADI MC, Rel. Min. Ilmar Galvão, Plenário, DJ de 10/11/2000)
16 Tributo: Instituído por Lei Sem lei estadual que a estabeleça, é ilegítima a cobrança do imposto de circulação de mercadorias sobre o fornecimento de alimentação e bebidas em restaurante ou estabelecimento similar (Súmula 574 do STF). É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária. (Súmula 160 do STJ)
17 Tributo: Cobrado Mediante Lançamento O lançamento mostra-se como procedimento de exigibilidade do tributo. Consuma-se em ato documental (escrito) de cobrança, por meio do qual se pode quantificar (quantum debeatur) e qualificar (an debeatur) a obrigação tributária que lhe é preexistente. Art. 142 do CTN. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional..
18 1. Tributo Espécies
19 Espécies de Tributo A doutrina costuma indicar a existência de 5 espécies de tributo: Imposto; Taxa; Contribuição de Melhoria; Empréstimos Compulsórios; Contribuições Especiais.
20 Espécies de Tributo: Imposto Art. 16 do CTN. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Os impostos não se vinculam a qualquer contraprestação por parte do Estado. Tem por base ou um comportamento do contribuinte (ICSM, ISS, p.ex.), ou uma situação na qual ele se encontre (IPTU, p. ex.).
21 Espécies de Tributo: Imposto podemos definir imposto como o tributo que tem por hipótese de incidência um fato alheio a qualquer atuação do Poder Público. (Paulo de Barros Carvalho). Por isso, diz-se que o imposto possui a natureza jurídica de tributo não vinculado (a qualquer atividade do Estado). Assim, para o pagamento do imposto, basta a realização, pelo particular, do fato gerador, já que o imposto não corresponde a pagamento por vantagens que o Estado conceda ao obrigado, mas a captação de riqueza para o tesouro público.
22 Espécies de Tributo: Imposto Os impostos, diversamente das taxas, têm como nota característica sua desvinculação a qualquer atividade estatal específica em benefício do contribuinte. Consectariamente, o Estado não pode ser coagido à realização de serviços públicos, como contraprestação ao pagamento de impostos, quer em virtude da natureza desta espécie tributária, quer em função da autonomia municipal, constitucionalmente outorgada, no que se refere à destinação das verbas públicas. (STJ, REsp /PR, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, j. 24/06/2003).
23 Espécies de Tributo: Taxa Art. 145 da CRFB. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.. Art. 77 do CTN. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição..
24 Espécies de Tributo: Taxa O fundamento das taxas é um fato do Estado, e não do contribuinte. As taxas são tributos cujo fato gerador é configurado por uma atuação estatal específica, ou seja, a prestação estatal do serviço, ou sua mera colocação à disposição do administrado. O Estado exerce ou disponibiliza determinada atividade e, por isso, cobra a taxa de quem aproveita, efetiva ou potencialmente, aquela atividade. É, pois, tributo vinculado.
25 Espécies de Tributo: Taxa Com efeito, as taxas são tributos vinculados a uma contraprestação direta, e os impostos são tributos desvinculados de qualquer contraprestação. As atividades estatais que são prestadas a um grupo de indivíduos determinável devem ser financiadas por tributos pagos pelos indivíduos a quem essas atividades estatais se dirigem. A função econômica precípua das taxas é cobrir razoavelmente os custos pela manutenção dos serviços a elas afeitos. É um instrumento de custeio, em geral parcial, de certa despesa pública, que o legislador visa repartir entre a universidade de cidadãos e aqueles que obtêm certas prestações de serviços públicos.
26 Espécies de Tributo: Taxa Existem 2 modalidades de taxa: Taxa de Polícia; Taxa de Serviço. A taxa de polícia, também chamada taxa de fiscalização, será exigida em virtude de atos de polícia, realizados pela Administração Pública. Ex.: taxa de alvará, fiscalização de anúncios, dos mercados de títulos e valores mobiliários pela CVM, controle e fiscalização ambiental (TFCA), fiscalização dos serviços de cartórios extrajudiciais, etc.
27 Espécies de Tributo: Taxa A segunda hipótese autorizadora da cobrança da taxa é a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico, divisível e compulsório, prestado ao contribuinte ou colocado a sua disposição. Considera-se efetiva a utilização quando o serviço é, de fato, utilizado pelo contribuinte (o serviço existia e foi usado). Considera-se potencial a utilização quando, sendo de utilização compulsória, seja posto à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento (o serviço existia e podia usado, mas não o foi por vontade do cidadão). Só podem ser remunerado por taxas os serviços públicos divisíveis, ou seja, que pode ser destacado em unidades autônomas. Ex. de serviços indivisíveis (não podem ser remunerados por taxas): iluminação pública, limpeza de ruas, segurança pública, diplomacia, forças armadas, etc. Ex. de serviços divisíveis (podem ser remunerados por taxas): serviços de água, esgotamento sanitários, etc.
28 Espécies de Tributo: Taxa A taxa não pode se confundir com as tarifas (também denominadas preços públicos). A tarifa é o preço público cobrado pela utilização de serviços facultativos (e não compulsórios) que a administração pública ou seus delegados colocam à disposição da população. Ex.: telefonia, armazenagem portuária, serviços postais, de distribuição de gás, etc.
29 Espécies de Tributo: Taxa Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. (Súmula 545 do STF) A tarifa não é tributo, de forma que não obedece aos comandos e exigências das normas tributárias, e sim às normas de direito privado. TAXA DE ARMAZENAGEM PORTUÁRIA. FIXAÇÃO POR MEIO DE PORTARIA. LEGALIDADE. PRECEDENTES. Tratando-se de preço público e, não de taxa, é legítima sua fixação por meio de Portaria Ministerial. Recurso conhecido e provido. (STJ, Resp /SP, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins, 2ª Turma, j. 18/03/1999)
30 Espécies de Tributo: Contribuição de Melhoria Art. 81 do CTN. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.. Tributo que recai sobre os proprietários de bens imóveis valorizados com a realização de uma obra pública.
31 Espécies de Tributo: Contribuição de Melhoria Trata-se de tributo vinculado. Não se confunde com a taxa, pois pressupõe obra pública (e não serviço público) que valorize o imóvel, e nem com o imposto, pois pressupõem atividade estatal específica. Tem sua base na ideia de proporcionalidade ao benefício especial recebido, em decorrência da obra pública. Ex.: obras de asfaltamento, construção de praças, instalação de rede elétrica, obras contra enchentes, etc.
32 Espécies de Tributo: Contribuição de Melhoria Seu fato gerador é a valorização imobiliária decorrente de uma obra pública. A valorização imobiliária é parte integrante da hipótese de incidência do tributo, sem a qual o fato gerador não se completa. Sem valorização imobiliária, decorrente de obra pública, não há contribuição de melhoria, porque a hipótese de incidência desta é a valorização (STF, RE /SP, Rel. Min.Carlos Velloso, 2ª Turma, j. 15/04/1994). Só atinge bens imóveis.
33 Espécies de Tributo: Contribuição de Melhoria O contribuinte não pode ser obrigado a pagar valor que supere a valorização de seu imóvel. Ex.: Obra no valor de R$ ,00, que beneficiará 10 imóveis. Cada imóvel se valorizará em R$ 6.000,00, o que totaliza R$ ,00 de valorização. Como o limite do tributo é o valor da valorização (R$ ,00), divide-se esse entre os 10 imóveis (R$ 6.000,00 para cada um). O valor total arrecadado não pode ser superior ao custo da obra. Ex. 2: Obra no valor de R$ ,00, que beneficiará 10 imóveis. Cada imóvel se valorizará em R$ 6.000,00, o que totaliza R$ ,00 de valorização. Como o limite do tributo é o valor da obra (R$ ,00), divide-se esse entre os 10 imóveis (R$ 5.000,00 para cada um)
34 Espécies de Tributo: Contribuição de Melhoria O sujeito passivo (aquele que deve pagar o tributo) é o proprietário do imóvel. A base de cálculo é o quantum da valorização do imóvel, ou seja: BASE DE CÁLCULO = valor do imóvel após a obra valor do imóvel antes da obra. Sem valorização imobiliária, decorrente de obra pública, não há contribuição de melhoria, porque [...] a sua base é a diferença entre dois momentos: o anterior e o posterior à obra pública, vale dizer, o quantum da valorização imobiliária. (STF, RE /SP, Rel. Min.Carlos Velloso, 2ª Turma, j. 15/04/1994).
35 Espécies de Tributo: Empréstimos Compulsórios Art. 148 da CRFB. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.... Somente a União pode instituir tal tributo. É exigida Lei Complementar (exige quórum de maioria absoluta, obtido pelo voto favorável de mais da metade de todos os membros de cada casa legislativa art. 69 da CRFB).
36 Espécies de Tributo: Empréstimos Compulsórios Por calamidade pública se devem entender não apenas as catástrofes provocadas por agentes da natureza, mas também outras ocorrências que ponham em risco o equilíbrio social. A aplicação dos recursos provenientes do empréstimo compulsório é vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Os valores obtidos com o empréstimo compulsório não integram o patrimônio público. Por ser restituível, o empréstimo compulsório não chega a transferir riquezas do setor privado para o Estado. A mesma lei complementar que institui o empréstimo compulsório deve disciplinar sua devolução e o prazo de resgate.
37 Espécies de Tributo: Contribuições Especiais As contribuições se fundam na solidariedade em relação aos integrantes de um grupo social ou econômico, na busca de uma dada finalidade. O que caracteriza as contribuições especiais é que o produto de suas arrecadações deve ser carreado para financiar atividades de interesse público, beneficiando certo grupo, e direta ou indiretamente o contribuinte. Trata-se, pois, de tributo com vinculação de receita.
38 Espécies de Tributo: Contribuições Especiais Existem 3 tipos de contribuições especiais, segundo o art. 149 da CRFB: Contribuições sociais; Contribuições de intervenção no domínio econômico; Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas. Em razão da complexidade do tema, não abordaremos cada uma das contribuições especificadamente, limitando-nos a entender seu conceito, diferenças das demais espécies de tributos e alguns exemplos.
39 Espécies de Tributo: Contribuições Especiais Existem 3 tipos de contribuições especiais, segundo o art. 149 da CRFB: Contribuições sociais: Contribuição-anuidade (OAB, CRM, CRA, CREA, etc.) e contribuição sindical (conhecido como imposto sindical ). Contribuições de intervenção no domínio econômico; CIDE-Combustível, CIDE-Royalties, Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), etc. Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas. Contribuição ao Salário-Educação, Contribuições destinadas aos Serviços Sociais Autônomos (Sistema S ), Contribuições de Seguridade Social (PIS, COFINS, PASEP, CSLL), a extinta CPMF, Contribuição para o Serviço de Iluminação Pública (COSIP), etc.
40 Características Espécies de Tributo: Quadro Resumo Impostos Taxas Tarifas Contr. Melhoria Emp. Compulsório Contr. Especiais a) Tributo Não Vinculado b)fato do Contribuinte c) Independe de atividade estatal específica a) Tributo Vinculado b)fato do Estado c) Depende de atividade estatal específica (poder de polícia ou serviço público obrigatório e divisível) a) Serviço público facultativo b)não é tributo a) Obra pública b)valorização do imóvel c) Tribito Vinculado a) Guerra ou calamidade pública b)investimento público urgente ou de relevante interesse nacional c) Vinculado à despesa que o criou a) Solidariedade b)vinculação de receita c) Sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse profissionais
41 1. Competência Tributária Conceito e Generalidades
42 Competência Tributária Competência tributária. Titulares. Entes Políticos. A competência tributária é a parcela de poder conferida pela Constituição a cada ente político (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) para instituição de tributos. Apenas os entes políticos, pois, são titulares de competência tributária. (Paulo de Barros Carvalho) A competência tributária, em síntese, é uma das parcelas entre as prerrogativas legiferantes de que são portadoras as pessoas políticas, consubstanciada na possibilidade para a produção de normas jurídicas sobre tributos (Hugo de Brito Machado)
43 Competência Tributária da União Art. 153 da CRFB. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; [II] II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; [IE] III - renda e proventos de qualquer natureza; [IR] IV - produtos industrializados; [IPI] V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; [IOF] VI - propriedade territorial rural; [ITR] VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.. [IGF]
44 Competência Tributária dos Estados e DF Art. 155 da CRFB. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; [ITCMD] II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; [ICMS] III - propriedade de veículos automotores.. [IPVA]
45 Competência Tributária dos Municípios Art. 156 da CRFB. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; [IPTU] II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; [ITBI] III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.. [ISSQN]
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