Gestão Financeira. Parte I

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1 MESTRADO EM GESTÃO E ESTRATÉGIA INDUSTRIAL 1 Parte I Conceitos Fundamentais de Análise e 2

2 Função Financeira O que é a Função Financeira? Consiste em estudos e tarefas de preparação, execução e controlo das decisões financeiras na empresa, relativas à obtenção, utilização e controlo dos meios financeiros no decorrer da actividade da empresa. Visa dotar os responsáveis das organizações e outras entidades de informações económicas e financeiras adequadas para a tomada das decisões de gestão. Comunicação Relação com outras funções da empresa. 3 Análise Financeira e Gestão Função Financeira Tarefas de Médio e Longo Prazo Estratégia Financeira Tarefas de Curto Prazo (ou Gestão da Tesouraria) Decisões Operacionais Política de: Investimento Financiamento Distribuição de Resultados PLANO FINANCEIRO Gestão de: Activo Circulante Débitos de Curto Prazo ORÇAMENTO TESOURARIA 4

3 Análise Financeira e Gestão Tarefas ao nível da estratégia financeira Vigilância do nível e estrutura dos capitais permanentes INVESTIMENTO Análise e controlo da rentabilidade de Investimentos Escolha das fontes de financiamento FINANCIAMENTO Gestão dos custos das origens de fundos DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS Decisão sobre a melhor forma de afectar a riqueza obtida 5 Análise Financeira e Gestão Tarefas ao nível da Tesouraria GESTÃO DO ACTIVO CIRCULANTE Gestão de disponibilidades Gestão dos recebimentos de caixa Gestão dos créditos comerciais concedidos Controlo de existências Aplicação de excedentes temporários de caixa GESTÃO DOS DÉBITOS DE CURTO PRAZO Gestão dos débitos a fornecedores Gestão dos créditos bancários de curto prazo Cobertura dos défices temporários de caixa 6

4 Função Financeira Objectivos: Assegurar o equilíbrio dos fluxos económicos e financeiros; Entradas previstas + Saldo inicial Saídas previstas + Saldo Final Desejado Optimizar e rendibilizar os excedentes / maximizar o resultado obtido; Salvaguardar a adequação das fontes de financiamento minimizando riscos; Elaborar estudos para conhecimento da situação económico-financeira da empresa; Providenciar informação para os responsáveis dos diversos níveis. 7 Objectivos da Função Financeira Qual é a função objectivo da empresa? Compatibilizar interesses dos stakeholders Criação de riqueza para o accionista Maximizar o valor da empresa Clientes Accionistas Trabalhadores Credores Gestores Sociedade Fornecedores Mercados Financeiros Estado 8

5 Objectivos da Função Financeira Criação de valor na perspectiva financeira: Rendibilidade capacidade de gerar lucro, de traduzir vantagem competitiva em fluxos de caixa positivos. Risco variablidade potencial destes fluxos de caixa. O Valor da empresa reflecte as 2 perspectivas: Valor actual dos fluxos de caixa com base no custo de oportunidade do capital (r) CF t Valor da Empresa = Σ + t t=1 (1 r) 9 Limites da Função Financeira Nem tudo se resume a dinheiro (diagnóstico incompleto); Criação de valor passa pela vantagem competitiva da empresa: Associada a Tecnologia, Mercado ou Produto; Rendibilidade e equilíbrio financeiro são condições necessárias mas não suficientes à sobrevivência da empresa; Fiabilidade dos resultados depende da qualidade da informação utilizada; 10

6 abrange: Conjunto das técnicas que visam a melhoria das decisões financeiras assumidas na empresa e o respectivo controlo; Estudo das decisões financeiras sobre a rendibilidade e sobre o risco financeiro global. OBJECTIVOS: Assegurar a estrutura financeira mais adequada; Manter a integridade do capital e promover o seu reforço; Permitir a constante solvabilidade; Assegurar a rendibilidade dos capitais. 11 Evolução: Gestão de Tesouraria Decisões de Financiamento Gestão da Rendibilidade das Aplicações de Fundos Ampliação de Funções Aspectos Económicos 12

7 A Moderna Relevância dos aspectos económicos Rendibilidade dos capitais investidos, taxas de crescimento Internacionalização Risco cambial Investimento e financiamento internacional Acesso ao mercado de capitais Financiamento e investimento Gestão da carteira de valores Volatilidade dos mercados Análise e gestão dos riscos financeiros Papel da Análise Financeira Com base em documentos históricos Integrada dentro do Controlo de Gestão Perspectiva cada vez mais previsional 13 Análise Financeira Conjunto de técnicas destinadas a conhecer, avaliar e interpretar a situação económica e a situação financeira da empresa, partindo dos documentos contabilísticos e financeiros. Centra-se normalmente em cinco VERTENTES: o Equilíbrio Financeiro; a Rendibilidade dos Capitais Investidos; o Risco; o Crescimento; a Criação de Valor. 14

8 Análise Financeira Objectivos da Análise Financeira: Diagnosticar, propor medidas e detectar tendências futuras (óptica previsional); Dar apoio aos decisores e accionistas; Informar os diversos parceiros e interessados no desempenho da empresa; Concluir sobre a criação de valor (análise histórica e análise previsional); Colaborar na definição da estratégia de desenvolvimento e das políticas da empresa. 15 Destinatários da Informação Financeira Accionistas, Investidores Analistas Financeiros Credores (Bancos, Fornecedores) Gestores da Empresa Empregados Clientes Estado e Entidades Públicas 16

9 Informação Financeira Informação que as empresas preparam com base em regras e princípios contabilísticos, organizada em diversos mapas. Proporciona informação acerca da posição financeira, das alterações desta e dos resultados das operações, para que seja útil aos destinatários dessa informação. Características da informação financeira Compreensibilidade; Relevância; Fiabilidade; Comparabilidade. 17 Princípios Contabilísticos 1 Continuidade 2 Consistência 3 Especialização 4 Custo histórico 5 Prudência 6 Substância sobre a forma 7 - Materialidade 18

10 Fontes de Informação Financeira São fundamentalmente INTERNAS; Há informação de apoio de outras áreas; Completada com informação do exterior; Contas anuais são o ponto de partida. BALANÇO DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ANEXOS DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA RELATÓRIO DOS REVISORES DADOS SECTORIAIS 19 Introdução ao Balanço Apresenta a situação patrimonial de uma empresa em determinada data, derivada dos fluxos económicos e financeiros Mapa onde se vai fazer a comparação entre o Activo e o Passivo para destacar a Situação Líquida (capitais próprios) Aspecto Estático - conhecer a situação patrimonial da empresa num dado momento Aspecto Dinâmico - conhecendo a situação patrimonial agora e a inicial podemos determinar os resultados num dado período Activo ou Aplicações de Fundos ou Investimento Capital Próprio + Capital Alheio (Passivo) ou Origens de Fundos ou Financiamento 20

11 Introdução ao Balanço Equação fundamental da contabilidade Activo = Capitais Alheios + Capitais Próprios Activo > Capital Alheio Activo = Passivo + Situação LíquidaL Aplicações de Fundos = Origens de Fundos 21 Introdução ao Balanço ACTIVO ACTIVO FIXO Imobilizações: Incorpóreas Corpóreas Investimentos Financeiros ACTIVO CIRCULANTE Existências Dívidas de Terceiros: de médio e longo prazo de curto prazo Disponibilidades ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS CAPITAL PRÓPRIO + PASSIVO CAPITAIS PRÓPRIOS Capital social Reservas Resultados transitados Resultado líquido DÍVIDAS A TERCEIROS de médio/longo prazo de curto prazo (passivo circulante) ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 22

12 ACTIVO 1º Membro do Balanço 1) Activo Imobilizado ou Fixo (Liquidez Reduzida) Meios de produção com carácter de permanência que participam em vários ciclos de produção Integra: Imobilizações incorpóreas; Imobilizações corpóreas; Investimentos financeiros. Deduz-se: Amortizações Acumuladas 23 ACTIVO 1º Membro do Balanço 2) Activo Circulante (Maior Liquidez) Activos que são transformados e consumidos no decurso de um único ciclo de produção. Integra: Existências (inclui adiantam/s por conta de compras) Dívidas de terceiros a MLP Dívidas de terceiros a CP Títulos negociáveis Depósitos bancários e caixa Deduz-se: Provisões 24

13 ACTIVO 1º Membro do Balanço Disponível Dívidas de clientes Produtos acabados Matérias Primas Produtos e trabalhos em curso 3) Acréscimos e Diferimentos Integra: Acréscimos de Proveitos; Custos Diferidos. 25 CAPITAIS PRÓPRIOS + PASSIVO 2º Membro do Balanço 1) Capital Próprio (Exigibilidade Nula) Reparte-se pelo: Capital Social Reservas Resultados Transitados Deduz-se: Dividendos Distribuídos 26

14 CAPITAIS PRÓPRIOS + PASSIVO 2º Membro do Balanço 2) Capital Alheio (Diferentes Graus de Exigibilidade) Reparte-se pelas: Provisões para riscos e encargos Dívidas a Terceiros de MLP/CP 3) Acréscimo e Diferimentos Integra: Acréscimos de Custos; Proveitos Diferidos. 27 Introdução ao Balanço Ordenação das Contas no Balanço De acordo com o POC faz-se pelo grau crescente de... ACTIVO Grau de Liquidez é a aptidão reconhecida a um activo para se transformar em meios monetários - dinheiro ou equivalente - num período. PASSIVO Grau de Exigibilidade baseia-se nos diferentes prazos de vencimento dos créditos obtidos. 28

15 Introdução à Demonstração de Resultados Líquidos Evidencia a formação dos resultados num determinado período (entre 2 balanços) Avaliação do desempenho económico nesse período Síntese de custos e proveitos em grupos homogéneos Indica a proveniência e composição do resultado do exercício. 2 formas de elaboração (POC): 1) DR por natureza 2) DR por funções 29 Demonstração de Resultados Líquidos Por Natureza Distinção entre: Resultados Operacionais custos e proveitos da exploração/actividade principal da empresa Resultados Extraordinários custos e proveitos extra-exploração 30

16 Demonstração de Resultados Líquidos Por Natureza Distinção entre: Resultados Financeiros proveitos de aplicações de capital, custos de financiamento e ganhos ou perdas de aplicações financeiras Rendimentos de participações de capital Proveitos Rendimentos de títulos negociáveis Outros juros e proveitos similares Custos Amortizações e provisões de investimentos financeiros e outras aplicações Juros e outros custos similares 31 Demonstração de Resultados Líquidos Por Natureza Tipos de Resultados Proveitos Operacionais - Custos Operacionais = Resultados Operacionais Proveitos Financeiros - Custos Financeiros = Resultados Financeiros Proveitos e Ganhos Extraordinários - Custos e Perdas Extraordinários = Resultados Extraordinários 32

17 Demonstração de Resultados Líquidos Por Natureza Resultados Operacionais + Resultados Financeiros = Resultados Correntes + Resultados Extraordinários = Resultados Antes de Imposto -Imposto sobre o Rendimento do Exº = Resultado Líquido do Exercício (RL) 33 Demonstração de Resultados Líquidos Por Funções Custos e proveitos agregados por funções: Produção Distribuição Administrativa Financeira Não tem carácter obrigatório 34

18 Preparação dos Documentos para Análise Financeira Aspectos limitativos das Demonstrações Financeiras: Divergência conceptual; Carácter sintético; Não reflectem valores actuais; Algumas contas implicam estimativas; Ignoram revalorização do imobilizado; Omite-se rubricas por dificuldade de valorização objectiva; Diferentes critérios valorimétricos; Influência de questões jurídico-fiscais; Insuficiências na comparabilidade. 35 Preparação dos Documentos para Análise Financeira Como Proceder: Procurar detectar e corrigir os eventuais enviesamentos Utilizar a informação disponibilizada pelo Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados Atender às eventuais reservas dos Revisores de Contas Aplicar técnicas de Análise Financeira 36

19 Parte II Métodos e Técnicas de Análise Financeira 37 Balanço Funcional Análise comparativa entre origens e aplicações de fundos; Classifica as necessidades e os recursos financeiros de acordo com: A sua natureza (exploração e extra-exploração) O seu grau de renovabilidade (curto prazo, médio/longo prazo); Realça o conceito de Fundo de Maneio; Fornece informação sobre equilíbrio de tesouraria e sobre decisões de financiamento e investimento. CONCEITO CHAVE: Equilíbrio Financeiro Funcional 38

20 Balanço Funcional Princípio do Equilíbrio Financeiro Funcional Recursos estáveis devem financiar aplicações estáveis Empréstimos de curto prazo devem cobrir necessidades de tesouraria O equilíbrio financeiro deve traduzir-se simultaneamente ao nível dos vários ciclos financeiros autónomos Há que assegurar a manutenção de uma margem de segurança: 39 Balanço Funcional Balanço Contabilístico (I) CAPITAL PRÓPRIO ou SITUAÇÃO LÍQUIDA ACTIVO CAPITAL ALHEIO ou PASSIVO

21 Balanço Funcional Balanço Contabilístico (II) IMOBILIZADO CAPITAL PRÓPRIO ou SITUAÇÃO LÍQUIDA CIRCULANTE PASSIVO DE MÉDIO/LONGO PRAZO PASSIVO DE CURTO PRAZO Balanço Funcional Balanço Funcional (III) ACTIVO FIXO CAPITAIS PERMANENTES ACTIVO CIRCULANTE PASSIVO DE CURTO PRAZO

22 Balanço Funcional Equilíbrio Financeiro Tradicional Existe equilibrio financeiro quando: ACTIVO FIXO Financiamento Financiamento CAPITAIS PERMANENTES ACTIVO CIRCULANTE Financiamento Financiamento PASSIVO DE CURTO PRAZO Balanço Funcional Origens e Aplicações da empresa relacionados com os ciclos financeiros: I - Ciclo de investimento II - Ciclo de Exploração ou Operacional III - Ciclo das Operações Financeiras I - Ciclo de Investimento: Análise e selecção de investimentos e desinvestimentos Resulta no volume de imobilizado II - Ciclo de Exploração: Decisões quanto a stocks, produção e distribuição Corresponde a custos e proveitos operacionais Impacto nas contas Clientes, Existências e Fornecedores 44

23 Balanço Funcional III - Ciclo de Financiamento: Obtenção de fundos para investimento e financiamento do ciclo de exploração Ciclo de Operações de Capital Obtenção de fundos estáveis para financiar activos estáveis Ciclo das Operações de Tesouraria Gestão das disponibilidades e quase-disponibilidades 45 Balanço Funcional Balanço Funcional (III) ACTIVO FIXO CAPITAIS PERMANENTES ACTIVO CIRCULANTE PASSIVO DE CURTO PRAZO

24 Balanço Funcional Balanço Funcional (IV) ACTIVO FIXO CAPITAIS PERMANENTES NECESSIDADES CÍCLICAS RECURSOS CÍCLICOS TESOURARIA ACTIVA TESOURARIA PASSIVA Balanço Funcional Balanço Funcional (V) ACTIVO FIXO FUNDO DE MANEIO CAPITAIS PERMANENTES NECESSIDADES CÍCLICAS TESOURARIA ACTIVA RECURSOS CÍCLICOS TESOURARIA PASSIVA NECESSIDADES DE FUNDO DE MANEIO TESOURARIA LÍQUIDA

25 Balanço Funcional CICLO APLICAÇÕES ORIGENS INVESTIMENTO Aplicações de Investimento ou Activo Fixo Recursos Próprios e Recursos Alheios Estáveis EXPLORAÇÃO OPERAÇÕES DE TESOURARIA Necessidades Cíclicas Tesouraria Activa Recursos Cíclicos Tesouraria Passiva 49 Balanço Funcional Necessidades de Recursos Financiar o investimento estável (Activo Fixo) Financiar as actividades correntes (Necessidades Cíclicas) Assegurar as disponibilidades e o equilíbrio de tesouraria (Tesouraria Activa) Fontes estáveis não reembolsáves (Capitais Próprios) Fontes de Recursos Fontes estáveis reembolsáveis (Capital Alheio Estável) Fontes derivadas da activ. corrente (Recursos Cíclicos) Fontes complementares de financiamento (Tesouraria Passiva) 50

26 Regularizações ao Balanço Contabilístico Activo Fixo: Incluir activos com permanência prevista > 1 ano: Imobilizado corpóreo; Investimentos financeiros; Dívidas de 3ºs a médio/longo prazo ; Acréscimos e diferimentos quando > 1 ano; Incluir empréstimos intragrupo e contas de accionistas c/ tendência de estabilidade; Incluir imobilizado efectivamente utilizado, independentemente da posse jurídica ou forma de financiamento; Excluir imobilizado incorpóreo sem capacidade de realização (excepto alguns trespasses e patentes). 51 Regularizações ao Balanço Contabilístico Necessidades Cíclicas: 1. Existências Incluir todas as existências em armazém (independentemente do financiamento); Excluir aprovisionamentos estratégicos (excedente face ao normal deve ser considerado activo fixo); Verificar consistência dos critérios valorimétricos; Decompor existências nas suas categorias; 52

27 Regularizações ao Balanço Contabilístico Necessidades Cíclicas: 2. Adiantamentos a Fornecedores: Incluir adiantamentos por conta de compras. 3. Clientes: Incluir Clientes c/c, Clientes com títulos a receber e Clientes de cobrança duvidosa; Incluir letras descontadas e não vencidas (por contrapartida de empréstimos de Curto Prazo); Créditos a mais de 1 ano transitam para o activo fixo. 53 Regularizações ao Balanço Contabilístico Necessidades Cíclicas: 4. Estado e outros entes públicos: Não considerar o saldo desta conta (manter dívidas a receber e a pagar separadamente); Separar entre dívidas cíclicas (ex: IVA, IRS, Segurança Social) e dívidas extra-exploração (ex: IRC). 5. Outras dívidas de exploração a receber: Incluir outros devedores e acréscimos e diferimentos ligados ao ciclo de exploração. 54

28 Regularizações ao Balanço Contabilístico Tesouraria Activa: Incluir activos líquidos e quase líquidos: Depósitos bancários e caixa; Títulos negociáveis (os não convertíveis são imobilizado); Valores de outros devedores não considerados nas rúbricas anteriores; Incluir subscritores de capital/accionistas, se for valor a receber a curto prazo; Incluir acréscimos de proveitos e custos diferidos < 1 ano extraexploração. 55 Regularizações ao Balanço Contabilístico Capital Próprio (ou Fundos Próprios) Incluir contas de sócios ou accionistas (com compromisso de manutenção ex: prestações suplementares); Incluir empréstimos por títulos de participação (apesar de ser dívida tem características de capital próprio); Deduzir a conta subscritores de capital; Deduzir aos Resultados Líquidos os lucros a distribuir (dividendos são TP); Incluir provisões sem encargo real. 56

29 Regularizações ao Balanço Contabilístico Capital Alheio Estável: Adicionar às dívidas de MLP, as dívidas de Curto Prazo se consideradas estáveis; Incluir contas de empresas do grupo (consideram-se estáveis se a empresa é a empresa-mãe; caso contrário são incluidas em Tesouraria Passiva); Incluir suprimentos. 57 Regularizações ao Balanço Contabilístico Recursos Cíclicos: Incluir todas as dívidas a terceiros de Curto Prazo ligadas à exploração Adiantamento de clientes Incluir Adiantamentos por conta de vendas Incluir Fornecedores c/c, facturas em recepção e títulos a pagar Estado e outros entes públicos Dívidas ao Estado resultantes da exploração Outros credores de exploração Dívidas a outros credores, acréscimos e diferimentos de exploração Dívidas em atraso Tesouraria Passiva. 58

30 Regularizações ao Balanço Contabilístico Tesouraria Passiva: Passivo imediato ou quase imediato que resulta de decisões de financiamento Incluir empréstimos de curto prazo não renováveis, outros credores e acréscimos de custos de CP não afectos à exploração Excluir dívidas de curto prazo para com accionistas, empresas do grupo (caso seja empresa dominante) - são dívidas consideradas estáveis e por isso incluidas no Capital Alheio Estável Adicionar letras descontadas não vencidas Incluir E.O.E.P. (a pagar) de IRC Incluir Fornecedores de Imobilizado (c/p) 59 Balanço Funcional Capital Próprio + Capital Alheio Estável = CAPITAIS PERMANENTES - Activo Fixo = FUNDO DE MANEIO (C) Clientes + Existências + Adiantamentos a fornecedores + Estado e outros entes públicos (a receber) + Outros devedores de exploração = NECESSIDADES CÍCLICAS (A) Fornecedores + Adiantamentos de clientes + Estado e outros entes Publicos (a pagar) + Outros credores de exploração = RECURSOS CÍCLICOS (B) Activo de Exploração Passivo de Exploração (A-B) NECESSIDADES EM FUNDO DE MANEIO (D) (C-D) TESOURARIA LÍQUIDA 60

31 Balanço Funcional Condição de Equilíbrio Tesouraria Líquida (TL)> 0 Sendo: Existe equilíbrio financeiro quando TL > 0 e tal pode resultar de diferentes situações financeiras: ou ou TL = FM NFM ou TL = TA TP TL = FM NFM ou TL = TA TP FM>0 e NFM>0 e FM>NFM FM>0 e NFM>0 e FM>NFM FM <0 e NFM<0 e FM>NFM FM <0 e NFM<0 e FM>NFM FM >0 e NFM<0 FM >0 e NFM<0 61 Balanço Funcional Críticas ao Balanço Funcional Dificuldade em reclassificar rubricas em função do ciclo respectivo Obrigatoriedade de relação entre recursos e aplicações Dificuldade de classificar recurso estável Dificuldade em detectar operações off balance sheet 62

32 Demonstração de Resultados Funcional Demonstração de Resultados a custeio variável E necessário distinguir entre: vs Custos cujo valor se mantém independentemente das vendas ou produção Custos com comportamento dependente da produção ou das vendas 63 Demonstração de Resultados Funcional Custos Variáveis: CMVMC (deduzido da variação da produção) FSE, impostos e outros encargos com comportamento variável Custos Fixos: Despesas com pessoal FSE, impostos e outros encargos não considerados como variáveis Amortizações do exercício Ajustamentos de clientes e existências Provisões do exercício 64

33 Demonstração de Resultados Funcional Vendas + Prestações de Serviços - Custos Variáveis Operacionais = Margem de Contribuição - Custos Fixos Operacionais = Resultados Operacionais + Resultados Financeiros = Resultados Correntes + Resultados Extraordinários = Resultados Antes de Impostos - Imposto sobre Lucros (IRC) = Resultado Líquido do Exercício 65 Método dos Rácios Um RÁCIO é um quociente entre duas grandezas, retiradas dos mapas financeiros para obter informações úteis. Instrumento de apoio Comparação do desempenho económico-financeiro das empresas Evolução do desempenho económico-financeiro ao longo do tempo Facilitam a análise da empresa (síntese de dados); Dão consistência à análise entre empresas; Clarificam o desempenho da empresa face ao sector. 66

34 Tipos de Rácios Depende dos objectivos da análise Rácios Financeiros: relacionados com aspectos financeiros (estrutura financeira, capacidade endividamento, solvabilidade) Rácios Económicos: relativos à situação económica (estrutura de custos e proveitos, margens) Rácios Económico-Financeiros: relativos a aspectos económicofinanceiros (rendibilidade dos capitais, rotações dos elementos do activo) Rácios de Funcionamento: relativos aos impactos no ciclo de exploração (prazos médios de pagamento e recebimento, duração de existências) Rácios Técnicos: ligados à actividade da empresa (produtividade da mão-de-obra) 67 Tipos de Rácios Depende das fontes de informação Rácios Efectivos ou Reais: documentos financeiros históricos da empresa; Rácios Orçamentais: orçamentos da empresa; Rácios do Sector: centrais de balanços; Rácios ideais: definidos pelos analistas em função do conhecimento do sector e da empresa; 68

35 Rácios de Liquidez Liquidez: capacidade da empresa para solver os seus compromissos financeiros de curto prazo. Liquidez Geral = Activo Circulante Passivo de Curto Prazo Liquidez Reduzida = Activo Circulante - Existências Passivo de Curto Prazo Liquidez Imediata= Disponibilidades Passivo de Curto Prazo 69 Rácios de Funcionamento Perm. média de matérias-primas em armazém = Existências médias MPrimas Custo das matérias consumidas x365 Perm. média de prod. em curso em armazém = Existências médias de prod. em curso Custo de Produção x365 Perm. média de prod. acabados em armazém = Existências médias de Prod. acabados Custo dos prod. vendidos x365 Perm. média de mercadorias em armazém = Existências médias de mercadorias Custo das mercadorias vendidas x365 70

36 Rácios de Funcionamento Rotação do Activo = Volume de Negócios Activo líquido médio Rotação das Existências = CMVMC Existências médias Prazo Médio = de Recebimentos Saldo Médio de Clientes Vendas e Prest. Serviços *(1+IVAv) Prazo Médio de Pagamentos = Saldo Médio de Fornecedores Compras*(1+IVAc) 71 Rácios de Funcionamento Dias de Duração do Ciclo de Exploração: Ciclo Operacional = PMMA + PMR Tempo que medeia entre o pagamento ao fornecedor e o recebimento do cliente. Ciclo de Caixa = PMMA + PMR - PMP Dias de volume de negócio necessários para cobrir as NFM (ou nº de dias em que a empresa vende apenas para suprir as NFM): Ciclo Financeiro de Exploração = NFM Vol. Negócios Diário 72

37 Rácios de Alavanca Financeira e Risco Capitais Alheios Rácio de Endividamento = Capitais Totais Capitais Próprios Autonomia Financeira = Capitais Totais Capitais Alheios curto prazo Estrutura do Endividamento = Capitais Alheios Totais Resultado Operacional Cobertura dos Encargos Financeiros = Encargos Financeiros Capitais Alheios Debt to Equity Ratio = Capitais Próprios 73 Rácios de Rendibilidade Rendibilidade das Vendas: Margem de Contribuição Margem de Contribuição das Vendas = *100 Vendas Resultado Operacional Rendibilidade Oper. Vendas = *100 Vendas Resultado Líquido Rendibilidade Líquida das Vendas = *100 Vendas 74

38 Rácios de Rendibilidade Rendibilidade do Capital Próprio Resultado Líquido Rendibilidade do Capital Próprio = *100 Capital Próprio Rendibilidade do Activo Resultado Operacional Rendibilidade do Activo = *100 Activo Líquido Res. Op. * (1+ Tx imposto) Rend. do Activo (após impostos) = *100 Activo Líquido 75 Método dos Rácios Limitações: Dados quantitativos (não incluem factores qualitativos, ex: motivação, reputação); Impacto de decisões de curto prazo; Diferenças nas práticas contabilísticas entre empresas (ex:critérios de amortização); Inflação (contabilidade a custos históricos); Contexto é indispensável; Rácios reflectem passado. 76

39 Método dos Rácios O desempenho é relativo!!! Pelo que se deve sempre fazer: Comparação com o histórico (evolução interna) Comparação com relatórios de contas de empresas concorrentes (posicionamento da empresa face à concorrência) Comparação com centrais de balanço (posicionamento da empresa no sector) Diversificar as fontes de informação para enriquecer a análise 77 Parte III O Equilíbrio Financeiro e a sua importância 78

40 Evolução do Balanço Balanço Contabilístico Balanço Funcional IMOBILIZADO CAPITAL PRÓPRIO ou SITUAÇÃO LÍQUIDA ACTIVO FIXO CAPITAIS PERMANENTES CIRCULANTE PASSIVO DE MÉDIO/LONGO PRAZO NECESSIDADES CÍCLICAS PASSIVO DE CURTO PRAZO TESOURARIA ACTIVA RECURSOS CÍCLICOS TESOURARIA PASSIVA 79 Equilíbrio Financeiro Tradicional Regra do Equilíbrio Financeiro Mínimo Os capitais financeiros que financiam cada activo deverão estar à disposição da empresa pelo menos o tempo de duração desse activo. ACTIVO FIXO CAPITAIS PERMANENTES Preocupações com: Grau de endividamento (CA/CT) Estrutura do endividamento (CA cp ou mlp/ca total) Maximizar rendibilidade do CT em relação ao custo do CA ACTIVO CIRCULANTE Existe equilíbrio financeiro quando Fundo de Maneio>O PASSIVO DE CURTO PRAZO Análise Falsa contraria Princípio da Continuidade

41 Críticas à Análise de Equilíbrio Financeiro Tradicional Fundo de Maneio > 0 Margem de Segurança Regra do Equilíbrio Mínimo Mas a liquidez do activo e exigibilidade das dívidas de cp não coincidem Rapidez das alterações na estrutura do activo e passivo circulante Equilíbrio Financeiro Funcional Nova Perspectiva Funcional Análise do equilíbrio financeiro associado às decisões dos 3 ciclos financeiros Estruturar o balanço funcional em 3 componentes: ACTIVO FIXO CAPITAIS PERMANENTES NECESSIDADES CÍCLICAS RECURSOS CÍCLICOS TESOURARIA ACTIVA TESOURARIA PASSIVA FUNDO DE MANEIO NECESSIDADES DE FUNDO DE MANEIO TESOURARIA LÍQUIDA Fundo de Maneio Funcional (impacto da estratégia financeira sobre a margem de segurança) Necessidades de Fundo de Maneio Tesouraria Líquida Regra do Equilíbrio Financeiro: Tesouraria Líquida>O

42 Noção de Equilíbrio Obrigação de fazer face aos compromissos com credores nas datas de maturidades Análise Patrimonial Rácio de Liquidez, Rácio de Solvabilidade, Capacidade de Endividamento, etc Necessidade de manter equilíbrio funcional entre recursos e aplicações Balanço Funcional Com base nos ciclos financeiros Tesouraria Liquida Fundo de Maneio Necessidades de Fundo de Maneio 83 Fundo de Maneio (Funcional) ACTIVO FIXO CAPITAIS PERMANENTES FUNDO DE MANEIO FUNCIONAL FM = Capitais Permanentes Activo Fixo FM = Capitais Permanentes Activo Fixo Se FM> 0 Parte dos fundos estáveis que financia o ciclo de exploração Se FM< 0 Fundos não estáveis estão a financiar o activo fixo RISCO

43 Necessidades de Fundo de Maneio NECESSIDADES CÍCLICAS NECESSIDADES DE FUNDO DE MANEIO RECURSOS CÍCLICOS NFM = Necessidades Cíclicas Recursos Cíclicos NFM = Necessidades Cíclicas Recursos Cíclicos Reune meios e executa pagamentos de carácter operacional (ciclo de exploração) Se NFM > 0 Necessidades de financiamento do ciclo de exploração Se NFM < 0 Excedentes financeiros do ciclo de exploração Necessidades de Fundo de Maneio Nível das NFM depende de: Sector de actividade (duração do ciclo) Prática de gestão do sector (concessão de crédito) Tecnologia utilizada (eficiência da produção) Dimensão da empresa (posição negocial) Ciclos de exploração longos têm NFM maiores Ciclos de exploração curtos podem ter NFM < 0 se PMR < PMP (exº: distribuição) As NFM são menores quanto: Menor for a permanência média das m.p., dos produtos acabados em armazém; Menor for o peso das m.p. e do custo dos produtos vendidos no preço de venda; Menor for o ciclo de exploração; Maior for a margem de contribuição; Maior for o PMP.

44 Necessidades de Fundo de Maneio Necessidades de Fundo de Maneio Estruturais resultam da actividade normal, são necessidades mínimas e permanentes - NFMP Temporárias resultam de factores sazonais ou conjunturais, são necessidades esporádicas - NFMT Capitais estáveis devem financiar: Activo Fixo NFMP Endividamento de c.p. (tesouraria) deve financiar NFMT TP>TA (com sazonalidade) Tesouraria Líquida TESOURARIA ACTIVA TESOURARIA LÍQUIDA TESOURARIA PASSIVA TL = FM NFM ou TL = TA TP TL = FM NFM ou TL = TA TP Não é afectada por decisões financeiras de curto prazo Informação sobre situação de liquidez Equilíbrio Financeiro resulta de: Política estratégica Fundo de Maneio Funcional Política operacional Necessidades de Fundo de Maneio

45 Situações Financeiras Típicas Tesouraria Líquida mais negativa Tipo III Tipo IV Tipo V NFM Tipo II Tipo I Tipo VI Tesouraria Líquida nula FM Tesouraria Líquida mais positiva Situações Financeiras Típicas TL>0 TIPO I FM>0; NFM>0 e FM>NFM Situação normal com uma certa segurança TIPO VI FM>0; NFM<0 Fundo de maneio exagerado, é possível fazer aplicações de capital a longo prazo para aumentar a rendibilidade TIPO V FM<0; NFM<0 mas FM>NFM Situação de risco, se houver redução de actividade

46 Situações Financeiras Típicas TL<0 TIPO II FM>0; NFM>0 e FM<NFM Situação financeira muito frequente em empresas com grande volume de capital e ciclos de exploração longos. Parte das NFM são financiadas pela tesouraria. TIPO III FM<0; NFM>0 Situação financeira delicada porque há insuficiência de capitais estáveis TIPO IV FM<0; NFM<0 e FM<NFM Desequilíbrio financeiro com risco elevado. Dilemas do Gestor Recurso ao capital permanente é mais estável mas tem maior custo (rendibilidade vs risco) Empresas financiam parte do activo fixo recorrendo ao CA de curto prazo porque é menos oneroso (na estratégia agressiva o objectivo é maximizar rendibilidade) TL > 0 é indicador de equilíbrio mas TL<0 pode acontecer numa empresa equilibrada (desde que esteja na fase alta do ciclo sazonal). Adequar o objectivo de equilíbrio financeiro aos objectivos da empresa. 92

47 Parte IV Análise dos Riscos Económico e Financeiro 93 Conceito de Risco Possibilidade de variação dos fluxos de caixa futuros, possível de estimar em termos de probabilidades de ocorrência incerteza não é possível prever. Quanto maior a incerteza na previsão dos fluxos maior o risco. Na análise do risco usam-se medidas estatísticas: Média - rendibilidade potencial (valor esperado ) Variância e desvio padrão - quantificação do risco Coeficiente de variação dispersão da rendibilidade esperada 94

48 Tipos de Risco É possível diminuir este risco através da diversificação. Específico Financeiro Associado à estrutura financeira da empresa, cria risco adicional sobre os Capitais Próprios RISCO De mercado De negócio Associado à gestão de exploração, tem impacto na variabilidade dos fluxos operacionais 95 Risco de Negócio Baseado na Demonstração de Resultados Risco de negócio incerteza quanto à volatilidade dos resultados operacionais Origens do risco de negócio: Expansão/recessão da economia Lançamento de novos produtos Instabilidade da procura Volatilidade do preço Volatilidade dos custos de factores Risco operacional estrutura de custos (peso dos custos fixos) 96

49 Risco de Negócio Varia entre empresas e sectores Como reduzir o risco de negócio? Política de marketing reduzir volatilidade da procura e dos preços Poder negocial com clientes e fornecedores Como quantificar o risco de negócio? Desvio padrão do Resultado Operacional Grau de Alavanca Operacional Ponto Crítico Operacional Margem de Segurança Operacional 97 Risco de Negócio Desvio-padrão dos Resultados Operacionais Não incorpora valor temporal do dinheiro Grau de Alavanca Operacional (GAO) Sensibilidade do resultado operacional à variação no volume de actividade/vendas Elasticidade do RO em relação às vendas V%Resultado Operacional GAO = V%Vendas 98

50 Risco de Negócio Margem de Contribuição GAO = Resultado Operacional Método de cálculo alternativo Inverso do rácio efeito dos custos fixos ; Quanto maior o peso dos custos fixos, maior o GAO e logo maior será o risco operacional; GAO é mais elevado quanto + próximo o volume de vendas da empresa estiver do seu Ponto Crítico Operacional. 99 Risco de Negócio Exemplo: Empresa A Empresa B Vendas Custos Variáveis Margem de Contribuição Custos Fixos Resultado Operacional GAO 5 3 Empresa A ,67 A diferença entre as duas empresas é a estrutura de custos. Na empresa A, 1% de variação nas vendas terá um impacto de 5% nos Resultados Operacionais tem risco de negócio superior. 100

51 Risco de Negócio Ponto Crítico Operacional Valor das vendas para o qual a empresa tem resultado operacional = 0; Em Valor: * Custos Fixos V 0 = % Margem em que: Margem de Contribuição % Margem = Vendas Em quantidade: Custos Fixos * Q o = PreçoV u - CustoVar. u 101 Risco de Negócio Exemplo: Empresa A Empresa B C. Fixos MC (%) 50% 30% PCO Conclusão: Quanto maior o ponto crítico maior o risco de negócio; a empresa A tem maior risco. 102

52 Risco de Negócio Custos Fixos = Custos Variáveis = 1,2 / unidade Preço de Venda = 2,0 / unidade Receitas Totais = 2*Q Custos Totais = 40, *Q Ponto Crítico => Q* = e V* = Vendas 100,000 40,000 Ponto Crítico Receitas Totais Custos Totais Custos Variáveis Custos Fixos 50,000 Quantidade 103 Risco de Negócio Margem de Segurança Operacional Diferença entre nível actual de vendas e ponto crítico de vendas Queda percentual das vendas que conduz a empresa ao ponto crítico V - V * V * CF MSO = =1- =1- V V MC 104

53 Risco de Negócio Exemplo: Empresa A Empresa B Vendas PCO MSO 20% 33% Na empresa A se as vendas cairem 20% a empresa entra na zona de prejuízo. Conclusão: Quanto menor a margem de segurança maior é o risco a empresa A tem maior risco. 105 Risco Financeiro Risco Financeiro: volatilidade do resultado líquido causada pelo nível de endividamento Medida: Grau de Alavanca Financeira Risco associado à dívida Se o endividamento está a ser ou não favorável à RCP? Resultados Operacionais GAF = Resultados Correntes Variação % nos resultados correntes face a variação % nos resultados operacionais 106

54 Risco Financeiro Quando não há endividamento: A = CP RO = RC (não há encargos financeiros) RCI = RO/CT = RC/CP = RCP (se excluirmos impostos e resultados extraordinários) RCI = RCP Quando há endividamento: A = CP + CA RCP = RC/CP Para que haja preferência pelo endividamento, rendibilidade dos capitais próprios COM dívida terá que ser maior do que SEM dívida RCP E > RCP NE RC/CP > RO/CT (...) 107 Risco Financeiro (...) Efeito dos Encargos Financeiros Índice de Alavanca Financeira RC CT * >1 RO CP Múltiplo da Estrutura Financeira Conclusão: O endividamento aumenta a rendibilidade do capital próprio desde que o IAF seja superior a 1 OU a rendibilidade do activo seja superior ao custo do capital alheio Nota: O GAF é o inverso do rácio do efeito dos encargos financeiros. 108

55 Risco Financeiro Empresa Empresa COM Dívida (50%) SEM Dívida A B Custo do Capital Aheio % 15% Resultado Operacional 1,000 1,000 1,000 Encargos Financeiros Resultado Corrente Activo 10,000 10,000 10,000 Capitais Alheios 0 5,000 5,000 Capitais Próprios 10,000 5,000 5,000 Rendibilidade do Activo 10% 10% 10% Rendibilidade Capitais Próprios 10% 12% 5% Efeito dos Encargos Financeiros Estrutura Financeira Efeito de Alavanca Financeira Risco Total Grau de Alavanca Combinado Sensibilidade do resultado corrente à variação nas vendas Margem de Contribuição GAC = Resultado Corrente ou GAC = GAO * GAF! Limitações das Alavancas: só são válidas para pequenas oscilações nas vendas e nos resultados porque a elasticidade dos custos não é constante. 110

56 Risco Total Ponto Crítico Total Valor das vendas para o qual a empresa tem resultado corrente = 0; Em Valor: Custos Fixos + Enc. Financeiros V T = % Margem em que: Margem de Contribuição % Margem = Vendas Em quantidade: Custos Fixos+Enc. Financeiros Q T = PreçoV u - CustoVar. u 111 Parte V Análise da Rendibilidade e do Crescimento da Empresa 112

57 Desempenho Económico MERCADO EMPRESA Potencial de Crescimento Posição Concorrencial Potencial para obtenção de resultados Criação de Vantagem Competitiva Criação de Valor Análise de Rendibilidade e Crescimento Sustentado Rendibilidade do Investimento Indicador de desempenho dos capitais totais Independente da forma de financiamento Utilizado para comparar empresas com o mesmo risco de negócio Determina a sobrevivência da empresa a longo prazo É consequência da forma como são usados os recursos globais (é indicador da qualidade de gestão) Indica a capacidade de gerar resultados ou seja determina o nível de remuneração para os investidores (accionistas e credores) Utilizado na análise de projectos, planeamento e orçamentação, avaliação e controlo dos resultados 114

58 Rendibilidade do Investimento Rendibilidade do Capital Investido (RCI) Resultado RCI = Investimento Pode-se considerar como Investimento: Activo Total (objectivo: avaliação total empresa) Activo Económico (objectivo: activo controlado pela gestão) Activo Fixo + NFM Capital Total Investido (avaliação total empresa sem activos financiados por recursos de exploração) A. Fixo + NFM + TA Activo de Exploração (análise da exploração) 115 Rendibilidade do Investimento Rendibilidade do Capital Investido (RCI) Resultado RCI = Investimento Activo bruto ou líquido? Usar activo bruto para evitar o efeito das amortizações (só por si aumentam a rendibilidade) na gestão das divisões operacionais MAS usar activo líquido na avaliação do desempenho global. Investimento final ou médio? Usar investimento médio; o investimento de final de período está já alterado com o capital gerado pelo investimento. De preferência investimento médio ponderado (empresas com sazonalidade) 116

59 Rendibilidade do Investimento Rendibilidade do Capital Investido (RCI) Resultado RCI = Investimento Pode-se considerar como Resultado: Se denominador for activo total, activo económico, então usar RESULTADO OPERACIONAL Se denominador for activo de exploração deve corrigir-se o resultado operacional incluindo só RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Em qualquer dos casos, ROI é: um rácio independente da forma de financiamento pode ser calculado depois de imposto: Resultado *(1- t) RCI = Investimento 117 Rendibilidade do Investimento A Rendibilidade DO Capital Investido é função de: Rendibilidade Bruta das Vendas (MC/Vendas) Efeito dos custos fixos (RO/MC) Rotação dos capitais investidos (Vendas/CT) RO MC RO V R C I = = * * CT V MC CT Rendibilidade Operacional das Vendas (Margem) Rotação dos Capitais Investidos 118

60 Rendibilidade do Investimento Rendibilidade Operacional das Vendas Desempenho acima da média! Rotação dos Capitais Investidos 119 Rendibilidade do Investimento Exemplo: Vendas Custos Variáveis Margem de Contribuição Custos Fixos Resultado Operacional Capital Total Investido RCI = * * = 0,2 20% Rendibilidade Bruta das Vendas Efeito dos Custos Fixos Rendibilidade Operacional das Vendas Rotação dos Capitais Investidos Rendibilidade dos Capitais Totais Investidos

61 Rendibilidade do Capital Próprio Rendibilidade do Capital Próprio (RCP) Resultado Líquido RCP = Capitais Próprios Existem 2 modelos Modelo Multiplicativo Modelos Aditivo Rendibilidade do Capital Próprio Rendibilidade do Capital Próprio (RCP) Modelo Multiplicativo RC CT RAI RL RCP = RCI * * * * RO CP RC RAI Efeito dos Estrutura Encargos Financeiros Financeira Endividamento (IAF Indice de Alavanca Financeira) Peso da Actividade Extraordinária Efeito Fiscal Conclui-se que a rendibilidade do capital próprio depende de 4 grandes área/políticas: Operacional (ROI) Financeira (o peso do financiamento por CA pode ser avaliado comparando ROE com ROI) Extraordinária (tem impacto favorável quando RAI/RC > 1) Fiscal

62 Rendibilidade do Capital Próprio Rendibilidade do Capital Próprio (RCP) Modelo Aditivo CA RAI RL RCP = RCI + * (ROI- j) * * CP RC RAI Estrutura Financeira Diferencial de Rendimento O que é uma política financeira favorável à RCP? É aquela em que no financiamento: j < RCI Modelo Aditivo IAF > 1 Modelo Multiplicativo Peso da Actividade Extraordinária Efeito Fiscal Crescimento Sustentável Análise Qualitativa Taxa de Crescimento da Indústria Quota de Mercado Definição de Estratégias Estratégia de Crescimento - pela curva de experiência - maior rendibilidade do investimento ou por vantagens comparativas (nichos) Estratégia de Carteira de Negócios - diversificação de produtos com base nas fases do ciclo de vida Estratégia Financeira como financiar o crescimento?

63 Crescimento Sustentável Como financiar o crescimento? Aumento de capital social Aumento de empréstimos Redução da distribuição de lucros Qualquer combinação das anteriores Taxa de Crescimento Sustentável é a taxa máxima de crescimento potencial sem alteração da estrutura financeira (análise quantitativa) A empresa consegue sustentar o seu crescimento sem alteração nas condições de gestão financeira? Crescimento Sustentável Pressupõe que: aumento de capital deriva de lucros retidos É função de: Rendibilidade do Capital Próprio (RCP) Taxa de distribuição de lucros (d) Análise do crescimento sustentável pode ser feita integrando o efeito da distruição de dividendos nos modelos de RCP : Modelo Aditivo: g* = RCP * (1- d) Modelo Multiplicativo: Resultado Retido g* = RCP * Resultado Líquido

64 Crescimento Sustentável Crescimento sustentável implica adequar estrutura financeira e distribuição de dividendos à estratégia de crescimento Quando o crescimento cresce acima da capacidade interna de crescimento, há um aumento do endividamento ou um reforço da entrada de capital Maior endividamento torna o crescimento sustentável mais volátil 127

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