Coprodutos e subprodutos agroindustriais na alimentação de bovinos

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Henrique Sales
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2 /9 Algodão (Gossypium hirsutum L. )

3 Rendimento dos produtos derivados do algodão Fonte: Associação nacional dos produtores de algodão (USA, 000). 3/9

4 4/9 Composição dos principais coprodutos e subprodutos do algodão Nutriente Caroço de Farelo de Casca de Resíduo de Algodão Algodão Algodão descaroçador Matéria Seca, % 9,0 9,0 91,0 90,0 Proteína Bruta, % 3,0 46,1 4,1 11,7 NDT, % 95,0 75,0 4,0 46,6 EL m (mcal/kg) 1,08 0,81 0,31 0,38 EL g (mcal/kg) 0,76 0,53 0,07 0,13 Extrato Etéreo, % 17,5 3,1 1,7 Cinzas, % 5,0 7,0,8 11,1

5 5/9 Composição mineral dos principais coprodutos e subprodutos do algodão Nutriente Caroço de Algodão Farelo de Algodão Casca de Algodão Resíduo de descaroçador Cálcio, % 0,16 0,16 0,15 0,90 Fósforo, % 0,75 0,76 0,09 0,0 Potássio, % 1,0 1, 0,87 1,45 Magnésio, % 0,35 0,35 0,14 0,0 Enxofre, % 0,6 0,6 0,09 0,0 Cobre, ppm 54,0 53,9 13,0 67,3 Ferro, ppm 151,0 160,0 131,0 963,0 Manganês, ppm 10,0 1, 119,0 0,3 Sódio, ppm 0,03 0,03 0,0 11,00 Zinco, ppm 37,7 68,0,0 30,3

6 6/9 Processamento do algodão Limpeza: a semente passa por telas para remover material estranho, folhas, caules e sujeira; Retirada do línter: são as fibras curtas, que são retiradas e classificadas por tamanho e composição; Remoção da casca: a casca pode ser comercializada a granel ou misturadas com a farelo de semente; Grão: Passa por mais uma série de peneiras e depois por um conjunto de rolos para remoção do óleo; Extração do óleo: geralmente com hexano. Os flocos desengordurados são torrados e moídos; Formação do farelo de algodão: flocos + resíduos da refinaria. São secos até atingir 1% de umidade, e depois vão para o resfriador, onde serão moídos ou peletizados.

7/9 Caroço de algodão Obtido após a retirada da pluma; Composição depende da proporção de línter (fibras de celulose aderidas ao caroço, depois que a pluma é extraída); Muito palatável e completo,

7 7/9 Caroço de algodão Obtido após a retirada da pluma; Composição depende da proporção de línter (fibras de celulose aderidas ao caroço, depois que a pluma é extraída); Muito palatável e completo, boa alternativa para aumentar a energia das dietas; Limitante: Alto teor de gordura (armazenamento); Introdução gradativa na dieta de animais adultos; Fornecer sem moer ou amassar (fibra efetiva).

8 8/9 Composição do caroço de algodão com e sem línter Nutriente Integral Sem línter Matéria seca % 91,6 90,0 Proteína bruta %,5 5,0 Fibra em detergente ácido % 38,8 6,0 Fibra em detergente neutro % 47, 37,0 Fibra Bruta % 9,5 17, Extrato etéreo % 17,8 3,8 Cinza % 3,8 4,5

9 9/9 Composição mineral do caroço de algodão integral e sem línter Mineral Integral Sem línter Cálcio % 0,14 0,1 Magnésio % 0,35 0,41 Fósforo % 0,56 0,54 Potássio % 1,14 1,18 Sódio % 0,01 0,01 Enxofre % 0, --- Cobre mg/kg 7 11 Ferro mg/kg Manganês mg/kg Zinco mg/kg 33 36

10 10/9 Caroço de algodão e qualidade de carne Uso indiscriminado de caroço de algodão = sabor de fígado, devido oxidação lipídica; Carne Premium = Tolerância Zero. No entanto, as pesquisas indicam que até 15% de inclusão de caroço não prejudica as características sensoriais da carne; Vale adotar a regra de não ultrapassar 7% de fornecimento de gordura proveniente de fontes vegetais.

11/9 Torta de algodão É o resíduo do grão após a extração do óleo; É um ingrediente proteico, usado na dieta de ruminantes desde 1915; Há dois tipos de torta: Gorda: com 5% de

11 11/9 Torta de algodão É o resíduo do grão após a extração do óleo; É um ingrediente proteico, usado na dieta de ruminantes desde 1915; Há dois tipos de torta: Gorda: com 5% de óleo residual; proveniente da prensagem mecânica e contém menor teor de proteína; Magra: menos de % de óleo residual, oriunda da extração por solventes, contém maior teor de proteína.

12 1/9 Composição da torta de algodão Nutriente Teor, % da MS Matéria seca 9,41 Proteína bruta 38,18 Extrato etéreo 15,71 Fibra em detergente neutro 56,4 Fibra em detergente ácido 41,11 Matéria mineral 4,17

Farelo de algodão 13/9 Fonte de proteína na dieta de bovinos de corte; Geralmente é mais barato que o farelo de soja; Tem 40% de PB e bons níveis de fósforo (1,%); Tem as mesmas taxas de degradação

13 Farelo de algodão 13/9 Fonte de proteína na dieta de bovinos de corte; Geralmente é mais barato que o farelo de soja; Tem 40% de PB e bons níveis de fósforo (1,%); Tem as mesmas taxas de degradação do farelo de soja e pode substituí-lo na maioria das dietas, com exceção de bezerros de menos de quatro meses de idade; É um dos alimentos mais importantes como suplemento proteico para vacas (3 kg/ dia).

14 Casca de Algodão 14/9 Pode ser a única fonte de volumoso em dietas alto grão. No entanto, tem custo mais alto que outros volumosos por unidade de energia; É pobre em PB, P e Ca; Altamente palatável: aumenta a aceitabilidade das dietas.

15/9 Fatores antinutricionais - gossipol Pigmentos encontrados em toda a planta, principalmente nas sementes; O caroço e o farelo de algodão são as principais fontes, a casca quase não contém;

15 15/9 Fatores antinutricionais - gossipol Pigmentos encontrados em toda a planta, principalmente nas sementes; O caroço e o farelo de algodão são as principais fontes, a casca quase não contém; Altamente tóxico para monogástricos, e moderadamente tóxico para ruminantes; Intoxicação: anorexia, dispneia, fraqueza, deficiência reprodutiva; edema cardíaco, alterações nos glóbulos vermelhos e morte; Problemas reprodutivos; Recomenda-se adicionar sulfato de ferro, óxido ou hidróxido de cálcio a dietas para ruminantes, pois diminuem a toxidez; A peletização (calor úmido) contribui para diminuir o potencial tóxico.

16 16/9 Fatores antinutricionais - gossipol Tolerância das diferentes categorias de bovinos ao gossipol: Bezerros e cordeiros < de 4 meses: máximo 100mg/kg PV de gossipol livre; Bezerros > 4 meses: até 00 mg/kg PV; Ruminantes jovens: máximo mg/kg PV; Bovinos adultos: até 800 mg/kg PV (efeito cumulativo). De forma geral a pesquisa não recomenda a utilização dos produtos do algodão para touros.

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