UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA HISTERIA E FEMINILIDADE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA HISTERIA E FEMINILIDADE"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Maria Beatriz de Souza Rangel HISTERIA E FEMINILIDADE Rio de Janeiro 2008

2 Maria Beatriz de Souza Rangel HISTERIA E FEMINILIDADE Dissertação apresentada ao Mestrado Profissional em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida como requisito para obtenção do Título de Mestre em Psicanálise. Área de concentração: Psicanálise e Saúde. Linha de pesquisa: Prática Psicanalítica. Orientadora: Gloria Sadala Rio de Janeiro 2008

3 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA SISTEMA DE BIBLIOTECAS Rua Ibituruna, 108 Maracanã Rio de Janeiro RJ Tel.: (21) Fax.: (21) FICHA CATALOGRÁFICA R196h Rangel, Maria Beatriz de Souza 2008 Histeria e feminilidade / Maria Beatriz de Souza Rangel, 102p. ; 30 cm. Dissertação (Mestrado) Universidade Veiga de Almeida, Mestrado Profissional em Psicanálise, Saúde e Sociedade, Rio de Janeiro, Orientação: Glória Sadala 1. Psicanálise. 2. Histeria. 3. Feminilidade. 4. Mulheres e Psicanálise. I. Sadala, Glória. II. Universidade Veiga de Almeida, Mestrado Profissional em Psicanálise, Saúde e Sociedade. III. Título. CDD Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Setorial Tijucal/UVA

4 Maria Beatriz de Souza Rangel HISTERIA E FEMINILIDADE Dissertação apresentada ao Mestrado Profissional em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida como requisito para obtenção do Título de Mestre em Psicanálise. Área de concentração: Psicanálise e Saúde. Linha de pesquisa: Prática Psicanalítica. Aprovada em 20 de Outubro de BANCA EXAMINADORA Gloria Sadala (Doutora/UFRJ) - orientadora Maria Anita Carneiro Ribeiro (Pós-doutora/PUC-Rio) - UVA Malvine Zalcberg (Doutora/PUC-Rio) - UERJ

5 Aos meus pais, minhas irmãs e meus sobrinhos, pelos anos de incentivo e amor. À Glória Sadala, por supervisionar a minha prática clínica e orientar este trabalho aqui apresentado, sempre com tanto cuidado. À minha analista Sara Leibovici. Aos professores neste curso: Maria Anita Carneiro Ribeiro, Vera Pollo Flores e Antonio Quinet pelos ensinamentos. Às companheiras de estudo neste Mestrado. Aos amigos e amigas, que tanto me incentivaram. E especialmente, às minhas pacientes mulheres, que sem elas este trabalho não seria realizado.

6 RESUMO Instigada pela prática clínica com mulheres histéricas em meu consultório particular, desenvolvo esta pesquisa que pretende investigar feminilidade e histeria. Segundo Freud, há um mistério que circunda a mulher, expresso através da pergunta O que quer uma mulher?. São muitas as questões que se colocam frente ao enigma da feminilidade e, dentre elas, destacamos aquelas relacionadas às dificuldades da mulher histérica em seu acesso à feminilidade. Nesta pesquisa, privilegiamos as formulações freudianas e lacanianas a respeito da sexualidade feminina e da histeria. Concluímos que a histeria é uma resistência à posição feminina, posição esta na qual a mulher suporta ser objeto, reconhecendo a castração. A histérica se furta deste lugar, pois não suporta a sua castração. Por isso ela aponta no Outro a castração. Palavras-chave: feminilidade, histeria, psicanálise.

7 ABSTRACT The practice with hysterical women in my office has led me to develop this research so as to investigate femininity and hysteria. According to Freud, there is a mystery that surrounds women, as he pointed out thorough the question: "What does a woman want?. In order to carry on with this research we have decided to follow Freud s and Lacan s theories as regards the feminine sexuality and hysteria. We know that there are many questions which are posed before the enigma of femininity, especially the ones concerning the difficulties hysterical women have in dealing with their own access to femininity itself. That being so, we have come to the conclusion that hysteria is a resistance to the feminine position once this would mean that the woman should be able to bear to be the object, and, consequently, should also be able to recognize her own castration. However, the hysterical woman does not bear such a position once she cannot bear her own castration and that is why she denounces it in the Other. Keywords: femininity, hysteria, psychoanalysis

8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO, p CAMINHOS DA FEMINILIDADE, p O QUE FREUD NOS DIZ SOBRE A FEMINILIDADE?, p A FEMINILIDADE NO ENSINO LACANIANO, p SOBRE O GOZO DA MULHER, p A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO MÃE-FILHA PARA A MULHER, p A MULHER E SUAS MÁSCARAS, p UMA BREVE PASSAGEM PELAS CONTRIBUIÇÕES DE ALGUNS AUTORES AO DESENVOLVIMENTO SEXUAL DA MULHER NOS ANOS 20, p A MASCARADA FEMININA, p A FALTA DO SIGNIFICANTE FALA NA CLÍNICA DA MULHER, p HISTERIA, p UMA ABORDAGEM HISTÓRICA: ANTECEDENTES DA PSICANÁLISE, p DE CHARCOT A FREUD, p NASCEDOURO DA PSICANÁLISE: FREUD E SEUS ESTUDOS SOBRE A HISTERIA, p COM LACAN, p HISTERIA E FEMINILIDADE, p CLÍNICA DIFERENCIAL: A HISTÉRICA E A MULHER, p A PSICANÁLISE, O INCONSCIENTE, A LINGUAGEM E O SONHO, p A BELA AÇOUGUEIRA, p POSIÇÃO HISTÉRICA E POSIÇÃO FEMININA, p POR FIM... O CASO DORA, p CONSIDERAÇÕES FINAIS, p. 97 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p. 101 APÊNDICE, p. 106

9 1. INTRODUÇÃO O interesse sobre o assunto a ser trabalhado no Mestrado Profissional em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida surgiu da prática clínica exercida especialmente com mulheres e também dos estudos teóricos realizados na graduação, na Especialização e nas Formações Clínicas do Campo Lacaniano - Rio. O tema a ser pesquisado, Histeria e Feminilidade, teve seu início no Curso de Especialização em Psicanálise da Universidade Santa Úrsula, quando foi desenvolvido como trabalho final: A relação mãe e filha e suas vicissitudes. Nessa época, chamou atenção no discurso de pacientes algo em comum: a presença, a princípio velada, da mãe e uma hostilidade direcionada a esta. Queixas relacionadas aos maridos, namorados, pai, amantes, colegas, sogras, encobriam, de uma forma geral, resquícios da relação com a mãe. Cada vez mais ficava clara a importância de se investigar a relação primária dessas pacientes com a figura materna. O que é ser uma mulher? Essa é a questão sobre a feminilidade, que representa o mistério que circunda a mulher. A mulher busca, através do olhar de um homem, da relação com a mãe e as outras mulheres, a chave do enigma. Em suas queixas encontram-se sentimentos de inferioridade e de injustiça. A necessidade de ser amada aparece como conseqüência de seu sofrimento. Daí resultam suas indagações: O que é ser mulher para um homem? O que é uma mulher na fantasia de um homem? De um modo geral, a mulher busca no parceiro algo que preencha a sua falta, o seu vazio.

10 Muitas vezes, a busca da mulher pela análise ocorre devido ao fracasso em uma relação amorosa. Sua angústia é de se perder, de não ser amada. Sua infinita demanda de amor existe com o objetivo de sanar o desamparo, a falta de algo que a represente. Cada mulher deve, portanto, encontrar uma saída para a problemática da falta de um significante do sexo feminino. Isso constitui a dor de existir própria da mulher. Ao criar a psicanálise, Freud dá lugar à fala de mulheres que denunciavam algo além da sintomatologia orgânica. Ele aprende com as histéricas e percebe que suas queixas representam no corpo aquilo que é impossível de dizer. Durante seu percurso, Freud percebe que todas as mulheres possuem uma queixa em comum, um ponto de apoio que as permita reconhecer seus desejos: o que é uma mulher? Ele se cala diante da tarefa de responder essa questão. A feminilidade é definida como uma conquista a ser realizada pela menina: tornar se mulher. Eis o cerne da questão freudiana sobre a feminilidade. Esta é vista por Freud como um enigma. Ele se refere à mulher como um continente negro e numa aproximação do feminino com a poesia, deposita nos poetas a esperança de saber mais a respeito da mulher. Freud, entre suas descobertas, afirma, em 1932, que o vínculo inicial da menina com a mãe (relação pré edípica) está especialmente relacionada à etiologia da histeria. Nesse mesmo texto Freud tenta responder o que ele chama de enigma da mulher. Já Lacan, nos anos 70, chama esse enigma de enigma do gozo feminino. Freud aborda em 1932 de forma indireta a questão do gozo. Sua

11 hipótese é a de que a questão feminina passa pelo falo. Entretanto, Lacan pensa que a mulher tem algo mais para além do falo: um gozo enigmático. Não tendo o falo, a mulher se faz de falo e se oferece para ser amada por um homem. Para Freud, a castração é um obstáculo com o qual a mulher se depara. Para Lacan a castração aponta para um mais além de si mesma. Toda a obra freudiana é atravessada pelo mistério do desejo feminino. Freud, ao fazer uma equivalência entre tornar se mulher e tornar se mãe, interrompe sua elaboração teórica a respeito da feminilidade. O ensino de Lacan vem sugerir um novo modo de abordar a questão do desejo feminino. O desejo feminino não é obturado pelo desejo de filho como no texto freudiano. Lacan possibilita ampliar a questão da sexualidade feminina, trabalhando a partir da dialética do amor, do desejo e do gozo. A histérica provoca o desejo no Outro para sustentar seu desejo insatisfeito, recusa para manter-se em falta, como veremos no caso da Bela Açougueira. Ela cria um desejo não realizado pedindo a seu marido que a prive daquilo que mais gosta: o caviar, seu prato predileto. A inteligente paciente desafia a teoria de Freud de que o sonho é a realização de desejo ao afirmar que seus desejos não foram realizados. A mulher histérica procura um mestre que queira saber sobre seu mistério, mas, acaba por castrar o mestre de seu saber mostrando-o impotente para dar conta dela. Colocar-se como objeto de desejo na fantasia de um homem lhe é difícil. Ela se furta deste lugar de objeto, não tolera a posição feminina. Com este estudo pretende-se investigar, especialmente, a histeria e o caminho da feminilidade. Supõe-se uma peculiaridade na neurose histérica no

12 caminho em direção à feminilidade. Sugere-se aqui algumas questões: Como podemos articular a estratégia da neurose histérica frente ao desejo com a recusa da feminilidade? O que provoca a dificuldade de acesso à feminilidade na histeria? Por que a histeria presta-se a confusão com a feminilidade? Escolhemos, então, estudar em Freud e Lacan suas contribuições sobre a feminilidade, e pensar a questão da neurose histérica colocada por Freud como uma das saídas frente à castração. A relevância desta pesquisa consiste na possibilidade de fornecer subsídios para profissionais que trabalhem com mulheres na área da ginecologia, obstetrícia, psicologia, psicanálise, entre outros. Com o resultado deste trabalho pretendemos contribuir para elaboração de Programas dirigidos à mulher em instituições, postos de saúde e clínicas, além de permitir que a prática clínica psicanalítica com mulheres histéricas se desenvolva. Propõe-se também a criação de um curso para psicólogos e médicos onde trabalharemos a clínica diferencial. O objetivo deste é esclarecer a confusão clínica concernida à histeria expondo o que é da ordem da neurose histérica e o que é da ordem da mulher.

13 2. CAMINHOS DA FEMINILIDADE 2.1 O QUE FREUD NOS DIZ SOBRE A FEMINILIDADE? Através da história, as pessoas têm quebrado a cabeça com o enigma da natureza da feminilidade. (FREUD, (1933[1932]), 1996, p. 114) Falar em feminilidade é falar de uma conquista realizada pela menina, de um tornar se mulher, visto que ela, menina, não nasce como tal. É preciso percorrer um caminho para que possa escolher ou não o caminho da feminilidade. Veremos que Freud credita à mulher uma natureza pulsional passiva que encontraria na maternidade a melhor solução para a inveja do pênis. O que é a mulher? Essa questão se coloca para todo sujeito, porque todos, um dia, se defrontaram com uma mulher e seu desejo. Portanto, para a clínica psicanalítica, o tema da feminilidade é da maior importância, impulsionando nos a efetuar uma investigação teórica. Acompanhando a evolução dos fundamentos de Freud sobre a sexualidade, assim como a construção do conceito do complexo de Édipo na obra freudiana, verificamos, simultaneamente, as sucessivas aproximações de Freud a respeito da feminilidade. No texto Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905), Freud, na segunda parte deste trabalho intitulado a sexualidade infantil, aborda o descaso para com a sexualidade da criança. As atividades sexuais precoces em crianças pequenas são citadas por outros autores, segundo Freud, como fazendo parte de processos excepcionais; não há o reconhecimento da pulsão sexual na infância. Freud, a partir de suas investigações nos adultos faz

14 afirmações sobre as manifestações sexuais da infância. A sexualidade não começa na puberdade, mas sim é despertada muito cedo após o nascimento. Ele destaca a idéia de uma perversidade polimorfa da criança, instituída na própria base da sexualidade dita normal. A sexualidade da criança é desta maneira necessariamente perversa. A mesma disposição polimorfa encontrada na criança é também vista nas prostitutas no exercício de sua profissão. (FREUD, (1905), 1996, p. 180). Na reflexão freudiana de 1905: [...] a sexualidade perversa é, [...], menos uma marginalização do processo sexual que o próprio fundamento da sexualidade normal como disposição inevitável no desenvolvimento psicossexual de todo sujeito. (KAUFMANN, 1996, p. 416). A criança quando pequena é desprovida de vergonha, asco e possui satisfação em desnudar seu corpo, dando ênfase às partes sexuais. Há a curiosidade de ver a genitália de outras pessoas. As crianças atraídas, geralmente pela masturbação, costumam desenvolver um forte interesse pelos genitais de seus colegas. Em 1908, Freud escreve sobre as teorias sexuais infantis. A primeira delas surge do não conhecimento das diferenças entre os sexos. A criança pequena não faz uma articulação direta entre diferença sexual anatômica e gênero. A todos, incluindo as mulheres, é atribuído a posse de um pênis. Uma outra teoria gira em torno do nascimento, a origem dos bebês. A ignorância da existência da vagina permite que a criança acredite que se o bebê se desenvolve no corpo da mãe, ele só pode ser retirado através da passagem anal. Ele será expelido como excremento em uma evacuação. A terceira das teorias sexuais surge quando a criança testemunha a

15 relação sexual entre os pais. Ela encara a relação sexual como um ato violento imposto pelo participante mais forte (o pai) ao mais fraco (a mãe), adotando o que poderia chamar de uma concepção sádica do coito. Segundo Freud, se a criança se deparar com as manchas de sangue na cama dos pais, ela irá considerar o fato como uma confirmação de sua concepção. Isso servirá como prova de que o pai agrediu a mãe. Diante de tal conexão podemos explicar o grande horror ao sangue dos neuróticos. Em 1923, Freud volta a abordar a teoria da sexualidade e escreve que a principal característica da organização genital infantil está no fato de que, tanto para o menino quanto para menina, apenas um órgão genital é considerado, e esse é o masculino. É em torno do modelo masculino que Freud elabora primeiramente sua teoria da sexualidade. A primazia do falo, e não dos órgãos genitais, é que está presente. Dando continuidade a elaboração dessa pesquisa, a criança passa da crença da universalidade do pênis para a descoberta de que... o pênis não é uma possessão, comum a todas as criaturas que a ela se assemelham. (FREUD, (1923), 1996, p. 159). A falta é considerada como conseqüência da castração. Assim, a criança se depara com um trabalho psíquico a ser feito em relação à castração. É justamente a teoria da castração que leva Freud a romper com a simetria entre o Édipo do menino e o da menina. Freud, ao articular o complexo de Édipo com o de castração, coloca este primeiro na dimensão de conceito fundador, conceito que organiza o ser humano em torno das diferenças dos sexos. Segundo Kaufmann, o complexo de castração possibilita o acesso à

16 cultura pela submissão e a identificação com o pai portador da lei que regula o jogo de desejo ao produzir a interiorização da interdição oposta aos dois desejos edipianos: o incesto materno e o assassinato do pai. (KAUFMANN, 1996, p. 135). Todo ser humano se encontra diante da tarefa de superar o complexo de Édipo. Este, como fenômeno central do período sexual da primeira infância, nos revela sua importância. Podemos considerar a questão do Édipo como um conceito fundamental da teoria freudiana, como o momento decisivo quando culmina a sexualidade infantil. O fato do complexo de Édipo ser construído em torno do conceito de castração e da figura paterna nos leva ao enigma do feminino. A feminilidade é vista por Freud como um obstáculo para psicanálise, um continente negro. Freud, em seu artigo A dissolução do Complexo de Édipo de 1924, enfatiza o curso diferente tomado pelo desenvolvimento da sexualidade em meninos e meninas. A partir da observação analítica, Freud inicialmente focaliza o desenvolvimento sexual do menino e questiona: Como se realiza o desenvolvimento correspondente nas meninas? (FREUD, (1924), 1996, p. 197). Inicialmente, o clitóris para a menina é visto como um pênis. Porém, quando ela o compara com o órgão sexual do menino, percebe que se saiu mal, ou seja, sente como uma injustiça feita a ela, justificativa para sua inferioridade. Seu consolo está na expectativa de um dia ainda possuir um órgão tão grande quanto o do menino. A menina não compreende a ausência do pênis como sendo um caráter sexual. Pensa que anteriormente possuíra um órgão também grande e

17 perdera o por castração: Dá se assim a diferença essencial de que a menina aceita a castração como um fato consumado, ao passo que o menino teme a possibilidade de sua ocorrência. (FREUD, (1924), 1996, p. 198). Constatamos que o complexo de castração se dá na menina de maneira diferente. Há indicação de uma particularidade na constituição do supereu, já que o temor da castração não é aplicável no caso dela. Além disso, a castração fica sendo representada na mulher como o medo da perda de amor, ou seja, a ameaça está no medo de não ser amada. Freud, em 1914, escreve: Sua necessidade não se acha na direção de amar, mas de ser amada. (FREUD, (1914), 1996, p. 95). Neste mesmo artigo de 1914 intitulado Sobre o narcisismo: uma introdução, Freud faz uma comparação entre os sexos masculino e feminino e indica que entre eles há uma diferença referente ao tipo de escolha objetal, sublinhando que tal diferença naturalmente não é universal. Ao homem é reservado o amor objetal do tipo de ligação ou analítico. Tal escolha está referenciada ao Édipo. O homem exibe uma supervalorização sexual que tem sua origem no narcisismo original da criança. Quanto ao sexo feminino, a ele está reservado um tipo de escolha objetal que deve ser denominado narcisista. As mulheres, especialmente aquelas que são belas, desenvolvem um certo autocontentamento que faz compensar as restrições que lhes são impostas pela sociedade. Estas amam somente a si mesmas. Como já dissemos, elas querem é ser amadas. Nessa posição recuperam o que de seu narcisismo se escoou pela posição de amante. Amar em si, na medida em que envolva anelo e privação, reduz a auto-estima, ao passo que ser amado, ser correspondido no amor, e possuir o

18 objeto amado, eleva-a mais uma vez. (FREUD, (1914), 1996, p. 106). Segundo Freud, tais mulheres exercem o fascínio sobre os homens, não só por causa da bela estética, mas também por uma questão de combinação; o sujeito narcísico atrai aqueles que renunciam parte de seu próprio narcisismo em busca do amor objetal. No menino, a ameaça de castração é vista como um poderoso motivo para o estabelecimento de um supereu rígido. A menina, por sua vez, encontra a castração não pelo viés de uma ameaça que não lhe diz respeito e sim pela comparação de seu sexo com o dos meninos e, conseqüentemente, possui um supereu, podemos considerar, mais flexível, demonstrando ser, segundo Freud, mais influenciada pelos sentimentos de afeição. Entendemos então que as mulheres estariam mais sujeitas ao desejo de serem amadas: já que não tenho (o pênis), então me ame. O apelo ao amor pode ser interpretado como conseqüente do medo de perder-se de si própria. Pode se até pensar, de início, que o complexo de Édipo na menina é mais simples que no menino, por implicar em assumir o lugar da mãe e ter o pai como objeto de amor. Entretanto, seguindo o desenvolvimento acerca da feminilidade vemos que não foi essa a conclusão de Freud. Segundo Freud, a menina passa a desejar receber do pai um bebê como presente. Tal formulação é possível graças a equivalência entre falo e bebê. O desejo de um filho corresponde, portanto, ao desejo de possuir o falo. O desejo de possuir um pênis e um filho ficam catexizados no inconsciente, dando uma diretriz no trajeto da feminilidade pela via da maternidade. Em Algumas Conseqüências Psíquicas da Distinção Anatômica entre os Sexos (1925), Freud destaca a importância do período mais remoto da infância

19 nas análises dos neuróticos. Ele escreve que somente podemos avaliar as forças que levaram o sujeito à neurose, a partir do exame das primeiras manifestações da constituição do sujeito e os efeitos de suas primeiras experiências. Nesse artigo ele questiona como a menina abandona a mãe, seu objeto original, e toma o pai como seu novo objeto de amor. Investigando a partir dessa idéia, Freud chega à formulação da conhecida relação pré edípica. No caso da menina é a relação que corresponde à pré história do Édipo. Freud, insatisfeito com sua teoria, irá, neste artigo de 1925, apresentar uma nova descrição de Édipo feminino, ou seja, propor uma nova teoria sobre a sexualidade feminina, não mais calcada no modelo masculino. Ele amplia e modifica sua concepção acerca do complexo de Édipo feminino. É observado que na menina o complexo de Édipo possui uma longa pré história e o confronto com a castração é determinante na constituição edipiana. Já nos meninos, o declínio do complexo de Édipo se inicia a partir do complexo de castração. A menina, ao fazer a descoberta do pênis em relação ao sexo oposto, o identifica como algo superior ao seu pequeno órgão. Ao perceber isto, torna se presente na menina a inveja do pênis. O desejo do pênis proporciona, na evolução da sexualidade feminina, muitas conseqüências. Entre elas encontramos o afrouxamento da relação afetuosa da menina com mãe. A mãe é a responsável pela falta do pênis. Outro efeito é a intensa corrente de sentimentos contra a masturbação clitoriana. Segundo Freud: [...] seu sentimento narcísico de humilhação ligado à inveja do pênis, [...] é um ponto no qual ela não pode competir com os meninos, e que

20 assim seria melhor para ela abandonar a idéia de fazê lo. (FREUD, (1925), 1996, p. 284). Um outro deslocamento realizado pela menina com o objetivo de seu ingresso no complexo edípico trata se de um deslizamento para uma nova posição ao longo da linha da equação pênis criança. A menina, então, transfere o desejo de um pênis para o desejo de um filho, tomando o pai como objeto de amor e a mãe como objeto de seu ciúme. Temos assim duas tarefas que a menina vê se obrigada a cumprir na realização do seu complexo edípico: troca da zona erógena (do clitóris para vagina) e do objeto de amor (da mãe para o pai). Em 1931, em artigo intitulado A Sexualidade Feminina, Freud amplia alguns aspectos das descobertas enunciadas seis anos antes. Ele irá expor a importância da fase pré edípica nas mulheres. Entre suas descobertas, esta fase está especialmente relacionada à etiologia da histeria: [...] o que não é de surpreender quando refletimos que tanto a fase quanto a neurose são caracteristicamente femininas, e, ademais, que nessa dependência da mãe encontramos o germe da paranóia posterior nas mulheres, pois esse germe parece ser o surpreendente, embora regular, temor de ser morta (devorada?) pela mãe. É plausível presumir que esse temor corresponde a uma hostilidade que se desenvolve na criança, em relação à mãe, em conseqüência das múltiplas restrições impostas por esta no decorrer do treinamento e do cuidado corporal, e que o mecanismo de proteção é favorável pela idade precoce da organização psíquica da criança. (FREUD, (1931), 1996, p. 235). Segundo Freud, para a menina, são apresentados três caminhos em função da sua situação em relação à castração. No primeiro, a menina, assustada pela comparação com os meninos e insatisfeita com seu clitóris, abre mão de sua atividade fálica, de sua sexualidade em geral. Esta via a conduz a inibição sexual, ou à neurose. Já no segundo caminho, ela possui a esperança de conseguir um pênis. O complexo de masculinidade nas mulheres

21 poderá levá las a uma escolha de objeto homossexual manifesta. A terceira possibilidade consiste no caminho da maternidade, no qual o pai é tomado como objeto, alcançando o complexo de Édipo feminino, ou seja, a conduz à feminilidade. Freud, baseando se na importância da fase de ligação exclusiva à mãe, afirmará que muitos fenômenos da vida sexual feminina podem ser explicados a partir dessa fase: [...] observamos que muitas mulheres que escolheram o marido conforme o modelo do pai, ou o colocaram em lugar do pai, não obstante repetem para ele, em sua vida conjugal, seus maus relacionamentos com as mães. O marido de tal mulher destinava se a ser o herdeiro de seu relacionamento com o pai, mas, na realidade, tornou se o herdeiro do relacionamento dela com a mãe. (FREUD, (1931), 1996, p. 239). Da mesma forma em que a construção da ligação com o pai foi realizada a partir do relacionamento original da menina com a mãe, no casamento esse relacionamento poderá emergir, visto que o conteúdo principal de seu desenvolvimento para o estado de mulher está situado na transferência de suas ligações objetais afetivas da mãe para o pai. A proibição da masturbação faz com que a menina se afaste da mãe, entretanto também torna se motivo para que ela se revolte contra a pessoa que a proíbe, ou seja, a própria mãe. Da mesma maneira em que o ressentimento da menina, pelo fato de ser impedida de uma atividade sexual livre, é o grande causador do desligamento da mãe, mais tarde, após a puberdade, esse ressentimento entrará em funcionamento quando a mãe assumir seu papel de guardiã da filha. Diante da insuficiência dos vários motivos fornecidos por Freud para justificar o afastamento da mãe e a hostilidade final da menina, ele irá propor que a ligação à mãe está destinada a ser semelhante aos primeiros

22 casamentos de mulheres jovens, considerando seu lugar de primeira relação amorosa assim como a intensidade de tal relação. Diz Freud: [...] ela falhou em fornecer à menina o único ou órgão genital correto, que não a amamentou o suficiente, que a compeliu a partilhar o amor da mãe com outros, que nunca atendeu às expectativas de amor da menina e, finalmente, que primeiro despertou a sua atividade sexual e depois a proibiu [...]. (FREUD, (1931), 1996, p. 242). A ambivalência é claramente observada nas primeiras fases da vida erótica. Assim podemos concluir que os sentimentos de amor e ódio também existem na intensa ligação da menina com a mãe. Os objetivos sexuais da menina são tanto ativos quanto passivos em relação à mãe. Há uma oscilação entre passividade e atividade que ocorre de forma diferente em cada criança. Podemos concluir que o comportamento de uma criança dependerá da intensidade de masculinidade e feminilidade que ela apresenta em sua sexualidade. Quando nos referimos ao par passividade atividade podemos tomar como ilustração o brincar, tal como Freud o fez em seu artigo Mais além do princípio do prazer de É observado que a criança tende a produzir uma reação ativa quando recebe uma impressão passiva. O brinquedo utilizado tem a função de contribuir para elaborar uma experiência passiva através de um comportamento ativo. Do mesmo modo que o médico a examina, essa criança irá brincar de ser médico, enquanto seu irmão menor será o alvo indefeso. Há uma reação contra a passividade e, conseqüentemente, uma preferência pelo papel ativo. As primeiras experiências sexuais da criança com a mãe são passivas. Ela é amamentada, limpa, ensinada. Parte de sua libido mantém se ligada a essas experiências e outra tenta transformar se em atividade. A preferência da

23 menina por brincar de boneca é vista como um lado ativo da feminilidade, é a prova de sua ligação exclusiva à mãe. Freud observou em suas pacientes que aquelas que demonstravam uma intensa ligação com a mãe costumavam apresentar maior resistência e reagiam com medo e gritos de raiva quando suas mães aplicavam lavagens retais. Uma observação feita por Ruth Mack Brunswick o fez compreender o motivo de tal comportamento. Esta compara este sentimento de raiva com o orgasmo que se segue à excitação genital: A ansiedade acompanhante, pensava ela, deveria ser interpretada como uma transformação do desejo de agressão que fora despertado. (FREUD, (1931), 1996, p. 246). Em relação aos impulsos passivos da fase fálica, Freud escreve que é comum às meninas acusarem suas mães de seduzi las; visto que suas primeiras sensações genitais ocorrem quando estão sendo limpas pela mãe ou babá. Para ele, isto poderá justificar o fato de, posteriormente, nas fantasias o pai aparecer como o sedutor sexual. Segundo Freud, o afastamento da mãe é um passo bastante importante no desenvolvimento da menina, ultrapassa uma simples mudança de objeto. Observa se uma grande diminuição dos impulsos sexuais ativos e um aumento dos impulsos passivos. As frustrações afetam intensamente as tendências ativas. Com esse afastamento, a masturbação clitoriana, na maioria das vezes, cessa, e boa parte de suas tendências sexuais fica danificada quando a menina reprime sua masculinidade prévia. As tendências passivas auxiliam a transição para o objeto paterno. Como Freud, afirmamos que: O caminho para o desenvolvimento da feminilidade está agora aberto à menina, até onde não se ache restrito pelos remanescentes da ligação pré edípica à mãe, ligação

24 que superou. (FREUD, (1931), 1996, p. 247). Freud, depois de um ano, retorna ao tema da sexualidade feminina em seu último trabalho sobre o assunto na conferência A Feminilidade. Esse texto baseia se principalmente em dois artigos anteriores: um de 1925 Algumas Conseqüências Psíquicas da Distinção Anatômica entre os Sexos e outro de 1931 Sexualidade Feminina. Freud, diante da dificuldade de encontrar uma significação psicológica para masculino e feminino, afirma a incapacidade da psicologia para solucionar o enigma da feminilidade. Ele relata: [...] a psicanálise não tenta descrever o que é a mulher..., mas se empenha em indagar como é que a mulher se forma, como a mulher se desenvolve desde a criança dotada de disposição bissexual. (FREUD, (1933[1932]), 1996, p. 117). Nesse texto, Freud revê a equivalência proposta por ele anteriormente entre: feminino = passivo e masculino = ativo, e passa a examinar o complexo de Édipo e o de castração. Freud, ao comparar o desenvolvimento de uma menina em mulher com o que ocorre com os meninos, observa que aquele é mais difícil e complexo, ao contrário do que pensava em 1924, pois inclui justamente duas tarefas extras. Aqui ele retoma as duas tarefas que a mulher tem que realizar no decorrer do seu desenvolvimento: mudança de zona erógena e de objeto, ao contrário do menino que mantém ambos. Freud, no trabalho analítico, encontra algumas características psíquicas da feminilidade. É atribuída à feminilidade maior quantidade de narcisismo. Isso tem influência na escolha objetal da mulher, pois para ela ser amada é mais necessário que amar. A inveja do pênis produz efeitos, visto que a mulher

25 tende a valorizar seus encantos como forma de compensar a sua inferioridade sexual original. pré edípica: Freud, no final do artigo de 1932, volta a abordar a importância da fase A hostilidade que ficou para trás segue na trilha da vinculação positiva e se alastra ao novo objeto. O marido da mulher, inicialmente herdado, por ela, do pai, após algum tempo se torna também herdeiro da mãe. Assim, facilmente pode acontecer que a segunda metade da vida da mulher venha ser preenchida pela luta contra seu marido, do mesmo modo como a primeira metade, mais breve, fora preenchida pela rebelião contra a mãe. (FREUD, (1933[1932]), 1996, p. 132). Ele finaliza seu trabalho sobre a Feminilidade expondo duas camadas distinguidas a partir da identificação de uma mulher com sua mãe. Primeiro vem a pré edípica, onde se apóia a vinculação afetuosa com a mãe, sendo esta tomada como modelo. Já a camada a seguir surge do complexo de Édipo, e nesta a menina procura eliminar a mãe e tomar seu lugar junto ao pai. Acrescenta ainda que tanto a camada pré edípica quanto a edípica subsistem no futuro e nenhuma das duas é adequadamente superada. Freud então conclui que a fase de ligação afetuosa pré edípica é importante para a aquisição das características que exercerão mais tarde o papel na função sexual e nas suas tarefas sociais. Freud escreve, no final dessa conferência, ter sido incompleto ao abordar a feminilidade e sugere que recorramos aos poetas em busca de respostas. Como, muito bem, nos diz Dunker: A feminilidade é uma questão que resiste a se inscrever sob forma de um saber. (DUNKER apud PRATES, 2001, p. 9). Como vimos, as formulações de Freud acerca da construção da sexualidade feminina acabaram por possuir um caráter enigmático. Se desejarem saber mais a respeito da feminilidade, indaguem da

26 própria experiência de vida dos senhores, ou consultem os poetas, ou aguardem até que a ciência possa dar-lhes informações mais profundas e mais coerentes. (FREUD, (1933[1932]), 1996, p. 134). 2.2 A FEMINILIDADE NO ENSINO LACANIANO A relação pré-edípica constitui-se como a referência freudiana, por excelência, nas formulações sobre a feminilidade. Para Lacan, é a lógica do não todo que permite ampliar a análise da feminilidade, em seus aspectos específicos que englobam o gozo suplementar e a dialética entre ser e ter. Freud propõe uma partilha dos sexos a partir do falo - ter ou não ter o falo - e coloca o desejo feminino como o desejo de ter um filho, fazendo equivaler, portanto, a mãe à mulher como vimos no item anterior (2.1). O ensino de Lacan tem como proposta dar continuidade ao texto freudiano e nos apresenta algumas contribuições importantes sobre o enigma da sexualidade. A mãe, modelo de mulher para Freud, deixa de sê-lo na ótica de Lacan. Ele expõe que, em vez de investigarmos a questão freudiana do que quer a mulher, indaguemos o que quer uma mulher. Ele nos diz: Agora, o outro lado. O que eu abordo este ano é o que Freud deixou expressamente de lado, o Was will das Weib? O que quer uma mulher? (LACAN, ( ), 1985, p. 108). Lacan, portanto, vai além do ponto deixado por Freud. A mulher lacaniana depara se com a questão de ser o falo, justamente por não tê lo. É pelo que ela não é que ela pretende ser desejada ao mesmo tempo que amada. Mas ela encontra o significante de seu próprio desejo no corpo daquele a quem sua demanda de amor é endereçada. (LACAN, (1958), 1998, p. 701). É preciso ocupar o lugar de ser o falo para se tornar objeto causa de desejo. Para isso, ela na posição feminina terá que rejeitar uma parcela essencial da

27 feminilidade, se apresentar com o sinal de menos, como objeto a na relação com o homem. Enfim, estar marcada pela castração, castração esta que a histérica não suporta e por isso se esquiva da posição feminina. Trabalharemos mais essa questão no capítulo 5, quando articularemos a histeria e a feminilidade. Soler (2005), ao tratar do livro de Léon Bloy La femme pauvre, escreve que a verdadeira mulher só existe sob a condição de existir sem pão, sem pouso, sem amigos, sem marido e sem filhos, (BLOY apud SOLER, 2005, p. 22), de outra maneira, ela envolve algo que se articula ao sacrifício do ter, quando tem consentido com a modalidade própria da sua castração. A verdadeira mulher só existe de verdade quando se apresenta como menos, com o sinal de menos, como escrito acima, rejeitando nomeadamente todos os seus atributos na mascarada. (LACAN, (1958), 1998, p. 701). Lacan formula a respeito da verdadeira mulher ao separar a condição de mulher da de mãe. A seu ver, a verdadeira mulher é aquela que escolhe ser mais mulher do que mãe, ou melhor, é aquela que coloca em segundo plano sua condição materna. Carneiro Ribeiro em seu artigo Ela anda em beleza, como a noite ressalta: Lacan nos diz que a verdadeira mulher só está presente no ato [...] quando cai fora do significante, lançando-se neste espaço indeterminado em que o sujeito é abolido. (CARNEIRO RIBEIRO, 1995, p. 97). Lacan convoca a figura de Medéia para abordar a verdadeira mulher. Essa é uma das figuras míticas dos grandes romances que sacrifica tudo para obter o amor de um homem. A personagem não tem dúvida ao sacrificar a vida de seus filhos com o intuito de atingir Jasão, o qual a abandonara como mulher. Mais nada, além do amor de Jasão, interessa Medéia.

28 Ser o falo é uma invenção lacaniana que amplia a questão da sexualidade feminina trabalhando-a a partir da dialética do amor, do desejo e do gozo. O que é o falo? Lacan, em A significação do falo ((1958), 1998, p. 693) 1, aponta que para a mulher a relação ao falo é especialmente difícil espinhosa - levando em conta que a menina se considera, nem que seja por um momento, castrada, privada de falo. Escreve também que o falo é um significante, significante do desejo do Outro, ou seja, é o nome do desejo e, portanto, pronunciável. (FINK, 1998, p. 129). Tendo em vista que o desejo sempre está relacionado com a falta, dizemos então que o falo é um significante da falta, da perda primordial à qual a castração está referida. A visão dos órgãos genitais do outro sexo dá início ao complexo de castração para menina. (ver página 14, item 2.1). A menina ao se deparar com tal diferença sucumbe à inveja do pênis (Penisneid), o que Lacan chama de a nostalgia da falta-a-ser, de algo que nunca tivera. A partir da operação da metáfora paterna, o falo, enquanto significante da falta e, portanto do desejo, se inscreve no Outro. Nessa operação, o Nomedo-Pai deve substituir o desejo da mãe. A função paterna sustenta a lei do desejo para o sujeito. É o pai quem garante uma relação simbólica com o desejo, ou seja, é a referência de um pai que barra o Outro primordialmente materno. Como a mãe é o primeiro objeto de investimento sexual da criança, o sujeito só pode buscar investimentos externos ao âmbito familiar a partir da interdição do Nome-do-Pai que barra o desejo materno. Ao contrário de Freud, Lacan acredita que a castração indica para um 1 Conferência proferida em 9 de Maio de 1958 em Munique.

29 mais além dela própria. O falo não é uma fantasia, um objeto e nem tão pouco um órgão (LACAN, (1958), 1998, p. 696). Quanto à função do falo, Lacan nos diz que o falo é um significante que determina como se constituem as relações entre os sexos. Essas relações irão girar em torno de um ser e de um ter, que por estarem remetidas a um significante, o falo, têm como efeito dar realidade ao sujeito e tornar impossíveis as relações sexuais: devido a intervenção de um parecer que substitui o ter, para, de um lado, protegê-lo e, de outro mascarar sua falta no outro,.... (LACAN, (1958), 1998, p. 701). Pela via do significante, a relação sexual é uma relação de fazer semblante, na qual a mulher está no registro do ser e o homem no do ter. Este último, na verdade, não é possuidor do falo. Ele possui um pênis que é investido de valor fálico. A relação com o falo irá desempenhar um papel para o homem e para a mulher a partir do reconhecimento da castração da mãe. Então, enquanto o homem faz máscara de ter para proteger o que possui, a mulher faz máscara de ser para encobrir o que não tem, fazendo-se assim de falo. Como já dissemos, é exatamente pelo que ela não é que a mulher deseja ser desejada e amada. Em Diretrizes para um Congresso sobre a sexualidade feminina (1958) 2, Lacan nos sugere que, na partilha dos sexos, o homem possui a forma fetichista de amor e a mulher a forma erotomaníaca; e nos afirma que um homem serve... de conector para que a mulher se torne esse Outro para ela mesma, como o é para ele. (LACAN, (1958), 1998, p. 741). Quinet em 1995 nos esclarece essa afirmativa, a partir da lógica do não-todo, ao responder que: 2 Congresso que teve sob o nome de Colóquio Internacional de Psicanálise de 5 a 9 de Setembro de 1960 em Amsterdam.

30 A mulher utiliza o homem como traço distintivo da função fálica [...] por um lado, ela é igual ao homem podendo se espelhar nele a partir deste traço distintivo do falo inserindo-se na ordem fálica; por outro lado, tem algo totalmente diferente, para-além do falo. Essa divisão a constitui como um Outro para si mesma. (QUINET, 1995, p. 17). Freud, em 1914, coloca a cura pelo amor como sendo uma forma da mulher retornar ao narcisismo. Aquele que ama perde parte do narcisismo e para compensar é preciso colocar-se como sendo amado. Enquanto as cargas libidinais estão dirigidas para os objetos, o eu se empobrece. O eu somente se enriquece se as cargas estiverem dirigidas para si. As satisfações devem ser conseguidas através dos objetos. Se a necessidade da mulher se acha na direção de ser amada e não de amar, é através do amor erotômano pelo homem que ela se ama. A forma erotomaníaca de amor da mulher difere da erotomania como forma de delírio psicótico, o qual se encontra marcado pela certeza. A mulher como neurótica duvida: será que ele me ama? A mulher, desta forma, pergunta para suas companheiras se o homem através de olhares ou palavras deixou algum sinal. Como sabemos, a condição do desejo é a falta. Para que um homem ou uma mulher deseje o(a) seu(ua) parceiro(a) é preciso que este se apresente como faltoso. Para a mulher, em sua forma de amor erotomaníaca, essa falta é necessária para que o homem possa ser desejado por ela. Lacan, na forma de amar da mulher, propõe um jogo de cena onde existe um homem na frente do véu (castração), e outro por trás. Na frente há o parceiro sexual, aquele que possui o pênis, e atrás aparecem os efeitos da castração no homem, ou seja, o amante castrado, o homem morto, as figurações que Lacan denomina íncubo ideal.

31 O termo íncubo no Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (2004) significa um tipo de demônio masculino que, segundo velha crença popular, vem à noite copular com uma mulher, perturbando-lhe o sono e causando-lhe pesadelos (2004, p. 1092). Lacan toma emprestado esse termo da demonologia para dizer que o desejo feminino visa o parceiro sexual, aquele que está diante do véu. O amor, por sua vez, encontra-se por trás do véu, dirigido para o íncubo ideal. O objeto de adoração da mulher é a figura de homem submetido à castração. O íncubo ideal é uma figuração do pai morto como guardião do gozo, instaurador da lei e do desejo, sendo também o agente da castração.(quinet,1995, p. 19). parceiro sexual Véu amante castrado homem morto Cristo desejo sexual amor recalque (QUINET, 1995, p. 18) Esse esquema nos faz visualizar a duplicidade da sexualidade feminina entre o parceiro sexual e o íncubo ideal, a duplicidade representada entre o desejo na mulher e o amor. Isso irá fazer com que Lacan, nos anos 70,

32 proponha o desdobramento da sexualidade feminina como vinculada ao gozo fálico e ao gozo enigmático (feminino, suplementar), louco, que não tem significante para conter em um universo. Como já esboçamos neste item, a mulher se encontra não apenas no gozo fálico Sobre o gozo da mulher O conceito de gozo foi introduzido por Lacan. Sua definição refere-se à concepção jurídica do termo. Para ele, a noção de gozo, se trata de gozar de, o que é diferente de gozar. A noção de gozo no Direito se refere à noção de usufruto, que é o gozo da coisa enquanto objeto de apropriação. Segundo Pommier: Em Psicanálise, esse termo é útil porque permite falar simplesmente da meta da libido. (POMMIER, 1992, p. 209). Acompanhando os desenvolvimentos teóricos da psicanálise, o conceito de gozo sofreu diversas modificações. O ponto que nos interessa aqui é o que Lacan desenvolveu no Seminário 20, onde ele aborda os problemas do amor, clareando as questões propriamente femininas. Lacan defende a tese de que o gozo feminino, apesar de estar relacionado à função fálica, se trata de um outro gozo que não o gozo fálico. A inexistência da angústia de castração na mulher torna-a não-toda, ou seja, a mulher não se situa totalmente na norma fálica. E isso que daí escapa, permitiu Lacan formular suas idéias a respeito do gozo suplementar. O gozo suplementar feminino é abordado, de forma indireta, por Freud em 1932 na Conferência XXXIII Feminilidade, através, podemos pensar, da expressão: enigma da mulher. A hipótese é de que a questão feminina passa pelo falo e o ultrapassa, ou seja, não está reduzido a ele.

33 É a existência do gozo fálico que nos leva a crer na existência do gozo suplementar. Lacan relata: [...] ela tem, em relação ao que designa de gozo a função fálica, um gozo suplementar. Mais adiante continua: Vocês notarão que eu disse suplementar. Se estivesse dito complementar, aonde é que estaríamos! Recairíamos no todo. (LACAN, ( ), 1985, p. 99). Esse gozo suplementar também pode ser nomeado de indescritível devido ao fato de se situar fora da cadeia significante; tal gozo escapa ao domínio do significante. Somente parte do gozo feminino é possível de ser dito, aquela parte do gozo sexual, fálico: determinado pelo significante. Algumas questões relativas à posição feminina serão esclarecidas pela hipótese da existência do gozo suplementar. Na partilha dos sexos, Lacan define que a mulher está na posição de não-toda, não-toda submetida à função fálica. A falta da identidade feminina é uma das conseqüências do fato da mulher se encontrar nessa posição. A posição feminina consiste em fazer de conta de objeto, fazer semblante, fato que abordaremos no próximo capítulo sobre a mascarada. Então, o gozo da mulher é dividido, ela é não-toda na ordem fálica. A mulher possui um gozo que escapa à ordem do ter e do ser. Uma mulher sente que parte dela está presa no gozo fálico, e a outra parte situa-se no gozo do Outro, ou gozo do corpo, gozo do qual nada se sabe... só se pode supô-lo; está fora-de-linguagem, fora-do-simbólico. (CARNEIRO RIBEIRO, 1995, p. 94). Trata-se de um gozo sem regulação fálica, podendo ser qualificado de louco por não estar submetido ao significante do Nome-do-Pai.

34 2.3 A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO MÃE-FILHA PARA A MULHER De início, Freud não se deu conta da importância da mãe no destino da mulher. Sua descoberta foi se revelando na medida em que seus estudos sobre a sexualidade feminina avançavam. A leitura psicanalítica dessa relação trouxe para a dinâmica feminina uma nova compreensão. O lugar ocupado pela mãe enquanto mulher é fundamental no processo de constituição de uma identificação feminina da filha. Ao voltar se para a mãe, a menina ainda possui a esperança de receber desta um significante do sexo feminino, entretanto terá que se deparar com a mãe destituída desse significante específico de feminilidade. Em um momento posterior, a filha vendo que à mãe falta um símbolo específico de seu sexo, busca nesta um modo que lhe permita criar uma identificação feminina. À outra mulher e ao homem também será dirigida a interrogação sobre o que é ser mulher. Entretanto, a transmissão da feminilidade não é possível. Cabe a cada uma, tanto mãe quanto filha, passar pelo luto da separação no que diz respeito à questão da feminilidade. À mãe cabe renunciar a relação que elas mantiveram na infância e, em um processo de compensação da filha pela falta de identificação feminina, criar artifícios que possibilitem o acolhimento desta, ou seja, ajudá la a suportar a falta dessa identificação que nunca poderá ser preenchida. Mas que artifícios seriam esses? Podemos pensar nas roupas, jóias, pinturas, perfumes, acessórios que a enfeite e que facilitem serem desejadas pelos homens, assim como a mãe é pelo pai. Desta forma, a mãe estaria traçando um percurso de feminilidade para que a filha o utilize mais tarde. Essa seria a porta para o

35 caminho da filha no processo de tornar se mulher para si mesma. No caso da filha, esta deverá libertar se da mãe, não prejudicando seu percurso no desenvolvimento do tornar se mulher. Desta forma, é preciso aceitar a perda. Em nossas clínicas observamos o quanto esse processo é difícil. A menina entra no Édipo em busca de obter do pai o que não tem e, no seu caso irá manter se no decorrer da vida, um resto da relação com a mãe. Ou seja, a relação da filha com o pai não fará desaparecer a relação primária desta com a mãe. Estamos aqui falando de um resto, em nível de Édipo, que não pode ser simbolizado. Muitas mulheres possuem a dificuldade de separar se da mãe para entrar em uma relação com um homem. A seguir apresentaremos um fragmento de caso de nossa clínica no qual observamos tal complexidade. Uma paciente, no percurso de sua análise, relata que a mãe é aquela que lhe atrasa, lhe sufoca, atrapalha seu trabalho, tira sua privacidade a ponto de não poder transar com o marido. Sua apnéia (fato que a trouxe para análise) expressa claramente a relação mal resolvida com a mãe. Seu discurso queixoso que no início da análise estava voltado para uma possível traição do marido, volta se em dado momento para a mãe, cheio de ressentimentos. Outras mulheres buscam em seus companheiros ou companheiras uma mãe substituta. Esta última irá surgir sempre de diversas formas no discurso de nossas pacientes em algum momento da análise: através do(a) companheiro(a), da sogra, da Outra mulher, do pai. Nossa clínica nos demonstra tal fato: Outra paciente de aproximadamente 49 anos, homossexual, na primeira

36 entrevista relata: Busco geralmente ter relação com mulheres mais velhas... procuro nelas a mãe que não tive. Apresentaremos dois casos de Freud onde podemos observar a busca de uma mãe substituta. O primeiro caso clínico (1915) consiste em uma jovem de 30 anos que por muitos anos trabalhara em uma firma comercial. Segundo o relato de Freud, esta nunca havia procurado casos amorosos com homens, vivendo tranqüilamente com a mãe. Era filha única e o pai morrera anos atrás. A jovem (que primeiramente consultou um advogado) queixava se das investidas de um homem que a arrastava para uma aventura amorosa. (FREUD, (1915), 1996, p. 271). Para Freud, a jovem transformara o amante em um perseguidor, defendendo se contra o amor por um homem. Certa vez, a conversa de sua chefe idosa (por ela descrita da seguinte forma: Ela tem cabelos brancos como minha mãe ) com o jovem amante despertou sua desconfiança. Achou que este último falara com a dama de cabelos brancos sobre sua aventura amorosa. Freud conclui que a chefe era uma substituta da mãe e que esta primeira ao saber da relação amorosa da moça, desaprovou a: Seu amor pela mãe se tornara o porta voz de todas as tendências que, desempenhando o papel de uma consciência, procuram embargar o primeiro passo de uma moça na nova estrada que leva à satisfação sexual normal sob muitos aspectos perigosa -, e na realidade conseguiu perturbar sua relação com homens. (FREUD, [1924 (1915)], 1996, p. 275). Podemos então supor que a poderosa ligação emocional com a mãe a colocou afastada de homens até seus 30 anos. O amor não é pela mãe que hoje se apresenta e sim pela imagem mais antiga desta. Voltamos aqui à idéia que Freud desenvolveu mais tarde (1931), a de

Desdobramentos: A mulher para além da mãe

Desdobramentos: A mulher para além da mãe Desdobramentos: A mulher para além da mãe Uma mulher que ama como mulher só pode se tornar mais profundamente mulher. Nietzsche Daniela Goulart Pestana Afirmar verdadeiramente eu sou homem ou eu sou mulher,

Leia mais

Feminilidade e Angústia 1

Feminilidade e Angústia 1 Feminilidade e Angústia 1 Claudinéia da Cruz Bento 2 Freud, desde o início de seus trabalhos, declarou sua dificuldade em abordar o tema da feminilidade. Após um longo percurso de todo o desenvolvimento

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO MASCULINA E SUAS ARTICULAÇÕES COM O RECALCAMENTO. o processo de constituição do psiquismo. A discussão será feita à luz das idéias

IDENTIFICAÇÃO MASCULINA E SUAS ARTICULAÇÕES COM O RECALCAMENTO. o processo de constituição do psiquismo. A discussão será feita à luz das idéias IDENTIFICAÇÃO MASCULINA E SUAS ARTICULAÇÕES COM O RECALCAMENTO Cristiana de Amorim Mazzini 1 O presente trabalho discorrerá sobre a identificação masculina ocorrida durante o processo de constituição do

Leia mais

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da Introdução O interesse em abordar a complexidade da questão do pai para o sujeito surgiu em minha experiência no Núcleo de Atenção à Violência (NAV), instituição que oferece atendimento psicanalítico a

Leia mais

Novos fundamentos para a psicanálise: Teoria da feminilidade generalizada

Novos fundamentos para a psicanálise: Teoria da feminilidade generalizada Novos fundamentos para a psicanálise: Teoria da feminilidade generalizada 2001 Novos fundamentos para a psicanálise: Teoria da feminilidade generalizada Márcio Peter de Souza Leite Conteúdo Argumento...

Leia mais

Reconhecida como uma das maiores autoridades no campo da análise infantil na

Reconhecida como uma das maiores autoridades no campo da análise infantil na 48 1.5. Aberastury: o nascimento de um neo-kleinianismo Reconhecida como uma das maiores autoridades no campo da análise infantil na Argentina, Arminda Aberastury fazia parte do grupo de Angel Garma, que

Leia mais

O SUPEREU NA DEMANDA DE AMOR INSACIÁVEL DAS MULHERES

O SUPEREU NA DEMANDA DE AMOR INSACIÁVEL DAS MULHERES O SUPEREU NA DEMANDA DE AMOR INSACIÁVEL DAS MULHERES Daniela de Oliveira Martins Mendes Daibert Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicanálise da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ);

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

Os impasses na vida amorosa e as novas configurações da tendência masculina à depreciação

Os impasses na vida amorosa e as novas configurações da tendência masculina à depreciação Os impasses na vida amorosa e as novas configurações da tendência masculina à depreciação Maria José Gontijo Salum Em suas Contribuições à Psicologia do Amor, Freud destacou alguns elementos que permitem

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 0 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Renato da Guia Oliveira 2 FICHA CATALOGRÁFICA OLIVEIRA. Renato da Guia. O Papel da Contação

Leia mais

ENTENDENDO A. A adolescência é a fase da vida onde acontecem as maiores modificações no corpo, nos sentimentos e na forma de perceber as coisas.

ENTENDENDO A. A adolescência é a fase da vida onde acontecem as maiores modificações no corpo, nos sentimentos e na forma de perceber as coisas. ENTENDENDO A ADOLESCÊNCIA A adolescência é a fase da vida onde acontecem as maiores modificações no corpo, nos sentimentos e na forma de perceber as coisas. Ao mesmo tempo, aumentam as responsabilidades

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO

SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO Danielle de Sousa Macena- UFCG danyellehta-@hotmail.com Januzzi Gonçalves Bezerra UFCG januzzigoncalves@gmail.com Janaina Gonçalves Bezerra - UFCG jgoncalves003@gmail.com Resumo

Leia mais

A PSICANÁLISE E OS MODERNOS MOVIMENTOS DE AFIRMAÇÃO HOMOSSEXUAL 1

A PSICANÁLISE E OS MODERNOS MOVIMENTOS DE AFIRMAÇÃO HOMOSSEXUAL 1 A PSICANÁLISE E OS MODERNOS MOVIMENTOS DE AFIRMAÇÃO HOMOSSEXUAL 1 Este artigo trata da difícil relação entre a teoria psicanalítica, que tradicionalmente considerava os comportamentos eróticos entre pessoas

Leia mais

UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1

UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1 UMA TOPOLOGIA POSSÍVEL DA ENTRADA EM ANÁLISE 1 Celso Rennó Lima A topologia..., nenhum outro estofo a lhe dar que essa linguagem de puro matema, eu entendo por aí isso que é único a poder se ensinar: isso

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

ISSO NÃO ME FALA MAIS NADA! (SOBRE A POSIÇÃO DO ANALISTA NA DIREÇÃO DA CURA) 1

ISSO NÃO ME FALA MAIS NADA! (SOBRE A POSIÇÃO DO ANALISTA NA DIREÇÃO DA CURA) 1 ISSO NÃO ME FALA MAIS NADA! (SOBRE A POSIÇÃO DO ANALISTA NA DIREÇÃO DA CURA) 1 Arlete Mourão 2 Essa frase do título corresponde à expressão utilizada por um ex-analisando na época do final de sua análise.

Leia mais

UMA CRIANÇA E EX-PANCADA: RELAÇÃO DO MASOQUISMO INFANTIL AO SADISMO ADULTO

UMA CRIANÇA E EX-PANCADA: RELAÇÃO DO MASOQUISMO INFANTIL AO SADISMO ADULTO UMA CRIANÇA E EX-PANCADA: RELAÇÃO DO MASOQUISMO INFANTIL AO SADISMO ADULTO 2015 Marcell Felipe Alves dos Santos Psicólogo Clínico - Graduado pela Centro Universitário Newton Paiva (MG). Pós-graduando em

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções:

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: PROJETO DE PESQUISA Antonio Joaquim Severino 1 Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: 1. Define e planeja para o próprio orientando o caminho a ser seguido no desenvolvimento do trabalho

Leia mais

A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1

A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1 A sua revista eletrônica CONTEMPORANEIDADE E PSICANÁLISE 1 Patrícia Guedes 2 Comemorar 150 anos de Freud nos remete ao exercício de revisão da nossa prática clínica. O legado deixado por ele norteia a

Leia mais

Oração. u m a c o n v e r s a d a a l m a

Oração. u m a c o n v e r s a d a a l m a Oração u m a c o n v e r s a d a a l m a 11 12 O Evangelho relata que por diversas vezes, quando ninguém mais estava precisando de alguma ajuda ou conselho, Jesus se ausentava para ficar sozinho. Natural

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA Edna G. Levy A questão da gravidez na adolescência é muito mais comum do que parece ser, a reação inicial e geral é que este problema só acontece na casa dos outros, na nossa

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG 1. Introdução 2. Maslow e a Hierarquia das necessidades 3. Teoria dos dois Fatores de Herzberg 1. Introdução Sabemos que considerar as atitudes e valores dos

Leia mais

DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL

DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL Professor Responsável: Mohamad A. A. Rahim Quadro sinóptico baseado na bibliografia sugerida em cada aula DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL 1. SEXUALIDADE E LIBIDO Libido : é uma fonte original de energia afetiva

Leia mais

PSICANÁLISE: UM SOBREVÔO SOBRE A HISTÓRIA DE SIGMUND FREUD E DE SUAS IDÉIAS

PSICANÁLISE: UM SOBREVÔO SOBRE A HISTÓRIA DE SIGMUND FREUD E DE SUAS IDÉIAS 1 PSICANÁLISE: UM SOBREVÔO SOBRE A HISTÓRIA DE SIGMUND FREUD E DE SUAS IDÉIAS Sandra Mara Volpi 1856: Nasce Sigmund Freud, onde hoje localiza-se a Tchecoslováquia, em uma família de origem judaica em que

Leia mais

Homens. Inteligentes. Manifesto

Homens. Inteligentes. Manifesto Homens. Inteligentes. Manifesto Ser homem antigamente era algo muito simples. Você aprendia duas coisas desde cedo: lutar para se defender e caçar para se alimentar. Quem fazia isso muito bem, se dava

Leia mais

Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO)

Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO) Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO) Parte: 1 Prof. Cristóvão Cunha Objetivos de aprendizagem

Leia mais

A prova da devastação Daniela Goulart Pestana

A prova da devastação Daniela Goulart Pestana A prova da devastação Daniela Goulart Pestana A comunicação que segue procura pensar algumas especificidades constitucionais do feminino a partir do aforismo lacaniano: Não há relação sexual. Para dizer

Leia mais

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

MÓDULO 5 O SENSO COMUM MÓDULO 5 O SENSO COMUM Uma das principais metas de alguém que quer escrever boas redações é fugir do senso comum. Basicamente, o senso comum é um julgamento feito com base em ideias simples, ingênuas e,

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

TIPOS DE RELACIONAMENTOS

TIPOS DE RELACIONAMENTOS 68 Décima-Segunda Lição CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS DE QUALIDADE Quando falamos de relacionamentos, certamente estamos falando da inter-relação de duas ou mais pessoas. Há muitas possibilidades de relacionamentos,

Leia mais

A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA

A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA 1 A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA Dayane Pricila Rausisse Ruon Sandra Mara Volpi* RESUMO O brincar é um tema bastante discutido e de muita importância no desenvolvimento infantil. Esse

Leia mais

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ Autores: Jaqueline Lima PALOMBO (Bolsista PIBIC-EM/CNPq); Nadia Rocha VERIGUINE (Orientadora); Ângelo Augusto FROZZA (Co-orientador). Introdução

Leia mais

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA Maria Ignez de Souza Vieira Diniz ignez@mathema.com.br Cristiane Akemi Ishihara crisakemi@mathema.com.br Cristiane Henriques Rodrigues Chica crischica@mathema.com.br

Leia mais

FUNÇÃO MATERNA. Luiza Bradley Araújo 1

FUNÇÃO MATERNA. Luiza Bradley Araújo 1 FUNÇÃO MATERNA Luiza Bradley Araújo 1 Entendemos por função materna a passagem ou a mediação da Lei que a mãe opera. Nós falamos de uma função e não da pessoa da mãe, função de limite entre o somático

Leia mais

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DE GOIÁS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SANTA BÁRBARA DE GOIÁS. O Mascote da Turma

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DE GOIÁS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SANTA BÁRBARA DE GOIÁS. O Mascote da Turma ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DE GOIÁS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SANTA BÁRBARA DE GOIÁS O Mascote da Turma SANTA BÁRBARA DE GOIÁS JANEIRO 2013 ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA

Leia mais

Os Quatro Tipos de Solos - Coração

Os Quatro Tipos de Solos - Coração Os Quatro Tipos de Solos - Coração Craig Hill Marcos 4:2-8 Jesus usava parábolas para ensinar muitas coisas. Ele dizia: 3 Escutem! Certo homem saiu para semear. 4 E, quando estava espalhando as sementes,

Leia mais

Por que há sonhos dos quais não nos esquecemos?

Por que há sonhos dos quais não nos esquecemos? Opção Lacaniana online nova série Ano 3 Número 8 julho 2012 ISSN 2177-2673 Por que há sonhos dos quais não nos esquecemos? Luciana Silviano Brandão Lopes Quem já não teve a sensação de ter tido muitos

Leia mais

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Celso João Ferretti: o processo de desintegração da educação atingiu em menor escala as escolas técnicas.

Leia mais

Futuro Profissional um incentivo à inserção de jovens no mercado de trabalho

Futuro Profissional um incentivo à inserção de jovens no mercado de trabalho Futuro Profissional um incentivo à inserção de jovens no mercado de trabalho SOUSA, Pedro H. 1 Palavras-chave: Mercado de Trabalho, Formação Acadêmica, Empreendedorismo. Introdução: O mercado de trabalho

Leia mais

Douglas Daniel de Amorim A PSICANÁLISE E O SOCIAL

Douglas Daniel de Amorim A PSICANÁLISE E O SOCIAL Douglas Daniel de Amorim A PSICANÁLISE E O SOCIAL Belo Horizonte 1999 INTRODUÇÃO A Psicologia Comunitária tem sido um dos campos onde a Psicologia tem tido um expressivo crescimento. Trabalhar em comunidades

Leia mais

Exercícios para estabelecer o contato com a nossa criança interior

Exercícios para estabelecer o contato com a nossa criança interior Exercícios para estabelecer o contato com a nossa criança interior C omo este é o mês das crianças, decidi propor para aqueles que estão em busca de autoconhecimento, alguns exercícios que ajudam a entrar

Leia mais

MECANISMOS DE DEFESA

MECANISMOS DE DEFESA 1 MECANISMOS DE DEFESA José Henrique Volpi O Ego protege a personalidade contra a ameaça ruim. Para isso, utilizase dos chamados mecanismos de defesa. Todos estes mecanismos podem ser encontrados em indivíduos

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS ALCIDES DE SOUZA JUNIOR, JÉSSICA AMARAL DOS SANTOS, LUIS EDUARDO SILVA OLIVEIRA, PRISCILA SPERIGONE DA SILVA, TAÍS SANTOS DOS ANJOS ACADÊMICOS DO PRIMEIRO ANO DE

Leia mais

DILMA MARIA DE ANDRADE. Título: A Família, seus valores e Counseling

DILMA MARIA DE ANDRADE. Título: A Família, seus valores e Counseling DILMA MARIA DE ANDRADE Título: A Família, seus valores e Counseling Projeto de pesquisa apresentado como Requisito Para obtenção de nota parcial no módulo de Metodologia científica do Curso Cousenling.

Leia mais

BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6]

BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6] BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6] O tema central desta edição do Boletim Informativo será a Psicologia Infantil. A Psicologia Infantil é a área da Psicologia que estuda o desenvolvimento da

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

Família. Escola. Trabalho e vida econômica. Vida Comunitária e Religião

Família. Escola. Trabalho e vida econômica. Vida Comunitária e Religião Família Qual era a profissão dos seus pais? Como eles conciliavam trabalho e família? Como era a vida de vocês: muito apertada, mais ou menos, ou viviam com folga? Fale mais sobre isso. Seus pais estudaram

Leia mais

Violência Simbólica: possíveis lugares subjetivos para uma criança diante da escolha materna

Violência Simbólica: possíveis lugares subjetivos para uma criança diante da escolha materna Violência Simbólica: possíveis lugares subjetivos para uma criança diante da escolha materna Henrique Figueiredo Carneiro Liliany Loureiro Pontes INTRODUÇÃO Esse trabalho apresenta algumas considerações,

Leia mais

UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID

UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID Michele Dalzotto Garcia Acadêmica do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro- Oeste/Irati bolsista do PIBID CAPES Rejane Klein Docente do

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Este material resulta da reunião de fragmentos do módulo I do Curso Gestão Estratégica com uso do Balanced Scorecard (BSC) realizado pelo CNJ. 1. Conceitos de Planejamento Estratégico

Leia mais

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental Ajuda ao SciEn-Produção 1 Este texto de ajuda contém três partes: a parte 1 indica em linhas gerais o que deve ser esclarecido em cada uma das seções da estrutura de um artigo cientifico relatando uma

Leia mais

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Teorias da Administração Aula 3 Teoria Científica Taylorismo (Continuação) Taylor observou que, ao realizar a divisão de tarefas, os operários

Leia mais

coleção Conversas #20 - MARÇO 2015 - t t o y ç r n s s Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

coleção Conversas #20 - MARÇO 2015 - t t o y ç r n s s Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. Vocês acham possam a coleção Conversas #20 - MARÇO 2015 - cer d o t t o a r que ga cr ia n y ç a s s? Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. A Coleção CONVERSAS da Editora

Leia mais

5 Considerações finais

5 Considerações finais 5 Considerações finais 5.1. Conclusões A presente dissertação teve o objetivo principal de investigar a visão dos alunos que se formam em Administração sobre RSC e o seu ensino. Para alcançar esse objetivo,

Leia mais

O DESENHO DO PAR EDUCATIVO: UM RECURSO PARA O ESTUDO DOS VINCULOS NA APRENDIZAGEM 1

O DESENHO DO PAR EDUCATIVO: UM RECURSO PARA O ESTUDO DOS VINCULOS NA APRENDIZAGEM 1 O DESENHO DO PAR EDUCATIVO: UM RECURSO PARA O ESTUDO DOS VINCULOS NA APRENDIZAGEM 1 Ana Maria Rodrigues Muñiz 2 Quando o educador começa a abandonar concepções funcionalistasassociacionistas sobre a aprendizagem

Leia mais

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO

Leia mais

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL RESUMO Luana da Mata (UEPB) 1 Patrícia Cristina de Aragão Araújo (UEPB) 2 Este artigo tem como objetivo refletir como as brincadeiras

Leia mais

A fala freada Bernard Seynhaeve

A fala freada Bernard Seynhaeve Opção Lacaniana online nova série Ano 1 Número 2 Julho 2010 ISSN 2177-2673 Bernard Seynhaeve Uma análise é uma experiência de solidão subjetiva. Ela pode ser levada suficientemente longe para que o analisante

Leia mais

O AUTISMO NA PSICANÁLISE E A QUESTÃO DA ESTRUTURA Germano Quintanilha Costa 1

O AUTISMO NA PSICANÁLISE E A QUESTÃO DA ESTRUTURA Germano Quintanilha Costa 1 O AUTISMO NA PSICANÁLISE E A QUESTÃO DA ESTRUTURA Germano Quintanilha Costa 1 I Introdução O objetivo deste trabalho é pensar a questão do autismo pelo viés da noção de estrutura, tal como compreendida

Leia mais

1 O que é terapia sexual

1 O que é terapia sexual 1 O que é terapia sexual Problemas, das mais diversas causas, estão sempre nos desafiando, dificultando o nosso diaa-dia. A vida é assim, um permanente enfrentamento de problemas. Mas existem alguns que

Leia mais

O papel do CRM no sucesso comercial

O papel do CRM no sucesso comercial O papel do CRM no sucesso comercial Escrito por Gustavo Paulillo Você sabia que o relacionamento com clientes pode ajudar sua empresa a ter mais sucesso nas vendas? Ter uma equipe de vendas eficaz é o

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida 1 O que é o Protocolo em Rampa O protocolo em rampa é um protocolo para testes de esforço que não possui estágios. Nele o incremento da carga se dá de maneira

Leia mais

Elaboração e aplicação de questionários

Elaboração e aplicação de questionários Universidade Federal da Paraíba Departamento de Estatística Curso de Bacharelado em Estatística Elaboração e aplicação de questionários Prof. Hemílio Fernandes Campos Coêlho Departamento de Estatística

Leia mais

Relaxamento: Valor: Técnica: Fundo:

Relaxamento: Valor: Técnica: Fundo: Honestidade Honestidade Esta é a qualidade de honesto. Ser digno de confiança, justo, decente, consciencioso, sério. Ser honesto significa ser honrado, ter um comportamento moralmente irrepreensível. Quando

Leia mais

5 Considerações Finais

5 Considerações Finais 5 Considerações Finais Nosso objetivo nesse trabalho foi investigar as influências da família de origem na construção do laço conjugal no novo casal. Partimos da premissa de que toda família possui um

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

coleção Conversas #25 u s Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

coleção Conversas #25 u s Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. coleção Conversas #25 Nã Po o s s o c s on c o ig lo o c á cuidar dos m - l os e m u m a e u cl s ín p ic ais a?. Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. A Coleção CONVERSAS

Leia mais

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A PATERNIDADE GERALMENTE FEITAS POR MÃES

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A PATERNIDADE GERALMENTE FEITAS POR MÃES PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A PATERNIDADE GERALMENTE FEITAS POR MÃES P. O QUE É A PATERNIDADE? R. Paternidade significa ser um pai. A determinação da paternidade significa que uma pessoa foi determinada

Leia mais

Márcio Peter de Souza Leite 4 de abril de 1997 PUC

Márcio Peter de Souza Leite 4 de abril de 1997 PUC O Pai em Freud 1997 O Pai em Freud Márcio Peter de Souza Leite 4 de abril de 1997 PUC Conteudo: Pais freudianos... 3 O pai de Dora... 3 O pai de Schreber.... 4 O pai castrador, que é o terceiro em Freud,

Leia mais

Os Estágios Primitivos do Complexo de Édipo: Melanie Klein

Os Estágios Primitivos do Complexo de Édipo: Melanie Klein Os Estágios Primitivos do Complexo de Édipo: Melanie Klein 1. As Bases Estruturais Melanie Klein afirma que o Complexo de Édipo inicia-se nos primeiros anos de vida, e que possui um começo semelhante em

Leia mais

Duração: Aproximadamente um mês. O tempo é flexível diante do perfil de cada turma.

Duração: Aproximadamente um mês. O tempo é flexível diante do perfil de cada turma. Projeto Nome Próprio http://pixabay.com/pt/cubo-de-madeira-letras-abc-cubo-491720/ Público alvo: Educação Infantil 2 e 3 anos Disciplina: Linguagem oral e escrita Duração: Aproximadamente um mês. O tempo

Leia mais

Gestão da Informação e do Conhecimento

Gestão da Informação e do Conhecimento Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 05 Aquisição da Informação Dalton Lopes Martins dmartins@gmail.com 2sem/2014 Aquisição da Informação PROCESSO 2 - A aquisição da informação envolve as seguintes

Leia mais

ORIENTAÇÕES SOBRE O CONTEÚDO DO PROJETO

ORIENTAÇÕES SOBRE O CONTEÚDO DO PROJETO ORIENTAÇÕES SOBRE O CONTEÚDO DO PROJETO ESCOLHA DO TEMA - Seja cauteloso na escolha do tema a ser investigado. Opte por um tema inserido no conteúdo programático da disciplina pela qual teve a maior aptidão

Leia mais

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino Wérica Pricylla de Oliveira VALERIANO 1 Mestrado em Educação em Ciências e Matemática wericapricylla@gmail.com

Leia mais

RELATÓRIO DE PESQUISA INSTITUCIONAL: Avaliação dos alunos egressos de Direito

RELATÓRIO DE PESQUISA INSTITUCIONAL: Avaliação dos alunos egressos de Direito RELATÓRIO DE PESQUISA INSTITUCIONAL: Avaliação dos alunos egressos de Direito CARIACICA-ES ABRIL DE 2011 FACULDADE ESPÍRITO SANTENSE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS Pesquisa direcionada a alunos egressos dos cursos

Leia mais

As crianças adotadas e os atos anti-sociais: uma possibilidade de voltar a confiar na vida em família 1

As crianças adotadas e os atos anti-sociais: uma possibilidade de voltar a confiar na vida em família 1 As crianças adotadas e os atos anti-sociais: uma possibilidade de voltar a confiar na vida em família 1 Resumo: Os atos anti-sociais são para Winnicott, quando ocorrida a perda da confiabilidade no ambiente,

Leia mais

Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo

Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo 2013 Transição para a parentalidade após um diagnóstico de anomalia congénita no bebé: Resultados do estudo Ana Fonseca, Bárbara Nazaré e Maria Cristina Canavarro Pontos de interesse especiais: Porque

Leia mais

Avanços na transparência

Avanços na transparência Avanços na transparência A Capes está avançando não apenas na questão dos indicadores, como vimos nas semanas anteriores, mas também na transparência do sistema. Este assunto será explicado aqui, com ênfase

Leia mais

BOLETIM INFORMATIVO JAN/FEV.

BOLETIM INFORMATIVO JAN/FEV. BOLETIM INFORMATIVO JAN/FEV. 2013 [Edição 5] Mais um ano se inicia, novas oportunidades, novas aprendizagens e para iniciamos esse novo ano, algo comum de se fazer são as METAS. A Meta que destitinei ao

Leia mais

satisfeita em parte insatisfeita em parte insatisfeita totalmente

satisfeita em parte insatisfeita em parte insatisfeita totalmente SATISFAÇÃO COM A VIDA SEXUAL comparativos 2001/ 2010 e mulheres/ homens [estimulada e única, em %] Base: Total da amostra M/ H1 2001 2010 HOMENS MENTE SATISFEITA 61 68 80 INSATISFEITA EM ALGUM GRAU 35

Leia mais

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de Recomendada Por quê? A coleção apresenta eficiência e adequação metodológica, com os principais temas relacionados a Ciências adequados a cada faixa etária, além de conceitos em geral corretos. Constitui

Leia mais

A DOENÇA O REAL PARA O SUJEITO

A DOENÇA O REAL PARA O SUJEITO A DOENÇA O REAL PARA O SUJEITO 2014 Olga Cristina de Oliveira Vieira Graduada em Psicologia pela Universidade Presidente Antônio Carlos. Docente no Centro Técnico de Ensino Profissional (CENTEP). Especialização

Leia mais

CURIOSOS E PESQUISADORES: POSSIBILIDADES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

CURIOSOS E PESQUISADORES: POSSIBILIDADES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA CURIOSOS E PESQUISADORES: POSSIBILIDADES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Cíntia Nunes (PPGEdu/UFRGS) Apoio: CNPq Resumo: Este trabalho trata de investigar a curiosidade e a pesquisa escolar sob um ponto

Leia mais

Situação Financeira Saúde Física

Situação Financeira Saúde Física Um dia um amigo me fez uma séria de perguntas, que me fez refletir muito, e a partir daquele dia minha vida vem melhorando a cada dia, mês e ano. Acreditando que todos temos um poder interno de vitória,

Leia mais

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade?

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Texto divulgado na forma de um caderno, editorado, para a comunidade, profissionais de saúde e mídia SBMFC - 2006 Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Não? Então, convidamos você a conhecer

Leia mais

Adolescência Márcio Peter de Souza Leite (Apresentação feita no Simpósio sobre Adolescência- Rave, EBP, abril de 1999, na Faculdade de Educação da

Adolescência Márcio Peter de Souza Leite (Apresentação feita no Simpósio sobre Adolescência- Rave, EBP, abril de 1999, na Faculdade de Educação da Adolescência 1999 Adolescência Márcio Peter de Souza Leite (Apresentação feita no Simpósio sobre Adolescência- Rave, EBP, abril de 1999, na Faculdade de Educação da USP) O que é um adolescente? O adolescente

Leia mais

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses Estudo de Caso Cliente: Rafael Marques Duração do processo: 12 meses Coach: Rodrigo Santiago Minha idéia inicial de coaching era a de uma pessoa que me ajudaria a me organizar e me trazer idéias novas,

Leia mais