Novo Retrato da Agricultura Familiar O Brasil Redescoberto

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1 Projeto de Cooperação Técnica INCRA / FAO Novo Retrato da Agricultura Familiar O Brasil Redescoberto Coordenação Carlos Enrique Guanziroli FAO Silvia Elizabeth de C. S. Cardim INCRA Consultores FAO/INCRA Ademar Ribeiro Romeiro Unicamp Alberto Di Sabbato - UFF Antônio Márcio Buainain Unicamp Gervásio Castro de Rezende UFF/IPEA Gilson Alceu Bittencourt - DESER Equipe INCRA Paulo de Tarso L. Vieira - PP Marlon Duarte Barbosa DF Elizabeth Prescott Ferraz DC Maria Alice Alves DP Gilberto Bampi Assessor Brasília, fevereiro de 2000

2 Apresentação O maior mérito deste trabalho, sem dúvida, é demonstrar o enorme e pouco conhecido potencial de pujança da agricultura familiar brasileira. O estudo sugere uma mudança de paradigma cultural no que diz respeito ao meio rural, o avesso da tradição rural brasileira fundada no grande latifúndio, e exibe a existência de um novo e poderoso eixo de desenvolvimentista para o País. Trabalhos acadêmicos das mais variadas origens demonstram, de forma definitiva, as enormes vantagens da agricultura familiar comparativamente às grandes propriedades rurais. As unidades familiares, a par de atenderem melhor aos interesses sociais do País, são mais produtivas, asseguram melhor a preservação ambiental e são economicamente viáveis. Sem exceção, todos os países desenvolvidos têm na agricultura familiar um sustentáculo do seu dinamismo econômico e de uma saudável distribuição da riqueza nacional. Todos eles, em algum momento da história, promoveram a reforma agrária e a valorização da agricultura familiar. Este estudo evidência o acerto do presidente Fernando Henrique Cardoso em dar prioridade à reforma agrária desde o primeiro momento de sua administração. E agora, ainda mais com sua decisão de criar o Ministério do Desenvolvimento Agrário, responsável pela agricultura familiar e, primordialmente, por trazer para este universo os assentados da reforma agrária. É com renovado entusiasmo, portanto, que prosseguimos em nosso esforço de assegurar um pedaço de terra as famílias que dela carecem. E, a cada dia com mais ênfase, agregar qualidade e sustentabilidade aos projetos de assentamento rural, dando aos agricultores familiares condições de inserção competitiva nos mercados doméstico e global. Este trabalho faz parte de uma série que vem sendo produzida por solicitação do Ministério de Desenvolvimento Agrário ao Projeto de Cooperação Técnica INCRA/FAO sobre temas relacionados com a reforma agrária no Brasil. O objetivo é promover o debate de temas polêmicos, incentivand0o uma ampla participação do público interessado, de modo a esclarecer o papel da reforma agrária neste momento do nosso processo histórico e recolher críticas e sugestões que possam contribuir par o permanente aperfeiçoamento da política fundiária brasileira. Exemplares deste e dos demais estudos do Projeto de Cooperação Técnica INCRA/FAO podem ser solicitados diretamente ao Ministério do Desenvolvimento agrário ou na Internet, no endereço 2 Raul Jungmann Ministro do Desenvolvimento Agrário

3 3 Índice Introdução 7 1 Delimitação do Universo Familiar 10 2 O Perfil da Agricultura Brasileira Estabelecimentos, Área e Valor Bruto da Produção Área Média dos Estabelecimentos Renda Total e Renda Monetária por Estabelecimento Renda Total por unidade de Área Condição dos Agricultores em relação à Terra Estrutura Fundiária Pessoal Ocupado Características Tecnológicas Investimentos realizados nos Estabelecimentos Agropecuários Participação da Agricultura Familiar no VBP Agropecuário Atividades Agropecuárias mais comuns entre os Agricultores Familiares Principais produtos dos Agricultores Familiares na composição do seu VBP Agricultores Familiares segundo Grupos de Renda Total Agricultores Familiares segundo Grupos de Renda Monetária 38 3 Tipologia dos Agricultores Familiares 39 4 Caracterização dos Tipos de Agricultores Familiares Estabelecimentos, Área, Valor Bruto da Produção e Financiamento Total Renda Total e Renda Monetária por Estabelecimento Área Média dos Estabelecimentos Renda Total por Unidade de Área Condição em relação a Posse e Uso da Terra A Estrutura Fundiária entre os Tipos de Agricultores Familiares Pessoal Ocupado na Agricultura Familiar Características Tecnológicas dos Agricultores Familiares Investimentos dos Agricultores Familiares Participação dos Tipos de Agricultores Familiares no total do VBP Agropecuário Atividades Agropecuárias mais comuns entre os Agricultores Familiares Agricultores Familiares segundo Grupos de Renda Total (RT) 64 5 Caracterização Complementar dos Agricultores Familiares Grau de Especialização dos Agricultores Familiares Grau de Integração ao Mercado dos Agricultores Familiares Agricultores Familiares segundo os tipos de Mão-de-obra utilizados 71 Anexos 74

4 4 Índice de Tabelas Tabela 1: Brasil Estab., área, valor bruto da produção (VBP) e financiamento total (FT)...16 Tabela 2: Agric. Familiares Estab., área, VBP e financiamento total segundo as regiões...17 Tabela 3: Agricultores Familiares - Participação percentual das regiões no número de estabelecimentos, área, VBP e financiamento total destinado aos agricultores familiares...18 Tabela 4: Agricultores Familiares e Patronais - Renda total (RT) e renda monetária (RM) por estabelecimento (Em R$)...20 Tabela 5: Agricultores Familiares Perc. dos estab. e área segundo a condição do produtor...22 Tabela 6: Brasil Agric. Familiares - Área média dos estab. segundo os grupos de área total...23 Tabela 7: Agricultores Familiares - Percentual de estab. e área segundo grupos de área total...24 Tabela 8: Agricultores Patronais - Percentual de estab. e área segundo grupos de área total...24 Tabela 9: Agric. Familiares - Pessoal ocupado segundo as diferentes formas de ocupação...25 Tabela 10: Agricultores Familiares - Percentual de estabelecimentos com empregados permanentes e serviço de empreitada...26 Tabela 11: Agricultores Familiares - Acesso a tecnologia e a assistência técnica...28 Tabela 12 : Agricultores Familiares e Patronais - Investimentos totais, investimento por estab. e investimento por ha segundo as regiões...29 Tabela 13: Agricultores Familiares - Valor dos investimentos e destino (em ) 1995/ Tabela 14 a: Agric. Familiar Perc. do VBP produzido em relação ao VBP total do produto...32 Tabela 15: Agricultura Familiar - Percentual de estab. produtores entre os agricultores da categoria (principais produtos)...33 Tabela 16: Agricultura Familiar - Participação per. dos produtos na composição do VBP...35 Tabela 17: Agricultura Familiar - Participação percentual dos estab. e área segundo os grupos de renda total (Em Reais)...37 Tabela 18: Agricultura Familiar - Participação percentual dos estab. segundo grupos de renda monetária (Em Reais)...38 Tabela 19: BRASIL Agricultores Familiares - Estabelecimentos, área, valor bruto da produção e financiamento total (FT) dos tipos...41 Tabela 20: Agricultores Familiares - Estab., área e VBP dos tipos de agricultores familiares em relação aos totais da região...42 Tabela 21: Agricultores Familiares - Renda total (RT) e renda monetária (RM) por estabelecimento segundo os tipos familiares...45 Tabela 22: Agric. Familiares - Área média dos estab. familiares segundo os tipos (Em ha)...46 Tabela 23: Agricultores Familiares - Renda total (RT) por hectare/ano segundo os tipos...48 Tabela 24: Agricultores Familiares - Percentual dos estabelecimentos e área dos tipos segundo a condição do produtor...49 Tabela 25: Agric. Familiares Perc. de estab. e área dos tipos segundo grupos de área total...51

5 Tabela 26: Agricultores Familiares - Pessoal Ocupado, Empregados Permanentes, Temporários, Parceiros e em outras condições por Tipo Familiar...53 Tabela 27: Agricultores Familiares - Percentual de estab. por tipo familiar com empregados permanentes e contratação de serviços de empreitada...54 Tabela 28: Agricultores Familiares - Área média por pessoa ocupada (Em ha) e número de pessoas ocupadas por estabelecimento, segundo os tipos familiares...55 Tabela 29: Agricultores familiares Assistência técnica, tecnologia e associativismo...57 Tabela 30: Agricultores Familiares - Percentual dos investimentos por tipo familiar, invest. por estab. e invest. por ha de área total...59 Tabela 31: Agricultores Familiares - Valor dos investimentos e destino () por tipo familiar...60 Tabela 32: Agricultores Familiares - Participação percentual dos tipos familiares no VBP total de produtos selecionados...62 Tabela 33: Agricultores Familiares - Percentual de estab. produtores entre os agricultores da categoria (principais produtos)...63 Tabela 34: Agricultores Familiares - Participação perc. dos estab. e área segundo os grupos de renda total por tipo familiar...66 Tabela 35: Brasil - Agricultores Familiares - Estabelecimentos, da área, do VBP, RT/estab. e RT por ha (Em R$), segundo o grau de especialização da produção ()...69 Tabela 36: Brasil: Agricultores Familiares - Estabelecimentos, da área, do VBP, RT/estab. e RT por ha (Em R$), segundo o grau de integração ao mercado ()...70 Tabela 37: Brasil: Agricultores Familiares - Estabelecimentos, da área, do VBP, RT/estab. e RT por ha (Em R$), segundo os tipos de mão-de-obra utilizados

6 6 Índice de Gráficos Gráfico 1: Brasil - Agricultores Familiares - Participação percentual das regiões no número de estabelecimentos familiares, área, VBP e financiamento total... Gráfico 2: Área média dos estabelecimentos familiares (Em ha) Gráfico 3: Área média dos estabelecimentos patronais (Em ha) Gráfico 4: Renda total (RT) por ha / ano dos estabelecimentos familiares e patronais Gráfico 5: Brasil - Agricultores Familiares Percentual de estabelecimentos e área segundo grupos de área total... Gráfico 6: Partic. Perc. das regiões no total de pessoas ocupadas na agric. familiar Gráfico 7: Agricultura Familiar e Patronal - Área (em ha) por pessoa ocupada Gráfico 8: Participação das categorias e regiões no total dos investimentos em compra de terras... Gráfico 9: Brasil - Perc. do VBP de produtos selecionados produzido nos estab. Familiares.. 32 Gráfico 10: Brasil - Participação percentual de produtos no VBP total da agricultura familiar... Gráfico 11: Brasil - Agric. Familiares Percentual de estabelecimentos e área segundo grupos de renda total.... Gráfico 12: Brasil - Agric. Patronais Percentual de estabelecimentos e área segundo grupos de renda total Gráfico 13: Brasil - Participação perc. de cada tipo no total dos agric. familiares Gráfico 14: Participação Percentual dos tipos no total de estab. familiares de cada região Gráfico 15: Agricultores Familiares - Distribuição percentual dos tipos entre as regiões Gráfico 16: Brasil - Área média dos tipos de agricultores familiares (Em ha) Gráfico 17: Agric. Familiares - Renda total média por ha / ano segundo os tipos familiares Gráfico 18: Brasil - Condição do produtor segundo os tipos de agricultores familiares Gráfico 19: Brasil - Agric. Familiares Percentual de estabelecimentos dos tipos familiares segundo grupos de área total... Gráfico 20: Brasil - Percentual de pessoas ocupadas na agric. familiar segundo os tipos familiares Gráfico 21: Agricultores Familiares - Área média (Em ha) por pessoa ocupada segundo os Tipos... Gráfico 22: Agric. Familiares - Percentual de estabelecimentos que utilizam assistência técnica por tipo... Gráfico 23: Tipos de Agricultores Familiares - Percentual de estabelecimentos segundo grupos de renda total

7 Introdução 1 A discussão sobre a importância e o papel da agricultura familiar no desenvolvimento brasileiro vem ganhando força nos últimos anos, impulsionada pelo debate sobre desenvolvimento sustentável, geração de emprego e renda, segurança alimentar e desenvolvimento local. A elevação do número de agricultores assentados pela reforma agrária e a criação do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) refletem e alimentam este debate na sociedade. A análise da agricultura familiar no Brasil é uma tarefa que requer um tratamento especial dos dados primários disponíveis, pois as tabelas estatísticas que são divulgadas não consideram essa categoria socioeconômica. As tabulações do Censo Agropecuário, que é um dos poucos instrumentos de análise quantitativa do setor agropecuário no Brasil, não permite a separação entre agricultura familiar e patronal na forma básica como os dados são disponibilizados pelo IBGE, restringindo-se a estratificação segundo a condição do produtor, o grupo de atividade econômica e os grupos de área total dos estabelecimentos agropecuários. O debate sobre os conceitos e a importância relativa da agricultura familiar também é intenso, produzindo inúmeras concepções, interpretações e propostas, oriundas das diferentes entidades representativas dos pequenos agricultores, dos intelectuais que estudam a área rural e dos técnicos governamentais encarregados de elaborar as políticas para o setor rural brasileiro. Estudos realizados no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica INCRA/FAO entre 1996 e 1999, baseados na metodologia de sistemas agrários desenvolvida pela escola francesa de estudos agrários, vêm permitindo uma melhor compreensão da lógica e dinâmica das unidades familiares e dos assentados, assim como dos sistemas de produção por eles adotados nas diversas regiões do país. Os resultados destes estudos indicam que a agricultura brasileira apresenta uma grande diversidade em relação ao seu meio ambiente, à situação dos produtores, à aptidão da terras, à disponibilidade de infra-estrutura etc., não apenas entre as regiões mas também dentro de cada região. Isto confirma a extrema necessidade de aprofundar o conhecimento das realidades agrárias específicas que caracterizam a geografia agrária brasileira, bem como revela a necessidade de incorporar de forma efetiva e ágil tais conhecimentos ao processo de planejamento das políticas públicas para o meio rural. Para aprofundar este debate e fornecer mais elementos sobre a real situação da agricultura familiar no Brasil, o Projeto de Cooperação Técnica INCRA/FAO, contando com a participação de 7 1 Este documento foi elaborado por Gilson Alceu Bittencourt e Alberto Di Sabbato, com base nas tabelas obtidas com a

8 8 técnicos do INCRA, realizou um estudo com base nos dados do Censo Agropecuário do IBGE de 1995/96. Este trabalho é uma evolução e um aprofundamento da metodologia anteriormente elaborada, que utilizou os dados do Censo Agropecuário do IBGE de A concepção básica que norteou o estudo anterior é mantida: trata-se de caracterizar os agricultores familiares a partir de suas relações sociais de produção 3, o que implica superar a tendência freqüente nas análises sobre o tema de atribuir um limite máximo de área ou de valor de produção à unidade familiar, associando-a, equivocadamente, à pequena produção 4. Tal procedimento é, em parte, derivado da própria forma como em geral são apresentadas as estatísticas agropecuárias 5. Entretanto, isso não significa que devemos ficar limitados aos dados divulgados, sobretudo se considerarmos a grande riqueza das informações dos Censos Agropecuários do IBGE, que pode ser constatada pela simples análise do seu questionário de coleta. Assim, o que o trabalho pioneiro iniciado em 1995 fez foi tornar operacional, mediante a utilização de microdados 6, um determinado conceito de agricultura familiar. Algumas características distinguem o atual estudo do anterior, entre as quais destacam-se: a) ampliação do escopo do trabalho, com a inclusão de procedimentos metodológicos que permitem identificar os principais sistemas de produção característicos dos diversos tipos de agricultores, nas diferentes unidades geográficas 7 (municípios, microrregiões geográficas, unidades da federação, grandes regiões e país); b) reavaliação crítica da metodologia anterior, com alteração dos procedimentos metodológicos relativos à delimitação do universo familiar, sobretudo os relacionados ao cálculo da renda da unidade familiar e à determinação da quantidade de trabalho não familiar; aplicação da metodologia proposta pela equipe da FAO e do INCRA responsáveis por esta metodologia. 2 Ver INCRA/FAO. Perfil da agricultura familiar no Brasil: dossiê estatístico. Brasília, Como apontado pelo trabalho anteriormente realizado, a agricultura familiar pode ser definida a partir de três características centrais: a) a gestão da unidade produtiva e os investimentos nela realizados é feita por indivíduos que mantêm entre si laços de sangue ou de casamento; b) a maior parte do trabalho é igualmente fornecida pelos membros da família; c) a propriedade dos meios de produção (embora nem sempre da terra) pertence à família e é em seu interior que se realiza sua transmissão em caso de falecimento ou de aposentadoria dos responsáveis pela unidade produtiva. (INCRA/FAO, op. cit., p. 4). 4 Os limites deste procedimento são hoje cada vez mais evidentes. Por um lado, eles acabam por superestimar a importância econômica das unidades familiares de produção já que não é incomum que imóveis pequenos em área dependam, para seu funcionamento, de um montante de trabalho assalariado que extrapola o esforço fornecido diretamente pela família. (...) Por outro lado, e mais grave ainda, identificar automaticamente pequenas áreas à agricultura familiar supõe uma visão estática desta forma social, como se ela fosse incapaz de superar os limites estatísticos assim estipulados. (INCRA/FAO, op. cit., p. 4). 5 No caso brasileiro, os resultados dos Censos Agropecuários do IBGE são estratificados, basicamente, segundo a área total dos estabelecimentos. 6 Esta é a denominação utilizada pelo IBGE para designar os arquivos contendo os dados individualizados de cada estabelecimento agropecuário. 7 No trabalho anterior, a unidade geográfica de menor agregação era a microrregião geográfica.

9 9 c) ampliação das características associadas aos agricultores familiares, com a seleção de um grande número de variáveis disponíveis, o que ensejou a construção de uma base de dados municipais e de um conjunto de tabelas estatísticas básicas, agregadas por unidades da federação, grandes regiões e país; d) ampla discussão acerca da metodologia a ser adotada, tendo em vista a experiência acumulada, o maior tempo disponível e o maior número de pessoas envolvidas na sua elaboração 8 ; e) maior interatividade na operacionalização da metodologia, em virtude do acesso, ainda que restrito, aos microdados do Censo Agropecuário do IBGE 9. Portanto, este trabalho objetiva subsidiar o desenho e a implementação de políticas públicas (fundiárias e agrícolas) para o meio rural e de fortalecimento da agricultura familiar, inclusive as atividades de extensão rural e pesquisa agropecuária. Neste sentido, o estudo visa à criação de uma base de informação estatística e analítica, ao nível municipal, microrregional, estadual, macrorregional e nacional, necessária ao desenvolvimento e à utilização de mecanismos de planejamento estratégico das ações fundiárias, aumentando assim o nível de eficiência operacional e financeira destas políticas, assim com seu alcance e efetividade social. 8 A elaboração da atual metodologia começou no final de 1997, tendo participado das discussões iniciais os seguintes consultores, no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica INCRA/FAO: Carlos Enrique Guanziroli (coord.), Ademar Ribeiro Romeiro, Alberto Di Sabbato, Antônio Márcio Buainain, Gervásio Castro de Rezende, Gilson Alceu Bittencourt e Shigeo Shiki. Esta equipe elaborou uma proposta que serviu de base para uma nova rodada de discussões, da qual participaram, além dos já citados, os seguintes representantes das Diretorias do INCRA: Silvia Elizabeth C. S. Cardim (coordenadora), Elizabeth Prescott Ferraz, Gilberto Bampi, Josias Vieira Alvarenga, José Leopoldo Ribeiro Viégas, Maria Alice Alves, Marlon Duarte Barbosa e Paulo Loguércio. 9 Um dos pontos fortes da metodologia adotada sempre foi a possibilidade de utilizar os microdados do Censo Agropecuário. No trabalho anterior, os microdados foram processados pelo próprio pessoal do IBGE, a partir de tabulações especiais encomendadas, o que restringiu a possibilidade de testes relativos às definições metodológicas. Em contrapartida, para a elaboração do presente trabalho foi possível ter acesso aos microdados, nas dependências do IBGE, o que tornou possível a realização de testes, inicialmente com os dados do estado do Espírito Santo, e em seguida com Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Somente após a análise dos resultados dos testes é que se chegou à metodologia tal como é apresentada no presente texto.

10 10 1 Delimitação do Universo Familiar O universo agrário é extremamente complexo, seja em função da grande diversidade da paisagem agrária (meio físico, ambiente, variáveis econômicas etc.), seja em virtude da existência de diferentes tipos de agricultores, os quais têm interesses particulares, estratégias próprias de sobrevivência e de produção e que, portanto, respondem de maneira diferenciada a desafios e restrições semelhantes. Na verdade, os vários tipos de produtores são portadores de racionalidades específicas que, ademais, se adaptam ao meio no qual estão inseridos, fato que reduz a validade de conclusões derivadas puramente de uma racionalidade econômica única, universal e atemporal que, supostamente, caracterizaria o ser humano. Daí a importância de identificar os principais tipos de produtores. A escolha de um conceito para definir os agricultores familiares, ou a definição de um critério para separar os estabelecimentos familiares dos patronais não é uma tarefa fácil, ainda mais quando é preciso compatibilizar esta definição com as informações disponíveis no Censo Agropecuário do IBGE, sabidamente não elaborado para este fim. Existe uma multiplicidade de metodologias, critérios e variáveis para construir tipologias de produtores. Nenhuma delas é inteiramente satisfatória, em parte porque o comportamento e a racionalidade dos vários tipos de produtores respondem a um conjunto amplo e complexo de variáveis com peso e significado diversos de acordo com o contexto, e em parte devido às dificuldades de aplicação empírica de tipologias conceituais que levam em conta um número grande de variáveis. Sem entrar no intenso debate que cerca o tema, o estudo adotou uma tipologia simples que busca, em essência, classificar os produtores a partir das condições básicas do processo de produção, que explicam, em boa medida, suas reações e respostas ao conjunto de variáveis externas, assim como a sua forma de apropriação da natureza. Muito embora o foco do estudo seja a agricultura familiar, a própria delimitação deste universo implica a identificação dos agricultores não familiares ou patronais 10. O universo familiar foi caracterizado pelos estabelecimentos que atendiam, simultaneamente, às seguintes condições: a) a direção dos trabalhos do estabelecimento era exercida pelo produtor; b) o trabalho familiar era superior ao trabalho contratado. 10 Os estabelecimentos agropecuários cuja condição do proprietário era Instituição Pia ou Religiosa ou Governo (Federal, Estadual ou Municipal), em virtude de suas características peculiares, foram excluídos do conjunto utilizado para a referida delimitação. Além destes, não foi possível classificar como familiares ou patronais alguns poucos

11 11 Adicionalmente, foi estabelecida uma área máxima regional como limite superior para a área total dos estabelecimentos familiares 11. Tal limite teve por fim evitar eventuais distorções que decorreriam da inclusão de grandes latifúndios no universo de unidades familiares, ainda que do ponto de vista conceitual a agricultura familiar não seja definida a partir do tamanho do estabelecimento, cuja extensão máxima é determinada pelo que a família pode explorar com base em seu próprio trabalho associado à tecnologia de que dispõe. A primeira condição é obtida diretamente da resposta a um simples quesito do questionário censitário, ao passo que, para a obtenção da segunda condição, é necessário recorrer a um conjunto de operações envolvendo inclusive variáveis externas ao Censo, tendo em vista não só a inadequação das informações censitárias para o caso, como também a complexidade conceitual e operacional de que se reveste o tema. No que se refere à determinação da quantidade de trabalho, tanto familiar quanto contratado, o ideal seria que se pudesse determinar o número de homens-hora trabalhado, de modo a determinar com maior exatidão a efetiva carga de trabalho de cada uma das categorias de trabalhadores. Para o caso do trabalho familiar, entretanto, pode-se supor que a informação sobre o número de pessoas ocupadas da família na atividade produtiva 12 reflete, com razoável precisão, a carga de trabalho efetivamente empregada. Desse modo, considerou-se como de tempo integral o trabalho do responsável, que é o produtor familiar que, simultaneamente, administra o seu estabelecimento 13, bem como o dos membros não remunerados com 14 ou mais anos de idade. Para evitar superestimação do trabalho familiar, computou-se pela metade o pessoal ocupado da família com menos de 14 anos 14, não apenas em virtude da sua menor capacidade de trabalho, como também pela possibilidade de envolvimento em outras atividades, como, por exemplo, as escolares. Assim, foi calculado o número de Unidades de Trabalho Familiar (UTF), por estabelecimento/ano, como estabelecimentos, por não possuírem informação válida acerca da direção dos trabalhos do estabelecimento, que é uma das condições para caracterizar o universo familiar. 11 Essa área máxima regional foi obtida do modo a seguir exposto. Foram consideradas as áreas dos módulos fiscais municipais, segundo a tabela do INCRA. Calculou-se a área de um módulo médio ponderado, segundo o número de municípios em que incide cada área de módulo fiscal municipal, para cada unidade da federação. A partir desse módulo médio ponderado estadual, foi calculado um módulo médio para cada grande região do país. O módulo médio regional foi multiplicado por 15 para determinação da área máxima regional, com o que se procurou estabelecer uma aproximação com o que dispõe a legislação, tendo em vista que o limite máximo legal da média propriedade é de 15 módulos fiscais (ver Quadro 1 anexo). 12 A categoria de pessoal ocupado do Censo relativa ao trabalho familiar intitula-se Responsável e membros não remunerados da família. 13 De acordo com as instruções de preenchimento do questionário do Censo, é obrigatório o registro de pelo menos uma pessoa na categoria Responsável e membros não remunerados da família (ver IBGE. Censo Agropecuário Manual do Recenseador, p ). 14 Foram utilizados os limites de idade disponíveis no Censo.

12 12 sendo a soma do número de pessoas ocupadas da família com 14 anos e mais e da metade do número de pessoas ocupadas da família com menos de 14 anos. Em relação ao trabalho contratado, as informações censitárias são claramente inadequadas, sobretudo as que se referem ao pessoal temporário. De um lado, tem-se a informação do número de empregados permanentes, temporários e parceiros (empregados) numa determinada data 15 ; de outro, é informado o número máximo de empregados temporários em cada mês do ano. Em ambos os casos, não se tem a informação da carga de trabalho efetivamente realizada, uma vez que não se dispõe do número de meses ou dias trabalhados. Poder-se-ia, para os empregados permanentes e parceiros empregados, fazer suposição semelhante à que se fez para o trabalho familiar. Entretanto, tal suposição seria completamente equivocada para os empregados temporários 16. Além disso, o Censo não possui informação sobre a quantidade de mão-de-obra empregada indiretamente, sob o regime de empreitada. Dessa forma, optou-se pela obtenção do trabalho contratado a partir das despesas realizadas com mão-de-obra empregada, incluindo os serviços de empreitada de mão-deobra. O valor dessas despesas dividido pelo valor anual de remuneração de uma unidade de mão-deobra permite obter o número de unidades de trabalho contratadas pelo estabelecimento. Operacionalmente, o número de Unidades de Trabalho Contratada (UTC) foi calculado da seguinte forma: 1) obteve-se o valor total das despesas com mão-de-obra contratada, pela soma de: a) valor das despesas com o pagamento (em dinheiro ou em produtos) da mão-de-obra assalariada (permanente ou temporária); b) valor das despesas com o pagamento efetuado a parceiros empregados 17 ; c) valor das despesas com o pagamento de serviços de empreitada com fornecimento só de mão-de-obra; 2) calculou-se o valor do custo médio anual de um empregado no meio rural, mediante a multiplicação do valor da diária média estadual 18 de um trabalhador rural pelo número de dias úteis trabalhados no ano, calculado em 260; 15 No Censo Agropecuário de , a data de referência para os dados estruturais foi 31/12/1995 (ver IBGE. Censo Agropecuário número 1 Brasil. Rio de Janeiro, 1998, p. 35). 16 Tal afirmação pode se respaldar em um exemplo simples: para uma mesma jornada de trabalho, um empregado temporário trabalhando durante trinta dias equivale, em homens-hora de trabalho, a 30 empregados temporários trabalhando durante um dia. Entretanto, tal como estão dispostas as informações, haveria uma forte divergência entre o primeiro caso (uma unidade de trabalho) e o segundo (trinta unidades de trabalho). 17 Esse valor foi calculado, segundo o IBGE, mediante a conversão da cota-parte da produção (meia, terça, quarta etc.), tomando por base o preço que se obteria na venda dos produtos (ver IBGE. Censo Agropecuário Manual do Recenseador, p. 76). 18 O valor da diária estadual foi obtido pelo cálculo da média dos valores informados de remuneração de diarista na agricultura para os meses de junho de 1995, dezembro de 1995 e junho de 1996, segundo os dados do Centro de Estudos Agrícolas da Fundação Getúlio Vargas (ver Quadro 2 anexo).

13 13 3) por fim, determinou-se o número de Unidades de Trabalho Contratado (UTC), por estabelecimento/ano, como sendo a divisão do valor total das despesas com mão-de-obra contratada pelo valor do custo médio anual de um empregado no meio rural. Resumindo a metodologia de delimitação do universo familiar Caracterização dos agricultores familiares Direção dos trabalhos do estabelecimento é do produtor e UTF > UTC e Área total do estabelecimento área máxima regional Unidade de Trabalho Familiar (UTF) Pessoal ocupado da família de 14 anos e mais + (Pessoal ocupado da família de menos de 14 anos) / 2 Unidade de Trabalho Contratado (UTC) (Salários + Valor da quota-parte entregue a parceiros empregados + Serviços de empreitada de mão-de-obra) (Diária estadual x 260) Os gastos com serviços de empreitada de mão-de-obra foram incluídos no cálculo do trabalho não familiar, tal como indicado acima, a fim de evitar a inclusão de formas típicas de contratação informal de mão-de-obra através de gatos, empreiteiros etc., utilizadas por unidades patronais, muitas vezes com o objetivo de eludir obrigações previstas na legislação trabalhista. No entanto, considerou-se que os gastos com serviços de empreitada com fornecimento de máquinas não deveriam entrar na massa salarial contratada por várias razões, entre as quais vale mencionar o fato de a empreita de serviços ser uma das características mais marcantes das unidades familiares nos países desenvolvidos. Este recurso permite às unidades familiares superarem a escassez de mãode-obra e restrições de escala sem romper com sua natureza familiar. Além disso, trata-se de tendência inevitável do desenvolvimento econômico, da especialização das tarefas e do problema de escala que afeta em particular os estabelecimentos de menor porte, como é o caso da grande maioria do universo de produtores familiares.

14 14 A possibilidade de recorrer ao serviço de empreitada, particularmente para os casos que dificilmente podem ser eficientemente resolvidos via forma de cooperação direta entre produtores, facilita a viabilização da agricultura familiar. Por outro lado, é importante lembrar que os gastos com aluguel de máquinas e implementos agrícolas, não contratados em forma de empreitada, também não foram considerados como despesas com mão-de-obra. Para definir um indicar de renda dos agricultores, levando em conta a produção para autoconsumo e à destinada ao mercado, considerando as informações disponíveis pelo Censo, optou-se por trabalhar com a Renda Total (RT) dos estabelecimentos. A Renda Total foi calculada como segue: 1) obteve-se o Valor Bruto ajustado da Produção (VBP*) do estabelecimento, calculado pela soma de: a) valor da produção vendida de milho 19 ; b) valor da produção vendida dos principais produtos utilizados na indústria rural 20 ; c) valor da produção colhida/obtida dos demais produtos animais e vegetais; 2) calculou-se a Receita Agropecuária Indireta, composta pelas receitas provenientes de: venda de esterco; serviços prestados a terceiros; venda de máquinas, veículos e implementos; e outras receitas 21 ; 3) obteve-se o Valor da Produção da Indústria Rural, informada diretamente pelo Censo; 4) da soma dos três itens acima foi subtraído o Valor Total das Despesas, com o que, finalmente, determinou-se a Renda Total do estabelecimento. 19 De um modo geral deve-se considerar o valor bruto da produção colhida, já que a utilização da produção vendida elimina o consumo humano de produtos agrícolas e animais e desfigura um conjunto importante de sistemas caracterizados precisamente pelo elevado grau de endogenia e de aproveitamento de subprodutos. Estes sistemas estão presentes tanto em formas atrasadas (sistema roça/farinha/capoeira) como em formas modernas (sistema de criação avícola/milho/quintal). Este critério, no entanto, apresenta um problema, principalmente no caso do consumo intermediário de milho, que é largamente utilizado como alimento para animais. Neste caso haveria dupla contagem, já que seria computado todo o milho colhido, assim como aquele que se transforma em suínos/aves que dele se alimentam. Para evitar este problema, o milho foi contabilizado a partir da produção vendida e não colhida. 20 Foram incluídos neste item os seguintes produtos: arroz em casca, café em coco, cana-de-açúcar, fumo em folha, leite e mandioca, quando havia informação de valor da produção dos respectivos produtos da indústria rural: arroz beneficiado em grão, café em grão, rapadura, fumo em rolo ou corda, queijo e farinha de mandioca. Este procedimento, que implica alguma imprecisão, foi o único possível, de vez que a informação sobre matéria-prima da indústria rural, existente nos Censos Agropecuários anteriores, foi suprimida no Censo atual. 21 É importante destacar que, à exceção da receita de exploração mineral, todas as receitas registradas pelo Censo são provenientes, direta ou indiretamente, da atividade agropecuária do estabelecimento, não havendo, portanto, informação acerca de eventuais remunerações do produtor fora do estabelecimento, tais como salários, benefícios previdenciários etc.

15 15 Resumindo, a metodologia para o calculo da Renda Total (RT) e de outros indicadores Valor Bruto da Produção (VBP) Σ do Valor da produção colhida/obtida de todos os produtos animais e vegetais; Renda Total (RT) (VBP* + Receita Agropecuária Indireta + Valor da Produção da Indústria Rural ) Valor Total das Despesas VBP* Σ do Valor da produção vendida de milho e dos principais produtos utilizados na indústria rural + Σ do Valor da produção colhida/obtida dos demais produtos animais e vegetais Receita Agropecuária Indireta Venda de esterco + Serviços prestados a terceiros + + Venda de máquinas, veículos e implementos + Outras receitas provenientes do estabelecimento agrícola Valor da Produção da Indústria Rural (VPIR) Σ do valor da produção de todos os produtos da indústria rural 22 Receita Agropecuária Total (RAT) Receita Total Receita de exploração mineral Renda Monetária (RM) (Receita Total Receita de exploração mineral) Despesa Total 22 O Censo conceitua indústria rural como as atividades de transformação ou beneficiamento de produtos agropecuários produzidos no estabelecimento ou adquiridos de terceiros, efetuados pelo produtor em instalações do próprio estabelecimento, comunitárias (moinhos, moendas, casas de farinha, etc.) ou de terceiros por prestação de serviços (ver IBGE. Censo Agropecuário Manual do Recenseador, p. 71).

16 16 2 O Perfil da Agricultura Brasileira 2.1 Estabelecimentos, Área e Valor Bruto da Produção Segundo o Censo Agropecuário 1995/96, existem no Brasil estabelecimentos rurais (Tabela 1), ocupando uma área de 353,6 milhões de hectares. Nesta safra 23, o Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária foi de R$ 47,8 bilhões e o financiamento total (FT) foi de R$ 3,7 bilhões. De acordo com a metodologia adotada, são estabelecimentos familiares, ocupando uma área de 107,8 milhões de ha, sendo responsáveis por R$ 18,1 bilhões do VBP total, recebendo apenas R$ 937 milhões de financiamento rural. Os agricultores patronais são representados por estabelecimentos, ocupando 240 milhões de ha. Os estabelecimentos restantes são formados por aqueles que, conforme já foi mencionado (ver nota 10), foram excluídos do universo analisado. Tabela 1: Brasil Estab., área, valor bruto da produção (VBP) e financiamento total (FT) 24 CATEGORIAS Estab. Total Estab. s/ total Área Tot. (mil ha) Área s/ total VBP (mil R$) VBP s/ total FT (mil R$) FT s/ total FAMILIAR , , , ,3 PATRONAL , , , ,8 Inst. Pia/Relig , , , ,1 Entid. pública , , , ,8 Não identificado 132 0,0 8 0, ,0 12 0,0 TOTAL , , , ,0 A safra agrícola de 1995/96 foi a que recebeu o menor volume de crédito rural no Brasil desde o final dos anos sessenta. O valor total dos financiamentos rurais foi inferior a R$ 4 bilhões, o que representou apenas 7,7 do VBP desta safra. Os agricultores familiares demonstraram ser mais eficientes no uso do crédito rural que os agricultores patronais, pois produzem mais com menos recursos do crédito rural. 23 O termo safra pode ser aqui utilizado, em virtude do fato de que neste Censo, ao contrário dos anteriores, o período de referência adotado para os dados de produção foi o ano agrícola. 24 O número total de estabelecimentos apresentados nesta tabela é inferior em uma unidade ao número divulgado pelo IBGE (ver IBGE. Estatísticas do Censo Agropecuário , número 1, Brasil. Rio de Janeiro, 1998). Isto se deve ao fato de que o presente trabalho utilizou-se dos microdados do Censo, que contêm correções realizadas após a publicação do volume Brasil, que provocaram, entre outros acertos, a eliminação de um estabelecimento localizado no Rio Grande do Sul.

17 Os agricultores familiares representam, portanto, 85,2 do total de estabelecimentos, ocupam 30,5 da área total e são responsáveis por 37,9 do Valor Bruto da Produção Agropecuária Nacional, recebendo apenas 25,3 do financiamento destinado a agricultura. A análise regional (Tabela 2) demonstra a importância da agricultura familiar nas regiões Norte e Sul, nas quais mais de 50 do VBP é produzido nos estabelecimentos familiares. Na região Norte, os agricultores familiares representam 85,4 dos estabelecimentos, ocupam 37,5 da área e produzem 58,3 do VBP da região, recebendo 38,6 dos financiamentos. A região Sul é a mais forte em termos de agricultura familiar, representada por 90,5 de todos os estabelecimentos da região, ou agricultores familiares, ocupando 43,8 da área e produzindo 57,1 do VBP regional. Nesta região, os agricultores familiares são ficam com 43,3 dos financiamentos aplicados na região. O Centro-Oeste apresenta o menor percentual de agricultores familiares entre as regiões brasileiras, representando 66,8 dos estabelecimentos da região e ocupando apenas 12,6 da área regional e 12,7 dos financiamentos. Tabela 2: Agric. Familiares Estab., área, VBP e financiamento total segundo as regiões REGIÃO Estab. Total Estab. s/ total Área Total (Em ha) Área s/ total VBP (mil R$) VBP s/ total FT (mil R$) FT 17 s/ total Nordeste , , , ,8 Centro-Oeste , , , ,7 Norte , , , ,6 Sudeste , , , ,6 Sul , , , ,3 BRASIL , , , ,3 A região Nordeste é a que apresenta o maior número de agricultores familiares, representados por estabelecimentos (88,3), os quais ocupam 43,5 da área regional, produzem 43 de todo o VBP da região e ficam com apenas 26,8 do valor dos financiamentos agrícolas da região. Os agricultores familiares da região Sudeste apresentam uma grande desproporção entre o percentual de financiamento recebido e a área dos estabelecimentos. Esses agricultores possuem 29,2 da área e somente recebem 12,6 do crédito rural aplicado na região. O financiamento destinado à agricultura é desproporcional entre os agricultores familiares e patronais, sendo que em todas as regiões a participação dos estabelecimentos familiares no crédito rural é inferior ao percentual do VBP de que eles são responsáveis.

18 Quando cruzados os dados das cinco regiões brasileiras (Tabela 3), o Nordeste desponta com o maior percentual de estabelecimentos, sendo responsável por 49,7 de todos os estabelecimentos familiares brasileiros. Entretanto, ocupa apenas 31,6 da área total dos familiares, é responsável por 16,7 do VBP dos agricultores familiares e absorve 14,3 do financiamento rural destinado a esta categoria de agricultores. Tabela 3: Agricultores Familiares - Participação percentual das regiões no número de estabelecimentos, área, VBP e financiamento total destinado aos agricultores familiares REGIÃO Estab. s/ total Área s/ total VBP s/ total FT s/ total Nordeste 49,7 31,6 16,7 14,3 Centro-Oeste 3,9 12,7 6,2 10,0 Norte 9,2 20,3 7,5 5,4 Sudeste 15,3 17,4 22,3 15,3 Sul 21,9 18,0 47,3 55,0 BRASIL 100,0 100,0 100,0 100,0 A região Centro-Oeste é a que apresenta o menor número de agricultores familiares, sendo responsável por apenas 3,9 do total de estabelecimentos familiares no Brasil. Por outro lado, apresenta em conjunto com a região Norte, a maior área média entre os familiares, pois com um menor número de estabelecimentos, ocupam respectivamente 12,7 e 20,3 da área total dos agricultores familiares. 18 Gráfico 1: Brasil - Agricultores Familiares - Part. perc. das regiões no número de estab. familiares, área, VBP e financiamento total Estab Área VBP FT Nordeste C. Oeste Norte Sudeste Sul

19 A região Sul, apesar de deter 21,9 dos estabelecimentos familiares e ocupar 18 da área total, é responsável por 47,3 do Valor Bruto da Produção da agricultura familiar brasileira. O crédito rural também está mais concentrado nesta região, a qual absorve 55 dos recursos de crédito rural utilizados pelos agricultores familiares do Brasil. 2.2 Área Média dos Estabelecimentos A área média dos estabelecimentos familiares é muito inferior à dos patronais, apresentando também uma grande variação entre as regiões. A área média dos estabelecimentos familiares no Brasil é de 26 ha, enquanto que a patronal é de 433 ha. Gráfico 2: Área média dos estabelecimentos familiares (Em ha) Em ha NE CO N SE S BR A área média dos estabelecimentos familiares e patronais tem uma relação entre as regiões, a qual está relacionada ao processo histórico de ocupação da terra. Nas regiões onde os agricultores patronais apresentam as maiores áreas médias, o mesmo acontece entre os familiares. Enquanto a área média entre os familiares do Nordeste é de 16,6 ha, no Centro-Oeste é de 84,5 ha. Gráfico 3: Área média dos estabelecimentos patronais (Em ha) Em ha NE CO N SE S BR

20 Entre os patronais, com uma média de 433 ha para o Brasil, na região Centro-Oeste a média chega a ha, encontrando-se na região Sudeste a menor área entre a dos patronais, com 223 ha por estabelecimento. 2.3 Renda Total e Renda Monetária por Estabelecimento A Renda Total (RT) agropecuária e a Renda Monetária (RM) por estabelecimento apresentam uma grande diferenciação entre os agricultores familiares e patronais, sendo a renda patronal muito superior à encontrada entre os familiares. Esta diversidade também ocorre entre os agricultores de uma mesma categoria, mas localizados em diferentes regiões. No Brasil, a RT média por estabelecimento familiar (Tabela 4) foi de R$ 2.717, variando entre R$ 1.159/ano no Nordeste e R$ 5.152/ano na região Sul. A RM da agropecuária por estabelecimento foi de R$ entre os agricultores familiares, sendo R$ 696 na região Nordeste e R$ na região Sul. Tabela 4: Agricultores Familiares e Patronais - Renda total (RT) e renda monetária (RM) por estabelecimento (Em R$) REGIÃO FAMILIAR PATRONAL RT/Estab RM/Estab RT/Estab RM/Estab Nordeste Centro-Oeste Norte Sudeste Sul BRASIL A Renda Total e a Renda Monetária obtida nos estabelecimentos familiares demonstram o potencial econômico e produtivo dos agricultores familiares, que apesar de todas as limitações, não produzem apenas para subsistência, obtendo renda através da produção agropecuária de seus estabelecimentos. Os estabelecimentos patronais apresentaram Renda Total média de R$ anuais, variando de R$ 9.891/ano no Nordeste a R$ no Centro-Oeste. A Renda mais elevada entre os patronais é explicada principalmente pela área de que estes dispõem. 20

21 2.4 Renda Total por unidade de Área A Renda Total por hectare demonstra que a agricultura familiar é muito mais eficiente que a patronal, produzindo uma média de R$ 104/ha/ano contra apenas R$ 44/ha/ano dos agricultores patronais. Gráfico 4: Renda total (RT) por ha / ano dos estabelecimentos familiares e patronais R$ / Ha / Ano NE CO N SE S BR Familiar Patronal A maior eficiência da agricultura familiar sobre a patronal ocorre em todas as regiões brasileiras. No Nordeste, os agricultores familiares produzem em média R$ 70/ha contra R$ 37/ha dos patronais, no Centro-Oeste produzem uma média de R$ 48/ha contra R$ 25/ha dos patronais. Na região Sul, os agricultores familiares produzem R$ 241/ha contra R$ 99/ha dos agricultores patronais. Na região Norte, os agricultores familiares obtém uma média de R$ 52/ha de Renda Total, valor quase cinco vezes superior à dos agricultores patronais, que obtêm uma média de apenas R$ 12/ha/ano. 2.5 Condição dos Agricultores em relação à Terra A situação dos agricultores familiares, segundo a condição de uso da terra demonstra que 74,6 são proprietários, 5,7 são arrendatários, 6,4 são parceiros e 13,3 são ocupantes. O menor percentual de agricultores familiares proprietários está na região Nordeste, com apenas 65 dos estabelecimentos. O Centro-Oeste é o que apresenta maior percentual de agricultores familiares proprietários, representado por 89,8 dos estabelecimentos familiares da região. Entre as regiões, o percentual de ocupantes é maior no Nordeste, chegando a 19,3 dos estabelecimentos familiares, representado por 397 mil agricultores. Na região Norte, os ocupantes somam 13,2 dos estabelecimentos familiares, representado por 50 mil agricultores. Na região Sul, apesar de representarem apenas 6,7 do total de estabelecimentos familiares, os ocupantes somam mais de 61 mil agricultores familiares.

22 Tabela 5: Agricultores Familiares Perc. dos estab. e área segundo a condição do produtor Proprietário Arrendatário Parceiro Ocupante REGIÃO Estab. Área Estab. Área Estab. Área Estab. Área Nordeste 65,4 91,8 6,9 1,0 8,4 1,6 19,3 5,6 Centro-Oeste 89,8 93,6 3,4 2,7 1,3 0,4 5,6 3,2 Norte 84,6 94,2 0,7 0,3 1,4 0,4 13,2 5,1 Sudeste 85,7 92,2 4,1 3,8 5,2 1,5 5,0 2,5 Sul 80,8 87,8 6,4 5,4 6,0 3,2 6,7 3,7 BRASIL 74,6 91,9 5,7 2,3 6,4 1,5 13,3 4,3 A prática de arrendamento e de parceira por agricultores familiares está mais presente nas regiões Nordeste e Sul, sendo que os arrendatários representam 6,9 dos estabelecimentos familiares da região Nordeste e 6,4 dos estabelecimentos da região Sul. A condição de uso da terra em forma de parceira ocorre em 8,4 dos estabelecimentos familiares da região Nordeste e 6 da região Sul. 2.6 Estrutura Fundiária A propriedade da terra não é o único elemento a ser considerado em relação à necessidade da reestruturação fundiária no Brasil. Entre os agricultores familiares que são proprietários, muitos possuem menos de 5 ha, o que, na maioria dos casos, inviabiliza sua sustentabilidade econômica através da agricultura, com exceção de algumas atividades econômicas, sua localização e/ou seu grau de capitalização. No Brasil, conforme demonstrado no próximo gráfico, 39,8 dos estabelecimentos familiares possuem, sob qualquer condição, menos de 5 ha, sendo que outros 30 possuem entre 5 a 20 ha e 17 possuem entre 20 e 50 ha. Ou seja, 87 dos estabelecimentos familiares possuem menos de 50 ha. Os agricultores familiares com área maior que 100 ha e menor que a área máxima regional são representados por 5,9 dos estabelecimentos, mas ocupam 44,7 de toda a área da agricultura familiar brasileira. 22

23 23 Gráfico 5: Brasil - Agricultores Familiares - Perc. de estab. e área segundo grupos de área total 39,8 44,7 Em 3,0 29,6 12,2 20,4 17,2 19,7 7,6 5,9 < 5 5 a a a a 15MR Em ha Estab. Área A área media dos estabelecimentos familiares em cada grupo de área também é baixa. Considerando a média para o Brasil (Tabela 6), com dados muito semelhantes para todas as regiões, a área média dos estabelecimentos com menos de 5 ha é de apenas 1,9 ha por estabelecimento. Mesmo entre os com área entre 5 e 20 ha, a média é de apenas 10,7 ha por estabelecimento. Tabela 6: Brasil Agric. Familiares - Área média dos estab. segundo os grupos de área total GRUPOS DE ÁREA TOTAL Área Média (Em ha) Menos de 5 ha 1,9 5 a menos de 20 ha 10,7 20 a menos de 50 ha 31,0 50 a menos de 100 ha 67,8 100 ha a 15 Módulos Regionais 198,0 Área Média dos Agricultores Familiares 26,0 A região Nordeste é a que apresenta o maior número de minifúndios (Tabela 7), com 58,8 de seus estabelecimentos familiares com menos de 5 ha. Entre esses agricultores, a área média é de 1,7 ha por estabelecimento. Quando somados aos 21,9 dos estabelecimentos com 5 ha a menos de 20 ha, os quais possuem uma área média de 9,8 ha por estabelecimento, obtém-se 81 dos estabelecimentos familiares desta região. Considerando somente a pequena área disponível e que uma grande parte destes estabelecimentos está situada na região do semi-árido nordestino, estes agricultores dificilmente terão perspectivas de melhoria e potencialização de seus sistemas produtivos. Na região Sul, 20 dos estabelecimentos familiares possuem menos de 5 ha, 47,9 possuem entre 5 e menos de 20 ha e outros 23,2 possuem entre 20 e menos de 50 ha.

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