José Carvalho de Noronha
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- Miguel Sampaio Felgueiras
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1 Desigualdades e diversidade territorial: implicações para o planejamento regional e a universalização do saúde no Brasil Seminário ENSP: Desafios da regionalização e conformação de redes de atenção em contexto de crise e desigualdades territoriais Dezembro de 2016 José Carvalho de Noronha
2 É certo que prever significa somente ver bem o presente e o passado enquanto movimento: ver bem, isto é, identificar com exatidão os elementos fundamentais e permanentes no processo. No entanto, é absurdo pensar numa previsão puramente objetiva. Quem faz previsão tem, na realidade, um programa que deve ser levado ao triunfo; e a previsão é, exatamente, um elemento desse triunfo.... somente na medida em que o aspecto objetivo da previsão é ligado a um programa, este adquire objetividade: 1. porque somente a paixão aguça o intelecto e ajuda a tornar mais clara a intuição; 2. porque, sendo a realidade a aplicação da vontade humana à sociedade das coisas, prescindir de qualquer elemento voluntário ou calcular somente a vontade dos outros como elemento objetivo do jogo geral mutila a própria realidade. (Gramsci, Previsões e perspectivas, in Notas sobre Maquiavel)
3 Princípios norteadores do projeto de desenvolvimento (apud Furtado, 1998) prioridades para a ação política em função de uma nova concepção de desenvolvimento, posto ao alcance de todos os povos e capaz de preservar o equilíbrio ecológico. O espantalho do subdesenvolvimento deve ser neutralizado. O principal objetivo da ação social deixaria de ser a reprodução dos padrões de consumo das minorias abastadas para ser a satisfação das necessidades fundamentais do conjunto da população e a educação concebida como desenvolvimento das potencialidades humanas nos planos ético, estético e da ação solidária. A criatividade humana, hoje orientada de forma obsessiva para a inovação tecnológica a serviço da acumulação econômica e do poder militar, seria reorientada para a busca do bem estar coletivo, concebido este como a realização das potencialidades dos indivíduos e das comunidades vivendo solidariamente.
4 PROSPECÇÃO ESTRATÉGICA
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6 Grandes linhas Análise de tendências Rastreamento de horizontes
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8 Campos temáticos explorados Vol. 1. Desenvolvimento, Estado e Políticas de Saúde Vol. 2. População e Perfil Sanitário Vol. 3. Organização e Gestão do Sistema de Saúde Vol. 4. Estrutura do Financiamento e do Gasto Setorial Vol. 5. Desenvolvimento Produtivo e Complexo da Saúde
9 Segunda Rodada Entregues 17 novos estudos, organizados em três volumes, à Editora Fiocruz para cumprimento do processo editorial Volume, Brasil Saúde Amanhã: População, Economia e Gestão, com seis estudos Volume, Brasil Saúde Amanhã: Dimensões para o Planejamento da Atenção à Saúde, com seis estudos Volume Brasil Saúde Amanhã: Complexo Econômico Industrial da Saúde, com cinco estudos
10 Segunda etapa Brasil Saúde Amanhã Dinâmica Demográfica e Distribuição Espacial da População: o acesso aos serviços de saúde Oliveira, A.T. & O Neill, M. Os Recursos Físicos de Saúde no Brasil: Um Olhar para o Futuro Santos, I.S. Martins, A.C.M., Lima, C.R et al. Mapeamento da frequência e fluxo das internações nos municípios brasileiros Viacava, F., Xavier, D.R., Bellido, J.D. et al
11 Segunda etapa Brasil Saúde Amanhã Área de influência e população referida para procedimentos de alta complexidade Magalhães, M.A.F.M., Xavier, D.R. & Matos, V Fluxos assistenciais de internação para pacientes de planos de saúde Machado, J., Bellido, J.G. & Viacava, F.
12 Terceira etapa Brasil Saúde Amanhã Distribuição espacial da população e dos serviços de saúde: as regiões imediatas de articulação urbana Oliveira, A.T.R., O Neill, M. & Gonçalves, M.
13 ALGUNS RESULTADOS
14 MUDANÇAS DEMOGRÁFICAS E EPIDEMIOLÓGICAS
15 Composição absoluta da população, por idade e sexo - Brasil 2010, 2020, 2030
16 Projeção de população idosa e ,6% ,9% ,5% 90 e ,2% ,3% ,7% Total
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19 Movimentação territorial: Taxas de crescimento dos municípios brasileiros, Crescimento populacional Esvaziamento populacional
20 Mortalidade proporcional por grupos de causa (Capítulos da CID), estratificado segundo os 10 grupos de maior peso para o ano de Brasil, 1980 a 2033.
21 Doenças do Aparelho Circulatório (DAC). Taxa de mortalidade padronizada (2011) por 100 mil hab. Brasil, 1980 a 2033.
22 Neoplasias. Taxa de mortalidade padronizada (2011) por 100 mil hab. Brasil, 1980 a 2033.
23 Causas Externas. Taxa de mortalidade padronizada (2011) por 100 mil hab. Brasil, 1980 a 2033.
24 Variação (%) na taxa de mortalidade por habitantes para as 14 maiores causas de morte. Brasil, 2011 e Fonte: Silva & Ramalho, Brasil Saúde Amanhã, 2014
25 Multimorbidade (Barnett et al, 2012)
26 Multiborbidade Brasil, 2008 (PNAD, 2008) 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% 0 a 4 anos 5 a 13 anos 14 a 19 anos 20 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 64 anos 65 anos ou mais 3 ou
27 Aspectos relevantes da evolução do perfil de morbo-mortalidade Predomínio crescente das doenças crônicas, mudando o paradigma da cura para o cuidado (from cure to care apudcochrane). Declínio da mortalidade, mas estabilidade na incidência. Aumento das pessoas em uso contínuo de serviços de saúde. Processos de referência e contra referência continuados. Aumento das necessidades de cuidados multiprofissionais. Aumento de idosos levando a necessidade de reinstituição de espaços institucionais de longa permanência e cuidados paliativos e, sobretudo, aumento da integração com sistemas de suporte a nível comunitário (cuidadores, assistência social, PSF, CRAIS etc; redes locais). Aumento dos gastos com atenção de média e alta complexidade
28 Apenas 91 municípios apresentam capacidade resolutiva integral média
29 UTI Neonatal UTI Adulto
30 Municípios segundo disponibilidade de estabelecimentos com 7 ou 8 das estruturas para trauma complexo Brasil, julho de 2013.
31 ACESSO E USO
32 Territórios do Sistema Único de Saúde mapeamento das redes de atenção hospitalar. Oliveira, Carvalho & Travassos, 2004 Dois tipos de redes estabelecidas pelos fluxos de pacientes para os serviços de saúde: a de atenção hospitalar básica, definida pelos procedimentos com maior frequência de internação e as de atenção de alta complexidade Empregou-se o método do fluxo dominante, que define o arcabouço da rede e os níveis hierárquicos dos municípios que constituem os nós. As redes de atenção hospitalar básica alcançam quase todo o país; poucos municípios estão fora delas. Nas redes de alta complexidade poucas cidades prestam atendimento e cerca da metade dos municípios brasileiros está desconectada
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42 CRVM por Regiões
43 CRVM: SUS vs Planos
44 CRVM: SUS vs Planos
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46 Número de Regiões Imediatas de Articulação Urbana, por tipologia de crescimento demográfico, Tipologia de crescimento demográfico (1) Grande Região Total Total Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1991, 2000 e Nota (1): Tipologia de crescimento demográfico 1. regiões de esvaziamento populacioanal 2. regiões com tendência ao esvaziamento populacioanal 3. regiões de estabilidade populacional 4. regiões de tendência ao crescimento populacional 5. regiões de forte atração populacional
47 Tendência de crescimento das regiões imediatas de articulação urbana, Brasil, 1991/2000/2010.
48 Tipologias da estrutura etária das regiões imediatas de articulação urbana, Brasil, 2010.
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