Linha de Cuidado da Pessoa Idosa
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- Ana Carolina Bandeira Cavalheiro
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1 Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil Sub-Secretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde Superintendência de Atenção Primária Coordenação de Linhas de Cuidado e Programas Especiais Linha de Cuidado da Pessoa Idosa 2010
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4 Estatuto do Idoso LEI Nº (1º de Outubro de 2003) Art.1º - É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. I - INTRODUÇÃO O crescimento da população idosa no Brasil está ocorrendo de forma acelerada, mudando o perfil populacional. Nos países desenvolvidos, o envelhecimento da população ocorreu lentamente, acompanhado de melhorias na cobertura do sistema de saúde, nas condições de habitação, saneamento básico, de trabalho e alimentação. Porém, nos países em desenvolvimento, dentre eles o Brasil, esse processo ocorreu nos últimos anos do século XX, de forma mais acelerada e num contexto de desigualdades sociais, economia frágil, crescentes níveis de pobreza, precário acesso aos serviços de saúde e reduzidos recursos financeiros, sem as modificações estruturais que respondam às demandas do novo grupo etário emergente (CAMARANO, 2001). A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera uma população envelhecida quando a proporção de pessoas com 60 anos ou mais atinge 7%. De acordo com o Censo Populacional de 2000, dos 169,5 milhões de brasileiros, 15,5 milhões tinham 60 anos ou mais, somando milhões de indivíduos idosos, representando 8,6% da população total. As projeções demográficas demonstram que para o ano de 2025, teremos uma população idosa de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, representando quase 15% da população total brasileira, o que nos colocará como a sexta população de idosos do mundo (IBGE, 2002). Esse crescimento da população idosa brasileira pode representar um grave problema para a sociedade se os anos de vida adicionais não forem vividos em condições de saúde adequada. Na Cidade do Rio de Janeiro essa transformação se deu de forma ainda mais intensa (SMS/IPP, 2006, p.11) 1. Dados da PNAD/2005 mostram 1 Primeira Pesquisa Sobre Condições de Saúde e Vida dos Idosos da Cidade do Rio de Janeiro, essa pesquisa foi realizada na Cidade do Rio de Janeiro durante a campanha de vacinação contra gripe no ano de 2006, no período de 24/04/06 a 05/05/06, nos postos de vacinação da rede municipal de saúde, captando aproximadamente 77% da população idosa da cidade. Trabalho conjunto entre a Secretaria
5 que a Cidade do Rio de Janeiro pode ser considerada como a capital nacional do idoso, pois só aqui eles respondem por 16% do total da população (a população geral da cidade já ultrapassou a barreira dos seis milhões), ou seja, aproximadamente um em cada grupo de seis moradores tem pelo menos 60 anos de idade. (apud SMS/IPP, 2006, p.11) Deste quantitativo, 75% dos idosos se mantêm independentes, ou seja, conforme já dito, apesar de terem suas doenças crônicas, estas estão controladas e não interferem em sua autonomia 2. Essa parcela da população idosa independente dá certo alívio para a rede municipal de saúde, mas com o avançar da idade ou o não acompanhamento adequado de saúde, essa situação pode mudar, resultando num aumento de demanda para a saúde, nos níveis mais especializados de assistência. O quadro 1 abaixo compara a porcentagem do quantitativo da faixa etária idosa (60 anos e mais) ao restante do conjunto da população, dividido por AP, no Município do RJ. População do População de AP % Município por AP idosos , , , , , , , , , ,0 Quadro 1 - Demonstrativo da população em total e da população idosa no Município do RJ, por AP. Fonte: Projeção para GIE/SVS/SUBASS/SMSDC/RJ/2006. Municipal de Saúde e o Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos. Dados disponíveis no site: Acesso em: 21 jan Fonte: GIE/SVS/SUBASS/SMS/RJ 2006.
6 Na área de saúde do idoso, o grande marco foi à publicação pelo MS, em Dezembro de 1999, da portaria 1.395, que instituiu a Política Nacional de Saúde do Idoso, que apresenta como propósito basilar à promoção do envelhecimento saudável, a manutenção e a melhoria, ao máximo, da capacidade funcional dos idosos, a prevenção de doenças, a recuperação da saúde dos que adoecem e a reabilitação daqueles que venham a ter a sua capacidade funcional restringida, de modo a garantir-lhes permanência no meio em que vivem exercendo de forma independente suas funções no contexto da sociedade. As demandas dos idosos exigem elaboração de programas, projetos, fluxos e protocolos compatíveis com a necessidade de cada realidade, com a identificação e/ou criação de equipe inter e multiprofissionais. A formação e a articulação das redes sociais (associações, grupos sociais, grupos de autoajuda e conselhos dos idosos) nas regiões e municípios, para garantia do atendimento integral, exigem caracterização da população idosa, mapeamento dos serviços de referência e contra-referência existentes.
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