Impactes sectoriais. Sistema edafoclimático, hidrologia, hidrogeologia. Impactes Ambientais 5 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário
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- Helena di Castro Sabrosa
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1 Engenharia Civil, 5º ano / 10º semestre Engenharia Territorio, 4º ano/ 8º semestre Impactes sectoriais Sistema edafoclimático, hidrologia, hidrogeologia Impactes Ambientais 5 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário
2 Clima e microclima - conceitos Clima: características médias do estado da atmosfera num determinado local Microclima: clima a um nível local Alterações globais: efeitos de poluentes atmosféricos (camada de ozono, efeito de estufa, acidificação, eutrofização)
3 Clima e microclima - Enquadramento internacional Convenção-Quadro para as Alterações Climáticas Kyoto Protocol e Conferência de Bali Inter-Governmental Panel on Climate Change - 4º Relatório Programas nacionais de Alterações Climáticas
4 Impactes microclimáticos alterações da circulação atmosférica, causadas por alterações topográficas, edifícios de grande dimensão aumento da ocorrência de nevoeiros (ou até da formação de gelo em estradas), causada por grandes albufeiras ou torres de refrigeração redução da radiação solar, causada por ensombramento ou por fumos na atmosfera represamento de massas de ar frio (aumento da humidade e do risco de geada), causado por estruturas tais como aterros efeito de ilha de calor, causado por superfícies com elevada capacidade de radiação da energia térmica absorvida
5 Impactes microclimáticos - indirectos conforto humano sáude humana segurança de pessoas actividades económicas (agricultura) erosão do solo transporte (pelo vento) e deposição de materiais geológicos
6 Impactes microclimáticos - mitigação alterações na orientação e dimensões de estruturas ou edifícios, alterações da localização de modificações do terreno (vento) plantação de barreiras vegetais ou outras (barreiras contra ventos) escolha de materiais de construção para revestimentos de coberturas e de pavimentos (efeito de ilha de calor) ensombramento, nomeadamente através de árvores (efeito de ilha de calor) aberturas nos aterros suficientes para a drenagem do ar frio (acumulação de massas de ar frio) escolha do tipo de pavimento (formação de gelo) localização de torres de refrigeração (formação de nevoeiros)
7 Geologia, Geomorfologia e Processos Costeiros Enquadramento em convenções internacionais Convenção para a Protecção do Património Mundial, Cultural e Natural (UNESCO, Paris, 1972), que reconhece como Património da Humanidade os sítios de valor excepcional, quer natural quer cultural: um dos quatro critérios de inclusão na lista dos sítios naturais constituir exemplo excepcional representando grandes estádios da evolução da Terra, incluindo o registo da vida, processos significativos do desenvolvimento das formas de relevo ou aspectos geomorfológicos ou fisiográficos significativos Programa Geoparques da UNESCO e Rede Europeia de Geoparques, que têm como objectivos interligar a geologia, a geomorfologia e a diversidade biológica e cultural ao nível da paisagem
8 Geologia, Geomorfologia e Processos Costeiros Enquadramento em convenções internacionais Convenção Europeia da Paisagem e Estratégia Pan-Europeia da Diversidade Biológica e da Paisagem (Conselho da Europa): reconhecem e interligam os aspectos culturais, biológicos e geológicos da paisagem Programa Geosites da União Internacional das Ciências Geológicas: programa científico que visa estabelecer critérios de selecção de sítios com interesse geológico e geomorfológico
9 Geologia, Geomorfologia e Processos Costeiros Relações com outros factores - microclima - comunidades vegetais e animais - erosão do solo - níveis de contaminação natural ou de fundo - hidrogeologia - materiais tradicionais de construção - paisagem Riscos naturais: sismicidade, vulcanismo, deslizamento de encostas, erosão costeira, inundações
10 Geologia, Geomorfologia e Processos Costeiros Impactes Valores geológicos e geomorfológicos: destruição, perturbação do enquadramento visual, degradação por excessiva pressão humana Recursos geológicos com interesse económico (actual ou potencial): inibição ou criação de restrições à sua utilização futura (impactes socioeconómicos ou no ordenamento do território) Topografia/Geomorfologia: efeitos microclimáticos, efeitos paisagísticos, erosão do solo, agravamento de riscos geológicos Processos costeiros: alteração de situações de equilíbrio na dinâmica litoral, intrusão salina, inundações
11 Geologia, Geomorfologia e Processos Costeiros Mitigação de impactes geológicos Principal medida: alternativas de localização do projecto Alternativas de soluções técnicas (aproveitamento mais eficiente de recursos minerais, por ex.) Faseamento de utilizações do território (extracção de recursos seguida de instalação de outros usos) Compensação: valorização de geomonumentos
12 Geologia, Geomorfologia e Processos Costeiros Mitigação de impactes em processos costeiros Principal medida: alternativas de localização do projecto Alternativas de soluções técnicas (ex: obras de defesa costeira - esporões, diques submersos) Alimentação artificial de praias Compensação: por ex. medidas de recuperação adoptadas noutros locais
13 Hidrologia e recursos hídricos - Usos da água: - com consumo - sem consumo conceitos Água, factor essencial: -vida humana -actividades económicas -ecossistemas -paisagem Relações com: clima, solo, geologia e geomorfologia, ecologia, actividades económicas, saúde
14 Hidrologia e recursos hídricos - legislação A Directiva-Quadro da Água (DQA, 2000/60/CE) Lei n.º 58/2005 (Lei da Água)
15 Hidrologia e recursos hídricos - impactes - Alterações da topografia (aterros, escavações): alterações do escoamento superficial e da drenagem superficial, alterações do escoamento da água subterrânea - Compactação ou impermeabilização do solo: redução da infiltração e aumento do escoamento, aumento do risco de inundação - Canalização ou desvio de linhas de água: aumento da velocidade de escoamento, erosão dos leitos a jusante - Alterações da cobertura vegetal: aumento da erosão e do escoamento superficial, assoreamento a jusante - Estruturas em leitos de rios: alterações do leito dos rios - Barragens: erosão do leito dos rios (erosão a jusante) - Extracção de água: redução de caudais superficiais, alterações dos níveis dos aquíferos, salinização
16 Hidrologia e recursos hídricos - impactes indirectos - Qualidade da água - Agravamento de riscos de inundação e de secas - Alterações na disponibilidade de água para abastecimento público, para actividades económicas (agricultura, pecuária, indústria, turismo) ou para lazer - Alterações nos ecossistemas - Erosão, salinização de solos - Paisagem - Saúde humana (doenças de origem hídrica)
17 Hidrologia e recursos hídricos - mitigação Localização do projecto e de estaleiros Dimensionamento das quantidades de água a utilizar Soluções de projecto Técnicas construtivas Recuperação de linhas de água ou outras zonas húmidas (c) Reconstrução de infra-estruturas hidráulicas (c)
18 Solos Enquadramento da conservação do solo em convenções internacionais - Carta Mundial do Solo (FAO, 1981) - Convenção de Combate à Desertificação - Convenção Africana para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (Argel, 1968) - Comité Inter-Estadual da Luta contra a Desertificação no Sahel (1973) - Carta Europeia do Solo (Conselho da Europa 1972, em revisão) - 6º Programa Comunitário em Matéria de Ambiente (UE)
19 Reserva Agrícola Nacional (RAN) Regulamento administrativo, que se rege pelo Decreto-Lei nº 196/89, de 41 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei nº274/92, de 12 de Dezembro Objectivo: Defender e proteger as áreas de maior aptidão agrícola e garantir a sua afectação à agricultura, de forma a contribuir para o pleno desenvolvimento da agricultura portuguesa e para o correcto ordenamento do território A RAN constitui uma restrição de utilidade pública, de acordo com a classificação de tipos de servidão da DGOTDU e constitui uma das condicionantes obrigatórias na Planta de Condicionantes das figuras de plano formalmente existentes em Portugal.
20 As Áreas da RAN são constituidas por: Solos das classses A e B, bem como por solos de baixas aluvionares e coluviais, e ainda por solos do outro tipo, como os solos Ch, cuja integração nas mesmas se mostre conveniente para a prossecução dos objectivos (artº 4º do Decreto-Lei nº 196/89, de 1 de Junho)
21 Critérios de avaliação do solo capacidade de uso agrícola ou florestal como parte do ecossistema e da paisagem Como espaço disponível para o desenvolvimento
22 Impactes directos (ou indirectos) destruição aumento da erosão (destacamento e posterior arraste de partículas do solo por acção da precipitação ou do vento) alteração das características físico-químicas e microbiológicas (compactação, contaminação, empobrecimento) Causas: operações correntes de construção/ exploração/ desactivação ou acidentes
23 Impactes indirectos contaminação de águas subterrâneas na sequência de contaminações do solo aumento do transporte sólido em cursos de água assoreamento de infra-estruturas hidráulicas alterações ecológicas alterações na produtividade agrícola ou florestal
24 Impactes indirectos da utilização de solos contaminados É crescente a preocupação com as utilizações de solos contaminados para fins diversos: por ex. urbanização, recreio, alagamento por albufeiras. Essa utilização pode ter impactes significativos a jusante, na saúde humana, na qualidade da água e no próprio investimento económico.
25 Mitigação - alterações de localização (projecto, estaleiros) - técnicas ou produtos com menor impacte - técnicas e procedimentos que reduzam a erosão - controlo de descargas poluentes (obra, exploração) - deposição de resíduos - reaproveitamento de solos - recuperação de solos degradados (compensação)
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