Riscos de Cheias e Secas: O papel regulador dos aquíferos

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1 Riscos de Cheias e Secas: O papel regulador dos aquíferos Judite FERNANDES e Augusto COSTA INICIATIVA RISCOS 1ª SESSÃO RISCOS NATURAIS 20 de SETEMBRO de 2012

2 Água subterrânea: a componente invisível do ciclo hidrológico Aquífero Formação geológica que contém água e a pode ceder em quantidades economicamente aproveitáveis. Percurso subterrâneo da água A água tem um percurso dinâmico que se rege pela diferença de energia potencial gravítica do fluido (desloca-se da maior carga hidráulica para a menor).

3 Relações entre aquíferos e rios influentes e efluentes Interface água doce e água salgada Rio influente cede água às formações geológicas adjacentes Rio em equilíbrio com o aquífero Rio efluente recebe água das formações geológicas adjacentes Existe uma alternância destas situações quer no espaço quer no tempo.

4 Dinâmica da circulação hídrica Fonte: Natural Resources Canada. O escoamento subterrâneo é muito mais lento do que o superficial, com excepção das condutas cársicas. A água subterrânea é espacial e temporalmente distribuída.

5 Riscos de Cheias: O papel regulador dos aquíferos Atenuação das cheias por infiltração em zonas de recarga de aquíferos e rios influentes. Medidas Preventivas - Implementar as áreas estratégicas de protecção e recarga de aquíferos; -Evitar a impermeabilização excessiva quer em relação á área da bacia hidrográfica quer em relação à área de recarga dos aquíferos existentes; -Preocupação em utilizar materias permeáveis em áreas construídas (exemplo pavimentos dos parques de estacionamento); -Em áreas muito impermeabilizadas compensar com o retorno ao meio de águas pluviais intersectadas; - Incrementar a recarga induzida pelo rebaixamento controlado de níveis o que leva a um amortecimento do efeito de precipitações intensas. Caso da nascente do Lez, Montpellier, França, com a utilização de reservatórios cársicos para regulação e armazenamento. São extraídos 1700 l/s, dos quais 160 l/s são descarregados junto à nascente do Lez para manter o escoamento superfícial do rio.

6 Riscos de Secas: O papel regulador dos aquíferos Atenuação dos efeitos da seca através da exploração de reservatórios subterrâneos para satisfazer o abastecimento e a manutenção dos ecossistemas. Podem, ocasionalmente, ser exploradas quantidades superiores aos recursos renováveis, provocando uma sobreexploração temporária, desde que esta fracção de água seja reposta nos anos hidrológicos seguintes. Medidas Preventivas -Implantação e manutenção de pontos de água estrategicamente distribuidos para fornecimento de água às populações, para a agricultura, o abeberamento de gado e da fauna existente, e para o combate a incêndios florestais; -Tal como na gestão de uma albufeira, também na gestão dos aquíferos haverá que manter um caudal ecológico por causa dos ecossistemas dependentes de descargas naturais destes reservatórios subterrâneos, sobretudo no estio.

7 Riscos para os ecossistemas dependentes da água subterrânea Muitos planos de água doce são mantidos no estio pela descarga de água subterrânea que alimenta rios, lagos, pauis, sapais, etc. Existem ecossistemas em meio marinho, singulares nas fauna e flora, dependentes das características particulares físico-químicas e de nutrientes que as águas subterrâneas descarregam no meio. Medidas preventivas -Evitar extracções excessivas que ponham em causa a manutenção de caudais ecológicos de descarga natural do aquífero: - Em terra, provocando alterações do regime hídrico da massa de água superfícial (de permanente para temporário e/ou de efluente para influente); - No mar, dando origem a alterações fisico-químicas que desequilibram os ecossistemas; -Manter a qualidade química da água e a não introdução de substâncias contaminantes em circulação.

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9 Riscos de Contaminação de aquíferos Os aquíferos são sistemas naturais com diferentes graus de vulnerabilidade intrínseca. O risco de contaminação resulta da interacção da vulnerabilidade natural e a carga de contaminante imposta. Índices drastic, de susceptibilidade, god e outros. Medidas preventivas -Protecção efectiva às áreas estratégicas de protecção e recarga de aquíferos (REN DL nº 166/2008 ) nos planos de ordenamento do território; -Estabelecimento dos perímetros de protecção das captações para abastecimento público (Portaria n.º 702/2009); -Selecção de locais geologicamente adequados para implantação de indústrias e para armazenamentos de resíduos em função da sua perigosidade; -Monitorização e controlo das descargas de substâncias perigosas para o subsolo.

10 Riscos de Sobreexploração de aquíferos A exploração sistemática de quantidades de água superiores aos recursos hídricos anuais renováveis, ou seja a utilização sistemática das reservas, conduz a uma situação de sobreexploração que pode levar a: - Compactação de aquíferos, no caso de alguns aquíferos porosos; - Intrusão salina, no caso de aquíferos com descarga para o mar. A concentração de captações em áreas do litoral pode conduzir a uma intrusão salina localizada por rebaixamento excessivo. Medidas preventivas - Evitar a redução da recarga de aquíferos; - Regular as extracções evitando excessos generalizados e/ou localizados de rebaixamentos; - Promover a intensificação da recarga natural e/ou a recarga artificial em aquíferos vitais para o abastecimento. Conhecer os termos dinâmicos do balanço hídrico dos aquíferos (recarga, extracções, descarga natural) para avaliação dos recursos, bem como conhecer a geometria e parâmetros hidráulicos do aquífero para avaliação das reservas, é indispensável à gestão integrada da água.

11 Mitigação do risco A) Planos do ordenamento do território com a delimitação de áreas estratégicas de protecção e recarga de aquíferos, de perímetros de protecção de captações e a definição das respectivas condicionantes. B) Desenvolvimento de modelos numéricos calibrados dos sistemas aquíferos para optimizar a gestão integrada da água. C) Promover a reabilitação de aquíferos através de: -Intensificação da recarga natural; -Recarga artificial; -Regular as extracções; -Remediação fisica, química e biológica.

12 O que faz a Unidade de Águas subterrâneas do LNEG? -Cartografia hidrogeológica, que implica o estudo integrado das massas de água, definindo a sua geometria, funcionamento hidráulico, balanço hídrico, produtividades, background de qualidade físico-química, vulnerabilidade e riscos; -Estuda os processos de circulação hídrica subterrânea, de recarga e descarga de água subterrânea, de interacção água-rocha, de contaminação e remediação, de exploração, de interacção com os sistemas hídricos de superfície e ecossistemas associados; -Desenvolve áreas como a modelação conceptual e numérica dos sistemas hídricos subterrâneos, a prospecção geofísica, a utilização de técnicas isotópicas de datação e de traçagem de águas, a aplicação de técnicas microbiológicas (metagenómica) no reconhecimento do potencial de atenuação natural da contaminação em aquíferos.

13 O que faz a Unidade de Águas subterrâneas do LNEG? - Participa em projectos de investigação científica e de demonstração nacionais e internacionais; - Presta serviços de natureza técnica e científica; - Disponibiliza informação à sociedade; - Pronuncia-se e participa na elaboração de alguns planos nacionais e regionais; - Emite pareceres, no âmbito dos processos de AIA, sobre os principais projectos nacionais (solicitações da APA, CCDRs, etc.).

14 Conhecer para melhor gerir implica investimento. Imagens retiradas do Hidrolex, on-line no sítio do LNEG.

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