1. INTRODUÇÃO 2. ANÁLISE TEÓRICA DE UM CIRCUITO SEQUENCIAL BÁSICO SISTEMAS DIGITAIS , MEEC TRABALHO DE LABORATÓRIO III CIRCUITOS SEQUENCIAIS
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- Benedicto Jardim Desconhecida
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1 TRABALHO DE LABORATÓRIO III CIRCUITOS SEQUENCIAIS 1. INTRODUÇÃO Pretende-se com este trabalho que os alunos se familiarizem com os elementos básicos de memória (flip-flops) e ainda com projecto e simulação de circuitos digitais em VHDL. Este trabalho é considerado para avaliação de conhecimentos. No início da aula cada grupo deverá impreterivelmente mostrar ao docente a resposta a todas as questões referidas na secção 2 e 3. Poderá realizar as secções 3 e 4 durante a aula de laboratório. No entanto, dado o pouco tempo de laboratório, recomenda-se que realize todo o trabalho em casa, usando a aula de laboratório apenas para testar o circuito na placa de prototipagem (subsecções 4.7 e 4.8). O trabalho deverá ser submetido no Fénix até às 23h59m de Sexta-Feira, dia 15 de Novembro em formato ZIP e deverá incluir o relatório (em formato PDF) e os ficheiros VHDL e SCH usados na elaboração do trabalho de laboratório. Na secção 5 é explicada a estrutura que o relatório deverá seguir. Como preparação prévia, deve ser feita uma leitura cuidada aos slides de introdução a VHDL ( Aula Temática: VHDL ) e ao documento Introdução ao Ambiente de Projecto da Xilinx disponível na página da cadeira. Deve ter consigo nesta e nas aulas de laboratório seguintes cópias dos documentos Introdução ao Ambiente de Projecto da Xilinx e Guia de Implementação de Circuitos na Placa de Desenvolvimento os quais deverá utilizar como manuais de utilização. 2. ANÁLISE TEÓRICA DE UM CIRCUITO SEQUENCIAL BÁSICO O esquema da Figura 1 implementa um circuito sequencial constituído por 3 Flip-Flops (FF s) tipo D (com entradas de Set e Reset assíncronas) e por lógica combinatória adicional. SEL 0 MUX2:1 (M2_1) 1 nq0 D2 1D Q Q2 D1 1D Q Q1 D0 1D Q Q0 CLK S2 R2 C1 S R FFD CLK S1 R1 C1 S R FFD CLK S0 R0 C1 S R FFD INI B2 B1 B0 Figura 1 - Circuito sequencial básico. 1 P á g i n a
2 Considere que a entrada B=< b 2,b 1,b 0> corresponde ao dígito menos significativo do número de aluno com menor valor, quando este número está representado em base 8. Por exemplo, para um grupo formado pelos elementos 76143= (8) e 77188= (8), a constante B é De acordo com as suas previsões teóricas, e considerando INI=0, construa a tabela de verdade do circuito indicando, para cada um dos estados (i.e., para cada valor possível à saída dos FF s), o valor do estado seguinte (i.e., o valor à saida dos flip-flops após o próximo flanco de relógio). Justifique Indique qual a função da entrada INI e qual o estado dos flip-flops (FF s) quando INI=1. Justifique Para o circuito descrito complete o diagrama temporal da Figura 2, de acordo com as previsões teóricas do funcionamento deste circuito obtidas em 2.1 (considere que os tempos de propagação dos FF s e das portas lógicas são desprezáveis face ao período de relógio). Justifique todas as transições observadas em cada um dos sinais. CLK INI Q2 Q1 Q0 SEL D2 D1 D0 Figura 2 - Diagrama temporal a completar. 2 P á g i n a
3 3. SIMULAÇÃO DE UM CIRCUITO SEQUENCIAL BÁSICO 3.1. Usando a ferramenta Xilinx ISE, descreva o circuito da figura 1 em VHDL. Para tal: a) Crie um novo projecto no Xilinx ISE e importe através de Project Add Copy Of Source todos os ficheiros VHDL indicados na Tabela 1. b) Crie um novo módulo VHDL circuito através de Project New Source, com entradas CLK (tipo std_logic), INI (tipo std_logic) e B (tipo std_logic_vector(2 downto 0)), e saída Q (tipo std_logic_vector(2 downto 0)). c) Utilizando apenas a biblioteca de portas lógicas disponibilizada, descreva o circuito em VHDL. Para utilizar a biblioteca de portas lógicas descreva todos os componentes da figura 1 através da instanciação de um dos ficheiros disponibilizados. Por exemplo, para descrever o multiplexer deverá fazer: <nome_instancia>: bloco_mux2 port map(d0=>q(0), D1=>nQ0, SEL=>SEL, Y=>D(0)); Nota: anexe ao relatório o código VHDL do circuito. Tabela 1 - Biblioteca de portas lógicas (permitida apenas para simulação). Ficheiro VHDL Componente Função lógica Caracterização temporal porta_not.vhd porta_not NOT T P = 3 ns porta_and2.vhd porta_and2 AND2 T P = 6 ns porta_or2.vhd porta_or2 OR2 T P = 6 ns porta_xor2.vhd porta_xor2 XOR2 T P = 9 ns porta_xnor2.vhd porta_xnor2 XNOR2 T P = 9 ns bloco_mux2.vhd bloco_mux2 MUX 2:1 T P = 12 ns mem_ffdrs.vhd mem_ffdrs Flip-Flop tipo D com reset e set assíncronos T SU = 1 ns ; T P = 4 ns 3.2. De forma a comprovar que a sequência de estados determinada na secção 2 está correcta, faça uma simulação do circuito VHDL da alínea anterior e observe a sequência de valores do sinal Q. Para tal faça Project New Source VHDL Test Bench e considere que: a) O sinal B tem o valor determinado no início da secção 2. b) O sinal INI está activo (valor lógico 1 ) durante os primeiros 45 ns, passando depois para o valor lógico 0. c) O período de relógio do sinal CLK é de 40ns. Nota: apresente a simulação no relatório e apresente em anexo o código VHDL usado na simulação do circuito Reduza o período de relógio do sinal CLK primeiro para 20ns e depois para 10ns. Para cada caso determine a sequência de estados (sinal Q) observada. Apresente no relatório as simulações e justifique as diferenças obervadas da sequência de estados face ao esperado. Sugestão: observe na simulação os sinais internos: D=<D(2),D(1),D(0)> e compare com o diagrama da alínea Considerando que os tempos de propagação e de setup apresentados na Tabela 2, indique a expressão da frequência máxima de relógio do circuito. 3 P á g i n a
4 Tabela 2 - Caracterização temporal genérica para os elementos da Figura 1. Função lógica Tempo de propagação Tempo de setup NOT ( ) - AND2 ( ) - XOR2 ( ) - MUX 2:1 ( ) - Flip-Flop tipo D ( ) ( ) 4. IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO 4.1. Considere a implementação do circuito da figura 1 descrita no ficheiro sequential.sch disponível na página da disciplina (ver figura 3). a) Importe, através de Project Add Copy Of Source, o ficheiro sequential.sch disponível na página da disciplina. b) Altere o esquema de forma a contar o número de vezes que o sinal Q passa pelo valor '0'. Para tal, adicione ao esquema os componentes indicado na figura 4. Figura 3 - Esquema eléctrico do circuito no Xilinx ISE, o qual é funcionalmente equivalente ao diagrama lógico apresentado na figura 1. Note que no editor de esquemas do Xilinx ISE, para fazer a ligação entre dois fios, basta dar o mesmo nome aos dois. Assim, a entrada de Set e de Reset de cada um dos flip-flops é indicada pela saída das portas lógicas AND2 e AND2B1 apresentadas no topo do esquema. Note ainda que as entradas e saídas do circuito são dadas pelo símbolo. 4 P á g i n a
5 Figura 4 Esquema do circuito de contagem Para a implementação do circuito foram disponibilizados um conjunto de ficheiros (disponíveis na página da cadeira e na pasta /opt/basys da máquina virtual), os quais se apresentam na Tabela 3. Tabela 3 - Ficheiros disponibilizados para a implementação do circuito nas placas Basys (LE3) e Basys2 (LSD1). Nome do ficheiro Descrição sd.sch Esquema principal. Basys.ucf ou Basys2.ucf clk_div.vhd clk_div.sym disp7.vhd disp7.sym Ficheiro de configuração das portas use o ficheiro correspondente à placa que tem na bancada, Basys (laboratório LE3) ou Basys2 (Laboratório LSD1). Divisor de Frequência - especificação. Divisor de Frequência - símbolo. Bloco de controlo do display de 7 segmentos - especificação. Bloco de controlo do display de 7 segmentos - símbolo. Não modifique os nomes destes ficheiros Adicione ao projecto os ficheiros sd.sch, Basys.ucf ou Basys2.ucf, clk_div.vhd e disp7.vhd com Project Add Copy of Source (os ficheiros com extensão.sym serão importados automaticamente) Abra o esquema do módulo sd clicando duas vezes em cima do ficheiro sd.sch. Nota: se ao abrir o esquema lhe aparecer uma janela com a mensagem: Open Schematic File Errors Out-of-date Symbols clique em Update Instances e em OK. 5 P á g i n a
6 Este projecto não é mais do que uma interface para o aluno: as entradas e saídas já estão configuradas de acordo com o modelo do dispositivo utilizado na placa de desenvolvimento. Funciona como uma placa de prototipagem virtual. Nota: Não altere o conteúdo das caixas indicadas a vermelho nem os nomes dos marcadores de entrada/saída. À esquerda do esquema estão as interfaces de entrada correspondentes aos vários interruptores disponíveis na placa. À direita tem as saídas correspondentes aos 4 displays de 7 segmentos (acendem o símbolo hexadecimal correspondente ao número binário de 4 bits respectivo) e aos leds simples. No esquema pode deixar os sinais dos botões de entrada que não usa no ar (o programa elimina-as automaticamente). No entanto, para todas as interfaces de saída (caixa vermelha à direita), deve ligar todas as entradas que não usa a Gnd. Utilize o símbolo Gnd para fixar sinais a '0', e o símbolo Vcc para fixar sinais a '1'. Crie um símbolo para o esquema do circuito projectado na secção 3 e adicione-o ao esquema do ficheiro sd.sch Realize as seguintes ligações no editor de esquemas: a) Ligue o sinal de relógio CLK ao sinal clk_slow; este sinal tem uma frequência de 0,8Hz, o que permite visualizar as mudanças de estado. b) Ligue o relógio do display de 7 segmentos (unidade disp7) à saída clk_disp da unidade clkdiv. c) Ligue a entrada INI ao buffer do botão de pressão sw0. d) Ligue os sinais Q2, Q1 e Q0 aos buffers dos LEDs Led2, Led1 e Led0, respectivamente. e) Ligue os sinais Q2, Q1 e Q0 ao dígito 4 do display de 7 segmentos, i.e., aos portos disp4_2, disp4_1 e disp4_0 da unidade lógica disp7, respectivamente. Ligue o porto disp_4_3 à massa (ground) de forma a atribuir o valor lógico 0. f) Ligue o valor de contagem C=<c 3,c 2,c 1,c 0> ao dígito 1 do display de 7 segmentos, i.e., aos portos disp1_3, disp1_2, disp1_1 e disp1_0 da unidade lógica disp7, respectivamente. g) Active a escrita nos dígitos 4 e 1 do display de 7 segmentos, colocando as entradas aceso4=1, aceso3=0, aceso2=0 e aceso1= Gere o ficheiro sd.bit que deverá usar para implementar o circuito na placa de desenvolvimento. Para tal, siga as instruções no guia Guia de Implementação de Circuitos na Placa de Desenvolvimento. Note que o interruptor da placa deve estar na posição ON. Nota: durante a síntese do circuito na placa de desenvolvimento, a ferramenta poderá indicar um conjunto de avisos (warnings) e erros. Os erros deverão ser todos corrigidos; os warnings podem em geral ser ignorados, sendo que alguns são originados pelo facto de ter entradas/saídas no ar Verifique o funcionamento correcto do circuito. Mostre-o ao docente. Comente Explique o que acontece nos LEDs e o porquê dos caracteres que visualiza nos displays. 6 P á g i n a
7 5. AVALIAÇÃO DO TRABALHO DE LABORATÓRIO Na avaliação do trabalho de laboratório será tido em conta as seguintes componentes: (30%) Preparação e resposta às questões da secção 2. (30%) Resposta às alíneas da secção 3, incluindo ficheiros VHDL e simulações. (20%) Apresentação do esquema completo da secção 4 e funcionamento do circuito na aula de laboratório. (20%) Estrutura, apresentação e qualidade do relatório. O relatório deverá usar o seguinte conjunto de regras: Páginas: Máximo de 10 páginas A4 (excluindo anexos), incluindo uma página de capa com a indicação do turno de laboratório, do nome do docente responsável pelo turno, e do nome e número dos elementos do grupo. Páginas numeradas, preferencialmente com cabeçalho, e margens não inferiores a 2cm. Letra da família sans-serif (Arial, Verdana, Helvetica, Tahoma, Cambria, Calibri ou Trebuchet MS). Não deverão ser usadas fontes das famílias cursive ou fantasy, excepto para representar símbolos. Pode, se desejar, usar uma fonte da família monospace (ex.: Courier) para indicar sinais físicos. Tamanho da letra de fácil leitura e nunca inferior a 10pt. Figuras e tabelas: As figuras (p. ex.: esquemas) poderão ser feitos num programa de edição de imagens (p. ex.: MS Visio, Omnigraffle, Inkscape,...) ou manuscritas, digitalizadas (com scan ou máquina fotográfica/telemóvel) e inseridas nos espaços correspondentes do relatório. No entanto as figuras deverão estar em estado apresentável (limpas, sem rabiscos ou rascunhos, facilmente perceptíveis e com tamanho de letra não inferior à do relatório). As figuras deverão ser necessariamente enumeradas, acompanhadas de legenda (a legenda deverá explicar sucintamente o que se observa na figura) e ser referenciadas no texto. Ficheiros VHDL e SCH: Os ficheiros VHDL correspondentes à descrição dos circuitos e da simulação (Test Bench) deverão ser incluidos em anexo, usando uma fonte do tipo monospaced (ex.: Courier New). No entanto, deve haver uma referência no corpo do relatório para ficheiros VHDL anexos. Nota: as páginas referentes a anexos não são contabilizadas para o limite das 10 páginas. A simulação dos Test Benches deve ser obrigatoriamente incluída no corpo do relatório (e não em anexo). Estas deverão ser numeradas usando uma legenda do tipo Figura e referenciadas no texto, explicando sucintamente o que se observa. Todos os esquemas no Xilinx ISE realizados no contexto da secção 4 devem ser incluídos no relatório (e não em anexo) de forma legível. Para fazer um print screen podem ser usados quaisquer programas adicionais, tal como a ferramenta de recorte do Windows (Snipping Tool). Submissão do ficheiro no Fénix: O trabalho deverá ser submetido em formato ZIP, o qual deverá incluir: (a) corpo do relatório e anexos em formato PDF; (b) ficheiros VHDL e SCH (versão final) usados na elaboração do trabalho de laboratório. 7 P á g i n a
8 Cabe aos alunos confirmar que o ficheiro foi correctamente submetido no sistema fénix, devendo para isso fazer download do ficheiro submetido e abrir com o Adobe Acrobat Reader. A submissão deverá ser feita até às 23h59m de Sexta-Feira, dia 15 de Novembro de 2013, no link correspondente à entrega regular. Caso pretendam, os alunos poderão entregar uma nova versão depois do prazo indicado, usando o link correspondente à entrega fora de prazo. Nesse caso sofrerão uma penalização de 2 valores por cada dia de atraso. Caso sejam submetidos múltiplos ficheiros, apenas será tomado em consideração o último ficheiro submetido. O não cumprimento das regras será penalizado na nota final do laboratório (ex: penalização de 2 valores por página adicional). O relatório deverá ainda ter a seguinte estrutura: 1. INTRODUÇÃO Breve introdução aos objectivos do trabalho realizado. 2. FUNCIONAMENTO TEÓRICO Respostas às perguntas da Secção 2.1 a SIMULAÇÃO DO CIRCUITO Respostas às alíneas 3.1 a 3.4, incluindo apresentação das simulações efectuadas. 4. IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO Respostas às perguntas da secção 4 do enunciado e comentários referentes à implementação do circuito na placa de desenvolvimento Basys/Basys2. 5. CONCLUSÕES Comentário acerca do trabalho realizado e dos resultados obtidos experimentalmente. ANEXOS Ficheiros VHDL referentes à secção 3. 8 P á g i n a
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