TÍTULO: O IMPACTO DO AQUECIMENTO E DO ALONGAMENTO NO DESEMPENHO DE FORC A
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- Olívia Salvado Franco
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1 TÍTULO: O IMPACTO DO AQUECIMENTO E DO NO DESEMPENHO DE FORCWA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO-BRASILEIRO AUTOR(ES): ALINA MARIA CARDOSO, RODRIGO RABELO FERREIRA ORIENTADOR(ES): ANA CAROLINA SIQUEIRA ZUNTINI
2 O IMPACTO DO AQUECIMENTO E DO NO DESEMPENHO DE FORC A RESUMO Nesse estudo foi realizado pesquisas para comprovar qual o melhor método de aquecimento antes do treinamento de força, que por sinal tem sua importância para melhorar, otimizar e prevenir possíveis lesões na pratica da atividade física, beneficiando e direcionando os praticantes a adotarem a melhor maneira de aquecer antes da atividade física, na pesquisa foi apresentado as seguintes formas de aquecimento, aquecimento global, aquecimento específico e alongamento. Participaram da pesquisa 3 colaboradores, com idade entre 18 e 45 anos, sendo que destes participantes 15 do sexo masculino e 15 do sexo feminino, divididos entre 5 iniciantes, 5 intermediários e 5 avançados de cada sexo. Logo que os participantes foram divididos em grupo e submetidos a avaliação do desempenho de força utilizando o teste de o aquecimento global foi executado por meio de corrida em esteira com a duração de 15 minutos. O aquecimento específico realizado 15 repetições do movimento no próprio exercício a ser trabalhado com carga leve, e o alongamento foi realizado pelos avaliadores afastando-se as inserções musculares, sustentando-se a posição por 3 segundos e realizadas 3 repetições. A análise comparativa dos resultados gerais mostrou que, entre homens e mulheres, o aquecimento global foi o método de aquecimento mais eficiente que proporcionou significativamente maior desempenho de força em comparação aos outros métodos. Em relação ao aquecimento específico, houve uma queda de rendimento comparado ao aquecimento global, já o alongamento foi o método que se mostrou menos eficiente perante aos demais, pois proporcionou aos praticantes uma grande amplitude de movimento tirando a capacidade de contração muscular desgastando as fibras musculares antes mesmo de ser realizado o teste de. Palavras-Chave: Treinamento resistido, Aquecimento global, Aquecimento específico, Alongamento.
3 INTRODUÇÃO Uma sessão de exercícios geralmente consiste em quatro fases: aquecimento, alongamento, condicionamento ou exercícios específicos para o esporte e descanso (SU et al., 216). A fase do aquecimento dura entre 5-1 minutos de baixa a moderada intensidade e geralmente é aceito e recomendado para atividades de alta intensidade. O alongamento pode ser realizado como parte do aquecimento antes do exercício principal, com o objetivo de melhorar a amplitude do movimento ligamentar e diminuir a resistência no exercício, permitindo um movimento mais livre e uma performance melhor (SU et al., 216). Aquecimentos referem-se a ações musculares realizadas antes da ocorrência de uma alta demanda muscular, em regra antes de eventos competitivos ou recreacionais, geralmente envolvendo aquecimentos global e específico (ANDRADE et al., 215). Os aquecimentos são usados antes de atividades como meio de ativar o corpo, reduzir o risco de lesões e aumentar a performance das tarefas subsequentes (CUNNIFFE et al., 216). Enquanto o aquecimento global envolve relativamente componentes aeróbicos e alongamentos de baixa intensidade, o aquecimento específico envolve exercícios de habilidade (ANDRADE et al., 215). Um dos maiores objetivos do aquecimento global é melhorar a performance através do aumento da temperatura muscular, reduzindo a resistência do músculo, ou aumentando a velocidade de transmissão do nervo (ANDRADE et al., 215). Para o aquecimento específico são utilizados movimentos que posteriormente serão utilizados na atividade principal. Esse tipo de aquecimento é conhecido por proporcionar um aumento da velocidade da contração e relaxamento muscular e ligamentar, aumentando, também, a eficiência mecânica da contração do músculo (FERMINO et al., 25) Um dos objetivos do alongamento é alcançar maior flexibilidade para realizar movimentos específicos (LIMA et al., 216). Alongamento é um termo amplo usado para descrever uma série de movimentos ativos e passivos para melhorar a flexibilidade. Alongamento envolve alongar um músculo até determinado ponto onde se sente uma leve tensão e permanecer nessa posição por um determinado período de tempo. Normalmente,
4 múltiplos alongamentos são realizados num único grupo muscular com no mínimo 3s por alongada (BAXTER et al., 216). O alongamento é conhecido por melhorar a performance física e taxa de incidência de lesões, especificamente em esportes de campo, ao melhorar a amplitude do movimento ligamentar, através da redução da rigidez músculotendínea, mesmo após um curto período de alongamento (3s) e baixa frequência (três vezes ao dia) (AMEER, MUAIDI, 217). Apesar do uso comum do alongamento, não existe um consenso sobre os benefícios imediatos para a performance máxima muscular (MINE et al., 215). METODOLOGIA Trata-se de um estudo individualizado, experimental, transversal e prospectiva, com pesquisa de campo de caráter quantitativo. Casuística: Participaram do estudo 15 homens e 15 mulheres praticantes de musculação, com idades entre 18 e 45 anos, divididos em três grupos (n = 5) de acordo com o sexo e a experiência do praticante. Foram considerados iniciantes os participantes com tempo de prática entre 6 e 12 meses, intermediários, entre 12 e 36 meses, e avançados, acima de 36 meses. DESENVOLVIMENTO Dinâmica do Estudo: Após divididos em grupos, os participantes foram submetidos à avaliação do desempenho de força na cadeira extensora, no supino e no pulley, por meio do teste de, em dias alternados. Para verificar a influência do aquecimento e do alongamento no desempenho de força, os indivíduos foram submetidos novamente ao teste de, porém, após realizarem exercícios de aquecimento global, específico (localizado) ou alongamento da musculatura responsável pela execução do movimento proposto (agonista). Para os testes em cadeira extensora, supino e pulley, os agonistas considerados foram os músculos quadríceps femoral, peitoral maior e latíssimo do dorso, respectivamente. Todos os indivíduos participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme resolução específica do Conselho Nacional de Saúde n. 196/96. Procedimentos: O aquecimento global foi executado por meio de corrida em esteira por 15 minutos, em velocidade intermediária. O aquecimento específico consistiu em 15 repetições do movimento específico do exercício, com carga leve, e o
5 alongamento passivo foi realizado pelo avaliador, afastando-se as inserções musculares, sustentando-se a posição por 3 segundos e realizadas 3 repetições. Para melhor execução do teste de, foram fornecidas orientações padronizadas sobre a técnica de execução do exercício, com o avaliador atento quanto a posição adotada pelo praticante no momento da medida, conforme descrito previamente por Simão et al (23). Quando o avaliado não conseguia mais realizar o movimento completo de forma correta, o teste foi interrompido, estabelecendo-se, então, como carga máxima aquela obtida na última execução completa. RESULTADOS Para efeito de análise comparativa, chamou-se de o teste executado livremente sem nenhuma estratégia prévia de aquecimento ou alongamento. As demais denominações são correspondentes à estratégia aplicada previamente ao teste executado. A análise comparativa dos resultados gerais mostrou que, entre os homens, e para todos os exercícios, o aquecimento global foi o que proporcionou significativamente maior desempenho de força em comparação às outras situações (p<,1). Entre as mulheres, o aquecimento global também foi a melhor estratégia. Na comparação com o alongamento, para todos os exercícios as diferenças foram extremamente significativas (p<,1). Em relação ao aquecimento específico, as diferenças foram de p=,2, p=,45 e p=,275 no supino, na cadeira extensora e no pulley, respectivamente (figuras 1 e 2) Figura 1. Carga máxima média geral (kg) por exercício, entre os homens
6 Figura 2. Carga máxima média geral (kg) por exercício, entre as mulheres O aquecimento global foi significativamente melhor para o desempenho de força mesmo quando se compararam os indivíduos do mesmo grupo (comparação intragrupo), com p<,1 para todos os exercícios, entre homens e mulheres, conforme observado na figura Figura 3. Carga máxima média (kg) por grupo, por exercício e por sexo (homens à esquerda e mulheres à direita) comparando-se os testes
7 As tabelas 1, 2 e 3 mostram os resultados divididos por grupos em relação ao sexo e ao teste executado. Observa-se que o aquecimento global foi o melhor para o desempenho de força em todos os exercícios e que a carga máxima tolerada foi maior de acordo com o tempo de treinamento dos voluntários, de forma que os avançados alcançaram os maiores valores. Tabela 1. Cadeira extensora HOMENS Geral 56,69±6,5 62,53±6,29 57,47±6,6 48,83±5,21 Iniciantes 52±2,55 6±2,24 53±2, 44±1,87 Intermediários 63±2,55 69±2,92 64±2,92 54±2,92 Avançados 76,4±8,48 81,8±7,33 77±8,15 67±6,44 MULHERES Geral 38,13±4,14 42,93±4,72 4,11±4,55 29,46±3,18 Iniciantes 32±2,55 36±3,32 33±3,74 25±2,74 Intermediárias 43±2, 48±3,39 46±4,3 34±2,92 Avançadas 54±3,32 61±4,3 56±5,34 4±3,16 Média e erro padrão expressos em quilogramas (Kg) Tabela 2. Supino HOMENS Geral 71,83±7,51 76,56±7,75 72,22±7,35 63,94±6,48 Iniciantes 65,6±3,87 71,6±2,93 67,6±3,12 6±3,41 Intermediários 78,4±2,99 83,6±2,93 78±3,41 68,4±5,8 Avançados 98,8±7,96 13,6±6,76 98,4±6,62 87,2±5,2 MULHERES Geral 17,36±2, 19,46±2,21 17,7±2,1 12,75±1,55 Iniciantes 14,4±1,94 16,4±1,47 14,8±1,36 1,4±1,47 Intermediárias 18,4±1,17 2,4±1,47 18,8±1,36 13,2±1,2 Avançadas 26±1,41 29,2±1,5 26,4±1,6 9,6±1,47 Média e erro padrão expressos em quilogramas (Kg)
8 Tabela 3. Pulley HOMENS Geral 71,4±7, 78,16±7,57 72,65±7,8 63,95±6,26 Iniciantes 71±3,32 79±2,92 72±3,74 65±2,74 Intermediários 74±3,32 8±4,18 75±3,54 65±2,24 Avançados 96±4,85 14,8±3,4 98,2±3,12 86±4, MULHERES Geral 32,95±3,27 37,78±3,71 35,26±3,66 25,53±2,71 Iniciantes 34±2,92 39±2,92 36±2,45 26±2,45 Intermediárias 33±1,22 39±1,87 35±1,58 25±1,58 Avançadas 44±2,92 49±4, 48±4,64 35±3,54 Média e erro padrão expressos em quilogramas (Kg) Na comparação entre os grupos, independente da estratégia aplicada, os praticantes considerados avançados apresentaram melhor desempenho de força em comparação aos demais, tanto entre os homens quanto entre as mulheres, com diferenças extremamente significativas (p<,1) (figura 4).
9 Figura 4. Carga máxima média (kg) por teste, por exercício e por sexo (homens à esquerda e mulheres à direita) comparando-se os grupos CONCLUSÃO Com base nos resultados aqui apresentados, pode-se afirmar que, para a população estudada, o aquecimento global favoreceu o desempenho de força, enquanto o alongamento prévio influenciou negativamente a carga máxima tolerada pelos participantes. A maior carga foi alcançada pelos praticantes avançados, independente da estratégia preparatória executada. REFERÊNCIAS AMEER, Mariam A.; MUAIDI, Qassim I. Acute Effect of Static Stretching on Lower Limb Movement Performance by Using STABL Virtual Reality System. Journal of Sport Rehabilitation, p. 1-2, 217. ANDRADE, David Cristobal et al. Effects of general, specific and combined warm-up on explosive muscular performance. Biology of sport, v. 32, n. 2, p. 123, 215. BAXTER, Claire et al. Impact of stretching on the performance and injury risk of longdistance runners. Research in Sports Medicine, v. 25, n. 1, p. 78-9, 217.
10 CUNNIFFE, Brian et al. Warm-up Practices in Elite Boxing Athletes: Impact on Power Output. The Journal of Strength & Conditioning Research, v. 31, n. 1, p , 217. FERMINO, Rogério César et al. Influência do aquecimento específico e de alongamento no desempenho da força muscular em 1 repetições máximas. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 13, n. 4, p , 28. LIMA, Camila D. et al. Acute Effects of Static vs. Ballistic Stretching on Strength and Muscular Fatigue Between Ballet Dancers and Resistance-Trained Women. The Journal of Strength & Conditioning Research, v. 3, n. 11, p , 216. MINE, Koya et al. Acute effects of stretching on maximal muscle strength and functional performance: A systematic review of Japanese-language randomised controlled trials. Manual therapy, v. 21, p , 216. SIMÃO, Roberto et al. Influência do aquecimento específico e da flexibilidade no teste de. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, v. 2, n. 2, p , 23. SU, Hsuan et al. Acute effects of foam rolling, static stretching, and dynamic stretching during warm-ups on muscular flexibility and strength in young adults. Journal of sport rehabilitation, p. 1-24, 216.
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