Fundamentos Teóricos: Postulados da Teoria Quantitativa da Moeda versus Postulados da Teoria Alternativa da Moeda através da Equação De Trocas

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1 Fundamentos Teóricos: Postulados da Teoria Quantitativa da Moeda versus Postulados da Teoria Alternativa da Moeda através da Equação De Trocas Fernando Nogueira da Costa Professor do IE- UNICAMP h2p://fernandonogueiracosta.wordpress.com/

2 Metodologia

3 Tese de Livre-Docência A tese defendida em Por Uma Teoria Alternativa da Moeda: a Outra Face (da Teoria) da Moeda é que é possível elaborar postulados de uma Teoria Alternativa da Moeda, lógica e consistente, a partir das críticas às premissas da Teoria Quantitativa da Moeda, realizadas ao longo de determinado percurso conceitual da história do pensamento econômico.

4 Falseabilismo Karl Popper adota o falseabilismo: para serem científicas, as teorias devem ser passíveis de serem empiricamente falseadas. Assim, marxismo ou institucionalismo não seriam teorias científicas, pois suas hipóteses baseadas na história não teriam como ser testadas e, eventualmente, provadas falsas. História não é ciência, é arte de narrar fatos.

5 Teste de Hipóteses Nesta linha, as teorias científicas não são sugeridas pelos fatos; são produtos da livre imaginação humana. O método teórico-dedutivo supera, entre os economistas positivistas, o método histórico-indutivo. Depois de formuladas, as teorias devem passar por testes que visem a refutá-las. O sucesso em testes sucessivos marca a qualidade da teoria, o que não quer dizer que seja verdadeira, mas apenas melhor que suas concorrentes.

6 Impraticável o falseabilismo em Economia Há em Macroeconomia: 1. a impossibilidade de testes isolados de construções teóricas e 2. a falta de ajuste com dados empíricos, ou seja, condições controladas como nos laboratórios. Popper afirma que a teoria que todos os cisnes são brancos é falseável por um único cisne negro, que foi descoberto, posteriormente, na Austrália. Monismo Metodológico: existe apenas uma metodologia comum tanto para as ciências sociais quanto para as naturais.

7 Programas de Pesquisa Científica Contra o monismo, Imre Lakatos adota o pluralismo metodológico derivado da metodologia dos Programas de Pesquisa Científica. Um PPC é um aglomerado de teorias conectadas que derivam de hard core comum, ou seja, núcleo central ou "rígido" composto das crenças comuns que unem os seguidores de determinado PPC. O hard core é rodeado pelo "cinturão protetor" composto de teorias testáveis.

8 Metodologia de Lakatos PPC progressivo É o termo técnico da metodologia de Lakatos para certo PPC cujas formulações sucessivas explicam todos os fatos que falsearam previsões de outro PPC rival. Além disso, faz a previsão de fatos novos. PPC em degeneração Ocorre quando, sem confirmação de previsões, o núcleo rígido se mantém somente com emendas. São adotadas hipóteses ad hoc (adicionais) para explicar "causas perturbadoras". Revela sinais de fraquejar, na medida que se mantém sem revisão das premissas ou hard core.

9 TQM = PPC degenerativo O PPC da Teoria Alternativa da Moeda faz crítica imanente ao PPC da Teoria Quantitativa da Moeda: não só às suas proposições, mas também aos seus fundamentos (axiomas ou postulados). Pela profusão de hipóteses ad hoc adotadas, este último torna-se um PPC degenerativo.

10 Postulados da Teoria Quantitativa da Moeda e da Teoria Alternativa da Moeda

11 Equação de Trocas A Equação das Trocas representa a natureza dual de todas as transações em que: 1. o valor total dos bens vendidos é igual à despesa monetária para sua aquisição, ou 2. a quantidade vendida é idêntica à quantidade comprada, ou 3. o rendimento monetário dos vendedores equivale à quantia gasta pelos compradores.

12 Tautologia ou explicação? Para essa tautologia ser considerada explicação, expressando certa relação de comportamento que permite previsões, a identidade sem relação causal deve ser sujeita a certas hipóteses. Elas são levantadas tendo como referência os postulados da Teoria Quantitativa da Moeda ou de uma Teoria Alternativa da Moeda.

13 Schumpeter (1954) Sempre que nos propomos a explicar o comportamento de uma única variável do sistema econômico, é sem dúvida conveniente amontoar todas as demais em alguns grandes agregados e considerá-los como causas determinantes daquele a ser explicado. No caso da TQM, os economistas querem explicar o valor do dinheiro e/ou o nível dos preços.

14 Equação de Trocas de Fisher A mais conhecida variante da Equação de Trocas é a expressa por Irving Fisher (1911) M.V = P.T representa simples identidade contábil para registrar a Economia Monetária. Ela relaciona o fluxo circular da moeda (somatório dos pagamentos monetários - no lado esquerdo), em dada economia, durante período específico, ao fluxo circular de bens (valor das transações realizadas - no lado direito).

15 Pode-se destacar as variáveis nível geral de preços e preços relativos M s n.v = P 1. 1 Σ i. P i / P 1. Q i onde: M s n é a oferta de moeda nominal; V é a velocidade de circulação da moeda; P 1 é o nível geral de preços (preço absoluto ou monetário); P i / P 1 são os preços relativos em termos da moeda-mercadoria (bem 1); Q i é a quantidade de transações.

16 Postulado da Proporcionalidade vs. Postulado da Velocidade Variável P 1 = f( M s n ) => V constante e M d / P 1 = Q dado => demanda por moeda transacional = f( padrão de gastos para atender necessidades básicas ) f( J ): não se influencia pela taxa de juros M s n = k P Y onde k = f( decisão do agente econômico em ativar moeda ociosa ou fazer inovações financeiras) => instabilidade de V = f( acomodação de M s n às variações de P Y ) = f( J )

17 Velocidade de circulação da moeda A velocidade de circulação da moeda é a medida do número de vezes que uma unidade monetária muda de possuidor, em determinado período: Vº = f( J cp; IF lp ) V = PT / M S é a relação de fluxo de pagamento com o estoque de moeda que o efetiva. V = Y / M S representa a velocidade-renda (ou transações), utilizando-se da renda nacional como proxy da riqueza líquida. Se V = (PIB / M s ) > 1, isto significa que M s circula mais que uma vez, para validar as transações.

18 Postulado da Causalidade vs. Postulado da Validação M s n => P 1 com M d r = Q dada => quantidade real de moeda = quantidade em termos de volume de bens e serviços => efeito saldo real = f( M s n > Md r ) => oferta excedentária de moeda a ser gasta ou depreciada. P 1 = f( validação via M s n ) => mark-up efetivo = f( decisão de gasto vs. preferência pela liquidez de outro agente ) => variação de P 1 => variações em M d r = desmonetização ou remonetização

19 Postulado da Neutralidade da Moeda vs. da Não-neutralidade da Moeda M s n não determina Q i em longo prazo; moeda não-neutra em curto prazo = f( ilusão monetária e/ou oferta monetária inesperada ) mecanismo de transmissão indireto: M s n -> J m -> Q i = f(expectativas) ou mecanismo de transmissão direto: diferimento de gastos = retenção de moeda inativa: M s n ativa

20 Postulado da Exogeneidade vs. da Endogeneidade da Oferta da Moeda variações da M s n variações da M X d r f( fatores determinantes = independentes ): M s n = f( reserva de ouro, reserva cambial, autoridade monetária ) X M d r = f( taxa de inflação, renda permanente, rendimentos de outros ativos, capital humano, atributo da liquidez) => variação de M s n equilíbrio pré-existente. perturba variações da M d c => variações da M s c : demanda de crédito efetiva oferta de crédito via contratação = f( risco do credor / risco do devedor ) => não há oferta de moeda efetivamente em circulação sem haver demanda por moeda => M d c e Ms c interdependentes = f( relação de débito e crédito )

21 Postulado de uma Teoria Monetária dos Preços vs. Fixação de Preços M s n não determina variações de preços relativos ( P i / P 1 ) em longo prazo => somente determina variação no nível geral de preços P 1 variações de mark-up => dispersão de P i / P 1 (com preços rígidos para baixo) => variações do P 1 se variações na M d n são sancionadas por variações na M s n

22 Axiomas da Economia Monetária de Produção

23 Economia Monetária Economia Monetária é aquela em que a moeda joga papel próprio e afeta motivos e decisões dos agentes econômicos; logo, não é neutra, nem no curto, nem no longo prazo. Não-neutralidade da moeda no longo prazo => variáveis monetárias não afetam apenas decisões de produção ou de oferta de trabalho (com dada capacidade produtiva), mas também as formas e o ritmo de acumulação de capital (com alteração do estoque e da estrutura de capital pré-existente), ou seja, as decisões de investimento.

24 Axiomas da Economia Monetária de Produção O conceito de Economia Monetária é utilizado como fio condutor da apresentação dos fundamentos da Escola Pós-keynesiana. Fundamentos da macroeconomia pós-keynesiana cinco axiomas definem a Economia Monetária: 1. da produção; 2. da decisão; 3. da inexistência de pré-conciliação; 4. da irreversibilidade no tempo e da incerteza; 5. das propriedades da moeda.

25 Axioma da Produção A produção é realizada por firmas com a finalidade de venda em mercado. Os objetivos dos agentes econômicos são definidos em termos monetários: aplicar dinheiro para obter mais dinheiro. Acumular a riqueza em sua forma mais geral (líquida) é o objetivo real das firmas.

26 Axioma da Decisão O poder de influência e decisão é diferenciado segundo a classe de agentes econômicos. É com as firmas que está a iniciativa tanto no mercado de trabalho como no de capitais; logo, trabalhadores não decidem o nível de emprego. Os capitalistas que determinam as "leis de movimento" desta Economia Monetária.

27 Axioma da Inexistência de Pré-conciliação A produção leva tempo, separando o momento da decisão de produzir do momento em que o mercado efetivamente informará sobre a disposição dos compradores em validar ou não as decisões das firmas => decisão de produção = f( expectativas e não informações sobre em que, quanto e quando serão realizados gastos de consumo e investimento ) => problema de coordenação de atividades => estratégias especulativas = f( conjecturas ex-ante). Deficiência de demanda efetiva: ameaça à Economia Monetária = f( moeda não é apenas meio de circulação ativo, mas é também objeto de retenção)

28 Axioma da Irreversibilidade do Tempo e da Incerteza Se há decisão crucial, o movimento no tempo é unidirecional, pois há destruição do contexto em que é tomada e, por isso, não pode ser repetida => o aprendizado é impossível. Significado de incerteza: em Economia Monetária, o conhecimento dos condicionantes da efetivação dos planos é impossível = f( interação dos planos decididos de maneira descentralizada, descoordenada, desinformada) => planos dos outros fazem parte do cenário futuro.

29 Axioma das propriedades da moeda A moeda tem certas propriedades que a diferenciam de outros objetos de transação reprodutíveis mediante a aplicação de trabalho. Em Economia Monetária, a moeda tem elasticidades negligenciáveis 1. de produção e 2. de substituição => 1. sua disponibilidade é insensível à demanda = f( não é produzida com emprego de mão de obra ) e 2. suas funções não podem ser exercidas por substitutos reprodutíveis por uso de trabalho.

30 h2p://fernandonogueiracosta.wordpress.com/

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