Ministério da Energia e Águas
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- Ana Luísa Porto Bento
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1 Ministério da Energia e Águas Memorando Situação Financeira das Empresas do Sector Eléctrico Proposta de Saneamento Síntese: 1. Da avaliação da situação actual das empresas ENE e EDEL, conclui se que estas vivem uma crise de natureza dominantemente financeira. Estas empresas apresentam pouca liquidez e não conseguem honrar os compromissos com os seus principais fornecedores. São evidentes os grandes desequilíbrios entre as receitas e os custos operacionais, que contribuem para o aumento progressivo da dívida das empresas, insuficiente liquidez e disfuncionamento na gestão das empresas. (Os quadros 1 e 2, em anexo, fornecem alguns dados de referência sobre estas empresas). 2. Como causas principais da crise financeira foram identificados o desajustamento da política tarifária do sector eléctrico, em face dos custos operacionais das empresas, o não recebimento dos subsídios a preços, as perdas técnicas e as perdas comerciais. 3. As medidas imediatas e de curto prazo a adoptar para a saída desta crise devem permitir a normalização das relações comerciais entre as empresas, assegurar a continuidade do fornecimento regular de energia eléctrica e o funcionamento das empresas com equilíbrio financeiro (recuperação dos custos operacionais, com apoio de subsídios a preços, numa primeira etapa, e sem subsídios a preços, numa etapa posterior). As medidas de médio prazo devem permitir que as empresas incrementem o seu desempenho económico de forma a terem capacidade de autofinanciamento, mediante intervenções que melhorem a sua organização e gestão. 4. Para atingir os objectivos referidos no parágrafo 3, sugere se, no curto prazo: Regularizar o pagamento dos subsídios a preços em dívida, referentes ao período até Dezembro de 2001 e assegurar com regularidade o pagamento dos subsídios a preços correntes (o quadro 3 refere a situação relacionada com os subsídios a preços para o sector eléctrico);
2 Proceder ao incremento das tarifas de electricidade com a perspectiva de se atingir a convergência entre o custo médio do kwh e o preço médio fixado de venda, no decorrer do primeiro semestre de 2003, e estabelecer um mecanismo de ajuste automático das tarifas, para evitar os efeitos da inflação. É apresentado, em anexo, o plano de actualização das tarifas para o corrente ano de 2002; Proceder ao saneamento da dívida da ENE com a SONANGOL e da EDEL com a ENE, sob supervisão do Ministério das Finanças, nos termos propostos no item ; Continuar a melhorar o desempenho da função comercial das empresas, particularmente através do aumento da facturação e de uma maior agressividade na actividade de cobrança, de acordo com os programas definidos pelas empresas, de forma que, em 2002, sejam atingidos os índices de cobrança, em relação à facturação, de 65%, para a ENE e de 70%, para a EDEL. (Os contratos programa a celebrar com as empresas, tão breve quanto possível, deverão estabelecer programas mais específicos e exigentes sobre o desempenho da função comercial das empresas); Adoptar um programa de redução das perdas técnicas; Suprimir os impostos e taxas sobre os combustíveis fornecidos para a produção de energia eléctrica, bem como eliminar a dupla tributação que se verifica em relação ao imposto de consumo sobre a energia eléctrica; Proceder à reorganização interna das empresas, mediante a capacitação das áreas mais relevantes para a melhoria do desempenho nas vertentes económica e técnica; Neste período, como se impõe em todas as situações de crise, as empresas deverão promover todas as medidas possíveis de contenção de custos. Por outro lado, a EDEL deverá continuar a incrementar a sua contribuição para o pagamento da energia eléctrica fornecida pela ENE. 5. As medidas de médio prazo, que visem o incremento do desempenho económico das empresas de forma a terem capacidade de autofinanciamento, referem se à organização e estruturação das empresas do sector, às políticas de financiamento da recuperação e expansão do sistema eléctrico nacional e as reformas institucionais no sector, entre outros aspectos, e dependem de orientações estratégicas específicas do Governo, a enquadrar em documento próprio, sobre a estratégia de desenvolvimento do sector eléctrico nacional, em fase final de elaboração.
3 I Descrição da situação actual e diagnóstico 1. A análise da situação das empresas e a caracterização da crise financeira que as afecta, bem como das suas principais causas, foram obtidas a partir das apresentações efectuadas e dados fornecidos pelas empresas. 2. No que respeita à ENE, é possível verificar se que o ciclo económico actual da empresa tem como resultado a degradação permanente do seu passivo, contribuindo para o endividamento permanente e crescente da empresa, derivado do défice permanente de exploração, como se pode constatar dos dados apresentados no Quadro 1, anexo. Da análise das informações recolhidas sobre a ENE, relevam se como factores com grande influência nos custos operacionais desta empresa: a) Actualização dos preços dos combustíveis; b) Maior recurso à produção termoeléctrica (face a um nível de indisponibilidade ocasionalmente baixo da componente hidroeléctrica); c) Integração na ENE de sistemas eléctricos de algumas localidades do país, sem viabilidade económica no curto prazo e com necessidades de investimentos; 3. No que respeita à EDEL, como se pode verificar da apreciação dos dados apresentados no Quadro 2 anexo, constata se que esta empresa não apresentou défice de exploração em 2001, nem se estima que tal venha a ocorrer em Entretanto, os pagamentos não cobrem os custos, o que tem contribuído para um grau de endividamento bastante elevado, em particular com a ENE. 4. A SONANGOL fornece combustíveis e lubrificantes à ENE a crédito. Um acordo entre estas empresas estabelecia um período de crédito de 45 dias, ENE constatando se que a ENE há muito tempo não honra os seus compromissos, tendo deixado de pagar à SONANGOL. Durante o ano de 2001, os fornecimentos à ENE, em todo o país, ascenderam a Kz: ,00, valor que não inclui os custos com o transporte aéreo para o Uíge e Saurimo, pela SONANGOL. Durante o 1.º trimestre de 2002, os fornecimentos à ENE estão valorizados em Kz: ,00 (cifra sujeita a correcção). Esta situação tem criado imensos constrangimentos à SONANGOL, que tem encargos muito elevados, quer com a manutenção de stocks de segurança com recurso à importação, quer com a transportação marítima, aérea e terrestre, quer outros encargos decorrentes da sua actividade, repercutindo se com fortes transtornos na gestão da sua tesouraria.
4 5. Como causas principais da situação, destacam se: a) Desajustamento da política tarifária do sector eléctrico, em face dos custos operacionais das empresas (o preço médio actual praticado do kwh é equivalente a cerca de 3.07 cêntimos do dólar e deveria ser equivalente a cerca de 11 cêntimos do dólar); b) Irregularidade no pagamento dos subsídios a preços; c) Deficiência do cicio comercial das empresas (baixos racios entre a energia facturada e energia distribuída e entre a energia cobrada e a energia facturada); d) Dificuldades na optimização da exploração dos meios de produção (pouco ênfase no investimento dirigido para a manutenção); e) Selecção dos investimentos condicionada por imperativos de natureza conjuntural do País. 6. Estas causas resultam numa crise de natureza dominantemente financeira; as empresas apresentam pouca liquidez e não conseguem honrar os compromissos com os seus principais fornecedores. São evidentes os grandes desequilíbrios entre as receitas e os custos operacionais, situação que contribui para o aumento progressivo da dívida das empresas, em particular da ENE com a SONANGOL e da EDEL com a ENE. As empresas operam em permanente regime de estrangulamento financeiro, particularmente a ENE, facto que também afecta grandemente a qualidade do seu serviço. 7. Com a entrada em operação da Central de Capanda e o consequente menor recurso à produção termoeléctrica, com efeitos particulares para a região de Luanda, estarão criadas condições para a redução significativa dos custos operacionais da ENE, por redução dos gastos com combustíveis. Como tal, as necessidades de apoio financeiro a esta empresa assumem maior exigência no período a decorrer até à entrada em exploração comercial da Central de Capanda. 8. As soluções a encontrar têm de poder assegurar que as actividades de produção e distribuição de energia eléctrica possam ser exercidas sem paralisações. Como tal, as soluções a adoptar para a saída desta crise devem permitir a normalização das relações comerciais entre as empresas, de forma gradativa e mediante um conjunto de medidas que, sucessivamente, permitam atingir os seguintes objectivos: a) Funcionamento das empresas em equilíbrio financeiro (recuperação dos custos operacionais, com apoio de subsídios a preços, numa primeira etapa e sem subsídio a preços, numa etapa posterior); b) Saneamento da dívida da ENE com a SONANGOL e da EDEL, com a ENE; c) Melhoria da fiabilidade e segurança no fornecimento de energia eléctrica;
5 d) Desempenho económico das empresas de forma a terem capacidade de autofinanciamento (como finalidade a atingir). 9. Qualquer programa para sanar a presente situação passa, no imediato e necessariamente, pela injecção de recursos financeiros nestas empresas do sector eléctrico. Neste caso, os subsídios ou transferência de capitais para as empresas devem ser dirigidos para objectivos claramente definidos e sujeitos à supervisão e controlo superior. II Proposta de soluções 10. Para atingir os objectivos enunciados, sugere se o seguinte programa de acção: 10.1 Medidas Imediatas (45 dias) Actuar conjugadamente nas seguintes acções, para se assegurar o funcionamento das empresas, sem agravamento das suas dívidas actuais e para dotá las de capacidade de liquidez; Sobre o pagamento de subsídios a preços Regularizar o pagamento dos subsídios a preços referentes ao período de Janeiro a Junho de 2002 e manter regularidade no pagamento tios subsídios a preços; Regularizar o saldo dos subsídios a preços em dívida em Dezembro de 2001, no âmbito do saneamento da dívida inter sector público, como proposto no ponto 2 do item ; Quadro 3 Subsídios a preços a receber, com base no Quadro 3.1.,em anexo (em Kz) Designação ENE EDEL Até Outubro de 2000 (*) , ,00 Saldo em Dezembro de , Saldo em Junho de , ,78 A receber (2002, até Junho) (**) , ,78 (*) Dívida a ser anulada, nos termos da Resolução n. 22, de 4 de Dezembro de 2001, da Comissão Permanente do Conselho de Ministros. (**) Valor referente ao exercício de 2002, considerando os subsídios solicitados pela ENE, relativos ao 4.º trimestre de 2001, 1 trimestre de 2002 e mês de Abril de 2002, pela EDEL, relativos ao 4. trimestre de 2001 e 1.º trimestre de 2002, bem como os pagamentos já realizados pelo Ministério das Finanças, este ano (Ver Quadro 3.1, anexo).
6 Sobre o incremento das tarifas de electricidade e ajuste automático: Proceder ao incremento das tarifas de electricidade, com base num programa de actualização orientado para a recuperação dos custos operacionais e redução gradual dos subsídios a preços, perspectivandose que a convergência entre o custo médio do kwh e o preço médio fixado possa ser atingida no decorrer do primeiro semestre de 2003, a um valor que deverá ser equivalente a cerca de 11 cêntimos do dólar, É apresentado, no Anexo 1, o plano de actualização das tarifas para o corrente ano de 2002, considerando um cenário com isenção dos impostos e taxas sobre o preço do combustível utilizado para a produção de electricidade e um cenário sem isenção; Tendo em vista evitar a contínua erosão do preço da electricidade pelo efeito da inflação, estabelecer um mecanismo de ajuste automático das tarifas, com indexação à variação do índice de inflação, mediante a aplicação da fórmula que se apresenta no Anexo Sobre o saneamento da dívida inter sector público: Proceder ao saneamento da dívida inter sector público (EDEL, ENE, SONANGOL, Ministério das Finanças), considerando: 1. A anulação da dívida existente entre a EDEL, a ENE, a SONANGOL e o Estado (Ministério das Finanças, reflectida no Quadro 4, abaixo), relativa ao período compreendido entre Janeiro de 1991 e Outubro de 2000, nos termos da Resolução n.º 22, de 4 de Dezembro de 2001, da Comissão Permanente do Conselho de Ministros. 2. A eliminação simultânea dos saldos das dívidas existentes entre a EDEL, a ENE, a SONANGOL e o Estado, referentes a Dezembro de A negociação e adopção de programas de amortização das dívidas existentes entre as empresas EDEL, ENE e a SONANGOL, referentes ao período entre Janeiro e Junho de 2002.
7 Quadro 4 Dívidas (em Kz) DESIGNAÇÃO ENE/SONANGOL EDEL/ENE Até 2000 Até Outubro ( * ) ,80 Novembro e Dezembro de , , , , , , ,00 (até junho) ( ** ) ,80 Total (*) Valor por apurar. (**) Valor da dívida ENE/SONANGOL inclui encargos com lubrificantes Sobre os impostos e taxas: Suprimir os impostos e taxas sobre os combustíveis fornecidos para a produção de energia eléctrica, bem como eliminar a dupla tributação que se verifica em relação ao imposto de consumo sobre a energia eléctrica, a partir do mês de Agosto de Medidas de curto prazo (90 dias) Actuar no domínio da organização e gestão das empresas, mediante acções que promovam a racionalização de custos, a optimização do desempenho da função comercial e o incremento da eficiência da exploração dos meios de produção, tendo em vista a melhoria da qualidade do serviço prestado Continuar a melhorar o desempenho da função comercial das empresas, particularmente através do aumento da facturação e de uma maior agressividade na actividade de cobrança, de acordo com os programas definidos pelas empresas, de forma a, em 2002, serem atingidos os índices de cobrança, em relação à facturação, de 65%, para a ENE, e de 70%, para a EDEL Celebrar contratos programa com as empresas, tão breve quanto possível, que deverão estabelecer programas mais específicos e exigentes sobre o desempenho da função comercial das empresas e sobre a redução das perdas técnicas Acentuar o esforço de contenção de custos, nas empresas, observando a afectação prioritária dos recursos para as áreas que asseguram maior impacto económico, bem com na fiabilidade e segurança no fornecimento de energia eléctrica, relevando os serviços de exploração e de manutenção Continuar a incrementar a contribuição da EDEL no pagamento da energia eléctrica fornecida pela ENE.
8 10.3 Medidas de médio/longo prazo (mais de 90 dias). Incrementar o desempenho económico das empresas de forma a terem capacidade de autofinanciamento constitui o objectivo final a atingir. Para tal, haverá que implementar medidas referentes à estruturação das empresas do sector, às políticas de financiamento da recuperação e expansão do sistema eléctrico nacional e às reformas institucionais no sector, entre outros aspectos, que dependem de orientações estratégicas específicas do Governo, a enquadrar em documento próprio sobre a estratégia de desenvolvimento do sector eléctrico nacional, em fase final de elaboração. ANEXO I Plano de Actualização das Tarifas de Electricidade em São apresentados dois cenários, em que se prevê, para qualquer dos cenários, o mesmo nível de ajuste das tarifas. Foi previsto um ajuste no mês de Agosto, com um acréscimo no preço médio do kwh, para o cliente final, de cerca de 48%, e outro ajuste no mês de Outubro, com um acréscimo de cerca de 45%. Para ambos os cenários, é actualizada, em Julho, a tarifa de Aquisição em AT (60 kv), como tarifa de venda à EDEL a praticar pela ENE, com um acréscimo de cerca de 52%. Este acréscimo não tem efeito sobre o cliente final, sendo suportado pelos subsídios a preços a atribuir à EDEL. O nível de ajustes proposto tem em conta a possibilidade de ser atingida a convergência entre o custo do kwh e o preço médio fixado no decorrer do primeiro semestre de 2003, com a realização de mais dois ajustes, permitindo alcançar o preço médio de venda do kwh equivalente a cerca de 11 cêntimos do dólar. 2. Um dos cenários prevê a isenção de impostos e taxas sobre o preço dos combustíveis utilizados para a produção de energia eléctrica, calculando se o preço a praticar para o gasóleo, a partir do mês de Agosto de 2002, com base no actual preço de venda ao público. É prevista uma actualização automática em Outubro, com um acréscimo de 10%. Preço de venda ao público Kz: 8,00 Preço sem impostos, taxas e Kz: 3,90 encargos (ex works refinaria) Preço a praticar (((3,90x((1+ Kz: 6,05 (30%+10%+15%)/100))) em que: 30% são encargos operacionais 10% são encargos comerciais e, 15% são margem de revenda,
9 Neste cenário, para o caso do Jet B, cujo preço, já é praticado para a ENE a preço de mercado, o novo preço a aplicar a partir de Agosto foi calculado com a supressão dos 10% de impostos e taxas aplicados, mantendo se a actualização automática do preço a praticar em cada mês, de acordo com a variação da taxa de câmbio do dólar. 3. Para o outro cenário, não se considera a isenção de impostos, aplicandose o preço de venda ao público, para o caso do gasóleo, com uma actualização de 30% em Agosto, e com outra actualização (baseada no sistema de ajuste automático previsto) de 10%, em Novembro. Para o caso do Jet B, é mantido o preço de mercado já aplicado, com as actualizações mensais de acordo com a variação da taxa de câmbio do dólar. 4. Como se pode observar, o efeito da isenção de impostos e taxas sobre os combustíveis para a produção de energia eléctrica não se reflecte imediatamente na variação das tarifas de electricidade, porque estas estão muito aquém do custo do kwh. O efeito desta medida reflecte se no custo do kwh produzido pela ENE, o que significa, de imediato, a redução do valor de subsídios a preços a atribuir e, por outro lado, que a convergência entre o custo do kwh e o preço fixado será atingida a um patamar inferior ao que seria, para o caso de não haver isenção dos impostos. Como se pode verificar pelos quadros anexos, referentes à ENE, a isenção de impostos pode resultar numa redução dos subsídios a preços na ordem dos 7 milhões de IRO s, nos 5 meses finais. 5. Para o ajuste automático da tarifa é proposta a fórmula a seguir apresentada, cuja aplicação deve ser efectuada nos termos a serem publicados em Decreto Executivo conjunto dos Ministros das Finanças e da Energia e Águas. Esta fórmula incorpora uma componente de incremento do preço, a ser efectuado até se atingir o preço real, de acordo com o calendário de ajuste dos preços aprovado, bem como uma componente de actualização automática, para cobrir os efeitos da inflação, a utilizar sempre que a variação acumulada do Índice Geral de Preços, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística, for superior a 10%. Teremos a seguinte fórmula: Em que: it Tt = To IPCt 100 Tt = Tarifa a considerar To = Tarifa em vigor it = Incremento do preço a considerar, em % IPCt = variação acumulada do Índice Geral de Preços no período a considerar, em %.
10 O período a considerar é o que decorre desde o mês anterior a que foi publicada a tarifa em vigor, até ao mês anterior ao mês em que passará a vigorar a nova tarifa a considerar.
11 Incremento das tarifas de electricidade em 2002 Cenário com isenção de impostos sobre os combustíveis com ajuste e actualização nos meses de Julho (só ENE), Agosto e Outubro Jan.02 Fev.02 Mar.02 Abr.02 Mai.02 Jun.02 Jul.02 Ago.02 Set.02 Out.02 Nov.02 Dez.02 Média mensal Tarifas (Kz/kWh) Preços Livres (desde Maio/00) Aquis AT(EDEL) 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 1,96 1,96 1,96 2,23 2,23 2,23 1,54 Aquis MT 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,02 1,42 1,42 1,42 1,97 1,97 1,97 1,32 Preços Fixados Venda AT 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 1,39 1,39 1,92 1,92 1,92 1,29 Venda MT Indústria 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10 1,59 1,59 2,26 2,26 2,26 1,47 Venda MT com Sev 1,23 1,23 1,23 1,23 1,23 1,23 1,23 1,79 1,79 2,54 2,54 2,54 1,65 BT Industria 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 1,44 2,16 2,16 3,16 3,16 3,16 3,16 1,99 BT Com Sev 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 2,40 2,40 3,51 3,51 3,51 2,21 BT doméstica 1,57 1,57 1,57 1,57 1,57 1,57 1,57 2,36 2,36 3,44 3,44 3,44 2,17 BT Tarifa social 0,66 0,66 0,66 0,66 0,66 0,66 0,66 1,00 1,00 1,46 1,46 1,46 0,92 BT IP 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 1,73 1,73 2,53 2,53 2,53 1,60 Preço méd. venda ENE (Kz/kWh) 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10 1,67 1,90 1,90 2,39 2,39 2,39 1,60 ( Variação em %) 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 51,90 14,35 0,01 25,69 0,03 0,03 (Variação em cusd/kwh) 3,24 3,09 2,96 2,79 2,64 2,55 3,74 4,12 3,96 4,76 4,54 4,29 3,56 Preço méd. venda EDEL (Kz/kWh) 1,41 1,41 1,41 1,41 1,42 1,42 1,42 2,12 2,12 3,08 3,08 3,08 1,95 (Variação em %) 0,00 0,00 0,00 0,34 0,00 0,00 49,19 0,05 45,37 0,00 0,00 (Valor em cusd/kwh) 4,18 3,98 3,82 3,60 3,42 3,30 3,19 4,58 4,40 6,13 5,85 5,53 4,33 Preédio médio (Kz/kWh/10^6) 1,35 1,35 1,35 1,35 1,35 1,35 1,35 2,01 2,01 2,91 2,91 2,91 1,85 (Variação em %) 0,02% 0,23% 0,02% 0,02% 0,02% 0,00 48,42% 0,05% 44,77% 0,02% 0,02% (Valor em cusd/kwh) 3,98 3,80 3,65 3,44 3,26 3,15 3,04 4,34 4,17 5,78 5,52 5,21 4,11 Preços dos combustivéis (Kz/I) Gasóleo 5,60 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 6,05 6,05 6,05 6,65 6,65 7,09 Jet JP4 8,54 8,96 9,35 14,19 15,01 15,54 16,88 15,03 15,65 16,36 17,14 18,14 14,17 Taxa de câmbio oficial 33, , , , , , , , , , , , ,98000
12 Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística ENE Actualização da tarifa média de electricidade e cálculo dos subsídios a preços (Cenário com isenção de impostos sobre os combustíveis) Energia distribuída anual (GWH) Custo médio em Janeiro/02/kWh (Kz) 1,80 Período Inflação Taxa de Custo /kwh Tarifa média Variação Subsídio (Kz) (%) Câmbio (Kz) (Kz) (%) Janeiro/02 7,6 33,88 1,80 1,10 0, ,67 Fevereiro/02 6,2 35,53 1,94 1,10 0, ,33 Março/02 6,2 37,07 2,13 1,10 0, ,34 Abril/02 3,9 39,26 2,32 1,10 0, ,93 Maio/02 4,2 41,53 2,40 1,10 0, ,08 Junho/ ,98 2,44 1,10 0, ,40 Julho/02 3,5 44,48 2,45 1,67 51, ,72 Agosto/02 3,9 46,20 2,24 1,90 14, ,51 Setembro/02 4,2 48,11 2,33 1,90 0, ,04 Outubro/02 4,5 50,28 2,43 2,39 25, ,08 Novembro/02 4,8 52,69 2,60 2,39 0, ,48 Dezembro/02 5,8 55,75 2,81 2,39 0, ,32 Média Mensal 43,98 2,32 1,60 Total 2002 (Kz) ,89 Total 2002 (IRO) ,72 Nota: O cálculo de subsídios a preços é apresentado a título indicativo, para determinar o valor previsional de subsídios a considerar para o período em referência: os subsídios a serem solicitados para pagamento serão calculados com base nos custos reais do kwh e nos valores verificados de energia distribuída. Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística ENE Actualização da tarifa média de electricidade e cálculo dos subsídios a preços (Cenário com isenção de impostos sobre os combustíveis) Energia distribuída anual (GWH) Custo médio em Janeiro/02/kWh (Kz) 1,80 Período Inflação (%) Taxa de Câmbio Custo /kwh (Kz) Tarifa média (Kz) Variação (%) Subsídio (Kz) Janeiro/02 7,6 33,88 1,80 1,10 0, ,67 Fevereiro/02 6,2 35,53 1,94 1,10 0, ,33 Março/02 5,6 37,07 2,13 1,10 0, ,34 Abril/02 3,9 39,26 2,32 1,10 0, ,93 Maio/02 4,2 41,53 2,40 1,10 0, ,08 Junho/ ,98 2,44 1,10 0, ,40 Julho/02 3,5 44,48 2,45 1,67 51, ,72 Agosto/02 3,9 46,20 2,67 1,90 14, ,89 Setembro/02 4,2 48,11 2,78 1,90 0, ,58 Outubro/02 4,5 50,28 2,90 2,39 25, ,63 Novembro/02 4,8 52,69 3,13 2,39 0, ,10 Dezembro/02 5,8 55, ,39 0, ,51 Média Mensal 43,98 2,53 1,60 Total 2002 (Kz) ,18 Total 2002 (ITO) ,00 Nota: O cálculo de subsídios a preços é apresentado a título indicativo, para determinar o valor previsional total de subsídios a considerar para o período em referência: os subsídios a serem solicitados para pagamento serão calculados com base nos custos reais do kwh e nos valores verificados de energia distribuída.
13 Quadro 3.1 Situação sobre os subsídios a preços/electricidade ENE EDEL Valor solicitado Valor Pago Saldo Valor solicitado Valor Pago Saldo Anos Anteriores Outubro de , ,00 Anulação 0,00 0, , , , ,00 Janeiro , , , , , ,95 Fevereiro , , ,95 Março , , , ,05 Abril , , , ,66 Maio , , , ,66 Junho , ,66 Julho , , , , ,00 Agosto , ,80 Setembro , ,80 Outubro , , , , , ,00 Novembro , , , ,00 Dezembro , , , , , , , ,00 Janeiro , , , ,58 Fevereiro , ,58 Março , , , ,58 Abril , , , , , ,78 Maio , , , , ,78 Junho , , , ,78 Notas: 1. Considera se que a dívida de subsídios a preços, referentes ao período até Outubro de 2000, será anulada, nos termos da Resolução n 22. de 4 de Dezembro de 2001, da Comissão Permanente do Conselho de Ministros. 2. Para melhor entendimento deste quadro, cabe esclarecer que os subsídios a preços referentes a um trimestre são solicitados no mês imediatamente a seguir ao trimestre referido, da mesma forma que os referentes a um mês, são solicitados no mês seguinte. Os subsídios pagos são referidos ao mês que o movimento é efectuado pelo Ministério das Finanças. 3. É necessário que o Gabinete de Preços e Concorrência do Ministério das Finanças e as empresas ENE e EDEL definam um procedimento que assegure o necessário suporte documental sobre a validação dos valores de subsídios solicitados pelas empresas e aprovados, para tratamento contabilístico.
14 Quadro 2 Dados sobre a EDEL º trimestre de Total Média mensal Total Média mensal Total Média mensal 1. Proveitos/Recebimentos 1.1 Venda de energia Energia adquirida (GWh) 848,43 70,70 215,79 71,93 924,79 77,07 Energia distribuída (GWh) 721,17 60,10 183,43 61,14 786,07 65,51 % de perdas técnicas 15,00% 15,00% 15,00% Energia facturada (GWh) 540,88 45,07 137,57 45,86 597,42 49,78 % de perdas referidas à distribuição 25,00% 25,00% 2400% Energia facturada (Kz) , , , , , ,00 Energia cobrada (kz) % de energia facturada em (Kz) 52,60% 56.20% 65.00% 1.2 Subsídios a preços Subsídios solicitados (Kz) , , , , , ,33 Subsídios pagos (Kz) , , , , , ,00 % do solicitado 37,34% 19,33% 75,00% 1.3 Outros proveitos/recebimentos (Kz) , , , , , ,33 Total dos proveitos (R) , , , , , ,67 Total de recebimentos (Rc) , , , , , ,33 2. Custos/Pagamentos 2.1 Aquisição de energia eléctrica (Kz) , , , , , ,00 % das dspesas totais 68,79% 72,03% 71,98% Pagamentos executados (Kz) , , , , , , Outros custos (Kz) , , , , , ,33 Pagamentos Executados (Kz) , , , , , ,00 Total de custos (C) , , , , , ,33 Total dos pagamentos (P) , , , , , ,00 Resultado da Exploração (R C) , , , , , ,33 Saldo (Rc P) , , , , , ,33
15 Quadro 1 Dados sobre a ENE º trimestre de Total Média mensal Total Média mensal Total Média mensal 1. Proveitos/Recebimentos 1.1 Venda de energia Energia adquirida (GWh) Energia distribuída (GWh) % de perdas técnicas 15.27% 15.40% 15.04% Energia facturada (GWh) % de perdas referidas à distribuição 12.26% 14.58% 9.80% Energia facturada (Kz) EDEL (Kz) % de energia facturada 67.49% 61.60% 61.00% Outros clientes (Kz) Energia cobrada % da energia facturada em (Kz) 35.21% 30.60% 74.47% EDEL (Kz) % da respectiva facturação 21.30% 16.51% 90.00% % da energia facturada em (Kz) 14.37% 10.17% 54.90% Outros clientes (kz) % da respectiva facturação 64.09% 53.20% 50.19% 1.2 Subsídios a preços Subsídios solicitados (Kz) Subsídios pagos (Kz) ,94 % solicitado 41.36% 22.62% 75.00% 1.3 Outros proveitos/recebimentos (Kz) Totais dos proveitos (R) Total dos recebimentos (Rc) Custos/pagamentos 2.1 Aquisição de combustíveis (Kz) %recebimentos totais 64.48% 54.75% 61.39% Pagamentos Executados (Kz) Outros Custos (Kz) Pagamentos Executados (Kz) Total de custos (C)
16 Total dos pagamentos (P) Resultado da Exploração (R C) Saldo (Rc P)
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