Grupo de Estudos sobre Organização e Representação do Conhecimento (GEORC) UNESP de Marília
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1 Grupo de Estudos sobre Organização e Representação do Conhecimento (GEORC) UNESP de Marília DISCUSSÃO DO TEXTO - Representação temática da informação e mapas cognitivos: interações possíveis. Autora do texto: Dulce Amélia de Brito Neves. Condução da discussão: Roberta Caroline Vesu Alves Objetivo do artigo: pesquisa dos mapas cognitivos realizados por indexadores brasileiros e portugueses sobre o processo de indexação e representação temática. (NEVES, 2012) 1
2 Mapas cognitivos/mentais: mostra a ligação/conexão entre ideias/conceitos afins, evidenciando aspectos do conhecimento das pessoas. Mapas conceituais: usado inicialmente na área de Educação para desenvolver a aprendizagem significativa, como também para avaliar os conhecimentos de um aluno sobre algo; evidencia a ligação/conexão entre ideias/conceitos afins e os elementos que os relacionam. Na área a de Ciência da Informação os mapas conceituais são utilizados para verificar como o indexador entende e processa a indexação (identificação de assunto, seleção e representação em termos de linguagem documental), entre outros aspectos. Mapa Mental baseado no livro de Neves (2011) e elaborado pela autora para mostrar uma relação inicial dos conceitos principais: MENTE HUMANA MEMÓRIA METAMEMÓRIA PROCESSO COGNIÇÃO METACOGNIÇÃO CONHECIMENTO Curto prazo Trabalho Longo prazo Imagens Proposições Codificação / Representação Armazenamento Recuperação Conhecimento metacognitivo Experiências metacognitivas Declarativo Procedural Episódica Semântica Declarativa Procedural Explícita Implícita Indelével Modelos mentais Esquemas Planos Roteiros Superestruturas ou esquemas textuais O próprio conhecimento em alguma área Avaliação do saber Regulação Organização dos processos cognitivos Sobre si e em relação com outros/grupo Sobre a tarefa Sobre a estratégia Habilidade Memória Leitura Compreensão textual Monitoração Autorregulação Alocação de capacidades para realizar tarefas Objetivos Ações 2
3 Fonte: (MARRIOTTI; TORRES, 2015, p. 195) 3
4 (TAVARES, 2007, p. 76) (MARRIOTTI; TORRES, 2015, p. 176) 4
5 (MARRIOTTI; TORRES, 2015, p. 176) Construção de mapas conceituais (RODRIGUES; CERVANTES, 2015, p ) 5
6 Aborda elementos cognitivos, como a classificação, e aspectos terminológicos inerentes à representação por meio de indexação. (NEVES, 2012) O ato de classificar - cognição: Classificar é inerente à natureza do ser humano, uma tentativa de manter junto dar ordem, coerência, organizar, categorizar o mundo a nossa volta, dando-lhe sentido. Essa obviedade, essa naturalidade atribuída ao ato de classificar é algo que advém da própria constituição cognitiva dos indivíduos em suas representações mentais, que nos possibilitam orientar-nos no mundo que nos cerca. (NEVES, 2012, p. 40) 6
7 A indexação é um processo subjetivo que depende, em grande parte, do desempenho do indexador. Este profissional é instruído durante a sua formação em alguns procedimentos que deverá ater-se a fim de identificar o conceito ou conceitos a partir da leitura técnica que compreende partes do documento que são consideradas importantes e que garantam que informação alguma fora negligenciada. Essas partes correspondem a: título e subtítulo; resumo se houver; sumário; introdução; ilustrações, diagramas, tabelas e seus títulos explicativos; palavras em destaque e referências do documento. (NEVES, 2012, p. 40) Teoricamente, não existe um limite de tempo ou mesmo um padrão de termos ou instrumentos de controle terminológico que garanta objetivamente a qualidade da indexação. Desse modo, a análise de assunto de um mesmo documento efetuada por dois indexadores distintos poderá ser atribuída diferentes descritores. (NEVES, 2012, p. 40) Aspectos que norteiam a indexação para procedimentos com qualidade política de indexação: estabelecimento de procedimentos de análise, representação, aspectos de precisão, especificidade, exaustividade, instrumentos adotados (linguagem documental), e avaliação da recuperação. 7
8 2.1 Processo de indexação um ato subjetivo Subjetividade: Hjørland (1998) subjetividade inerente à política de indexação, que determina prioridades a alguns assuntos. Beghtol (1986), Pinto Molina (1995) e Fujita e Rubi (2006) modelo de leitura para viabilizar a representação (explora a estrutura textual por meio de questionamentos, estratégia metacognitiva; comprovado por protocolo verbal). Neves (2006a) leitor proficiente necessita de uso de estratégias metacognitivas de leitura para obter mais eficiência na indexação. (NEVES, 2012, p. 41) 2.1 Processo de indexação um ato subjetivo Os estudos verificados pela autora apontam soluções importantes para leitura do indexador... Necessitamos, então, realizar estudos que nos possibilite a compreensão dos momentos seguintes à leitura, ou seja, a identificação e a seleção de conceitos de uma unidade informacional. Os instrumentos de controle terminológico, muitas vezes, não atendem às necessidades dos profissionais. O indexador automatiza, com o passar do tempo, os procedimentos e aplicação dos instrumentos de controle terminológico. (NEVES, 2012, p. 42) 8
9 2.1 Processo de indexação um ato subjetivo FATORES DE SUBJETIVIDADE: A qualidade dos serviços ou produtos, por exemplo, não depende apenas dos instrumentos adotados, mas, especialmente, da capacidade do indexador durante o processo, a forma como se coordena seu trabalho, geralmente, baseado na experiência prévia. O que de fato interessa é o gerenciamento do conhecimento inerente a essas pessoas e a forma como a troca e a interação desses conhecimentos podem trazer sucesso para as Unidades de Informação. (NEVES, 2012, p. 42) 3 Classificação e conceito dos mapas cognitivos MAPAS COGNTIVOS: Ausubel (1982) fundamenta que a aprendizagem significativa (retenção de conhecimentos de modo significativo) não depende necessariamente de motivação, pois na aprendizagem há uma satisfação inicial e um desejo de continuidade àquela situação. Ausubel, Novak e Hanesian (1980) propoem que esquemas e diagramas ilustram a teoria da aprendizagem significativa. [...] um mapa cognitivo expressa a representação mental do discurso enunciado, pelo sujeito, do qual o pesquisador elabora uma representação gráfica. (NEVES, 2012, p. 43). 9
10 5 Mapas cognitivos e ciência da informação: perspectivas de desenvolvimento RESULTADOS DA PESQUISA: Tanto os bibliotecários brasileiros quanto os portugueses expressam discurso semelhante, ressaltaram como prioridade o indexador conhecer os objetivos, as necessidades do usuário, a política de indexação, ter conhecimentos gerais e na área coberta pela Unidade de Informação. (NEVES, 2012, p. 45) 5 Mapas cognitivos e ciência da informação: perspectivas de desenvolvimento Observamos que quando não usam um vocabulário controlado e não se exige limites de tempo e número de descritores existe uma tendência ao excesso, o que nos mostra a importância das linguagens documentárias e das políticas de indexação em Unidades de Informação. (NEVES, 2012, p. 45) 10
11 5 Considerações finais Os mapas cognitivos se referem à representação e indicam relações entre conceitos na forma de proposições. Seu uso na CI é de grande interesse, pois possibilita a construção da representação processos mentais dos indivíduos em suas buscas e/ou em seu trabalho cotidiano em Unidades de Informação, visto que o mapeamento de um conhecimento permite conhecer a hierarquia do conceito e sua formação na mente. Possibilitando também delinear a representação do ambiente no cérebro envolvendo representações, modelos mentais ou esquemas que os indivíduos constroem a partir de suas interações no ambiente social e durante a aprendizagem. (NEVES, 2012, p. 46) REFERÊNCIA TEXTO PRINCIPAL NEVES, Dulce Amélia de Brito. Representação temática da informação e mapas cognitivos: interações possíveis. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v. 22, Número Especial, p Disponível em: < Acesso em: 05 maio
12 REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES MARRIOTT, Rita de Cássia Veiga; TORRES, Patrícia Lupion. Mapas Conceituais uma ferramenta para a construção de uma cartografia do conhecimento. Disponível em: < ramenta_para_a_construcao_de_uma_cartografia_do_conhecimento/links/54be973b0cf28ad7e718415c/ma pas-conceituais-uma-ferramenta-para-a-construcao-de-uma-cartografia-do-conhecimento.pdf>. Acesso em: 20 jun NEVES, Dulce Amélia de Brito. Metacognição, informação e conhecimento: pensando em como pensar. Recife: Nectar, RODRIGUES, Maria Rosemary; CERVANTES, Brígida Maria Nogueira. Análise de assunto e mapas conceituais: semelhanças nos processos. Perspectivas em Ciência da Informação, v.20, n.4, p.35-56, out./dez Disponível em: < Acesso em: 20 jun TAVARES, Romero. Construindo mapas conceituais. Ciências & Cognição, v. 12, p , Disponível em: < Acesso em: 20 jun
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