INQUÉRITO A PASSAGEIROS DE CRUZEIRO

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1 INQUÉRITO A PASSAGEIROS DE CRUZEIRO PORTO DE LISBOA 2017

2 1 INQUÉRITO A PASSAGEIROS DE CRUZEIRO INTRODUÇÃO Na continuidade do estudo que vem sendo realizado pelo, em conjunto com a sobre o perfil do passageiro de cruzeiros com escala no Porto de Lisboa e a sua satisfação com a visita a Lisboa, foi realizada uma nova edição durante o ano de 2017, cujos resultados aqui se apresentam. Neste sentido, foi estabelecida uma amostra de 49 navios que fizeram escala em Lisboa entre os meses de abril e novembro, tendo sido entrevistados 1003 passageiros estrangeiros. Com base num questionário elaborado pelo, as entrevistas foram levadas a cabo pela empresa 2ii Informática e Informação, Lda. Este relatório pretende fazer uma análise dos dados recolhidos, evidenciando os seus principais resultados.

3 2 PERFIL À semelhança dos anos anteriores, no que respeita à nacionalidade, 40,5% dos passageiros estrangeiros entrevistados é do Reino Unido (40,6% em 2016). O 2º lugar é ocupado pela Espanha (11,3% em 2016) e o 3º pela Alemanha (10,6% em 2016). 73,6% dos passageiros é do sexo masculino (65,7% em 2016). Em termos etários, 62,7% tem mais de 55 anos, 32,7% situa-se entre os 35 e os 54 anos e 4,7% abaixo dos 35. Em 2016, essas percentagens foram de 37,8%, 50,3% e 11,9%, respectivamente. Como tem sido habitual neste inquérito, no que respeita ao estado civil, a grande maioria dos passageiros dos cruzeiros analisados é casado ou em união de facto (74,7% em 2016).

4 3 No que se refere às habilitações literárias, 89,1% dos passageiros possui pelo menos um grau universitário (69,1% em 2016). O peso de passageiros reformados foi de 9,7% (12,0% em 2016). Como tem sido habitual, a esmagadora maioria dos passageiros entrevistados (98,3%) viaja acompanhado (98,1% em 2016). 89,1% destes viajou com o/a seu/sua companheiro/a, com 44,8% a viajar apenas em casal (28,1% em 2016), enquanto 6,1% o faz apenas com amigos (12,8% em 2016). O CRUZEIRO 8,9% dos passageiros encontrava-se a realizar o seu primeiro cruzeiro (33,0% em 2016). Em média, os cruzeiros em questão tinham uma duração de 13,1 dias. 90,1% tinha já alguma experiência prévia em cruzeiros (67,0% em 2016). Tal como no ano passado, a maioria destes optou pelo Mediterrâneo ou Caraíbas.

5 4 Enquanto no ano passado a fonte privilegiada para recolha de informação sobre o cruzeiro foram os familiares e amigos (50,4%), em 2017 a preferência foi para a agência de viagens (41,3% em 2016). O aspecto lúdico continua a ser, para estes passageiros, a principal razão para a realização do seu cruzeiro (83,3% em 2016). Em seguida, surgem Fazer amigos e Contacto com o mar. INFLUÊNCIA NA ESCOLHA DO CRUZEIRO nada importante pouco importante muito importante NS/NR Conjunto de cidades a visitar pelo cruzeiro 0,0% 36,3% 62,7% 1,0% Conselho de agência de viagens 10,0% 59,3% 29,7% 1,0% A companhia que realiza o cruzeiro 13,9% 55,9% 29,2% 1,0% Cruzeiros realizados anteriormente em outros destinos 16,0% 54,0% 29,0% 1,0% Preço do cruzeiro 23,2% 64,1% 11,7% 1,0% Possibilidade de visitar Lisboa 0,1% 88,3% 10,6% 1,0% Condições de alojamento a bordo 0,0% 90,3% 8,7% 1,0% A qualidade da restauração a bordo 0,0% 92,0% 7,0% 1,0% A animação a bordo 0,1% 92,2% 6,7% 1,0% Possibilidade de descanso a bordo 2,4% 91,0% 5,6% 1,0% Programas para pessoas solteiras 54,7% 41,2% 3,1% 1,0% Cruzeiros realizados anteriormente no mesmo destino 19,3% 77,6% 2,1% 1,0% Número de passageiros 53,1% 44,4% 1,5% 1,0% Tal como em 2016, o factor que exerceu maior importância na escolha do cruzeiro foi o conjunto de cidades integrantes do percurso do cruzeiro. O conselho de agência de viagens surge em segundo lugar, enquanto no ano anterior, esta posição foi ocupada pela possibilidade de visitar

6 5 Lisboa. A companhia que organiza o cruzeiro e os cruzeiros realizados anteriormente em outros destinos assumem também alguma relevância como factores influenciadores. 2,7% dos passageiros entrevistados considera pouco provável a realização do cruzeiro na eventualidade da cidade de Lisboa não estar incluída no percurso, sendo que 6,0% certamente não o teria realizado (em 2016, estas percentagens foram de 12,4% e 25,6%, respectivamente). A reserva do cruzeiro foi feita, de forma esmagadora, através de agência de viagens (42,0% em 2016), sendo que 7,7% optou por reservar junto da companhia de cruzeiros (36,1% em 2016). Na avaliação das condições a bordo do navio (numa escala de 1 a 10), a Segurança e navegação surge na liderança, como em Os serviços e ambiente a bordo estão também no topo desta avaliação. CONDIÇÕES A BORDO DO NAVIO avaliação (escala 1 a 10) Segurança e navegação 8,93 Serviços/facilidades a bordo 8,66 Ambiente a bordo 8,59 Animação e entretenimento 8,51 Funcionalidade e estética do navio 8,33 Relação com o staff do navio 8,29 Relação Qualidade-preço 8,26 Relação com outros passageiros 8,26

7 6 Numa escala de 1 a 10, o grau de satisfação médio com o Cruzeiro efectuado é de 8,37 (8,29 em 2016). GRAU DE SATISFAÇÃO COM O CRUZEIRO (escala de 1 a 10) 8,37 A VISITA A LISBOA 88,9% dos passageiros entrevistados tinha já visitado Lisboa anteriormente (49,0% em 2016), sendo que 77,0% o fez igualmente em contexto de cruzeiro (27,5% em 2016). Conforme o ano passado, a maioria dos passageiros inquiridos optou por fazer uma excursão com guia comprada no navio (41,1% em 2016). 13,2% visitou a cidade pelos seus próprios meios (38,8% em 2016). No que respeita ao uso de fontes de informação sobre Lisboa, os mais utilizados foram o Navio, a Agência de viagens e os Familiares e amigos. Em 2016, a liderança cabia, por ordem decrescente aos Familiares e amigos, o Navio e as Redes sociais. FONTES DE INFORMAÇÃO SOBRE LISBOA (nível de uso) NS/NR nada pouco bastante No navio 1,2% 5,8% 44,4% 48,7% Através de agência de viagens 1,2% 8,6% 68,8% 21,4% Junto de amigos/família 1,2% 75,3% 10,0% 13,6% Através de publicidade 1,2% 54,7% 33,2% 10,9% Através de catálogos/brochuras 1,2% 32,1% 57,5% 9,2% Através de redes sociais na Internet 1,2% 84,1% 5,8% 8,9% Através do site 1,2% 82,3% 9,9% 6,7% Através de outros sites oficiais 1,2% 84,8% 7,8% 6,2% Através da TV 1,2% 56,8% 35,8% 6,2% Por 1,2% 89,1% 6,0% 3,7% Através de livros/filmes 1,2% 57,7% 40,4% 0,7% Através de artigos/notícias na imprensa 1,2% 34,5% 64,0% 0,3%

8 7 Na sua visita a Lisboa, o meio de transporte mais utilizado foi, tal como em 2016, o autocarro turístico. Nesta edição, quer o uso de táxi quer o passeio a pé obtiveram uma menor percentagem de resposta (48,4% e 53,8%, respectivamente, em 2016). Em compensação, a utilização do metro voltou a aumentar, depois de 4,0% em 2015 e 9,6% em Em 2017, os locais mais visitados na cidade de Lisboa foram Belém, Bairro Alto/Cais do Sodré e a Baixa-Chiado. Em 2016, as posições cimeiras cabiam à Baixa-Chiado, Alfama/Castelo/ Mouraria e o Bairro Alto/Cais do Sodré. No âmbito da Região de Lisboa, Sintra é visitada por 28,4% destes passageiros de cruzeiro, seguida de Óbidos, com 20,5%. Em média, estes passageiros estiveram 13:46 horas em Lisboa (11:21 em 2016). 10,3% dos passageiros entrevistados pernoitou em Lisboa (5,1% em 2016).

9 8 Na apreciação da oferta de Lisboa, a avaliação mais elevada coube aos Monumentos, igrejas e museus, ao Clima, à Higiene e limpeza e à Segurança. Em 2016, as posições cimeiras eram detidas pelo Clima, os Passeios a pé pela cidade, os Preços e a Gastronomia e Vinhos. OFERTA DE LISBOA avaliação (escala 1 a 10) Monumentos, igrejas e museus 9,13 Clima 9,10 Higiene e limpeza 9,01 Segurança 8,97 Passear a pé pela cidade 8,92 Atendimento profissional em Lisboa 8,88 Qualidade da excursão organizada em Lisboa 8,86 Rapidez no acesso à cidade 8,54 Qualidade dos serviços de acolhimento a passageiros no porto 8,45 Segurança no embarque/desembarque 8,43 Gastronomia e vinhos 8,36 Qualidade da informação turística sobre Lisboa 8,34 Preços 8,28 Serviço nos restaurantes 8,28 Acesso a informação turística sobre Lisboa 8,27 Rapidez nas formalidades de embarque/desembarque 8,26 Relação com a população local 8,25 Qualidade da oferta cultural 8,23 Envolvente/ambiente urbano e paisagístico 8,21 Interacção com os outros visitantes em Lisboa 8,18 Qualidade da oferta comercial 8,17 No que se refere ao grau de satisfação com os serviços no Porto de Lisboa, os passageiros entrevistados avaliaram-nos com 8,33 numa escala de 1 a 10 (8,00 em 2016). GRAU DE SATISFAÇÃO COM A EXPERIÊNCIA NO PORTO DE LISBOA (escala de 1 a 10) 8,33

10 9 Relativamente à expectativa prévia à sua viagem a Lisboa, 16,1% dos passageiros entrevistados viu as suas expectativas serem excedidas (51,0% em 2016). Numa escala de 1 a 10, o grau de satisfação médio com a visita a Lisboa foi de 8,41 (8,59 em 2016). GRAU DE SATISFAÇÃO COM A VISITA A LISBOA (escala de 1 a 10) 8,41 88,4% dos inquiridos considera o seu regresso a Lisboa em cruzeiro como provável ou muito provável (49,4% em 2016), enquanto 97,7% classifica de igual modo o seu regresso a Lisboa em lazer e fora do contexto de cruzeiro (88,8% em 2016).

11 10 À semelhança do ano anterior, a totalidade dos passageiros entrevistados recomendam Lisboa como ponto de passagem de cruzeiro, e de igual modo como destino turístico. RECOMENDAÇÃO DE LISBOA COMO PONTO DE PASSAGEM DO CRUZEIRO 100,0% RECOMENDAÇÃO DE LISBOA COMO DESTINO TURÍSTICO 100,0% No que se refere à sua recomendação como destino turístico, 16,5% dos passageiros de cruzeiro insere Lisboa no Top 5 de destinos a serem visitados (12,2% em 2016), enquanto 78,3% a incluem no Top 10 (81,3% em 2016). DESPESAS Da informação recolhida sobre as despesas efectuadas na sua viagem de cruzeiro (43,3% do total de passageiros), em termos médios, os passageiros entrevistados tiveram uma despesa individual de 49,31 euros durante a sua passagem por Lisboa (56,80 euros em 2016). De notar que, face ao ano anterior, esta amostra é, por um lado, consideravelmente mais velha e, por outro, duplicou em termos percentuais o uso de uma agência para reserva da viagem, o que pode ter resultado em menores gastos extra pacote de cruzeiro. Adicionalmente, em comparação com 2016, uma elevada percentagem tinha já visitado Lisboa anteriormente. Em 2017, as componentes desta despesa tiveram, em termos médios, a seguinte distribuição:

12 11 No que se refere à composição dessa despesa, em termos práticos nem todos os inquiridos tiveram gastos em todas as componentes. Dessa forma, 5,5% dos passageiros indica ter realizado despesas na visita a Museus, Monumentos ou Atracções (13,0% em 2016), 38,0% diz ter efectuado despesas em Compras (43,9% em 2016), 24,9% teve gastos na componente de Alimentação (45,8% em 2016), 13,6% gastos em Transportes em Lisboa (41,0% em 2016), e 5,6% diz ter tido gastos numa Excursão comprada em Lisboa (2,6% em 2016). Por fim, 7,3% indicam ter tido despesas de alojamento na cidade (1,4% em 2016). DESPESAS % passageiros que indica ter efectuado esta despesa custo médio dos que efectuam esta despesa (por pessoa) Visita a monumentos e/ou atracções 5,5% 20,13 Compras 38,0% 46,37 Alimentação 24,9% 37,57 Deslocações na cidade 13,6% 28,77 Excursão comprada localmente 5,6% 67,69 Alojamento 7,3% 79,95 Outros 0,0% n.a. Em termos médios, os valores individuais despendidos em cada componente foram os seguintes: Museus, Monumentos ou Atracções - 20,13 euros (9,33 euros em 2016); Compras - 46,37 euros (34,24 euros em 2016); Alimentação - 37,57 euros (23,48 euros em 2016); Transportes em Lisboa - 28,77 euros (12,65 euros em 2016), Excursão comprada localmente - 67,69 euros (24,90 euros em 2016) e Alojamento - 79,95 (93,04 euros em 2016). Em comparação com o ano anterior, uma menor percentagem de passageiros indica ter tido gastos nas várias componentes, à excepção da Excursão e do Alojamento. Apesar do gasto médio verificado nas diversas componentes ser superior aos valores médios de 2016 (exceptuando o Alojamento), o facto de menos pessoas terem efectuado essas despesas resultou numa quebra face ao valor médio apurado na passada edição deste estudo.