INQUÉRITO AO CONGRESSISTA
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- Flávio da Mota Carmona
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1 INQUÉRITO AO CONGRESSISTA 2015
2 INQUÉRITO AO CONGRESSISTA INTRODUÇÃO Tendo em conta a elevada relevância do Turismo de Negócios no posicionamento de Lisboa como destino, o Observatório do Turismo de Lisboa tem levado a cabo anualmente um estudo sobre o segmento de Congressos em Lisboa e o perfil dos seus participantes. O questionário desenhado pelo Observatório foi aplicado pela empresa 2ii Informática e Informação, Lda., a um total de 905 congressistas estrangeiros. Na edição de 2015 os congressos seleccionados para a aplicação deste estudo foram os seguintes: The IEEE International Symposium on Circuits and Systems (ISCAS), de 24 a 27 de maio no Centro Cultural de Belém; CIRSE 2015 Annual Congress of the Cardiovascular and Interventional Radiological Society of Europe, de 26 a 30 de setembro no Centro de Congressos de Lisboa; TIMM-7 7th Trends in Medical Mycology, de 9 a 12 de outubro no Centro de Congressos de Lisboa. Este relatório é a síntese da análise realizada, evidenciando os principais resultados da informação recolhida e comparando-os com os da edição anterior. Deverá ser tido em conta que alguma especificidade no âmbito dos congressos em análise pode condicionar alguns dos resultados obtidos. Observatório do Turismo de Lisboa 1
3 PRINCIPAIS RESULTADOS No que respeita ao país de residência, o Reino Unido ocupa o primeiro lugar nos congressos em análise (12,3%) e a Espanha o segundo (10,2%), posições inversas às do ano passado, com 11,0% e 13,6% respectivamente. Ainda que em diferente ordem, nas posições cimeiras encontram-se também a Alemanha, a França e a Itália. DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E IDADE O sexo masculino continuou a ser predominante entre os inquiridos nestes eventos, subindo ainda dos 74,8,1% na edição do ano passado. Em termos de faixa etária, a maior relevância foi para a dos 26 aos 35 anos, entre as mulheres e entre a dos 36 aos 45 entre os homens. No que respeita ao nível de habilitações, 75,2% dos entrevistados possui uma pós- -graduação, mestrado ou doutoramento (46,5% em 2014). Observatório do Turismo de Lisboa 2
4 ALOJAMENTO % total Hotel 5 ***** 16,7% Hotel 4 **** 58,6% Hotel-Apartamento 4 **** 0,7% Hotel 3 *** 22,9% Hotel 2 ** 0,3% Alojamento local 0,8% TOTAL 100,0% Na escolha do alojamento, a preferência foi para os estabelecimentos hoteleiros de 4 estrelas (48,1% em 2014). Tal como no ano passado, a totalidade dos entrevistados ficou alojado na cidade de Lisboa. TRANSPORTE 99,9% dos congressistas chega a Lisboa por via aérea (98,9% em 2014), sendo que 65,5% o faz com um itinerário directo. A TAP é a companhia aérea mais utilizada pelos participantes, com 36,6% das respostas (45,7% em 2014). Nos seguintes lugares surgem a Lufthansa (8,2%) e a Iberia (7,6%). As companhias Klm e British Airways descem das 2ª e 3ª posições ocupadas, respectivamente, em As companhias aéreas portuguesas corresponderam a um share de 36,8% do total (45,8% em 2014). No seu todo, a utilização das companhias low-cost decresceu ligeiramente: 12,5% face aos 13,2% de O táxi continua a ser o meio privilegiado de transporte no percurso entre o aeroporto e o hotel, enquanto que no itinerário entre o hotel e o local do congresso a maioria dos entrevistados deu, este ano, preferência aos transportes públicos. O transfer da organização tem, nesta edição, pouca relevância em qualquer um dos percursos. Observatório do Turismo de Lisboa 3
5 ASSISTÊNCIA A CONGRESSOS 7,1% dos congressistas tem intenção de permanecer em Lisboa para além da duração do congresso a que se encontra a assistir (16,4% em 2014). A grande maioria dos congressistas entrevistados (89,5%) assiste, em média, a 1 congresso por ano. Na edição de 2014, apenas 4,3% deu a mesma resposta, com 51,7% indo a 3 eventos anualmente. 10,5% dos congressistas presentes tinha já visitado Lisboa anteriormente, uma percen- tagem bastante inferior à de 2014 (56,4%). 53,7% viajou sozinho, enquanto 42,7% se fez acompanhar de mais uma pessoa. Em 2014, essas percentagens foram de 44,3% e 35,4%, respectivamente. Observatório do Turismo de Lisboa 4
6 AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO DO CONGRESSO (escala de 1 a 10) Alemanha Áustria Bélgica Brasil Canadá Dinamarca Espanha EUA Finlândia Qualidade dos serviços do aeroporto 7,8 7,4 7,6 8,3 7,8 7,6 7,8 7,6 7,9 7,7 7,6 7,7 7,8 7,7 6,5 7,8 7,9 7,6 7,5 7,7 8,2 7,8 Qualidade do transporte do aeroporto para o hotel 7,8 7,8 8,0 8,1 7,8 7,8 7,6 8,0 7,9 7,8 7,9 7,8 7,9 7,9 8,0 7,8 7,9 7,9 7,7 7,9 8,0 7,8 Qualidade do transporte do hotel para o local do congresso 7,5 8,0 6,8 7,8 8,0 7,4 7,1 7,4 7,5 7,6 7,9 7,4 7,0 7,4 8,0 7,4 7,3 7,4 7,8 7,4 7,6 7,5 Qualidade do hotel 7,5 6,9 7,1 7,8 8,0 7,5 6,9 8,1 7,5 7,8 7,4 7,5 7,2 7,2 7,5 7,3 7,6 7,4 7,4 7,4 7,6 7,4 Qualidade dos serviços de restauração 7,6 7,3 7,8 8,2 7,8 7,6 7,6 7,7 7,8 7,7 7,7 7,7 7,2 7,5 6,5 7,7 7,5 7,7 7,8 7,7 7,9 7,7 Nível de preços de Lisboa 8,1 8,2 8,1 7,3 8,4 8,1 8,0 7,6 8,4 8,0 7,8 8,2 8,0 8,0 7,0 8,1 8,4 8,2 8,5 8,1 7,7 8,0 Preço do hotel 8,1 8,0 8,0 7,2 8,0 8,0 8,1 7,5 8,2 8,2 7,9 8,1 8,1 8,1 7,5 8,1 8,4 8,2 8,2 8,2 7,6 8,0 Preço da restauração 8,2 8,0 8,0 7,2 8,1 7,9 8,2 7,5 8,3 8,1 7,7 8,2 8,1 8,1 7,5 8,1 8,3 8,2 8,1 8,2 7,6 8,0 Preço dos transportes 8,3 8,1 8,1 7,2 8,1 8,1 8,2 7,8 8,2 8,2 7,8 8,4 8,1 8,1 7,5 8,3 8,3 8,2 8,3 8,1 7,6 8,1 Qualidade dos equipamentos do local do congresso 8,5 8,5 8,4 8,7 8,4 8,5 8,5 8,5 8,5 8,5 8,8 8,6 8,7 8,4 8,5 8,4 8,6 8,4 8,6 8,4 8,7 8,5 Funcionalidade do equipamento de apoio no local do congresso 8,7 8,7 8,7 9,2 8,6 8,6 8,8 8,5 8,8 8,8 9,0 8,7 8,9 8,8 7,5 8,5 8,7 8,7 8,7 8,7 8,9 8,8 Qualidade do programa extra-congresso 8,4 8,7 8,5 8,5 8,4 8,1 8,5 8,7 7,8 8,3 8,9 8,5 8,8 8,5 n.d. 8,6 8,7 8,5 8,6 8,5 8,6 8,5 Avaliação global da organização do congresso (excepto avaliação científica) 8,5 8,4 8,6 8,9 8,6 8,7 8,6 8,4 8,5 8,5 8,8 8,6 8,5 8,5 8,0 8,1 8,5 8,5 8,5 8,5 8,8 8,6 Avaliação global de Lisboa como cidade para congressos 8,4 8,5 8,4 8,9 8,3 8,3 8,4 8,8 8,5 8,4 8,9 8,4 8,4 8,4 7,5 8,4 8,4 8,3 8,2 8,3 8,6 8,4 França VALOR MÉDIO 8,1 8,0 8,0 8,1 8,2 8,0 8,0 8,0 8,1 8,1 8,1 8,1 8,1 8,0 7,5 8,0 8,2 8,1 8,1 8,1 8,1 8,1 Grécia Holanda Irlanda Itália Japão Luxemburgo Noruega Reino Unido Suécia Suiça Outros TOTAL À semelhança do ano passado, os critérios mais valorizados na avaliação deste ano foram a Funcionalidade do equipamento de apoio no local do congresso e a Qualidade dos equipamentos do local do congresso. Em terceiro lugar surge a Qualidade do programa extra-congresso. Os congressistas que mais valorizaram em média a sua experiência no congresso foram os canadianos, os noruegueses e os gregos. Lisboa como destino de congressos obtém uma avaliação global superior ao valor médio das avaliações por categorias (8,4 contra 8,1). No ano anterior, os valores médios foram, respectivamente, 8,5 e 8,3. Observatório do Turismo de Lisboa 5
7 Nos congressos analisados em 2015, Lisboa surge como a cidade onde, segundo os entrevistados, se realizaram os melhores congressos a que tiveram oportunidade de assistir. Londres surge na segunda posição, e Berlim em terceiro. Em 2014, Lisboa tinha ocupado o quinto posto. Quando questionadas sobre qual a probabilidade do seu regresso a Lisboa (e excluindo as não respostas), 33,5% dos entrevistados classifica-a como muito provável (49,2% em 2014). 98,7% dos congressistas entrevistados recomenda Lisboa como cidade de congressos. Como destino turístico essa recomendação é de 99,3%. Em 2014, estas percentagens eram de 99,9% e 100%, respectivamente. RECOMENDAÇÃO DE LISBOA COMO CIDADE DE CONGRESSOS 98,7% RECOMENDAÇÃO DE LISBOA COMO DESTINO TURÍSTICO 99,3% DESPESAS No que diz respeito às despesas efectuadas pelos participantes nos congressos foram consideradas 6 componentes: Transporte e Inscrição no congresso (valor único), Alojamento (valor por noite) e Deslocações, Alimentação e Outros (valor por dia). No entanto, há que ter em conta algumas especificidades, como é o caso da possibilidade de algum tipo de financiamento dos gastos, o que faz com que nem todos os congressistas tenham tido custos pessoais directos em todas as componentes analisadas. No entanto, é de esperar que esse pagamento (seja de alojamento, transporte, inscrição, etc.) tenha sido suportado por qualquer outra entidade. Dessa forma, os valores médios obtidos têm apenas em conta as verbas efectiva e directamente suportadas pelos congressistas. Observatório do Turismo de Lisboa 6
8 Dos congressistas que deram resposta a esta questão (49,2% do total), 8,7% afirmou ter tido gastos de transporte para vir a Lisboa, tendo pago em média 196,95. A inscrição no congresso, paga por 19,5%, custou em média 665,86. 40,7% teve encargos com o alojamento, num valor médio de 148,14 por noite. No que respeita a alimentação, o valor médio por dia foi de 59,71, sendo que 99,6% afirmou ter tido este tipo de gastos. A totalidade indica ter tido custos com as deslocações na cidade, tendo pago em média 27,70 por dia. Os outros gastos, admitidos por 99,3% atingem o valor diário de 22,77. Despesa média por participante Pagamento único: Transporte 196,95 Inscrição no congresso 665,86 Pagamento por noite: (para uma estadia média de 3,8 dias estima-se uma média de 2,8 noites) Alojamento 148,14 Pagamento por dia: (para uma estadia média de 3,8 dias) Alimentação 59,71 Deslocações 27,70 Outros 22,77 TOTAL 1.696,27 Estadia média por participante 3,8 dias O valor global obtido é ligeiramente superior ao verificado no ano passado: 1.687,56. A variação mais significativa aconteceu no valor médio da Inscrição no congresso (+107,0% que em 2014), compensada em grande parte com valores menores ao nível do Transporte (-53,8%), Deslocações em Lisboa (-40,25%) e Outros (-50,7%). A estadia média dos congressistas foi de 3,8 dias (3,9 dias em 2014). Assumindo um congressista tipo dos congressos em análise, que contribuiria directamente para cada componente com o seu valor médio, obtemos uma despesa média por participante na ordem dos 1.696,27 pela sua presença num destes eventos. Observatório do Turismo de Lisboa 7
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