Processo de Trabalho das Equipes de Saúde da Família sob os olhares do PMAQ
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- Clara Laranjeira Fraga
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2 Processo de Trabalho das Equipes de Saúde da Família sob os olhares do PMAQ PROF. JOÃO CAVALCANTE UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
3 Fases do PMAQ - 3º Ciclo FASE 1 FASE 2 FASE 3 Adesão e Contratualização Avaliação Externa e Certificação Recontratualização Gestão Municipal e Equipe pactuam os compromissos Município faz a adesão e (re)contratualização das equipes com o Ministério da Saúde Verificação in loco de padrões de acesso e qualidade (gestão, UBS e equipe) Certificação das Equipes Recontratualização com incremento de padrões de qualidade Ministério da Saúde homologa a adesão e (re)contratualização dos municípios e equipes Ofertas de Informação para a ação de gestores e equipes Desenvolvimento do conjunto de ações para a qualificação da Atenção Básica envolvendo: Eixo Estratégico Transversal de Desenvolvimento Autoavaliação Monitoramento de Indicadores de Saúde Apoio Institucional Educação Permanente Cooperação Horizontal Ciclo com avaliação a cada 2 anos
4 Eixo Estratégico Transversal de Desenvolvimento Autoavaliação - ferramenta potente que auxilia no debate da identificação e priorização das dificuldades Sistema AMAQ on line Apoio Institucional - estratégia de suporte às equipes de saúde da atenção básica pelos Municípios e à gestão municipal pelas Secretarias de Estado da Saúde e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS) Educação Permanente - ação contínua de investimento no trabalhador para melhoria do serviço Relatórios analítico e descritivo Monitoramento de indicadores - Subsidiar a definição de prioridades e programação de ações para melhoria da qualidade da AB e-sus AB/SISAB Cooperação horizontal - permitir a troca de experiências e práticas promotoras de melhoria da qualidade da atenção básica
5 O Processo de Trabalho das Equipes de Saúde da Família OFICINA CRIADA PARA APOIO DE SUPERVISORES ÀS EQUIPES DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL 2016
6 INTRODUÇÃO O papel da atenção básica numa rede de cuidados progressivos: quando bem estruturada pode resolver de 80 a 90% dos problemas de saúde; A atenção básica bem estruturada: mais qualidade de vida e satisfação para os usuários, mais trabalho em equipe e satisfação profissional, maior custoefetividade para o sistema de saúde; O que é uma atenção básica bem estruturada? Entre o que se pode fazer com a estrutura que se tem e a estrutura ideal há um grande leque de possibilidades...
7 Pontos Importantes Conhecer o Território e a População Adscrita Acolhimento e Trabalho em Equipe Organização da Agenda e Planejamento
8 Territorialização
9 Mas como fazer esta territorialização? Um dos métodos utilizados é a Estimativa Rápida Participativa: Coletar dados de diferentes fontes buscando características do território: situação de moradia, saneamento básico, estrutura etária, situação econômica, coleta de lixo, estrutura de saúde... (SIAB. E-SUS, IBGE...) É aconselhável que se percorra a área munido de um mapa. E depois que se construa o próprio mapa! Observar o território, sua dinâmica, possíveis aliados na busca de cuidar da saúde e informantes-chave (moradores antigos, profissionais de saúde com mais tempo no lugar, rezadeiras, lideranças comunitárias); A equipe vai definir o que considera relevante para sua análise.
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11 Sala de Situação Dar visibilidade a alguns números da população adscrita; Auxilia no monitoramento e avaliação das ações a serem implementadas; auxilia no planejamento e organização da agenda; Identifica situações preocupantes; permite escolher prioridades, pra ampliar a eficiência do trabalho; Liberdade para a equipe definir que indicadores irá acompanhar... No planejamento, envolver a comunidade: quais os principais problemas? Quais suas causas? O que a equipe pode fazer?
12 Idosos? Mulheres em idade fértil? Adolescentes? Bolsa Família? Dados de produção? Equipe Verde / Área 61 Dra. Daniela Sampaio / Enf. Josefa Gonçalves Reis Mês: ACS Francidalva Jaciara Ana Lúcia Elenilce Valéria Gildilene Microáreas HAS Cadastrados HAS Convênios DM Cadastrados DM Convênios Tuberculose Hanseníase Crianças < 1 ano Gestantes Acamados Obesos (IMC>30)
13 Conhecer as características e números dos territórios será fundamental para o planejamento e organização da agenda!!!
14 Acolhimento e Trabalho em Equipe Mais importante que conceituar acolhimento, o principal é questionar: como é o acesso dos usuários à equipe de saúde??? O que é acolhimento???
15 Acolhimento - OBJETIVOS Ampliar o acesso; Buscar a integralidade da atenção; Reorganizar o serviço a partir das necessidades, riscos e vulnerabilidade dos usuários; Redefinir relações; Reavivar conhecimentos ampliando a visão de análise e atuação sobre os problemas de saúde; Qualificação e humanização da assistência; Reconhecer o usuário como sujeito no seu processo saúde-doença.
16 Acolhimento x Triagem O acolhimento na porta de entrada só ganha sentido se entendemos como uma passagem para o acolhimento nos processos de produção de saúde. ACOLHIMENTO - Objetivo: inclusão sob a ótica do vínculo e da vulnerabilidade - Programação X Imprevisto. Qual a necessidade de saúde? TRIAGEM - Objetivo : exclusão quem não vou atender? quem não deveria estar aqui?
17 DESAFIOS: Ampliar o acesso: Desafios - Sem sobrecarga para as equipes - Sem prejudicar a qualidade das ações Superar a prática profissional centrada na dimensão biológica e centrada no profissional. Formular adaptação ao perfil de saúde local Responsabilização de toda a unidade.
18 Como fazer? As equipes terão que discutir isso em conjunto: é possível ouvir todos os usuários que chegam? É importante, por exemplo, que as equipes discutam e definam (mesmo que provisoriamente) o modo como os diferentes profissionais participarão do acolhimento: Quem vai receber o usuário que chega; como avaliar o risco e a vulnerabilidade desse usuário; o que fazer de imediato; quando encaminhar/agendar uma consulta me dica; como organizar a agenda dos profissionais; que outras ofertas de cuidado (além da consulta) podem ser necessárias etc. REUNIÃO DE EQUIPE!!!!
19 Nem 8 e nem 80!!!
20 Organização da Agenda de Trabalho Uma agenda que cuide dos usuários, mas que também cuide dos trabalhadores; O que os usuários esperam dos trabalhadores em saúde se modificou substantivamente nos últimos anos. Além dos problemas sociais que se manifestam no sistema de saúde.
21 Exercício: Exemplo em Saúde da Mulher 1. Rastreio do Ca de colo de útero: segundo tumor mais frequente em mulheres no mundo 2. Calcular quantos exames de Papanicolaou podem ser feitos semanalmente; 3. Estimativa Rápida (ACS): quantas mulheres na área estão há mais de 10 anos sem fazer o exame? 4. Quanto tempo levaria para eliminarmos esta condição na equipe? 5. Depois pode ir progredindo: quantas estão entre 5 e 10 anos sem fazer o exame? Quantas estão há mais de 3 anos? AQUI ATINGIMOS O PROTOCOLO BRASILEIRO!!! OBS: geralmente, as equipes orientam a população a fazer o exame anualmente...
22 Exemplo na Saúde da Criança 1. Parâmetro: 6 consultas anuais para as crianças (12 para os prematuros); Se tiver 56 crianças, serão necessárias quantas consultas semanais? 2. Saber quantas crianças menores de 1 anos; 3. Organizar a pre-consulta: é possível a crianças chegar para a consulta já com peso e altura medidos? 4. Não esquecer que também há a demanda espontânea; 5. Ações de grupos, envolvendo inclusive adolescentes, também são importantes.
23 Exemplo na Saúde do Adulto 1. Um dos critérios utilizados par HAS: 15% da população acima de 20 anos; 2. Outro critério, utilizado para DM: 8% dos pacientes acima de 20 anos. 3. Neste grupo, há os pacientes que possuem as duas patologias Estratégias de grupos por patologias auxiliam muito na educação em saúde; 5. A estratificação de risco é fundamental para melhor organizar a agenda: aqueles usuários com risco maior devem ter mais consultas; 6. RASTREAMENTO
24 Protocolo de Aracaju Ofertas para HAS Baixo Risco: Consultas médicas semestrais, intercaladas com as de enfermagem (3 meses) exames de rotina anuais Médio Risco: Consultas médicas trimestrais, intercaladas com enfermagem (45 dias) Alto Risco: mensais ou a critério médico Avaliações da rede especializada Atividades recreativas Visitas domiciliares Atividades de esclarecimento Ofertas para o usuário portador de DM Classes IA e IB IIA e IIB IIIA e IIIB Consultas bimensais alternadas médico e enf.; Atividades em grupo Consultas mensais alternadas Centro de Especialidades Atividades em grupo Acompanhado pelo Centro de Especialidades Semestral com a equipe. Atividades em Grupo
25 Outras dicas para Organização da Agenda É preciso ter um momento para a demanda espontânea. Isso cria vínculo com a comunidade que precisa. A tendência é diminuir a quantidade, quando os usuários sentirem segurança em seu projeto terapêutico; Planejar a agenda: visitas, grupos, estratificação de risco, criar canais de fácil acesso... Diferenciar consulta de agudo da consulta agendada, mais completa; Sugestão: blocos de horário reduzem muito a tensão na unidade... Se todos forem marcados para as 7 da manhã, alguém sairá muito tarde... Não há nenhuma relação duradoura sem conflito... Mas com o foco na necessidade de saúde da população e no trabalho em equipe, é possível ter satisfação.
26 Montem suas agendas!!! MANHA ALMOÇO TARDE SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA Horário para acolher demanda espontânea Bloco de horários para usuários Dia do pré natal (sem esquecer a demanda espontânea) Reunião de Equipe Estratificação de Risco e pacientes com retorno marcado e garantido! Visita Domiciliar Educação em Saúde Ações programáticas
27 Estratégia e-sus AB Sistemas de Informação na AB Estratégia e-sus AB Individualizar o registro Reduzir o retrabalho na coleta de dados Diversas plataformas e terminologias Plataforma única de entrada de dados na AB Integrar a informação
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30 Obrigado! Prof. João Cavalcante Departamento de Medicina Universidade Federal de Sergipe
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