Oficina do Provab e PMM. São Paulo, abril de 2014
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- Marcelo Campelo Dreer
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1 Oficina do Provab e PMM São Paulo, abril de
2 Desafios que vinham condicionado o acesso Baixo financiamento Estrutura inadequada das UBS e a qualidade na AB Estagnação da expansão das esf (1,5% de cobertura ano) nos últimos 7 anos Baixa informatização e uso da informação para a qualidade da atenção Baixa qualidade e resolubilidade das esf Dificuldades tanto na quantidade necessária de profissionais quanto no perfil de formação e atuação dos mesmos para AB 2
3 Superando desafios Aumento de 100% do financiamento ( ) e investimento recorde na estrutura das UBS (27 mil obras em UBS - 5,5 bilhões) Criação do esus, investimento na informatização das UBS e universalização do Telessaúde Criação do PMAQ (adesão de 90% dos municípios e esf) Investimento numa AB cada vez mais multiprofissional e interdisciplinar com a universalização dos NASF Contudo, alguns problemas persistiam e seguiam condicionando tanto o acesso quanto a qualidade da AB 3
4 Problemas persistentes Mesmo com o aumento do financiamento a carência de médicos seguiu dificultando a expansão das esf (aumento de 1,5% de cobertura a cada ano nos últimos 7 anos) O mercado de trabalho médico inflacionado provoca alta rotatividade nas equipes gerando cada vez mais iniquidade Em muitas esf percebemos um perfil insatisfatório do médico resultando em dificuldade de desenvolver o processo de trabalho segundo os princípios e diretrizes estabelecidos na PNAB, mesmo em processos como o PMAQ Condicionamento da qualidade e resolubilidade das esf, relacionado aos problemas anteriores 4
5 Linha do tempo Ministério da Saúde ressalta o déficit de médicos MS promove Seminário Nacional sobre escassez, provimento e fixação de profissionais de saúde em áreas remotas e de maior vulnerabilidade Desconto na dívida do FIES para profissionais que trabalhem em locais prioritários para o SUS Portaria define municípios prioritários para médicos do FIES Instituído o PROVAB Pró-Residência autoriza ampliação de 4 mil bolsas de residência médica PROVAB: 381 médicos alocados em 205 municípios Previsão de abertura de 2,4 mil vagas em cursos de medicina Portaria GM/MS - Incentivo ao Plano de Carreiras, Cargos e Salários: apoio técnico e financeiro do MS, com investimento de R$ 29 milhões em projetos de planos de carreira PROVAB: médicos alocados em 1,3 mil municípios Cadê o Médico: apelo feito no Encontro Nacional dos Prefeitos. Análise conjunta entre o MS e MEC sobre a experiência de outros países para atração de médicos para o interior e periferias das grandes cidades Reuniões com Espanha e Portugal na Assembleia anual da OMS para avaliar possibilidades de intercâmbio III Fórum Global sobre Recursos Humanos em Saúde (Recife/PE); Lançado o Programa Mais Médicos para o Brasil, com chamada para médicos atuarem na atenção básica de áreas remotas e periferias de grandes cidades; ampliação de 11,5 mil vagas de graduação em medicina e 12,4 mil novas vagas de residência; e criação do segundo ciclo na graduação em medicina. 5
6 Oportunidade histórica de avanço na AB Com a Lei , que institui o Programa Mais Médicos, e com o Provab, foram enfrentados alguns desses desafios: Atendeu à demanda de médicos para compor esf existentes ou novas Profissionais motivados e preparados para a atuação na AB Retomada da expansão com possibilidade de expandir em 1 ano os 7 anos anteriores Oportunidade histórica de avançar no acesso, qualidade e resolubilidade da AB no Brasil 6
7 Desafios históricos para a AB no SUS Além disso o Programa MM avança na: Ampliação de vagas de graduação em medicina (mais 11 mil) Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Medicina Ampliação de bolsas de residência nas especialidades médicas com mais necessidade (mais de 12 mil) Distribuição das cursos de graduação e das residência nas regiões que mais necessitam (desenvolvimento e fixação) 7
8 Qualificação da Atenção Básica Elementos centrais p/ a qualificação da Atenção Básica neste contexto oportuno 1. Implantar/compor as esf e definir o território 2. Olhar especial a sujeitos/grupos mais vulneráveis 3. Ampliação do acesso e organização da agenda 4. Produção/gestão das Informações 5. Implantação de protocolos de encaminhamento e teleconsultoria 6. Equipe Multiprofissional e Interdiscipinaridade 7. Apoio às equipes na organização do processo de trabalho (apoio Institucional) 8
9 Compor/implantar/modificar as esf É necessário que o médico, tanto do MM quanto do Provab, integre uma equipe de Saúde da Família A PNAB hoje permite diferentes modalidades de esf, é necessário compreender a necessidade do município e o formato mais adequado Temos visto combinações de vários modos: Composição no território com esf com profissionais concursados com diferentes regimes de carga horária Combinações que promovam o intercâmbio e contágio positivo 9
10 Territorialização A definição e análise do território constitui-se a base para o trabalho das equipes de saúde da família Conhecer o território, cadastrar as pessoas e famílias, mapear riscos, indicadores de saúde, morbidade e mortalidade e potencialidades dentro dos territórios nos quais atuam 10
11 Olhar e atenção singular a sujeitos, famílias e grupos mais vulneráveis Deve-se definir prioridades e separar, entre os milhares de usuários, aqueles pelos quais a equipe terá cuidado especial Fazer atenção básica é avaliar riscos e, em função disso, intervir com recursos terapêuticos específicos, conforme a situação: medicação, orientações dietéticas, VD, educação em saúde, grupos, etc. Esta atenção singular em função das necessidades específicas dos usuários deve ser um modo de agir de todos os profissionais, inclusive do ACS e de sua atuação no território 11
12 Acesso e organização da agenda Temos visto um acesso restrito e burocrático que muitas vezes não consegue ser modificado por pouca disposição e adesão dos profissionais Modo tradicional e ultrapassado de garantir o acesso (fichas e ordem de chegada) Dias definidos para certas atividades e atendimentos de determinados grupos Momento fundamental de se implantar o Acolhimento com avaliação de risco e vulnerabilidade Organizar uma agenda aberta, flexível, inteligente e com escopo ampliado 12
13 Produção/gestão das Informações Oportunidade também de ter mais informações e utilizadas em benefício da: qualificação do cuidado, organização do processo de trabalho planejamento das ações Monitorar a situação de saúde e avaliar o cuidado (informações individualizadas com o esus) e o impacto das ações em saúde Realizar educação permanente a partir das informações Mobilizar e motivar a equipe Garantir o custeio federal das esf 13
14 e-sus AB O e-sus Atenção Básica passa a trabalhar com informações individualizadas pelo Cartão Nacional de Saúde, qualificando o cuidado e melhorando o acompanhamento das ações de saúde. Os municípios podem baixar o programa gratuitamente no site: (versão 1.2 disponível)
15 Implantação de protocolos de encaminhamento e teleconsultoria Muitas vezes se somam e articulam problemas como: a baixa resolubilidade da esf falta de fluxos e critérios de encaminhamento grande espera por consultas e exames especializados Potencial do telessaúde: estudo dos casos de diabetes no estado do RS Importante integrar o telessaúde (agora universal) ao processo de cuidado e de gestão da linha de cuidado O gestor municipal pode adequar os protocolos nacionais e implantar em seu município através de uma Portaria municipal 15
16 Implantação de protocolos de encaminhamento e teleconsultoria Impactos prováveis com a implantação dos protocolos: Diminuição de encaminhamentos desnecessários e qualificação dos necessários Diminuição da solicitação de exames desnecessários Redução do tempo de espera para realização de exames e consultas especializadas Maior resolubilidade da equipe Educação permanente da equipe e diálogo com atenção especializada Definição de critérios e fluxos de encaminhamento no município 16
17 Equipe multiprofissional cuidado interdisciplinar Opção Brasileira: equipes multiprofissionais que devem atuar de forma integrada para ofertar um cuidado interdisciplinar com o máximo de integralidade possível Oportunidade de todos profissionais mobilizados e implicados - fundamental desenvolver uma gestão coletiva do processo de trabalho e avançar na perspectiva de ampliação do escopo de ações e resolubilidade de cada um dos profissionais Para a equipe de enfermagem é fundamental a elaboração e implantação de protocolos (conforme a legislação da enfermagem no Brasil) que os apoiem a desenvolver seu potencial de cuidado 17
18 Apoio às equipes para a organização do processo de trabalho Oportunidade de qualificar a gestão municipal aproveitando o processo de formação e orientação tanto da especialização quanto dos supervisores No âmbito do PMAQ, em seu 1º ciclo, mais de 60% das equipes relataram que passaram a contar com uma referência de apoio na gestão municipal Todos os processos de qualificação sugeridos nesta apresentação podem e devem ser reforçados numa atuação sinérgica entre apoio institucional, educação permanente, especialização e supervisão 18
19 Se muito vale o já feito, mais vale o que será Milton Nascimento e Fernando Brant Hêider A. Pinto Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde 19
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