Linhas gerais e desafios da Política Nacional da Atenção Básica. Setembro, 2012
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- Izabel Fialho Madureira
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1 Linhas gerais e desafios da Política Nacional da Atenção Básica Portaria 2488 Setembro, 2012
2 Política Nacional de Atenção Básica Portaria n. 2488, de 21 de outubro de AAtençãoBásica é oprimeiropontodeatençãoàsaúde e aprincipalporta deentrada do SUS; A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades
3 Política Nacional de Atenção Básica Portaria n. 2488, de 21 de outubro de A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da atenção básica. A estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais, representados respectivamente pelo CONASS e CONASEMS, como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da Atenção Básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade.
4 1. Ter território adstrito. Política Nacional de Atenção Básica Portaria n. 2488, de 21 de outubro de Fundamentos e Diretrizes 2. Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde. 3. Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado. 4. Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território, no enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, na organização e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas no usuário e no exercício do controle social.
5 Política Nacional de Atenção Básica Portaria n. 2488, de 21 de outubro de Fundamentos e Diretrizes 5. Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação e manejo das diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias a estes fins e à ampliação da autonomia dos usuários e coletividades; trabalhando de forma multiprofissional, interdisciplinar e em equipe; realizando a gestão do cuidado integral do usuário e coordenando-o no conjunto da rede de atenção. A presença de diferentes formações profissionais assim como um alto grau de articulação entre os profissionais é essencial, de forma que não só as ações sejam compartilhadas, mas também tenha lugar um processo interdisciplinar no qual progressivamente os núcleos de competência profissionais específicos vão enriquecendo o campo comum de competências ampliando assim a capacidade de cuidado de toda a equipe.
6 Nova Política Nacional de Atenção Básica (Port /10/2011): 1. Consolidou e atualizou a política vigente - No campo conceitual, a PNAB mantém Saúde da Família como a estratégia recomendada para a atenção básica, que é como o Ministério da Saúde se refere a atenção primária à saúde. A nova PNAB não induziu grandes mudanças conceituais, introduziu algumas adaptações como o acesso, acolhimento, linha de cuidado e a gestão do cuidado; 2. Propõe uma Atenção Básica mais fortalecida e ordenadora das redes de atenção - Explicita a Atenção Básica na ordenação das RAS (arranjos organizativos formados por ações e serviços de saúde com diferentes configurações tecnológicas e missões assistenciais) como estratégia para um cuidado integral e direcionado às necessidades de saúde da população; 6
7 Nova Política Nacional de Atenção Básica (Port /10/2011): 3. Adequou as Equipes de Atenção Básica às necessidades de regiões e populações específicas (populações ribeirinhas da Amazônia Legal; áreas de difícil acesso em todo o país e periferia das grandes cidades; população em situação de rua), ou seja, introduziu novas modelagens de equipes para as diferentes populações e realidades do Brasil; 4. Fortalecimento do controle social e da participação da comunidade por meio da implantação do Sistema Nacional de Avaliação de Satisfação do Usuário e da o Implantação do Portal de Transparência do SUS; 7
8 Nova Política Nacional de Atenção Básica (Port /10/2011): 5. A nova política articula a AB com importantes iniciativas do SUS, como a ampliação das ações intersetoriais e de promoção da saúde, como a qualificação e re-estruturação do Programa Saúde na Escola - e expansão dele às creches; Política Nacional de Alimentação e Nutrição mediante o estabelecimento de um acordo com as indústrias e escolas para uma alimentação mais saudável; Pólos da Academia da Saúde As equipes de Atenção Básica se somam as equipes do Melhor em Casa para ampliar o campo de ações integrais e promover maior resolubilidade da atenção domiciliar. Integração com a Vigilância em Saúde 8
9 Nova Política Nacional de Atenção Básica (Port /10/2011): 6. Destaca algumas inovações no processo de trabalho como: A implantação do Acolhimento com classificação de risco e 1 Atendimento às Urgência na APS Equipes de Atenção Domiciliar e Apoio Matricial Integradas à Atenção Básica e à Política de Urgências/Emergência Desenvolvimento de Protocolos de Boas Práticas, Processos de Qualificação e Gestão do Cuidado e de Comunidades de Práticas 9
10 Nova Política Nacional de Atenção Básica (Port /10/2011): 7. Atua na renovação da rede física da APS - Norma da ANVISA (RDC 50/2002) define parâmetros mínimos para autorização de funcionamento de uma UBS - metragem mínima de UBS, considerando as especificações da RDC, é de 153,42 m²; 8. Fomenta Integração dos sistemas de informação e a nova política de regulação apontam para a ampliação da resolubilidade da AB e para a continuidade do cuidado do usuário, que precisa da atenção especializada. Implantação do Cartão Nacional de Saúde e de Novo Sistema de Informação da Atenção Básica; 9. Consolida os Núcleos de Apoio a Saúde da Família - Município pode optar por qualquer médico das Especialidades Básicas e Profissionais de Saúde o Leque Amplo de Ações ligadas à Qualificação do Processo de Trabalho e Ampliação da Resolutividade: o Ações de Apoio Matricial, Atenção Referenciada à Saúde Interconsulta e Tele-Consulta, Intervenção no Território, Apoio às Equipes e à Gestão. 10
11 Nova Política Nacional de Atenção Básica (Port /10/2011): 10. Ampliou e Revisou o Financiamento da Atenção Básica um novo desenho do PAB fixo, em que não se tem mais valor per capita para o Brasil inteiro, este valor varia conforme quatro estratos. Dentro do PAB fixo, mas ainda na lógica de equidade tanto as modalidades distintas da Saúde da Família. Outro componente é o indutor do modelo da ESF. PAB- Qualidade para quem apresentar melhor qualidade e resultados; 11. A nova PNAB propõe Repactuação Tripartite do Papel dos Estados na Atenção Básica (incluindo Apoio Institucional e Co-Financiamento além de Educação Permanente e Coordenação Estadual da Política), Prática de Contratualização em todo os Níveis e instituição de uma Cultura que alimentará o Contrato Organizativo de Ação Pública. 11
12 Nova Política Nacional de Atenção Básica(Port /10/2011) Desafios A nova Política Nacional de Atenção Básica afirma que os estados deverão participar do financiamento da atenção primária à saúde, porém a PNAB não estabeleceu valores, então não dá para estimar possíveis resultados com a implementação dessa diretriz. O limite de pessoas sob os cuidados de cada equipe de Saúde da Família não foi alterado. Em 2006 a PNAB original já estabelecia um limite máximo de 4000 pessoas e não houve nenhuma proposta de mudança. A PNAB deverá também: Mudar lógica de Monitoramento, Criar Política de Qualidade com Recursos vinculados ao alcance de Resultados e Propor Adequações Específicas para a eqsf para Áreas de Difícil Atração e Fixação de Profissionais como as Áreas Densamente Povoadas e Comerciais; População sem Moradia; etc.
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