UMA ANÁLISE DO TRABALHO INFANTIL NA REGIÃO SUL DO BRASIL

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1 UMA ANÁLISE DO TRABALHO INFANTIL NA REGIÃO SUL DO BRASIL Resumo O presente artigo analisa os determinantes do trabalho infantil na região Sul do Brasil. Para tanto, utiliza-se os aspectos teóricos propostos pelo modelo de desenvolvimento humano apresentado por Bronfenbrenner (1996), e adota-se como estratégia empírica o modelo de regressão logística. A fonte de dados é o Censo Demográfico de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo de interesse corresponde aos indivíduos com idade entre 10 e 14 anos, que na semana de referência do Censo responderam se trabalharam ou não ao menos uma hora, sendo remunerados em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios. Os resultados encontrados apontam que, quanto maior a idade, maior a probabilidade de a criança ofertar trabalho. Em relação ao gênero, tem-se que os meninos são mais propensos a trabalhar comparativamente às meninas. Por sua vez, a quantidade de moradores no domicílio também afeta positivamente a probabilidade de trabalho precoce na região Sul, ao passo que o aumento da educação dos pais reduz essa oferta de trabalho. Por fim, o fato de morar na zona rural aumenta a incidência de trabalho infantil, juntamente com a incidência da informalidade do mercado de trabalho do município de residência. Palavras-Chave: Trabalho Infantil; Região Sul; Censo Demográfico de Abstract This paper analyzes the determinants of child labor in the Southern region of Brazil. For this purpose, the theoretical aspects proposed in the the human development model presented by Bronfenbrenner (1996) are used, and the logistic regression model is adopted as empirical strategy. The data source is the Demographic Census of 2010, of the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). The interest group corresponds to individuals between 10 and 14 years old, who in the Census reference week answered whether or not they worked for at least one hour, being remunerated in cash, goods, merchandise or benefits. The results show that the greater the age, the greater the probability of the child to offer work. Regarding to gender, it was found that boys are more likely to work compared to girls. In turn, the number of people living in the household also positively affects the probability of early work in the South, while increasing parental education reduces this labor supply. Finally, the fact of living in rural areas increases the incidence of child labor, together with the incidence of informality of the labor market of the municipality of residence. Keywords: Child Labor; Southern Region; Demographic Census of JEL: J22. C35. D10.

2 1. Introdução Na atualidade, apesar da intensa fiscalização do Estado, da expansão de órgãos e agências multilaterais dedicadas à defesa dos direitos humanos e da inserção de medidas de combate à exploração laboral mundo afora, os índices de trabalho infantil ainda perduram. Segundo os dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em 2010 cerca de 150 milhões de crianças e adolescentes na faixa de idade de 5 e 16 anos no planeta estavam trabalhando, sendo a maior incidência nos países em desenvolvimento (UNICEF, 2011). O trabalho infantil, tornou-se um problema social de monta no Brasil e no mundo, e seus impactos sobre a vida das pessoas são amplamente discutidos e difundidos na mídia e na sociedade como um todo. As pesquisas especializadas apontam o caráter urgente relativo à sua total eliminação, com foco na elaboração de políticas públicas. Logo, mesmo diante dos avanços econômicos e sociais observados na economia brasileira ao longo das últimas décadas, o cenário ainda preocupa, uma vez que estudos apontam que o trabalho infantil produz consequências perversas sobre o desenvolvimento emocional e social das crianças (EMERSON; PORTELA, 2005). No Brasil, apesar da ação de órgãos fiscalizadores e da sociedade em geral, o trabalho infantil é resistente. Uma série de pesquisas apontam que a renda auferida pelas crianças trabalhadoras são parte expressiva do total de rendimento do lar, e essa característica acaba dificultando sua total eliminação. Esse problema social encontra forte aliado nas condições de vida das populações atingidas e se dissemina entre as famílias em condições mais precárias da sociedade. Nesta perspectiva, o aumento da renda familiar adulta reduz a probabilidade de a criança trabalhar, pois reduz a necessidade de ela complementar a renda do domicílio (KASSOUF, 1999; EDMONDS, 2007). Ou seja, o trabalho infantil depende não apenas das características do próprio mercado de trabalho, mas também de um conjunto de fatores externos a este. As pesquisas relacionadas ao trabalho infantil têm permitido expressivos avanços em relação aos possíveis mecanismos que geram ou mesmo multiplicam a ocorrência deste fenômeno. Nessa conjuntura, os achados literários de Cacciamali et al. (2010) e Santos (2005) permitiram concluir que existe expressiva importância da renda ou da riqueza na decisão entre ofertar ou não trabalho na infância. Assim, Cacciamali et al., (2010) observam que a oferta de trabalho tem forte ligação com o baixo nível de renda dos indivíduos, indicando que o declínio da renda familiar pode aumentar a probabilidade da criança ou do adolescente entrar no mercado de trabalho precocemente, o que tende a prejudicar seu futuro no que diz respeito à educação, saúde e rendimentos. Já Santos (2005), constatou que o trabalho de crianças e adolescentes possui o poder de gerar determinado ciclo vicioso na pobreza, limitando as melhorias advindas do processo de qualificação e gerando expressivas reduções nas chances de receber maiores remunerações na fase adulta. Na visão de Ramalho e Mesquita (2015), a erradicação do trabalho infantil deve ser realizada por intermédio do combate à pobreza no longo prazo, através de políticas de geração de emprego e renda. Essas políticas deveriam ser elaboradas aumentando a atenção às famílias monoparentais e chefiadas por mulheres, promovendo políticas de qualificações dos pais, intensificando ações que punam os contratantes dessa modalidade de trabalho, incentivando a formalização desse mercado e elaborando políticas de conscientização quanto aos impactos do trabalho infantil sobre a educação, saúde e nível de renda futuro das crianças. A ocorrência de trabalho infantil depende ainda de características locacionais, de modo que aspectos culturais podem se tornar forte inimigo do processo de erradicação dessa perversa

3 forma de trabalho. Com isso, essa modalidade de trabalho pode ocorrer na forma de ilhas ao longo do território. Essas ilhas seriam ambientes em que a oferta de trabalho infantil é tida como normal ou mesmo considerada uma forma específica de educação, fazendo com que tais ambientes dificultem bastante a sua eliminação. Para ilustrar melhor a situação do trabalho infantil no Brasil, a Figura 1 apresenta a distribuição de crianças trabalhadoras em cada região, nos anos de 2000 e Como é possível observar, o resultado que merece maior destaque diz respeito ao considerável aumento do trabalho infantil na região Sul do país. Apesar desta região não englobar um elevado contingente de crianças trabalhadoras, em comparação a região Sudeste e Nordeste, ela foi a que obteve a maior taxa de crescimento de trabalho precoce no período. 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Figura 1 Distribuição por Região de Crianças de 10 a 14 anos que Registraram Trabalho Remunerado (Brasil, 2000 e 2010) Tendo em vista o que foi exposto, este estudo tem como objetivo principal entender os fatores determinantes do trabalho infantil na região Sul do Brasil. Para tanto, é preciso considerar que o Brasil é um país de dimensões continentais, com acentuadas disparidades espaciais, tornando necessário um estudo mais aprofundado e capaz de retratar a problemática levando em conta as diferenças municipais. Dessa forma, os resultados e evidências encontradas poderão ser úteis para fornecer insumos para o norteamento de políticas públicas focalizadas, bem como abrir um leque de discussões importantes na literatura atual. Este artigo encontra-se dividido em mais quatro partes, além desta introdução. Na segunda seção, será discutido o modelo teórico de desenvolvimento humano exposto por Bronfenbrenner (1996). Em seguida, a terceira seção contempla a descrição, tratamento dos dados e a metodologia empírica utilizada. A quarta seção reporta os principais resultados encontrados, ressaltando e discutindo os aspectos mais relevantes. Por fim, a quinta e última parte da pesquisa consiste nas considerações finais. 2. Modelo Teórico A vulnerabilidade social de pessoas, famílias ou comunidades engloba um conjunto de características peculiares e multidimensional, associada com a privação de renda, a composição

4 familiar, as condições de acesso e qualidade do sistema educacional, a possibilidade de obter trabalho com qualidade e remuneração adequada, a existência de garantias legais, e políticas governamentais. Embasado nisto, para se analisar a participação infanto-juvenil no mercado de trabalho, usa-se a abordagem teórica baseada no modelo de desenvolvimento humano de Bronfenbrenner (1996) e a sua exploração sobre microssistemas com interação progressivas mais complexas dos processos de desenvolvimento. No modelo são analisadas as interações sociais que determinadas pessoas desempenham em diferentes contextos ambientais dado o tempo em que ocorrem esses processos. Logo, a teoria ecológica e sistêmica de Bronfenbrenner (1996) apresenta possibilidades para se analisar aspectos da pessoa em desenvolvimento, do contexto em que vive e dos processos interativos que influenciam o próprio desenvolvimento humano, em determinados períodos de tempo (MARTINS; SZYMANSKI, 2004). Assim como exposto na Figura 2, adaptada de Siraj et al. (2014), o modelo proposto abrange aspectos multidirecionados e inter-relacionados, que envolve combinações entre os diversos níveis de desenvolvimento, à medida que afeta indivíduos, grupos e comunidades em planos distintos de seu bem-estar, de diferentes formas e intensidades. Estas combinações podem ser subdivididas em: microssistema, mesossistema, exossistema e macrossistema. Figura 2 - Ótica Sistêmica do Modelo de Bronfenbrenner (1996) No microssistema, os agentes encontram-se influenciados por características próximas, originadas do interior do indivíduo, de objetos e pessoas do contato local imediato, dada pela relação face a face, crucial para o relacionamento com o mundo social em que os processos se desenvolvem. Como visto, esse é um padrão relacionado às atividades, papéis e relações interpessoais vivenciadas pela pessoa em desenvolvimento num dado ambiente com características físicas e materiais específicas (BRONFENBRENNER, 1996). Assim, fazem

5 parte desses microssistemas ambientes como a casa, a creche ou a escola em que a pessoa é envolvida em interações face-a-face (MARTINS; SZYMANSKI, 2004). Posteriormente, tem-se o mesossistema, dado pelos elos e processos entre dois ou mais microssistemas. O exossistema compreende os ambientes que o indivíduo não participa, porém recebe influência indiretamente. Por fim, o macrossistema representa os valores culturais, ideologias e instituições, representando o núcleo mais amplo do ambiente ecológico. Cabe destacar que a dimensão do tempo no que se refere ao ambiente de uma criança é um elemento fundamental. Assim, atribui-se valor crucial às continuidades e descontinuidades na trajetória de vida ao longo de um período. Dessa forma, a análise do tempo focaliza-se no indivíduo em relação aos acontecimentos de sua vida, desde os mais próximos até os mais distantes, como grandes acontecimentos históricos (SIQUEIRA, 2009). Os estudos propostos pela ótica ecológica não se atêm, unicamente, a pesquisar o indivíduo em desenvolvimento dentro de um contexto ou ambiente restrito e estático. Tais análises incorporam as múltiplas influências em que os agentes vivem (BRONFENBRENNER, 1977; 1996). Logo, os padrões de interações, conforme persistem e progridem por meio do tempo, constituem os veículos de mudança comportamental e de desenvolvimento pessoal (MARTINS; SZYMANSKI, 2004). Diante deste ensejo, nesta pesquisa assume-se a hipótese de que as condições em que cada agente está envolvido e se desenvolve condicionam o seu próprio processo de desenvolvimento, condicionados justamente pelos cenários mais próximos (familiares e locais) e imediatos em que tais agentes estão envolvidos. Avaliar o comportamento do mercado de trabalho infanto-juvenil a partir da modelagem de desenvolvimento humano proposta por Bronfenbrenner (1996) tem bastante sentido uma vez que o ambiente pode influenciar sobremaneira o surgimento e expansão dessa modalidade de trabalho. Sendo assim, há ambientes que apresentam características capazes de incentivar o trabalho infanto-juvenil por meio de seu baixo nível educacional e de renda, falta de fiscalização e de políticas informativas quanto ao risco relativo a saúde e renda futura das crianças e jovens envolvidos, aspectos culturais de cada região e laços de amizade entre outros. 3. Aspectos Metodológicos 3.1 Fonte e Tratamento dos Dados A fonte de dados utilizada para a construção das variáveis da pesquisa advém do Censo Demográfico de , restringindo-se à região Sul do país. Dessa forma, foram selecionados apenas indivíduos entre 10 e 14 anos que na semana de referência do Censo responderam se trabalharam ou não ao menos 1 hora, sendo remunerados em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios. A escolha desta fonte de dados deve-se principalmente ao fato dela abranger de maneira mais rica as informações socioeconômicas relacionadas diretamente à localidade de residência de cada pessoa estudada, além de oferecer uma amostra bem superior à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Após a definição do banco de dados e da variável de interesse, o passo seguinte consiste em selecionar as variáveis explicativas do modelo. No que se refere às variáveis de caráter individual e familiar, segue-se os apontamentos teóricos abordadas na literatura nacional: gênero, raça, idade, escolaridade dos pais, lar monoparental e tamanho da família. Salienta-se 1 Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

6 que a literatura especializada aponta que todas essas variáveis estão relacionadas com a oferta de trabalho infantil. No referente às variáveis de estrutura local, foram elencadas variáveis associadas ao mercado de trabalho (taxa de informalidade), dummies estaduais e de localização geográfica, uma vez que essas também podem influenciar na probabilidade de oferta de trabalho precoce. Com o intuito de atender aos objetivos dessa pesquisa, foram aplicados alguns recortes como, por exemplo, excluir aquelas crianças que não possuíam status de filho da pessoa responsável pelo lar. Além disso, para homogeneizar os dados foram selecionadas apenas jovens entre 10 e 14 anos de idade sem qualquer deficiência física e/ou mental. No que tange aos aspectos associados àqueles indivíduos responsáveis pelos domicílios, para diminuir eventuais problemas associados à seletividade amostral, foram considerados apenas as pessoas economicamente ativas (ocupadas ou procurando emprego na semana de referência do Censo) e com idade igual ou inferior a 65 anos. Após essas filtragens e exclusão das observações faltantes, a amostra final foi constituída por observações. O Quadro 1 apresenta em detalhes as variáveis contempladas pela pesquisa Variáveis Variável dependente Situação Ocupacional Variável independente Atributo Pessoal Idade Branco Gênero Quadro 1 - Descrição das Variáveis da Pesquisa 1 para a criança trabalhadora 0 para a criança não trabalhadora Descrição das variáveis Idade aferida em anos de vida 1 para cor Branca e 0 caso contrário 1 para masculino e 0 para feminino Características do Domicílio Idade do chefe Idade aferida em anos de vida do chefe do domicílio 1 se o chefe do domicílio não tem instrução, ou possui nível Até fund. Incompleto fundamental incompleto; 0 caso contrário (categoria omitida) 1 se o chefe do domicílio possui nível fundamental completo e Até Médio Incompleto nível médio incompleto; 0 caso contrário 1 se o chefe do domicílio possui nível médio completo e superior Até Superior Incompleto incompleto; 0 caso contrário 1 se o chefe do domicílio possui nível superior completo; 0 caso Superior completo contrário Tamanho Número de componentes da família Mãe solteira 1 se família monoparental chefiada por mulher; 0 caso contrário Características do Mercado de Trabalho Taxa Informalidade Percentual de informalidade no município de residência Localização Geográfica Foram criadas dummies de controle para cada estado do Sul. O objetivo é tentar captar alguma diferença estadual, dada pelas Dummies Estaduais peculiaridades locais de cada estado, em relação ao estado do Paraná, que servirá de base de comparação. Rural 1 para área rural e 0 para área urbana Fonte: Elaboração própria com base em microdados do Censo Demográfico de 2010.

7 Em tempo, destaca-se que a presente contribuição não visa apresentar soluções definitivas e encerrar a discussão sobre o referido tema. Busca-se apenas desenvolver uma explicação capaz de contemplar as diferentes características das crianças afetadas diretamente por essa modalidade de trabalho. 3.2 Estratégia Empírica Conforme discutido anteriormente (vide Quadro 1), a variável de interesse nesse estudo é dicotômica, assumindo valor 1 se a criança com idade entre 10 e 14 anos afirmou trabalhar na semana de referência do Censo 2010, e valor 0 caso contrário. Assim, para analisar os determinantes do trabalho infanto-juvenil no Sul brasileiro, optou-se por utilizar o modelo de regressão logit. O modelo logit baseia-se na função de probabilidade logística acumulada, de acordo com a seguinte especificação: P i = F(Y i ) = F(α + βx i ) = e (α+βx i) (1) Em que: P i é a probabilidade de a criança i trabalhar; X i é o vetor de variáveis explicativas para a criança i; β j é o parâmetro associado à variável X j ; e Y i é um índice contínuo teórico determinado pelas variáveis explicativas, o qual pode ser expresso como Y i = α + βx i As variáveis explicativas contidas em X denotam o conjunto de atributos relativo às características do indivíduo, do domicílio, do mercado de trabalho e características geográficas. 4. Resultados Os resultados do modelo logit estimado encontram-se na Tabela 1. Destaca-se, primeiramente, que todos os coeficientes apresentaram significância estatística e sinal na direção esperada. Os resultados apontam que quanto maior a idade da criança, maior a probabilidade de esta trabalhar. Mais especificamente, um ano a mais na idade aumenta, em média, cerca de 2 pontos percentuais (p.p) a probabilidade de a criança estar trabalhando. Tal efeito já era esperado, dado que há uma tendência natural à disposição ao trabalho à medida em que elas se tornam mais velhas. No tocante ao gênero e à raça, nota-se que os meninos são mais propensos a trabalhar em relação às meninas, e que as crianças da raça branca também apresentam maiores chances em relação às de outras etnias. É interessante observar que à medida em que aumenta o total de moradores no domicílio, maior é a probabilidade de participação no mercado de trabalho. Sugere-se que esse resultado pode estar associado ao sustento de outros parentes que convivem no mesmo domicílio. Em um contexto de crises sucessivas, desemprego e aumento da pobreza, os demais membros da mesma residência podem encontrar dificuldades de trabalhar ou obter rendimentos mais elevados, estimulando a participação financeira das crianças na renda familiar. No que se refere à variável educação do chefe do domicílio, observa-se que quanto maior o nível educacional do mesmo, menor tende a ser a probabilidade de inserção da criança no mercado de trabalho. Isso ocorre porque pais mais educados teriam mais informações sobre a importância da educação e tenderiam a atribuir maior valor ao conhecimento. Por outro lado, domicílios

8 monoparentais chefiados por mulheres estão associados à maiores probabilidades de inserção da criança no mundo do trabalho. Partindo para a análise das características geográficas, observou-se que o fato de morar na zona rural aumenta em quase 3 p.p a probabilidade de inserção laboral infanto-juvenil. Esses resultados corroboram com os achados expostos na literatura nacional (KASSOUF, 2007; SANTOS; KASSOUF, 2010). Segundo Moreira et al. (2014) a inserção precoce de crianças no mercado de trabalho depende do fato dela habitar em um ambiente rural ou não. Entende-se que o trabalho rural necessita de maior porte físico e tal característica é mais facilmente preenchida pelos meninos. Já nas áreas urbanas o trabalho é menos rigoroso quanto ao uso da força e das condições físicas do indivíduo. No tocante à localização, ao se comparar com o estado do Paraná (categoria omitida) o fato de morar no Rio grande do Sul reduz as chances de trabalho precoce, ao passo que em Santa Catarina a probabilidade aumenta. Tabela 1- Resultados da Estimação do Modelo logit Regressor Efeito Marginal Erro-Padrão Idade 0,0174*** 0, Menino 0,0133*** 0, Branco 0,00202*** 0, Tamanho Família 0,000788*** 0, Idade do chefe 0,000552*** 0, Até Médio Incompleto -0,00270*** 0, Até Superior Incompleto -0,0109*** 0, Superior completo -0,0236*** 0, Mãe solteira 0,00172*** 0, Percentual de Informalidade 0,1220*** 0,00472 Santa Catarina 0,00652*** 0, Rio Grande do Sul -0,00402*** 0, Rural 0,0294*** 0, Fonte: Elaboração dos autores com base nos dados no Censo. Nota: ***p-valor<0,01; **p-valor<0,05; *p-valor<0,1. Para captar as diferenças estruturais do mercado de trabalho, utilizou-se como variável de controle o grau de informalidade. Dado a sua significância estatística e elevado valor do efeito marginal (12 p.p.), verifica-se que quanto maior o percentual de trabalhadores sem

9 carteira assinada no município, maior a incidência de crianças e adolescentes no mercado de trabalho. Possivelmente, isso está relacionado à ausência de regras legais, o que acaba por facilitar a contratação da mão-de-obra infantil. Tal resultado foi também encontrado por Mesquita e Ramalho (2015). Segundo Neves e Menezes (2010), o caráter ilegal do trabalho infantil-juvenil, juntamente com a natureza precária dos empregos informais, facilita a demanda por trabalho precoce. Ou seja, a natureza do trabalho infantil é ter sua expansão facilitada pela falta de políticas adequadas de fiscalização dos órgãos competentes. Por fim, ressalta-se que os resultados encontrados sobre as variáveis relacionadas às características individuais, familiares e de mercado de trabalho corroboram com as evidências expostas na literatura (KASSOUF, 2007; SANTOS; KASSOUF, 2010; NEVES; MENEZES, 2010; MOREIRA et al., 2014; MESQUITA; RAMALHO, 2015). 5. Considerações Finais As pesquisas realizadas no âmbito do trabalho infanto-juvenil destacam os impactos danosos de tal modalidade de trabalho sobre a vida das crianças atingidas. As perdas afetam não apenas as crianças e adolescentes afetadas diretamente, mas também todo funcionamento da sociedade, devido à redução futura de produtividade, longevidade e saúde. Nessa perspectiva, no presente artigo analisou-se os determinantes do trabalho precoce na região Sul brasileira, uma vez que essa região tem experimentado um expressivo aumento desse fenômeno. Para tal fim, utilizou-se os aspectos teóricos propostos pelo modelo de desenvolvimento humano exposto por Bronfenbrenner (1996), adotando como estratégia empírica a estimação de um modelo de regressão logit. Os resultados apontam que a probabilidade de a criança ou adolescente trabalhar aumenta com a idade, e que os meninos são mais propensos a trabalhar comparativamente às meninas. Em relação ao domicílio, os resultados não surpreendem, mostrando que a probabilidade de participar do mercado de trabalho aumenta com a quantidade de indivíduos residentes. Por outro lado, tem-se que quanto maior o nível educacional dos pais, menor tende a ser a probabilidade de inserção desses jovens no mercado de trabalho. Ademais, o fato de morar na zona rural também se mostrou relevante no aumento da probabilidade de inserção laboral infanto-juvenil na região em estudo. Finalmente, quanto maior a informalidade do mercado de trabalho, maior a incidência de crianças e adolescentes no mundo do trabalho. Ao se comparar os demais estados ao Paraná, verificou-se que morar no Rio grande do Sul reduz as chances de trabalho precoce, enquanto que residir em Santa Catarina aumenta essa probabilidade Os resultados expostos na presente pesquisa ratificam a relação entre os impactos individuais, familiares e locais sobre a oferta de trabalho infanto-juvenil. Em termos gerais, ressalta-se que os resultados encontrados corroboram com aspectos expostos na literatura nacional e internacional, como as pesquisas de McLanahan (1985), Barros et al. (1994), Cavalieri (2002), Kassouf (2005, 2007), Emerson e Souza (2008), Santos e Kassouf (2010), Moreira et al. (2014), Mesquita e Ramalho (2015), dentre outros. Diante do que foi exposto, nota-se que a formulação de políticas públicas para reduzir o trabalho infantil deve combater fortemente a informalidade, bem como buscar conscientizar os pais dos efeitos perversos do trabalho infantil na vida das crianças, em especial sobre os seus rendimentos futuros e sua saúde. Ademais, políticas focadas que afetem positivamente os

10 arranjos familiares, assim, como o próprio desempenho no mercado de trabalho também são relevantes para auxiliar o combate do trabalho infantil na região. Referências BRONFENBRENNER, U. (1996). A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artes Médicas, BRONFENBRENNER, U.; MORRIS, P. A. (1998). The ecology of developmental processes. In: DAMON, W.; LERNER, R. M. (Orgs.). Handbook of child psychology, Vol. 1: Theoretical models of human development. New York: John Wiley, p BRONFRENBRENNER, U. (1977). Toward an Experimental Ecology of Human Development. American Psychologist, p CACCIAMALI, M. C.; TATEI, F.; FERREIRA BATISTA, N. (2010). Impactos do programa Bolsa Família federal sobre o trabalho infantil e a frequência escolar. Revista Economia Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p EDMONDS, E. V. (2007). Child Labor. NBER Working Paper, n EMERSON, P. M.; PORTELA SOUZA, A. F. (2005). The inter generational Persistence of Child Labor. Social Protection Discussion Paper Series, World Bank, n IBGE. (2010). Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: resultados_gerais_amostra_tab_uf_microdados.shtm. Acesso em: 05/02/2017. KASSOUF, A. L. (1999). Trabalho infantil no Brasil. Tese de Livre Docência, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, Piracicaba. KASSOUF, A. L. (2007). O que Conhecemos sobre o Trabalho Infantil? Nova Economia, v. 17, n. 2, p MARTINS, E.; SZYMANSKI, H. (2004). A Abordagem Ecológica de Urie Bronfenbrenner em Estudos com Famílias. Estudos e Pesquisas em Psicologia, v. 4, n. 1, p MOREIRA, G. C.; TEIXEIRA, E. C.; GOMES, M. F. M.; BARBOSA, R.M. (2014). Determinantes do Trabalho Infantil na Região Nordeste do Brasil, no ano de Revista Economia e Desenvolvimento, v. 13, n. 2, p NEVES, E. C. J.; MENEZES, T. A. (2010) Bolsa Família, Crises Econômicas e Trabalho Infantil: diferentes impactos no Nordeste e Sudeste. In: Encontro Nacional da ENABER, Minas Gerais, Belo Horizonte.

11 RAMALHO, H. M. B.; MESQUITA, S. P. (2015). Trabalho Infantil no Brasil Urbano: qual a importância da estrutura familiar? Revista de Economia Contemporânea, v. 19, n. 1, p SANTOS, B. R. (2005). Combating child labor in Brazil: Social movements in action. In Weston, B. (Ed.) Child Labor and Human Rights: Making Children Matter, p Lynne Rienner, Boulder, CO. and London. SANTOS, M. J.; KASSOUF, A. L. (2010). Trabalho Infantil no Meio Rural Brasileiro: evidências sobre o paradoxo da riqueza. Economia Aplicada, v. 14, n. 3, p SIQUEIRA, A. C. (2009). Crianças, Adolescentes e Transições ecológicas: instituições de abrigo e família como contextos de desenvolvimento. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, UNICEF. (2011). The state of the world s children 2011: adolescence, an age of opportunity. Nova York: Fundo das Nações Unidas para a Infância.

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