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1 5. Conclusão O objetivo inicial deste estudo era traçar as possíveis contribuições que um resgate da filosofia hegeliana poderia proporcionar à teoria de Relações Internacionais. Uma vez que o debate teórico principal da disciplina está voltado para a questão da ontologia, com especial ênfase na necessidade de historicização e de recuperação da dimensão normativa da teoria, retornar à obra hegeliana pode ser bastante enriquecedor. Conforme se procurou deixar claro durante o texto, as teorias de Relações Internacionais padecem de um ahistoricismo original. Fundamentadas nas heranças de Hobbes, Grotius e Kant, as três principais vertentes da disciplina apresentam vínculos com a tradição jusnaturalista. A teoria crítica e o construtivismo procuram escapar deste elo original através de concepções ora pautadas por uma inspiração na teoria da ação comunicativa de Habermas, ora na teoria da estruturação de Antony Giddens. No entanto, nenhuma destas duas opções apresenta um modelo de historicização convincente. A versão de Habermas está por demais pautada em Kant para conseguir fugir do ahistoricismo. Sua ética dialógica pode soar por vezes excessivamente conformista para aqueles situados abaixo da linha do equador. Já a versão de Giddens considera uma separação original entre agente e estrutura, a despeito de sua co-constituição. Independente da validade destas concepções teóricas, que não serão avaliadas a fundo por extrapolarem o âmbito desta dissertação, é importante enfatizar que em Relações Internacionais, elas contribuíram muito pouco no que diz respeito à necessidade de enfrentar os desafios da temporalidade. O construtivismo, principalmente em sua versão Wendt, mantém o ahistoricismo das análises realistas, apesar de sua afirmativa de que history matters (Wendt, 1999:109). Já a Teoria Crítica assume um discurso normativo e preocupa-se quase que exclusivamente com questões epistemológicas, sendo raros os trabalhos dedicados às análises históricas. Já a vertente pós-modernista de Relações Internacionais procura trazer contribuições mais heterodoxas para a disciplina, como as leituras de Foucault, Bourdieu, Baudrillard e Gadamer. Entretanto, estas contribuições de Foucault, Gadamer e Bourdieu, quando adaptadas às Relações Internacionais, não geram um

2 Conclusão 153 corpo teórico interessado em pensar a história. Todas estas fontes da teoria social, no entanto, discutem direta ou indiretamente com a filosofia hegeliana. Assim, retomar Hegel não parece um movimento tão improvável para uma dissertação em Relações Internacionais. Diante das freqüentemente infrutíferas tentativas de conciliar temporalidade e teoria, é inevitável o retorno às teses da Escola Inglesa, que durante mais de meio século reivindicou para si a prerrogativa de realizar análises históricas em Relações Internacionais. De fato, a esforço teórico que caracteriza o projeto inglês produziu o conceito central de sociedade internacional, embora subordinado inicialmente aos princípios jusnaturalistas que embasam a tradição racionalista. Assim, procurou-se traçar no primeiro capítulo esta origem jusnaturalista do projeto inglês através da análise da herança de Hugo Grotius que estes autores reivindicam. Grotius influencia diretamente Hedley Bull através da noção de uma ordem primordial que pauta as relações entre os Estados. Deste modo, a ordem é ma característica da natureza humana, ela existe e gera sua própria necessidade de existência. Esta ordem natural se divide nos princípio de vida, verdade e propriedade, também elementos vinculados à natureza humana. Na esfera internacional, estes princípios representam os ideais de condenação à guerra, pact sunt servanda e soberania estatal. O conceito de sociedade internacional formulado por Bull, apesar do dinamismo original que se faz presente por meio das idéias de reconhecimento e institucionalização da cultura comum, é subordinado a esta ontologia da ordem. Daí seu imobilismo e inabilidade em lidar com a esfera histórica da realidade internacional. Esta inabilidade está mais clara na obra de Watson que, diferentemente de Bull, toma a dimensão histórica do conceito de sociedade internacional como tema principal de sua obra. Mas a ontologia da ordem permanece e transforma-se em uma eterna continuidade que relega o conceito de sociedade internacional de Adam Watson ao local de superestrutura, determinado pela lógica do pêndulo que domina as relações internacionais. Watson recai assim no paradoxo historicista onde tudo é herança do passado, transformando a realidade em uma esfera fixa e imutável. A obra de Barry Buzan e Richard Little mantém o ahistoricismo de Watson ao subordinar o setor político a esta mesma lógica do pêndulo metafísico.

3 Conclusão 154 Posto que Buzan e Little subordinam os outros setores ao setor político, através do conceito de securitização, o pêndulo acaba predominando na vida internacional. Ademais, os autores levam ao extremo a lógica das forças mecânicas que atuam no sistema, voltando à estrutura fixa da anarquia ahistórica típica do neo-realismo. O conceito de sociedade internacional porém não precisa necessariamente ser subordinado aos princípios do jusnaturalismo que pautam as análises inglesas. De fato, a definição o conceito como um processo de conscientização onde o reconhecimento atua como força motriz e conduz à institucionalização das práticas e culturas comuns, permite sua associação a uma outra tradição filosófica que não o contratualismo. Com efeito, conscientização, reconhecimento e institucionalização de práticas culturais são temas caros à filosofia hegeliana. A obra de Hegel está desde o princípio pautada por uma preocupação com a possibilidade de síntese. Isto fica claro imediatamente quando se observa a centralidade que a noção de tempo assume no sistema hegeliano. Neste estudo, isto foi exposto através do exame da dialética do universal, particular, singular, que está presente em todos os níveis do sistema filosófico de Hegel. A síntese é sempre um elemento temporal, ou seja, no momento seguinte ela já representa um universal que irá se contrapor a um outro particular determinado e assim por diante. Quando pensada em termos do processo de formação da individualidade, a síntese do particular e do universal transforma-se em uma teoria do sujeito hegeliano. De fato, em Hegel o sujeito é aquele que consegue manter sua individualidade na alteridade, ou seja, ele traz em si o elemento da negação, o questionamento, constituindo o princípio ativo do sistema. Esta centralidade que a noção de tempo adquire no pensamento de Hegel possibilita a formulação do conceito de historicidade como uma característica da vida em sociedade. Ele conduz imediatamente à noção de reconhecimento, uma vez que em Hegel o processo da individualidade só é completo quando se supera o processo de reconhecimento. Todavia, porque este reconhecimento deve ser objetivado, isto é, deve passar à esfera do mundo real e se institucionalizar, este movimento de reconhecimento será sempre pautado pelo gap temporal que fundamenta a diferenciação entre mundo subjetivo e mundo objetivo. Portanto, o reconhecimento é sempre algo em processo, assim como a individualidade que só atinge a igualdade através do movimento constante entre ser em si e ser para si.

4 Conclusão 155 No caso do reconhecimento, este movimento se faz tanto entre sujeitos, o reconhecimento recíproco, quanto no interior do sujeito, auto-reconhecimento. Desta forma, o reconhecimento permite pensar uma estrutura que define o agente (o auto-reconhecimento) e uma estrutura que é fruto da ação destes agentes (reconhecimento recíproco). Como o sujeito hegeliano traz em si a força do negativo, que reflete a necessidade do processo de atualização, o sistema não pode ser acusado de estruturalismo determinista ou de individualismo epistemológico. Ao contrário, a filosofia hegeliana constrói um sujeito que é na realidade intersubjetivo. No plano político, isto se reflete na concepção de Sittlichkeit, que é a grande contribuição teórica que a filosofia hegeliana legou à teoria política, constituindo o princípio capital através do qual é possível pensar uma crítica aguda ao contratualismo e a seu corolário, o ahistoricismo. A Sittlichkeit, ou vida ética conforme se costuma traduzi-la, representa a esfera da historicização da ética, até então localizada no interior da subjetividade individual. Por meio do conceito de vida ética, Hegel consegue fugir do individualismo e do instrumentalismo característicos da filosofia moderna. É na Sittlichkeit que se institucionalizam as práticas culturais. Aqui, é possível analisar o papel central que desempenha a cultura na noção de Sittlichkeit. A cultura para Hegel é dotada de um duplo sentido. Por um lado representa o conjunto de práticas e valores comuns a uma determinada comunidade, de outro, é o próprio processo de ascensão dos indivíduos à esfera do universal. A noção de Bildung é fundamental para a Sittlichkeit porque é através dela que se operam as passagens entre família, sociedade civil e Estado, instituições da vida ética. Deste modo, ao reconhecimento é inerente a idéia de formação de uma Bildung, a qual atua como mecanismo de vínculo entre os indivíduos e o universal, ou seja, atua no processo de auto-reconhecimento, e entre indivíduos, sendo resultado do processo de reconhecimento recíproco. Na tradição da Escola Inglesa, a noção de Bildung não é incorporada ao conceito de cultura, que se mantém restrito à idéia de práticas compartilhadas. Assim, perde-se o componente transformador do conceito de cultura, pois a noção de cultura como Bildung permite não só pensar a ascensão mediada do indivíduo ao universal, como seu retorno ao mundo real através do processo de atualização. Assim, a Bildung representa ao mesmo tempo a esfera da reflexão e, portanto, traz

5 Conclusão 156 em si o elemento da historicidade já que pressupõe um momento de reinteriorização, e outro da ação, pois é constituinte do processo de reconhecimento. Pensar a sociedade internacional sem considerar este segundo significado de cultura acaba por imobilizar o conceito em continuidade, ordem e forças mecânicas. Em suma, a sociedade internacional passa a ser definida como um contrato social, o que empobrece consideravelmente as análises e imobiliza a definição original. Daí ser necessária a ampliação dos instrumentos analíticos da disciplina em direção a inclusão deste outro conceito de cultura. A associação entre Sittlichkeit e sociedade internacional pode vir a suprir esta lacuna na teoria de Relações Internacionais. Através da incorporação da noção hegeliana de reconhecimento, é possível pensar agente e estrutura, sem esquecer do problema da historicidade. As instituições da sociedade internacional guerra, diplomacia, grandes potências, direito internacional e balança de poder constituem respostas distintas à questão do reconhecimento ou da ausência de reconhecimento. Os constantes processos de luta pelo reconhecimento que pautam a esfera internacional revelam, assim, a historicidade da sociedade internacional, que responde às reivindicações de reconhecimento de acordo com configurações temporais particulares. Isto permite evitar o ahistoricismo oriundo do contratualismo e pensar, ao mesmo tempo, a questão ética como esfera própria de um determinado período histórico, livrando as teses normativas do elemento de natureza humana que imobiliza e inviabiliza o debate. Todos esses temas estão inseridos no atual debate inter-paradigmático que se estabeleceu na disciplina de Relações Internacionais após o final da Guerra Fria. Contudo estas questões já estão presentes em Hegel, não só como temas isolados, mas de forma articulada, o que é essencial para pensar sua aplicação à realidade moderna, sempre em movimento. O que não é explorado por Hegel é esta esfera internacional, que estava em formação no momento em que ele produz sua obra. Mas o fato de não ter sido explorada abertamente por Hegel não invalida a aplicação de suas teses a esta esfera da realidade. De fato, diante dos temas em debate atualmente em Relações Internacionais, as teses hegeliana mostram-se mais atuais do que nunca. Afinal, pensar a dialética do particular e do universal constitui o próprio leitmotiv da disciplina.

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