Impacto da desdolarização na intermediação financeira. João Fonseca Representante da ABANC
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2 2 Impacto da desdolarização na intermediação financeira João Fonseca Representante da ABANC
3 Impacto da desdolarização na intermediação financeira 3 Temas: Risco de crédito Depósitos Reservas obrigatórias Risco cambial NRCSP Novo regime cambial sector petrolífero Conclusões/PerspecHvas
4 Risco de crédito O sector bancário, de uma forma geral, fez uma forte uhlização de depósitos em ME, essencialmente de residentes, para financiar crédito interno. Em 21, deixou de ser permihda a concessão de crédito em ME, com excepção para o Estado e os clientes com comprovadas receitas e recebimentos em ME. Peso do crédito em ME sobre o total do crédito (%) 8 65,3 64,9 6 5,9 42,7 37, Dez/9 Dez/1 Dez/11 Dez/12 Dez/13 Fonte: BNA
5 Risco de crédito O cálculo do rácio de solvabilidade regulamentar foi alterado em 211 de forma a alinhar os requisitos de fundos próprios às diferenças do risco de crédito entre MN e ME. Esta alteração teve impacto nas taxas de juro Indicadores de solidez (%) 5 Agravamento do ponderador de cálculo do risco de crédito (APR) em MN de 1% para 13% 5 Fundos Próprios de Base (Nivel 1) / APR Solvabilidade=FPR / (APR + ECRC/,1) Dez/9 Dez/1 Dez/11 Dez/12 Dez/13 Fonte: BNA
6 Depósitos Aumento dos depósitos em MN (34% em 213) e relahva estabilidade dos depósitos em ME; Aumento dos pagamentos em Kwanzas (SPTR, STC, MCX); Aumento das disponibilidades em caixa em MN e redução das disponibilidades em caixa em ME. 6 Mi milhões de AKZ Depósitos MN ME Peso MN sobre total (esc.direita) Dez- 9 Dez- 1 Dez- 11 Dez- 12 Dez- 13 6% 5% 4% 3% 2% 1% % Mil milhões AKZ MN Saldo de caixa ME Peso numerário ME sobre total dez/9 dez/1 dez/11 dez/12 dez/13 6% 5% 4% 3% 2% 1% % Fonte: BNA
7 Reservas obrigatórias 7 As reservas obrigatórias passaram a ser mais elevadas para depósitos em ME do que em MN, tendo implicado o aumento diferencial das taxas de juro em Kwanzas e ME (menor remuneração para os depósitos em ME). Coeficientes de reservas obrigatórias Mai- 9 Jun- 9 Jun- 1 Mai- 11 Jul- 13 Fev- 14 MN 3% 3% 25% 2% 15% 12,5% ME 3% 3% 15% 15% 15% 15%
8 Taxas de juro Devido às condições macroeconómicas, as taxas de juros aplicados aos créditos em MN têm apresentado uma tendência decrescente, enquanto no crédito em ME a tendência tem sido crescente 8 25 Taxas de juro - Crédito a empresas MN (%) 25 Taxas de juro - Crédito a empresas ME (%) Até 18 dias De 181 dias a 1 ano Mais de 1 ano Dez- 9 Dez- 1 Dez- 11 Dez- 12 Dez Até 18 dias De 181 dias a 1 ano Mais de 1 ano Dez- 9 Dez- 1 Dez- 11 Dez- 12 Dez- 13 Fonte: BNA
9 Taxas de juro o contrário se passa com as taxas de juro de depósitos: com excepção do prazo superior a 1 ano, as taxas de juro de depósitos em ME tem demonstrado uma ligeira tendência de descida, conhnuando no entanto a situar- se acima das taxas de juro LIBOR Taxas de juro - Depósitos a prazo MN (%) Até 9 dias 91 dias a 1 ano 181 dias a 1 ano Mais de 1 ano 15 1 Taxas de juro - Depósitos a prazo ME (%) Até 9 dias 91 a 18 dias 181 dias a 1 ano Mais de 1 ano 5 5 Dez- 9 Dez- 1 Dez- 11 Dez- 12 Dez- 13 Dez- 9 Dez- 1 Dez- 11 Dez- 12 Dez- 13 Fonte: BNA
10 Risco cambial A exposição dos bancos ao risco cambial tem vindo a reduzir, mantendo- se dentro dos limites regulamentares (achvos em ME/indexados a ME está próximo do valor dos passivos em ME/ indexados a ME) Rácio de exposição cambial (em % dos fundos próprios regulamentares) Sector bancário Limite para exposição curta Limite para exposição longa Dez/9 Dez/1 Dez/11 Dez/12 Dez/13 Fonte: BNA. Avisos 6/27 e 4/211 1
11 Risco cambial No entanto, o crédito em ME corresponde a cerca de 5% dos achvos em ME. Como a maior parte deste crédito foi concedido a sectores não exportadores, pode implicar um aumento do risco de liquidez e de crédito no sistema bancário. Sectores não exportadores: 97% Mil milhões de USD Balanço dos bancos em ME (Dez- 13) 11 2 AcHvos Fonte: BNA. Cálculos ABANC 25,4 23,6 A- P = +1,8 Outros achvos Crédito à economia Crédito ao Governo Disponibilidades e aplicações 6 Passivos Outras responsabilidades Depósitos 11
12 Impacto do NRCSP* no sector bancário 12 Redução da dependência do BNA no acesso a divisas. Fluxos de liquidez dos operadores do sector petrolífero elevados, normalmente com picos, mas manutenção de saldos baixos; Aumento da liquidez em Kwanzas; Aumento da intermediação financeira: No Sistema de Pagamentos Angolano (aumento das transacções em Kwanzas no mercado interno em detrimento das transacções em ME); Nos pagamento para o exterior Redução das margens de intermediação (comissões e spreads). * NRCSP - Novo regime cambial aplicável ao sector petrolífero
13 Conclusões/Perspec[vas 1. O mercado encontra- se ainda num processo de ajustamento: Novas regras de controlo cambial (por exemplo, importação de ME); Dinâmica do mercado (equilíbrio da oferta e procura). 2. As medidas de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo estão a desempenhar cada vez mais um papel preponderante na regulamentação cambial. 3. Para incen[var a maior desdolarização no sector bancário, o BNA irá conhnuar a diferenciar os coeficientes em ME e MN no âmbito da políhca monetária e da supervisão prudencial (tornando- os mais gravosos para ME). 13
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