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2 Com o uso dos microscópios eletrônicos de transmissão, a estrutura das células começou a ser desvendada, revelando que nem todas apresentam membrana, citoplasma e núcleo. Existem células estruturalmente mais simples, presentes nas bactérias e cianobactérias, que são formadas por membrana, citoplasma e nucleoide, não havendo núcleo diferenciado. Distinguiram-se então dois tipos básicos de células: as procariontes (proto= primeiro, primitivo; karyon = núcleo), que não têm núcleo diferenciado, e as eucariontes (eu = verdadeiro; karyon = núcleo), que possuem núcleo diferenciado. A estrutura dos diferentes componentes das células foi e ainda está sendo desvendada. 2

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7 A partícula viral infectante, chamada vírion, consiste de um ácido nucléico e de uma capa protéica externa (capsídeo). O conjunto do genoma mais o capsídeo de um vírion é denominado de nucleocapsídeo. Alguns vírus também apresentam uma membrana lipídica (envelope). Essa membrana externa (ou envelope) é derivada de membranas da célula hospedeira (nuclear, do aparelho de Golgi, do retículo endoplasmático ou membrana plasmática). Assim como essas membranas, o envelope é constituído de uma membrana lipídica dupla com proteínas nela inseridas. As proteínas do envelope viral são codificadas pelo seu genoma. 7

8 Após tratamento com detergentes ou exposição prolongada ao ar, perdem o envelope e, consequentemente, a capacidade de entrar na célula e reproduzir. 8

9 A cobertura proteica ou capsídeo de um vírion (virus completo ou partícula vírica) é composta de cópias múltiplas de uma ou mais tipos de proteínas. Essas proteínas se associam entre si, formando unidades estruturais denominadas capsômeros. 9

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13 ADSORÇÃO: compreende a aderência do vírus à superfície da célula hospedeira. Depende da interação entre receptores específicos da superfície da célula hospedeira e proteínas de aderência (espículas) que se projetam da superfície do capsídeo ou do envelope. PENETRAÇÃO: Os vírions penetram as células hospedeiras por fusão de membrana, por formação de poros ou por rompimento da membrana. Após o reconhecimento e a ligação à superfície da célula hospedeira, o vírus deve penetrar essa célula e liberar seu genoma de ácido nucleico que se encontra no interior do capsídeo proteico ou do envelope lipídico. Na maior parte das vezes, o ácido nucleico liberado permanece complexado a algumas proteínas virais. Os vírus envelopados penetram a célula hospedeira por meio da fusão com a membrana plasmática ou com a membrana endossomal, seguida de endocitose. A fusão é regulada tanto para garantir que as partículas virais apenas se fusionem com a membrana da célula hospedeira apropriada quanto para prevenir que elas fusionem umas às outras. É mais difícil visualizar o mecanismo de penetração das células hospedeiras por vírus não-envelopados, pois não está claro o processo pelo qual grandes conjuntos de proteínas e de ácidos nucleicos conseguem atravessar as membranas plasmática ou endossômica. Segundo o que conhecemos dos mecanismos de penetração, os vírus não-envelopados, geralmente, formam poros na membrana celular para transportar seu genoma para o interior do citoplasma, ou então provocam a rompimento da membrana do endossomo após endocitose. 13

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28 Os vírus mais simples contêm DNA ou RNA suficientes para codificar 4 proteínas, todas essenciais. Os mais complexos, como Baculovírus, podem codificar de 100 a 200 proteínas, sendo que algumas delas não são essenciais à manutenção ou replicação dos vírus. No entanto, em linhas gerais, os vírus de RNA tendem a ter pequenos genomas enquanto os vírus de DNA apresentam grande variedade de tamanhos, tendendo a ser bem maiores. Os vírus possuem um genoma extremamente compacto podendo apresentar sobreposição de genes, que pode ser parcial ou total. Esta sobreposição pode ocorrer de 3 formas: a) apenas as sequências não-codificadoras se sobrepõem; b) a sequência de um gene menor pode estar contida dentro de um gene maior; c) dois genes de tamanhos similares podem estar contidos dentro da mesma sequência, com diferença apenas na fase de leitura. 28

29 Figura: adenovírus Genes codificando proteínas com funções relacionadas são agrupados para permitir o seu controle com o máximo de eficiência. Genes precoces: estrutura reconhecida pela maquinaria transcricional da célula hospedeira. Genes precoces são transcritos a partir de uma das fitas do DNA e genes tardios, a partir da fita complementar. 29

30 Fago lambda: figura adaptada de: _of_bacteriophage_lambda Ciclo lisogênico: o DNA do fago lambda se integra ao genoma da célula hospedeira por recombinação homóloga. Em alguns casos, a excisão do provírus não é exata, e este leva consigo fragmentos do genoma da hospedeira, perdendo parte do seu genoma. 30

31 No caso do material genético se apresentar sob a forma de dupla fita, teremos uma fita com orientação 3 5 e outra com orientação 5 3. Sendo assim, temos uma fita com uma polaridade positiva e a outra com uma polaridade negativa. Os vírus tipo II podem empacotar ambas as fitas de DNA fita simples, mas em diferentes vírions. Proteínas estruturais: aquelas que vão compor o capsídeo e/ou o envelope (no caso de vírus envelopados). Proteínas não-estruturais: envolvidas no processo de replicação viral. Vírus adeno-associados (AAV): possuem um genoma de DNA de cadeia simples com sequências de repetição terminal invertidas palindrômicas (ITRs). O rep é uma estrutura de fase de leitura aberta (ORF) que codifica proteínas envolvidas na replicação viral, enquanto o cap é uma ORF que codifica proteínas necessárias para o empacotamento viral. O AAV se integra no genoma humano num locus específico no cromossoma 19 (laranja) e persiste numa forma latente. Pode sair desta fase, apenas se a célula for coou super-infectada com vírus auxiliar tal como adenovirus (Ad) ou vírus do herpes simplex (HSV), que fornecem fatores necessários para a replicação ativa de AAV. Parvovírus humano B19 (outro exemplo de vírus classe II): o genoma linear contém sequências terminais palindrômicas que formam grampos e provêm uma extremidade 3 -OH livre para a síntese da fita complementar do DNA durante a replicação. O genoma do B19 apresenta duas regiões de leitura (ORFs). As da extremidade direita (ORF2, ORF3, ORF4) - gene CAP - codificam as proteínas estruturais VP1(84 kda) e VP2 (58 kda), esta última representando 95% do capsídeo. A extremidade esquerda (ORF1) - gene REP - codifica uma proteína não estrutural NS1. Foi identificada e caracterizada uma família de proteínas com 11-kDa sem função especifica estabelecida na estrutura do B19. O vírus apresenta um único promotor (p6) responsável pela transcrição em nove mrnas, todos com início na extremidade 5 do genoma. O primeiro mrna, único que não sofre processamento pós-transcrição, traduz a proteína NS1, importante na replicação e lise celular. A proteína VP1 é caracterizada por um domínio adicional de 227 aminoácidos, na região amino terminal, denominada região única de VPI (VP1u). 31

32 Um cístron é um segmento único de DNA, que funciona como uma unidade que dá origem a um RNA ou produto proteico. Para esses vírus a fita negativa de RNA funciona como molde para a síntese de mrna. Como as células não possuem enzimas para a transcrição de RNA a partir de RNA, os vírus destes grupos precisam introduzir na célula a enzima necessária para a transcrição (RNA polimerase RNAdependente), que é uma proteína estrutural deste vírus (VP1). Assim, cada um dos segmentos de RNA é transcrito pela RNA polimerase VP1 como um mrna monocistrônico. 32

33 Classe V: RNA genômico é complementar ao RNA que é traduzido. 33

34 Os vírus do grupo IV são os mais abundantes do planeta, compreendendo 29 famílias virais. O grupo V reune muitos vírus que são agentes etiológicos de doenças humanas: sarampo (Paramyxoviridae), raiva (Rhabdoviridae), ebola (Filoviridae), hantavirose (Bunyaviridae), febre de Lassa (Arenaviridae). 34

35 Vírus com genoma diplóide de RNA fita simples, unidos por proteínas que funcionam como mensageiros apresentando 5 CAP (7-metilguanosina ligada em posição invertida à extremidade 5 do RNA), cauda poli(a) e regiões repetidas invertidas (LTR), com quatro regiões codificadoras básicas: gag-pro-pol-env. Existe um códon de terminação no fim do gene gag, de forma que a penas a proteína gag é sintetizada. A tradução de pol acontece ocasionalmente, com a supressão do terminador na fronteira gag-pol, produzindo um polipeptídeo gag-pol fusionado. A região pro está contida dentro do polipeptídeo gag-pol. A proteína gag é processada pela protease viral (codificada pelo gene gag) para produzir as proteínas internas do vírion (matriz, núcleo e nucleocapsídeo) e uma proteína, p12, cuja função é pouco conhecida. Da mesma forma, a proteína gag-pol é processada para formar as proteínas gag e três outras proteínas funcionalmente importantes: protease, transcriptase reversa e integrase. O mesmo acontece para a produção das proteínas do gene env. Alguns vírus da classe VI, como o HIV-1, apresentam um genoma bem mais complexo com a presença de vários genes regulatórios, além das quatro regiões básicas descritas. 35

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40 Figura: Esquema representativo da estrutura e da expressão de um gene procariótico que codifica uma proteína. O gene é constituído basicamente por uma região codificadora e por regiões reguladoras da sua expressão). Por convenção, o gene é representado de 5' para 3', considerando sua fita codificadora (em preto). A fita complementar (em vermelho), de orientação oposta (de 3' para 5'), é utilizada como molde para a síntese de um mrna de mesma orientação e sequência de bases. A região codificadora é flanqueada pelas regiões reguladoras. A região reguladora à montante da região codificadora inclui o promotor, e pode incluir um ou mais sítios de ligação de proteínas ativadoras ou repressoras da transcrição. À jusante da região codificadora, há uma sequência reguladora que determina o final do processo de transcrição do gene. Quando o gene é expresso, a RNA-polimerase o transcreve em um mrna, cuja síntese inicia alguns pares de bases antes da região codificadora e termina alguns pares de bases depois do final dessa região. As regiões não codificadoras do RNA são chamadas de regiões 5' ou 3' nãotraduzidas ou UTR (de untranslated region). Na região 5 -UTR do mrna transcrito, há sequências importantes para o início da sua tradução. Nos ribossomos, a região codificadora do RNA é interpretada de 5' para 3' e traduzida em uma cadeia polipeptídica, cuja sequência de ammoácidos é sintetizada da sua extremidade aminoterminal para a sua extremidade carboxiterminal. Em genes que codificam apenas RNAs, como os de rrna e trna, a etapa de tradução não ocorre. 40

41 Figura: Representação esquemática da estrutura típica de um operon. O operou ilustrado contém três sequências codificadoras de proteínas (A, B e O), separadas por regiões intercistrônicas curtas, cujas extensões variam entre uma e poucas dezenas de pares de bases em operons típicos. As três regiões codificadoras têm sua transcrição controlada por regiões reguladoras comuns, as quais determinam a produção de um mrna único, que é por isso chamado de policistrônico. As três proteínas codificadas (A, B e C) pelo mrna policistrônico são depois sintetizadas de forma independente nos ribossomos. 41

42 Figura: Representação esquemática de um gene estrutural eucariótico típico, mostrando a região flanqueadora à montante (à esquerda), que constitui a região promotora do gene; o sítio de início da transcrição; os éxons e os íntrons; e o sítio de finalização da transcrição. Em genes codificadores de proteínas, os íntrons em geral interrompem a região codificadora. Além disso, também podem ocorrer íntrons que interrompem regiões flanqueadoras (5 -UTR e 3 -UTR), que são transcritas, mas não são traduzidas (UTR untranslated region = região não traduzida). Em razão das sequências nucleotídicas presentes, íntrons eucarióticos, em geral, não adotam estruturas secundárias (por pareamento intercadeia) no contexto de transcritos de RNA. Por sito, dependem de um complexo ribonucleoproteico (spliceossomo) para a sua remoção. 42

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48 Transcriptoma: conjunto de todos os RNAs mensageiros transcritos. Proteoma: conjunto de todas as proteínas de uma célula ou tecido. 48

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50 1 Kb (quilobase) = 1000 pb (pares de bases); 1 Mb (megabase) = 1 milhão de pb; 1 Gb (gigabase) = 1 bilhão de pb. Essa medição também pode ser feita em picogramas (pg), onde cada pg = 978 pb. 50

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52 Valor aproximado (arredondado). 52

53 Algumas pesquisas também indicam que o tamanho do genoma pode estar correlacionado positivamente com o tamanho do núcleo e da célula, e negativamente com a taxa de divisão celular, influindo nessas características. Há lógica nesses resultados, uma vez que os procariotos têm células e genomas menores e se replicam mais rapidamente do que os eucariotos, que geralmente têm genomas e células maiores, e necessitam de mais tempo para a replicação do DNA antes das divisões. 53

54 Dependendo do grupo considerado, os efeitos da variação no tamanho genômico no nível celular podem resultar em correlações do conteúdo de DNA com tamanho corporal, taxa metabólica, taxa de desenvolvimento, complexidade orgânica, distribuição geográfica e nicho ecológico. Por exemplo, os procariotos com os menores genomas tendem a ocupar habitais restritos, como as bactérias que vivem dentro de outros organismos; o ambiente constante e a função metabólica propiciados pelo organismo hospedeiro possibilitam a sobrevivência de bactérias que contêm menos genes. As bactérias com os maiores genomas tendem a ocupar ambientes variáveis e mais complexos, como o solo e os nódulos de raízes de plantas, com recursos abundantes. 54

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58 Os genomas dos mamíferos são em geral os maiores entre os eucariotos e procariotos (existem exceções), mas entre os mamíferos há pouca variação no tamanho genômico e nem sempre esse tamanho corresponde à complexidade dos organismos. 58

59 Valor G (G, de gene number). O estudo dos genomas suscitou pesquisas sobre o número mínimo de genes necessários à manutenção da vida. Embora não se conheça esse número em eucariotos, os pequenos genomas bacterianos, como o de Mycoplasma genitalium, que possui 483 genes codificadores de proteínas, servem como indicadores do genoma mínimo necessário à vida. Mediante o uso de métodos comparativos e experimentais, esse genoma mínimo foi estimado em 256 genes pela genômica comparativa, e 205 a 300 genes por métodos experimentais, sendo estimativas relativamente próximas. 59

60 Dados compilados de informações do NCBI-GenBank ( e literatura científica (buscas em referente aos genomas sequenciados de cada espécie: homem (Homo sapiens), camundongo (Mus musculus), gato(felis catus), cavalo(equus caballus),cão(canis lupus familiaris), galinha (Gallus gallus),rã(xenopus tropicalis),peixe(danio rerio), ouriço-do-mar (Strongylocentrotus purpuratus), mosquito (Aedes aegypti), mosca (Drosophila melanogaster),verme(caenorhabditis elegans),arroz(oryza sativa),levedura(saccharomyces cerevisiae) e bactéria (Escherichia coli). 60

61 Para humanos, o número mais aceito atualmente corresponde a genes. 61

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65 Por exemplo, o chimpanzé tem, 98,7%, o camundongo 85% e o cão 75% de seus genes em comum com os humanos, mas também a galinha e o ouriço-do-mar, a Drosophila, o verme cilíndrico, a levedura e certas plantas compartilham respectivamente 60, 50,40, 30 e 20% de seus genes com os humanos. 65

66 O número de genes que codificam funções biológicas básicas, como a replicação do DNA, a transcrição e a tradução tende a ser similar entre as espécies, mesmo quando os genomas diferem em tamanho, o que sugere que tais funções são codificadas por um conjunto básico de genes que não varia entre as espécies. Em compensação, o número de genes que participam da biossíntese, metabolismo de energia, transporte e funções reguladoras varia muito entre as espécies, tendendo a ser maior nas espécies com genomas maiores. 66

67 Quanto à organização dos genes codificadores de proteínas, em procariotos existe uma alta densidade gênica, em torno de um gene por pb de DNA (1 gene/kb), em média. Esse empacotamento apertado dos genes nos genomas procarióticos significa que uma proporção muito elevado do DNA (~85-90%) funciona como DNA codificador. 67

68 Tipicamente, só uma pequena proporção do genoma bacteriano é de DNA não-codificador, representado por sequências reguladoras ou elementos transponíveis que podem se mover de um lugar para outro no genoma. Assim, no genoma bacteriano, há apenas uma pequena quantidade de DNA não codificador (representado por sequências reguladoras ou elementos transponíveis) e muitos operons. Relembre que os operons contêm vários genes que funcionam como uma unidade transcricional cujos produtos proteicos fazem parte de uma via bioquímica comum. Em E. coli, por exemplo, 27% de todos os genes estão contidos em operons (em torno de 600 operons). 68

69 Nos eucariotos, a organização gênica apresenta novidades, em relação à encontrada no grupo dos procariotos. Algumas são aqui abordadas: Densidade gênica muito variável - Em humanos, por exemplo, alguns cromossomos têm alta densidade de genes, como o cromossomo 22 (1 gene/64 kb), enquanto outros a têm baixa, como o cromossomo 13 (1 gene/155 kb); para termos de comparação, citam-se as densidades gênicas verificadas em levedura (1 gene/2 kb) e Drosophila (1 gene/13 kb). 69

70 Desertos gênicos - Correspondem às regiões cromossômicas com baixa densidade gênica, que são comuns entre os eucariotos, principalmente no genoma humano, em que abrangem, aproximadamente, 20% de seu total. 70

71 Íntrons - Encontrados na maior parte dos genes eucarióticos, seu número é muito variável: no genoma de levedura, há 239 íntrons, enquanto um único gene do genoma humano pode apresentar mais de cem íntrons; geralmente, seu tamanho está correlacionado com o tamanho do genoma. 71

72 Sequências repetitivas - Presentes na maioria dos genomas eucarióticos, geralmente sua quantidade é maior nas espécies com genomas grandes. Por exemplo, no genoma do milho, representam mais de 60% de seu conteúdo de DNA (desses, 65 a 70% é representado por retrotransposons); no genoma humano, aproximadamente, 50%, e no baiacu-japonês, 2,7%. 72

73 Colinearidade entre genomas relacionados - Também chamada de sintenia, significa que muitos genes estão presentes na mesma ordem em genomas relacionados, por serem descendentes de um genoma ancestral comum e sua ordem gênica não ter sido alterada pelos fatores evolutivos. É uma característica constatada em gramíneas (arroz, trigo, cevada, milho, aveia, etc.), nas quais, apesar das grandes diferenças quanto ao tamanho dos genomas e ao número de cromossomos, a posição e a ordem de muitos genes são extremamente conservadas; essa colinearidade também é verificada em parte substancial dos genomas de humanos, chimpanzés e camundongos. 73

74 Duplicações de segmentos e famílias multigênicas - Observadas em muitos genomas eucarióticos, entre os quais o humano, em que têm tamanho médio de pb e perfazem 4% do genoma; seu papel é importante na evolução, dando origem a novos genes, muitas vezes com novas funções; as famílias multigênicas são grupos de genes relacionados evolutivamente a partir de um gene ancestral, como as famílias da -globina e da -globina, que formam a superfamília de globina da hemoglobina humana. 74

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77 Controle transcricional por diversificação da cis-regulação - Como muitos genes são expressos em vários momentos e órgãos durante o desenvolvimento, o aumento da complexidade do perfil de expressão de uma proteína pode acarretar maior diversidade de funções; portanto, grande parte do genoma ocupada por elementos repetidos pode conter elementos cisreguladores (sequências reguladoras localizadas no promotor que afetam somente a expressão do gene adjacente). 77

78 Combinações intergênicas - À medida que aumenta o número de genes em um organismo, as combinações das proteínas codificadas que podem atuar em conjunto no desempenho de funções complexas aumentam muito e com maior rapidez, como é o caso das proteínas das vias metabólicas e de sinalização; portanto, um pequeno acréscimo no valor G pode gerar grande aumento de complexidade para o organismo. 78

79 Hipótese do "canivete suíço" - Como explicação para o fato de que alguns genomas (como o humano) têm valor G inferior ao esperado, mas suas proteínas são multifuncionais: cada um equipado com um conjunto exclusivo de ferramentas (proteínas) especializadas 79

80 Da observação de que existem vários tipos de encadeamento (splicing) durante a transcrição, resultando diferentes mrnas codificados por um só gene, pode-se presumir que haja um aumento do número de proteínas codificadas por esse gene. O encadeamento (splicing) alternativo produz diferentes moléculas de mrna a partir do mesmo prémrna, gerando maior número de produtos proteicos por gene, com funções similares ou diferentes. Esse tipo de encadeamento é bastante comum em vertebrados, inclusive os humanos. Há muitas formas de recombinar os exons, desde que mantida a ordem em que aparecem na sequência de DNA. Figura: Variedade de eventos básicos de splicing alternativo. Em amarelo estão os exons que sempre permanecem na sequência final do mrna; em laranja os exons que podem ser retirados (e, neste caso, são considerados introns pela maquinaria de splicing) ou não; e em linha preta os íntrons. Os padrões de splicing estão indicados pelas linhas tracejadas. Um dos mecanismos alternativos possíveis é a excisão de um exon interno à sequência do gene, como mostrado em (a). Neste caso, ele se comporta como um intron, e a proteína resultante será mais curta. Outra forma comum é a presença de sítios 5' (mostrado em b) ou 3' (mostrado em c) alternativos de splicing, que levam à inclusão ou não de um exon. Empregando diferentes sítios 5' aceptores de splicing é possível também trocar o promotor de um gene (d). Analogamente, empregando sítios alternativos 3 de splicing podemos mudar o sítio de poliadenilação do mensageiro final (e). Exons internos podem ser incluídos ou não na sequência final do mrna, independente dos demais exons (f). Alternativamente, exons mutuamente excludentes podem permutar de lugar na forma madura mo mrna (g). Múltiplos sítios de poliadenilação: o processamento diferencial da extremidade 3 é uma forma de gerar diferentes mrna maduros por splicing alternativo, podendo ocorrer a adição da cauda poli(a) em dois ou mais sítios, de acordo com o sítio de poliadenilação do éxon incluído no splicing alternativo. 80

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83 Modificações pós-traducionais - Essas modificações podem aumentar a quantidade de proteínas com funções distintas, codificadas por um só gene; como exemplos, citam-se a glicosilação, clivagem proteolítica, fosforilação, hidroxilação e outras modificações, pois sabe-se que muitas proteínas só se tornam ativas após remoção de parte da sequência traduzida e adição covalente de um ou mais grupamentos químicos. RER = retículo endoplasmático rugoso. O transporte de proteínas sintetizadas pelos polirribossomos para o lúmen do RER é realizado por um aparato celular que reconhece um peptídeo sinal na ponta amino-terminal de uma proteína e transporta esta proteína através da membrana separando o citosol do lúmen do RER. As proteínas transportadas para o RE serão secretada para fora da célula, salvo se tiverem algum sinal de retenção. 83

84 Redundância gênica - Duplicações gênicas ou de cromossomos inteiros, ou ainda de todo o genoma, são eventos comuns na evolução; no genoma de C. elegans, 40% dos lócus resultam de duplicações em tandem que podem explicar seu valor G inesperadamente grande em relação ao de Drosophila, por exemplo. 84

85 Atualmente sabe-se que grande parte do DNA não codificador é transcrita, embora não produza proteínas, ou seja, em diferentes espécies o DNA não codificador produz moléculas de RNAs não codificadoras. Tais RNAs auxiliam as proteínas na coordenação do metabolismo celular e na definição dos fenótipos dos organismos. Assim, é possível que os íntrons, sequências intergênicas, elementos repetitivos e DNA genômico anteriormente considerado geneticamente inerte podem ser muito mais importantes para a evolução funcional e o repertório de organismos complexos do que foi anteriormente apreciado. 85

86 Taft e Mattick (2003) apresentaram um parâmetro para explicar o aumento da complexidade biológica ao longo da evolução, com base no acúmulo das sequências de DNA não codificadoras, batizadas anteriormente de "DNA-lixo" ou "desertos gênicos" por não conterem informação para a síntese proteica. Esses pesquisadores propuseram a divisão do número de sequências de DNA não codificadoras (nc) de um organismo pelo seu valor C (tg, de tamanho do genoma; em inglês, total genomic DNA), comparando, posteriormente, as razões nc/tg entre 85 organismos diferentes: 59 bactérias, 8 archaea e 18 eucariotos (7 eucariotos simples, 1 fungo, 3 plantas, 3 invertebrados, l urocordado e 3 vertebrados). As sequências de DNA não codificadoras incluíam: elementos estruturais dos cromossomos (centrômeros, telômeros, origens de replicação, etc.), sequências intergênicas, íntrons de genes codificadores de proteínas, sequências cis-reguladoras com atuação nos níveis de DNA e RNA (promotores, reforçadores e elementos reguladores das regiões 5 e 3' não traduzidas), genes de RNA não codificador, pseudogenes, sequências espaçadoras entre os elementos funcionais e sequências repetitivas. 86

87 Os resultados, apresentados na Tabela, sugerem que os aumentos gerais na complexidade biológica estão correlacionados positivamente com as razões crescentes nc/tg, ainda que influenciadas por quantidades variáveis de sequências repetitivas de significado funcional incerto. Todos os procariotos da amostra têm valores nc/tg inferiores a 0,25, enquanto todos os eucariotos têm valores superiores a 0,25, estabelecendo-se uma fronteira entre nucleados e não nucleados. Todos os eucariotos unicelulares têm razões entre 0,26 e 0,52, ao passo que a totalidade dos multicelulares tem razões entre 0,71 e 0,98 (este último valor referente aos humanos), estabelecendo-se uma fronteira entre unicelulares e multicelulares. 87

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A partícula viral infectante, chamada vírion, consiste de um ácido nucléico e de uma capa protéica externa (capsídeo). O conjunto do genoma mais o

A partícula viral infectante, chamada vírion, consiste de um ácido nucléico e de uma capa protéica externa (capsídeo). O conjunto do genoma mais o 1 A partícula viral infectante, chamada vírion, consiste de um ácido nucléico e de uma capa protéica externa (capsídeo). O conjunto do genoma mais o capsídeo de um vírion é denominado de nucleocapsídeo.

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