Fisiologia - Estudo Dirigido - Respiratório

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Fisiologia - Estudo Dirigido - Respiratório"

Transcrição

1 Fisiologia - Estudo Dirigido - Respiratório ESTUDO DIRIGIDO - FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA Prof. Mariana Abreu PERGUNTAS 1. Conceitue: Eupnéia, Taquipnéia, Bradipnéia, Hiperpnéia, Hipopnéia, Hiperventilação, Hipoventilação, Dispnéia, Apnéia e Apneuse. 2. Explique os diferentes volumes e capacidades pulmonares encontrados em um traçado espirográfico. Explique a alteração ocorrida durante o exercício físico. 3. Explique o comportamento do pulmão e da parede torácica de acordo com o gráfico volume x pressão, conceituando complacência e explicando suas variações com o volume pulmonar. 4. Cite e explique os fatores que contribuem para a manutenção da estabilidade alveolar? 5. Utilizando a Lei de Hagen-Poiseuille, cite e explique os fatores que influenciam a resistência das vias aéreas. Exemplifique uma situação onde a resistência estará alterada. 6. Como se dá a distribuição da ventilação pulmonar? A partir disto, explique o seguinte paradoxo: Embora os alvéolos da base sejam menores do que os do ápice, estes são mais bem ventilados. 7. Como se dá a distribuição da perfusão pulmonar? Explique os processos de recrutamento e distensão capilar. Por que a zona 1 de West não é encontrada fisiologicamente. Quando ela poderia ocorrer? 8. De acordo com a Lei de Fick, quais estruturas pulmonares podem comprometer a difusão dos gases, caso estejam alteradas? Em indivíduos normais, qual gás apresenta uma velocidade de difusão maior: O 2 ou CO 2? 9. Sabendo que o gráfico abaixo corresponde à curva de saturação da hemoglobina, discuta a importância fisiológica do formato desta. Como estaria essa curva em situações de hiperventilação em ar atmosférico? De que forma a PCO 2, o ph, a temperatura e o nível de 2,3-difosfoglicerato podem modificá-la? 1 / 8

2 10. Explique o esquema abaixo: 2 / 8

3 11. Diferencie quimiorreceptores centrais e periféricos quanto à localização, estímulos a que respondem, rapidez da resposta e sensibilidade. 12. Determine e exemplifique os 4 principais tipos de distúrbios ácido-base existentes. 13. Um pesquisador conseguiu desenvolver uma técnica em ratos onde lesava os pneumócitos tipo II destruindo o surfactante. Com base nesse experimento quais são os efeitos fisiopatológicos desencadeados após a perda do surfactante? 14. Caso Clínico: M.A.B., 46 anos, sexo feminino, advogada. Dispnéia progressiva há 10 anos, atualmente aos mínimos esforços. Pouca tosse e expectoração. Aos 9 anos teve tuberculose pulmonar. Em 1972, tratada paracoccidioidomicose. Fuma cerca de 15 cigarros ao dia há 31 anos. Ao exame físico, cianose discreta, dispnéia objetiva ao repouso. Aumento do diâmetro antero-posterior do tórax, redução da expansibilidade torácica e do frêmito tóraco-vocal. Hipersonoridade à percussão. À ausculta, murmúrio vesicular diminuído, estertores crepitantes disseminados. Restante dos aparelhos sem anormalidades. Radiografia torácica: lesões retículo - nodulares e acinosas difusas em ambos os pulmões, que se encontram hiperinsuflados e com bolhas de enfisema nas bases. Espirografia Normal Previsto Encontrado % Capacidade Vital Forçada 3,3 L 1,71 L 52 Vol. Expiratório Máximo do 1º s 2,52 L 0,58 L 23 VEF 1,0 /CVF 80% 34% - FEF 25-75% 3,95 L/s 0,16 L/s 4 Gasometria do sangue arterial (repouso): PaO 2 58 mmhg, PaCO 2 48 mmhg, ph 7,40, HCO 3 32 meq/l. Discuta. RESPOSTAS 1. Conceitue: Eupneia, Taquipneia, Bradipneia, Hiperpneia, Hipopneia, Hiperventilação, Hipoventilação, Dispneia, Apneia e Apneuse. Eupneia: respiração normal, de 16 a 18 ciclos por minuto. Taquipneia: aumento da frequência respiratória, respiração acelerada. Bradipneia: diminuição da frequência respiratória, respiração lenta. Hiperpneia: aumento do volume que expira e inspira a cada ciclo (aumento do volume corrente), aceleração e intensificação dos movimentos respiratórios. Hipopneia: diminuição do volume que expira e inspira a cada ciclo (diminuição do volume corrente), redução da profundidade e frequência respiratória. Hiperventilação: aumento do volume de ar mobilizado (inalado) por minuto. 3 / 8

4 Hipoventilação: diminuição do volume de ar mobilizado (inalado) por minuto. Dispneia: respiração laboriosa, sensação subjetiva e dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta. Apneia: parada dos movimentos respiratórios, suspensão da respiração. Apneuse: parada respiratória após os movimentos de inspiração profunda. 2. Explique os diferentes volumes e capacidades pulmonares encontrados em um traçado espirográfico. Explique a alteração ocorrida durante o exercício físico. Volume Corrente: é o volume da respiração normal. Volume de Reserva Inspiratória: é o volume máximo inspirado acima do Volume Corrente. Volume de Reserva Expiratória: é o volume máximo expirado abaixo do Volume Corrente. Volume Residual: é o volume mínimo que pode estar nos sistema respiratório. Capacidade Inspiratória: é o volume de reserva inspiratória mais o volume corrente. Capacidade Residual Funcional: é o volume de reserva expiratória mais o volume residual. Capacidade Vital: diferença entre o máximo inspirado e o mínimo expirado. Capacidade Pulmonar Total: é a soma da Capacidade Inspiratória mais a Capacidade Residual Funcional. 3. Explique o comportamento do pulmão e da parede torácica de acordo com o gráfico volume x pressão, conceituando complacência e explicando suas variações com o volume pulmonar Baixa Complacência requer pressão maior que a normal para produzir certa expansão pulmonar. Complacência é a variação do volume dividido pela variação da pressão (ou alteração do volume em função da alteração da pressão). É uma medida que representa a facilidade do pulmão se distender. O recolhimento do pulmão se opõe ao recolhimento elástico da caixa torácica. Uma complacência elevada é referente a um pulmão distensível e baixa complacência é referente a pulmão rígido. A complacência é determinada por elasticidade do tecido pulmonar e tensão superficial entre o ar e a água dentro do alvéolo. Quando a parede torácica e seus músculos contraem, aumenta-se a pressão pulmonar provocando a expiração e diminuindo seu volume. O inverso também ocorre. 4. Cite e explique os fatores que contribuem para a manutenção da estabilidade alveolar? O SURFACTANTE diminui a tensão superficial, reduzindo o recolhimento elástico do pulmão contribuindo para a estabilização alveolar. A INTERDEPENDÊNCIA ajuda na estabilização alveolar. Os alvéolos são tracionados em conjunto pelas paredes alveolares adjacente: eles não conseguem variar de volume de modo independente do tecido pulmonar vizinho. 5. Utilizando a Lei de Hagen-Poiseuille, cite e explique os fatores que influenciam a resistência 4 / 8

5 das vias aéreas. Exemplifique uma situação onde a resistência estará alterada. A Lei de Hagen-Poiseuille diz que a resistência será igual à variação da pressão sobre o volume, conforme a fórmula abaixo: Dessa forma, o que contribui para a resistência das vias aéreas são o volume pulmonar, o raio e a interdependência. A resistência na zona condutora é maior que na zona respiratória, pois o volume é menor e vai aumentando a medida que avança nas gerações das vias aéreas. Outros fatores também podem ser citados: densidade, viscosidade e musculatura lisa dos brônquios. 6. Como se dá a distribuição da ventilação pulmonar? A partir disto, explique o seguinte paradoxo: Embora os alvéolos da base sejam menores do que os do ápice, estes são mais bem ventilados. A ventilação por unidade de volume é maior na base e vai diminuindo até o ápice, por causa da diferença da pressão intrapleural ao longo do pulmão, provavelmente devido à ação da gravidade. 7. Como se dá a distribuição da perfusão pulmonar? Explique os processos de recrutamento e distensão capilar. Por que a zona 1 de West não é encontrada fisiologicamente. Quando ela poderia ocorrer? A pressão decai quase linearmente da base para o ápice. A inomogeneidade da perfusão pulmonar pode ser explicada pela diferença de pressão hidrostática no interior dos vasos sanguíneos. 8. De acordo com a Lei de Fick, quais estruturas pulmonares podem comprometer a difusão dos gases, caso estejam alteradas? Em indivíduos normais, qual gás apresenta uma velocidade de difusão maior: O 2 ou CO 2? A difusão dos gases pode ser modificada quando há alterações na área de superfície alveolar, nas propriedades físicas da membrana ou na oferta dos gases. O CO2 é mais solúvel e se difunde 20 vezes mais rápido que o O2. 9. Sabendo que o gráfico abaixo corresponde à curva de saturação da hemoglobina, discuta a importância fisiológica do formato desta. Como estaria essa curva em situações de hiperventilação em ar atmosférico? De que forma a PCO 2, o ph, a temperatura e o nível de 5 / 8

6 2,3-difosfoglicerato podem modificá-la? A curva demonstra a alta afinidade do O2 pela hemoglobina. Em hiperventilações em ar atmosférico, a curva seria deslocada para a esquerda. O aumento do PCO2 e diminuição do ph promovem diminuição da afinidade da Hb pelo O2, deslocando a curva para a direita e o aumento do 2,3 difosfoglicerato e da temperatura promovem a queda da afinidade da hemoglobina pelo O Explique o esquema abaixo: Os sensores como os quimiorreceptores do O2 e CO2 e receptores de estiramento percebem as alterações das concentrações desses gases no sangue, que passam as informações para os controladores centrais, como o bulbo, a ponte e outras partes do cérebro para que enviem sinais para os efetores, que são os respiratórios para encontrar a homeostase do organismo por meio do controle respiratório. 11. Diferencie quimiorreceptores centrais e periféricos quanto à localização, estímulos a que respondem, rapidez da resposta e sensibilidade. Quimiorreceptores centrais são localizados na face ventral do bulbo, banhados pelo 6 / 8

7 líquido cefalorraquidiano. São mais sensíveis à variação do PCO2 e do ph e não percebem variação do O2. Quimiorreceptores periféricos são sensíveis à queda do PO2, variação de PCO2 e ph.são localizados na artéria aorta e nas carótidas. 12. Determine e exemplifique os 4 principais tipos de distúrbios ácido-base existentes. Acidose respiratória: causada por hipoventilação alveolar e desigualdades na relação V/Q. Enfisema pulmonar e edema alveolar. Alcalose respiratória: causada por hiperventilação alveolar. Ansiedade e grandes altitudes. Acidose metabólica: causada por acúmulo de cetoácidos e acúmulo de ácido lático secundário à hipóxia tecidual. Excesso de exercícios físicos, diabetes mellitus, insuficiência renal. Alcalose metabólica: causada por ingestão excessiva de álcalis e pela perda de suco gástrico (por aspiração ou vômito). Bicarbonato de sódio e vômito. 13. Um pesquisador conseguiu desenvolver uma técnica em ratos onde lesava os pneumócitos tipo II destruindo o surfactante. Com base nesse experimento quais são os efeitos fisiopatológicos desencadeados após a perda do surfactante? O surfactante ajuda na estabilização alveolar e, na sua ausência os alvéolos tenderiam ao colapso, impedindo as trocas gasosas, podendo levar o rato à morte. Pela lei de Laplace, quanto menor a Resistência, maior a pressão interna alveolar, levando ao caso da Zona 1 de Wets 14. Caso Clínico: M.A.B., 46 anos, sexo feminino, advogada. Dispneia progressiva há 10 anos, atualmente aos mínimos esforços. Pouca tosse e expectoração. Aos 9 anos teve tuberculose pulmonar. Em 1972, tratada para coccidioidomicose. Fuma cerca de 15 cigarros ao dia há 31 anos. Ao exame físico, cianose discreta, dispneia objetiva ao repouso. Aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax, redução da expansibilidade torácica e do frêmito tóraco-vocal. Hipersonoridade à percussão. À ausculta, murmúrio vesicular diminuído, estertores crepitantes disseminados. Restante dos aparelhos sem anormalidades. Radiografia torácica: lesões retículo - nodulares e acinosas difusas em ambos os pulmões, que se encontram hiperinsuflados e com bolhas de enfisema nas bases. Espirografia Normal Previsto Encontrado % Capacidade Vital Forçada 3,3 L 1,71 L 52 Vol. Expiratório Máximo do 1º s 2,52 L 0,58 L 23 VEF 1,0 /CVF 80% 34% - FEF 25-75% 3,95 L/s 0,16 L/s 4 7 / 8

8 Powered by TCPDF ( Odonto UFRJ Gasometria do sangue arterial (repouso): PaO 2 58 mmhg, PaCO 2 48 mmhg, ph 7,40, HCO 3 32 meq/l. Discuta. Pela dispneia, percebe-se que a paciente possui sensação subjetiva de dificuldade respiratória. ph normal de 7,4 PCO 2 de 48 mmhg acima do normal (35-45), assim como HCO 3 de 32 meq/l acima do normal (22-26), PO 2 de 58 mmhg abaixo do normal (75-100). Capacidade Vital comprometida, respondendo somente a 52%. Paciente pode apresentar quadro de DPOC. 8 / 8

Anatomia e fisiologia respiratória. Ms. Roberpaulo Anacleto

Anatomia e fisiologia respiratória. Ms. Roberpaulo Anacleto Anatomia e fisiologia respiratória Ms. Roberpaulo Anacleto Fisiologia Respiratória FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA Metabolismo e Objetivo Anatomia funcional do sistema respiratório Vias aéreas Ventilação pulmonar

Leia mais

Fisiologia do Trato Respiratório

Fisiologia do Trato Respiratório Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas ICEB Departamento de Ciências Biológicas DECBI Fisiologia II (CBI-198) Fisiologia do Trato Respiratório Profª: Franciny Paiva

Leia mais

Resumo Fisiologia Respiratória

Resumo Fisiologia Respiratória Resumo Fisiologia Respiratória 1 - SISTEMA RESPIRATÓRIO RESPIRAÇÃO FONAÇÃO Fornecer O 2, retirar CO 2, regular temperatura, manter ph, defesa contra agentes agressores e fonação. Vibração de cordas vocais

Leia mais

Fisiologia do Trato Respiratório

Fisiologia do Trato Respiratório Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas ICEB Departamento de Ciências Biológicas DECBI Fisiologia II (CBI-198) Fisiologia do Trato Respiratório Profª: Franciny Paiva

Leia mais

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA RICARDO LUIZ PACE JR.

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA RICARDO LUIZ PACE JR. FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA RICARDO LUIZ PACE JR. Esta aula foi retirada do Cap. 12 do livro: Fisiologia do Exercício Energia, Nutrição e Desempenho 5ª edição William D. McArdle Frank I. Katch Victor L. Katch

Leia mais

FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE V: SISTEMA RESPIRATÓRIO

FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE V: SISTEMA RESPIRATÓRIO FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE V: SISTEMA RESPIRATÓRIO Funções Troca de gases com o ar atmosférico; Manutenção da concentração de oxigênio; Eliminação da concentração de dióxido de carbônico; Regulação da ventilação.

Leia mais

água 47 mmhg Hg) 37 o C Temperatura ( o C)

água 47 mmhg Hg) 37 o C Temperatura ( o C) Difusão e Transporte dos Gases Propriedade dos Gases Lei dos gases A pressão dos gases é determinada pelo impacto constante das moléculas em movimento contra uma superfície. Os gases dissolvidos na água

Leia mais

Objetivo: Estudar os mecanismos fisiológicos responsáveis pelas trocas gasosas e pelo controle do transporte de gases Roteiro:

Objetivo: Estudar os mecanismos fisiológicos responsáveis pelas trocas gasosas e pelo controle do transporte de gases Roteiro: TROCAS GASOSAS E CONTROLE DO TRANSPORTE DE GASES Objetivo: Estudar os mecanismos fisiológicos responsáveis pelas trocas gasosas e pelo controle do transporte de gases Roteiro: 1. Trocas gasosas 1.1. Locais

Leia mais

Atividade Física, sistema respiratório e saúde

Atividade Física, sistema respiratório e saúde Atividade Física, sistema respiratório e saúde Prof. Dr. Ismael Forte Freitas Júnior ismael@fct.unesp.br Sistema Respiratório Formado por órgãos e tecidos que levam O 2 para a célula e removem CO 2 para

Leia mais

Objetivo: Estudar os mecanismos fisiológicos responsáveis pelo controle da ventilação pulmonar

Objetivo: Estudar os mecanismos fisiológicos responsáveis pelo controle da ventilação pulmonar Cláudia Herrera Tambeli CONTROLE DA VENTILAÇÃO E TRANSPORTE DE GASES Objetivo: Estudar os mecanismos fisiológicos responsáveis pelo controle da ventilação pulmonar Roteiro: 1. Controle da ventilação 1.1.

Leia mais

EXAMES COMPLEMENTARES GASOMETRIA GASOMETRIA ARTERIAL EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO

EXAMES COMPLEMENTARES GASOMETRIA GASOMETRIA ARTERIAL EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO GASOMETRIA ARTERIAL EXAMES COMPLEMENTARES GASOMETRIA A gasometria arterial é um exame invasivo que mede as concentrações de oxigênio, a ventilação e o estado ácido-básico. Prof. Carlos Cezar I. S. Ovalle

Leia mais

TROCAS GASOSAS TRANSPORTE DE O 2 E CO 2 FUNÇOES DA HEMOGLOBINA QUÍMICA DA RESPIRAÇÃO. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes

TROCAS GASOSAS TRANSPORTE DE O 2 E CO 2 FUNÇOES DA HEMOGLOBINA QUÍMICA DA RESPIRAÇÃO. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes TROCAS GASOSAS TRANSPORTE DE O 2 E CO 2 FUNÇOES DA HEMOGLOBINA QUÍMICA DA RESPIRAÇÃO Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes Plasma sanguíneo ph normal Acidose Alcalose Líquido extracelular Sangue arterial

Leia mais

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Clínica Médica e Cirúrgica I INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA João Adriano de Barros Disciplina de Pneumologia Universidade Federal do Paraná Objetivos da Aula... Importância da IRA devido a sua alta mortalidade

Leia mais

Ciclo Respiratório Normal. Como Respiramos? Prova de Função Pulmonar. Que diz a espirometria? Espirômetro. Sensível ao volume.

Ciclo Respiratório Normal. Como Respiramos? Prova de Função Pulmonar. Que diz a espirometria? Espirômetro. Sensível ao volume. Ciclo Respiratório Normal Como Respiramos? Prova de Função Pulmonar Que diz a espirometria? Espirômetro Sensível ao volume Sensível ao fluxo 1 FEV1 / FVC % Visão Geral da Hematose O índice espirométrico

Leia mais

Sistema Respiratório. Superior. Língua. Inferior

Sistema Respiratório. Superior. Língua. Inferior Sistema Respiratório Língua Superior Inferior Funções 1. Troca de gases entre a atmosfera e o sangue. 2. Regulação homeostática do ph corporal 3. Proteção contra substâncias irritantes e patógenos 4. Vocalização

Leia mais

SISTEMA TAMPÃO NOS ORGANISMOS ANIMAIS

SISTEMA TAMPÃO NOS ORGANISMOS ANIMAIS SISTEMA TAMPÃO NOS ORGANISMOS ANIMAIS Regulação do Equilíbrio Ácido-Básico ph = Potencial Hidrogeniônico Concentração de H + Quanto mais ácida uma solução maior sua concentração de H + e menor o seu ph

Leia mais

SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR

SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR Fisiologia do Sistema Respiratório A respiração pode ser interpretada como um processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio, ou como um conjunto de reações químicas

Leia mais

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO 1 Ventilação e metabolismo energético Equivalente ventilatório de oxigênio: Relação entre volume de ar ventilado (VaV) e a quantidade de oxigênio consumida pelos tecidos (VO2) indica

Leia mais

Relação Ventilação/Perfusão e Função Respiratória

Relação Ventilação/Perfusão e Função Respiratória A diferença entre ventilação e respiração Normalmente, quando dizemos que um indivíduo está respirando, estamos querendo dizer, na verdade, que está ocorrendo o processo de ventilação. Isto porque, o termo

Leia mais

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA SISTEMA RESPIRATÓRIO PARTE 1 SISTEMA RESPIRATÓRIO: ESTRUTURA E FUNÇÃO Anatomia do Sistema Respiratório Pressão Pleural e Alveolar Compliância dos Pulmões: FE, TS e Surfa Volumes

Leia mais

Difusão e transporte de gases, Relação ventilação/perfusão pulmonar e Fisiologia da altitude e mergulho

Difusão e transporte de gases, Relação ventilação/perfusão pulmonar e Fisiologia da altitude e mergulho Difusão e transporte de gases, Relação ventilação/perfusão pulmonar e Fisiologia da altitude e mergulho Transporte de gases A hemoglobina funciona com um tampão de oxigênio dentro das hemácias. Quando

Leia mais

Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata

Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata 1- Na porção respiratória, até qual região é encontrado músculo liso? té os alvéolos b. Até os bronquíolos respiratórios c. Até os bronquíolos terminais d. Até os ductos alveolares 2- Qual é o tipo de

Leia mais

24/08/2017. Sistemas Humanos. Prof. Leonardo F. Stahnke. Respiração. Tipos de

24/08/2017. Sistemas Humanos. Prof. Leonardo F. Stahnke. Respiração. Tipos de Tipos de Respiração 24/08/2017 Sistemas Humanos Prof. Leonardo F. Stahnke 1 Compreende processos microscópicos (Respiração Celular) e macroscópicos (Respiração Pulmonar), de função complementar. Os processos

Leia mais

Jose Roberto Fioretto

Jose Roberto Fioretto Jose Roberto Fioretto jrf@fmb.unesp.br Professor Adjunto-Livre Docente Disciplina de Medicina Intensiva Pediátrica Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP 1988 Ventilação Pulmonar Mecânica Objetivos Fisiológicos

Leia mais

1. Respiração Orgânica x Respiração Celular

1. Respiração Orgânica x Respiração Celular Respiração 1. Respiração Orgânica x Respiração Celular 2. Respiração Direta x Respiração Indireta O 2 CO 2 O 2 CO 2 superfície respiratória tecidos Problema Limita o tamanho Ex: poríferos, cnidários, platelmintos,

Leia mais

21/07/14. Processos metabólicos. Conceitos Básicos. Respiração. Catabolismo de proteínas e ácidos nucleicos. Catabolismo de glicídios

21/07/14. Processos metabólicos. Conceitos Básicos. Respiração. Catabolismo de proteínas e ácidos nucleicos. Catabolismo de glicídios Prof. Dr. Adriano Bonfim Carregaro Medicina Veterinária FZEA USP www.anestesia.vet.br Processos metabólicos Respiração Catabolismo de proteínas e ácidos nucleicos Ácidos acético, sulfúrico, fosfórico e

Leia mais

05)Quanto ao ciclo de Krebs é INCORRETO afirmar que:

05)Quanto ao ciclo de Krebs é INCORRETO afirmar que: FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO Questões de Avaliação Parte I 01)Compare a energia produzida pela degradação da glicose pela via aeróbica e pela via anaeróbica terminando com o lactato, destacando quais as vantagens

Leia mais

Manutenção do ph do sangue

Manutenção do ph do sangue Manutenção do ph do sangue Muitos dos fluidos biológicos, quer no interior, quer no exterior das células, apresentam intervalos de ph muito apertados, ou seja um valor de ph praticamente constante, uma

Leia mais

Sistema Respiratório. Profª Talita Silva Pereira

Sistema Respiratório. Profª Talita Silva Pereira Sistema Respiratório Profª Talita Silva Pereira A respiração é fundamental para vida humana sendo responsável pela troca dos gases oxigênio(o2) e dióxido de carbono(co2) do organismo, com o meio ambiente.

Leia mais

D) Como seria a correção desse distúrbio? A correção seria atuar na causa e proporcionar eliminação de CO2 por aumento da ventilação alveolar.

D) Como seria a correção desse distúrbio? A correção seria atuar na causa e proporcionar eliminação de CO2 por aumento da ventilação alveolar. Exercícios de Gasometria Arterial - Gabarito Docente responsável: Profª Paula C Nogueira Para as situações abaixo, responda às seguintes questões: Considere os seguintes valores de referência: ph: 7,35-7,45

Leia mais

Mecânica da Ventilação. MSc. Bruna Gazzi de Lima Seolin

Mecânica da Ventilação. MSc. Bruna Gazzi de Lima Seolin Mecânica da Ventilação MSc. Bruna Gazzi de Lima Seolin Para que respirar? Para que respirar? Fotossíntese CO 2 Energia armazenada nas biomoléculas + O 2 N 2 + H 2 0 Para que respirar? Energia Fotossíntese

Leia mais

Fisiologia - Resumo Respiratório

Fisiologia - Resumo Respiratório Fisiologia - Resumo Respiratório - 2016-1 Volumes e capacidades pulmonares Ventilação: movimentos cíclicos de entrada e saída de ar dos pulmões. Qual é a frequência dessa ventilação? Em torno de 12 a 18

Leia mais

Fisiologia Respiratória

Fisiologia Respiratória Fisiologia Respiratória Via Aérea Alta Faringe Orofaringe Nasofaringe Laringofaringe Via aérea Baixa Traquéia Brônquios Bronquíolos Alvéolos pulmonares Via Aérea Baixa A traquéia se bifurca dando origem

Leia mais

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO Carlos Marcelino de Oliveira ??? QUAIS MECANISMOS DETERMINAM OS MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS RÍTIMICOS? QUAIS OS FATORES QUE CONTROLAM A FREQUENCIA E PROFUNDIDADE

Leia mais

DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS

DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS Objetivos da aula Rever aspectos da prova de função pulmonar (PFP) Identificar principais parâmetros da PFP usados em Pneumologia Ocupacional Fornecer subsídios para a discussão

Leia mais

FUNÇÃO assegurar as trocas gasosas (oxigénio e dióxido de carbono) entre o organismo e o ar da atmosfera.

FUNÇÃO assegurar as trocas gasosas (oxigénio e dióxido de carbono) entre o organismo e o ar da atmosfera. FUNÇÃO assegurar as trocas gasosas (oxigénio e dióxido de carbono) entre o organismo e o ar da atmosfera. Pulmões, onde se realizam as trocas gasosas. Vias respiratórias, estabelecem a comunicação entre

Leia mais

Curso de Graduação Biologia BMW-360 Elementos de Fisiologia e Anatomia II 2015/2

Curso de Graduação Biologia BMW-360 Elementos de Fisiologia e Anatomia II 2015/2 Curso de Graduação Biologia BMW-360 Elementos de Fisiologia e Anatomia II 2015/2 Lídia Moreira Lima (Ph.D) Professora Associada, LASSBio, PPDF, ICB-UFRJ lidialima@ufrj.br lmlima23@gmail.com Bibliografia:

Leia mais

Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta HBP/SP

Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta HBP/SP Ventilação Não Invasiva Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta HBP/SP Introdução Indicações Exacerbação da IRpA com ph 45mmHg e FR>25rpm Desconforto respiratório com uso da

Leia mais

Programação. Sistema Respiratório e Exercício. Unidade Funcional. Sistema Respiratório: Fisiologia. Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório

Programação. Sistema Respiratório e Exercício. Unidade Funcional. Sistema Respiratório: Fisiologia. Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório Sistema Respiratório e Exercício Programação Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório Volumes e Capacidades Pulmonares ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA E SAÚDE Asma BIE DPOC Aula Prática (Peak Flow) Profa.

Leia mais

Petr Soares de Alencar DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE

Petr Soares de Alencar DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE Petr Soares de Alencar DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE GASOMETRIA ARTERIAL GASOMETRIA ARTERIAL Paciente com os seguintes valores na gasometria arterial: ph = 7,08; HCO - 3 = 10mEq/litro; PCO 2 = 35

Leia mais

Sistema Respiratório. Simulação em Matlab

Sistema Respiratório. Simulação em Matlab Modelos dos Processos Fisiológicos no Home Sistema Respiratório Simulação em Matlab Licenciatura em Eng.ª Biomédica 2 Conteúdos Sistema Respiratório - Introdução Biofísica Pulmonar Simulação Computacional

Leia mais

Int In e t rpre rpr t e a t ç a ã ç o ã da Prov Pr a ov de função funç Pulmonar (PFP ( )

Int In e t rpre rpr t e a t ç a ã ç o ã da Prov Pr a ov de função funç Pulmonar (PFP ( ) Interpretação da Prova de função Pulmonar (PFP) Espirometria DEFINIÇÃO Spiro = respirar Metrum = medida - Medida da entrada e saída de ar dos pulmões. -registro gráfico da espirometria i espirografia -

Leia mais

Exercícios de Aprofundamento Biologia Trocas Gasosas

Exercícios de Aprofundamento Biologia Trocas Gasosas 1. (Unesp 2014) Os gráficos representam a concentração de três gases no sangue assim que passam pelos alvéolos pulmonares. É correto afirmar que os gráficos que representam as concentrações dos gases O

Leia mais

Sistema Respiratório. rio. Componentes

Sistema Respiratório. rio. Componentes Slide 1 Sistema Respiratório rio Faringe Slide 2 Componentes Nariz (fossas nasais) - duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe - funções: filtrar, umedecer e aquecer o ar,

Leia mais

Equilíbrio ácido-básico. Monitor: Tarcísio Alves Teixeira Professor: Guilherme Soares Fisiologia Veterinária / MFL / IB / UFF

Equilíbrio ácido-básico. Monitor: Tarcísio Alves Teixeira Professor: Guilherme Soares Fisiologia Veterinária / MFL / IB / UFF Equilíbrio ácido-básico Monitor: Tarcísio Alves Teixeira Professor: Guilherme Soares Fisiologia Veterinária / MFL / IB / UFF O que são Ácidos e Bases Ácido: substância que, em solução, é capaz de doar

Leia mais

D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Prof. João Luiz V Ribeiro Introdução Bronquite Crônica e Enfisema Pulmonar Coexistência Mesma síndrome funcional Hábito do tabagismo como principal fator etiopatogênico

Leia mais

2)Homeostasia: Constância Dinâmica. Explique esta frase. 4)Quais das seguintes substâncias são transportadas através de canais?

2)Homeostasia: Constância Dinâmica. Explique esta frase. 4)Quais das seguintes substâncias são transportadas através de canais? FISIOLOGIA HUMANA QUESTÕES DE AVALIAÇÃO PARTE I 1)Qual a relação entre a fisiologia, a homeostasia, os órgãos e as condições do ambiente interno? 2)Homeostasia: Constância Dinâmica. Explique esta frase.

Leia mais

GASOMETRIA ph E GASES SANGUÍNEOS

GASOMETRIA ph E GASES SANGUÍNEOS GASOMETRIA ph E GASES SANGUÍNEOS CBHPM 4.03.0.01-6 AMB 8.01.096-5 CBHPM 4.14.01.16-6 Sinonímia: Gasometria de Siggaard-Andersen. Teste de exercício em ergômetro com realização de gasometria arterial. Gasometria

Leia mais

Alterações do equilíbrio hídrico Alterações do equilíbrio hídrico Desidratação Regulação do volume hídrico

Alterações do equilíbrio hídrico Alterações do equilíbrio hídrico Desidratação Regulação do volume hídrico Regulação do volume hídrico Alteração do equilíbrio hídrico em que a perda de líquidos do organismo é maior que o líquido ingerido Diminuição do volume sanguíneo Alterações do equilíbrio Hídrico 1. Consumo

Leia mais

A respiração pode ser interpretada como: - processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio.

A respiração pode ser interpretada como: - processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio. INTRODUÇÃO A respiração pode ser interpretada como: - processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio. - conjunto de reações químicas do metabolismo energético (respiração celular). RESPIRAÇÃO CELULAR

Leia mais

DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS

DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS A DPOC se caracteriza por alterações progressivas da função pulmonar, resultando em obstrução ao fluxo aéreo. É constituída pelo enfisema, bronquite e asma. ENFISEMA É uma doença

Leia mais

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 05 RESPIRAÇÃO HUMANA

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 05 RESPIRAÇÃO HUMANA BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 05 RESPIRAÇÃO HUMANA Tecidos O Dissolvido Carboproteína 2 CO 2 Hb HbO HbCO CO + H 2O HHb 2 H 2 + Anidase Carbônica - HCO H CO 2 3 3 O 2 Hb O 2 Alvéolos HHb HbO 2 CO 2 CO 2

Leia mais

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC CELSON RICARDO DE SOUSA

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC CELSON RICARDO DE SOUSA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC CELSON RICARDO DE SOUSA DEFINIÇÃO SINDROME CARACTERIZADA PELA OBSTRUÇÃO CRÔNICA DIFUSA DAS VIAS AÉREAS INFERIORES, DE CARÁTER IRREVERSIVEL, COM DESTRUÇÃO PROGRESSIVA

Leia mais

DOENÇAS PULMONARES PULMONARE OBSTRUTIVAS ASMA

DOENÇAS PULMONARES PULMONARE OBSTRUTIVAS ASMA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS ASMA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS Extremamente comuns. Caracterizadas por resistência aumentada ao fluxo de ar nas vias aéreas. DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS ASMA ENFISEMA

Leia mais

DISPNÉIA José Américo de Sousa Júnior

DISPNÉIA José Américo de Sousa Júnior DISPNÉIA José Américo de Sousa Júnior DEFINIÇÃO Dispnéia é definida como uma percepção anormalmente desconfortável da respiração Não consigo puxar ar suficiente, O ar não vai até lá embaixo, Estou sufocando,

Leia mais

EXERCÍCIO DE CIÊNCIAS COM GABARITO 8º ANO 1. (PUC-SP) O esquema abaixo é referente ao coração de um mamífero

EXERCÍCIO DE CIÊNCIAS COM GABARITO 8º ANO 1. (PUC-SP) O esquema abaixo é referente ao coração de um mamífero EXERCÍCIO DE CIÊNCIAS COM GABARITO 8º ANO 1. (PUC-SP) O esquema abaixo é referente ao coração de um mamífero a) Que números indicam artérias e veias? b) Que números indicam vasos por onde circulam sangue

Leia mais

GASOMETRIA ARTERIAL- ARTIGO DE REVISÃO. interpretação

GASOMETRIA ARTERIAL- ARTIGO DE REVISÃO. interpretação TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO GASOMETRIA ARTERIAL- ARTIGO DE REVISÃO interpretação Dra Leticia Godoy Dias Sanderson Porto Ferreira, fevereiro 2012 Resumo O objetivo do estudo é identificar na literatura

Leia mais

PROGRAMA DA DISCIPLINA DE BIOFÍSICA PARA O CONCURSO PÚBLICO DE TÍTULOS E PROVAS PARA PROFESSOR ASSISTENTE DA DISCIPLINA DE BIOFÍSICA

PROGRAMA DA DISCIPLINA DE BIOFÍSICA PARA O CONCURSO PÚBLICO DE TÍTULOS E PROVAS PARA PROFESSOR ASSISTENTE DA DISCIPLINA DE BIOFÍSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UNIRIO) CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE INSTITUTO BIOMÉDICO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS PROGRAMA DA DISCIPLINA DE BIOFÍSICA PARA O CONCURSO

Leia mais

SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO

SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses

Leia mais

Répteis. Maioria possui 2 pulmões. Ventilação TIDAL

Répteis. Maioria possui 2 pulmões. Ventilação TIDAL REPIRAÇÃO NO AR Respiração Aula 4 Répteis Maioria possui 2 pulmões Cobras: um pulmão é reduzido ou ausente Podem ser simples sacos com dobras nas paredes ou câmaras com muitas divisões nas espécies mais

Leia mais

TROCA E TRANSPORTE DE GASES

TROCA E TRANSPORTE DE GASES TROCA E TRANSPORTE DE GASES Difusão dos gases através da membrana respiratória Unidade Respiratória Cada alvéolo: 0,2 mm Parede Unidade respiratória: delgada Capilares Membrana Respiratória ou Membrana

Leia mais

Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC

Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC 2012 4 de Maio Sexta-feira Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC Agostinho Marques Definição de DPOC GOLD 2011 A DPOC, uma doença prevenível e tratável, é caracterizada por limitação persistente

Leia mais

Doenças Pleurais. Doenças pleurais. Pleuras - Anatomia. Pleuras - Fisiologia. Derrame pleural. Empiema. Pneumotórax. Hemotórax.

Doenças Pleurais. Doenças pleurais. Pleuras - Anatomia. Pleuras - Fisiologia. Derrame pleural. Empiema. Pneumotórax. Hemotórax. Doenças pleurais Doenças Pleurais Derrame pleural Empiema Pneumotórax Hemotórax Prof. Carlos Cezar I. S. Ovalle Quilotórax Pleuras - Anatomia Pleura visceral recobre a superfície externa do pulmões Pleura

Leia mais

Base teórica SINAIS VITAIS. Tópicos relevantes. Objetivos da aula. Quando aferir SV? Fisiologia

Base teórica SINAIS VITAIS. Tópicos relevantes. Objetivos da aula. Quando aferir SV? Fisiologia Base teórica SINAIS VITAIS Prof. Jorge Luiz Lima Os sinais vitais são informações básicas b colhidas pelo enfermeiro para avaliação do estado de saúde do cliente. O enfermeiro(a) deve saber avaliar e orientar

Leia mais

ph do sangue arterial = 7.4

ph do sangue arterial = 7.4 Regulação do Equilíbrio Ácido Base ph do sangue arterial = 7.4 < 6.9 ou > 7.7 = MORTE 1 Importância do ph nos processos biológicos Protonação ou desprotonação de radicais proteicos Variação da carga total

Leia mais

Prof. Dr. José Roberto Fioretto UTI - Pediátrica - Botucatu - UNESP

Prof. Dr. José Roberto Fioretto UTI - Pediátrica - Botucatu - UNESP 1988 Prof. Dr. José Roberto Fioretto UTI - Pediátrica - Botucatu - UNESP Ventilação Pulmonar Mecânica Objetivos Fisiológicos Promover trocas gasosas pulmonares Aumentar volume pulmonar Reduzir trabalho

Leia mais

ANATOMIA HUMANA. Faculdade Anísio Teixeira Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

ANATOMIA HUMANA. Faculdade Anísio Teixeira Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto ANATOMIA HUMANA Faculdade Anísio Teixeira Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto Basicamente a respiração é a absorção pelo organismo de oxigênio e a eliminação do gás carbônico resultante do

Leia mais

Introdução à Ventilação Mecânica Neonatal

Introdução à Ventilação Mecânica Neonatal Introdução à Ventilação Mecânica Neonatal Marinã Ramthum do Amaral R3 UTIP Orientação: Dr Jefferson Resende UTI neonatal HRAS www.paulomargoto.com.br 30/7/2008 Introdução O uso da ventilação pulmonar mecânica

Leia mais

Prof. Douglas Junior. Especialista em Docência do Ensino Superior Licenciatura

Prof. Douglas Junior. Especialista em Docência do Ensino Superior Licenciatura Prof. Douglas Junior 1 SEMIOTÉCNICA NA AFERIÇÃO DOS SINAIS VITAIS (SSVV) Prof. Douglas Junior Especialista em Docência do Ensino Superior Licenciatura SINAIS VITAIS Silêncio. Toda a infelicidade do homem

Leia mais

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA DOS MAMÍFEROS

FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA DOS MAMÍFEROS Disciplina de Fisiologia Veterinária FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA DOS MAMÍFEROS Prof. Fabio Otero Ascoli OBJETIVOS DA AULA Revisão da anatomia do sistema respiratório Relembrar leis da física importantes para

Leia mais

PROVA DE BIOLOGIA 3 o TRIMESTRE DE 2015

PROVA DE BIOLOGIA 3 o TRIMESTRE DE 2015 PROVA DE BIOLOGIA 3 o TRIMESTRE DE 2015 PROFa. FLÁVIA CARLETE NOME Nº 8º ANO A prova deve ser feita com caneta azul ou preta. É terminantemente proibido o uso de corretor. Respostas com corretor serão

Leia mais

Tampão. O que é? MISTURA DE UM ÁCIDO FRACO COM SUA BASE CONJUGADA, QUE ESTABILIZA O P H DE UMA SOLUÇÃO

Tampão. O que é? MISTURA DE UM ÁCIDO FRACO COM SUA BASE CONJUGADA, QUE ESTABILIZA O P H DE UMA SOLUÇÃO Tampões biológicos Relembrar os conceitos de ácido e base (Brönsted-Lowry), ph, pka; Compreender a importância do ph na manutenção da estrutura tridimensional das biomoléculas; Conhecer os valores de ph

Leia mais

Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório

Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório 1 Márcia Koja Breigeiron Este capítulo aborda alguns aspectos anatômicos e fisiológicos relevantes do sistema respiratório, salientando as particularidades

Leia mais

Sistema respiratório. Funções. Anatomia do sistema respiratório. Brônquios, bronquíolos e alvéolos. Promover troca de gases circulantes: Vocalização

Sistema respiratório. Funções. Anatomia do sistema respiratório. Brônquios, bronquíolos e alvéolos. Promover troca de gases circulantes: Vocalização Funções Sistema respiratório Promover troca de gases circulantes: suprir oxigênio e remover o dióxido de carbono Vocalização Anatomia do sistema respiratório Nariz Faringe Laringe Traquéia Brônquios Pulmões

Leia mais

Fisiologia do Sistema Urinário

Fisiologia do Sistema Urinário Sistema Urinário Fisiologia do Sistema Urinário Funções do sistema urinário Anatomia fisiológica do aparelho urinário Formação de urina pelos rins Filtração glomerular Reabsorção e secreção tubular Equilíbrio

Leia mais

Urgência e Emergência

Urgência e Emergência Urgência e Emergência CHOQUE Choque Um estado de extrema gravidade que coloca em risco a vida do paciente. Dica: Em TODOS os tipos de choques ocorre a queda da pressão arterial e, consequentemente, um

Leia mais

Princípios básicos de Reeducação Respiratória pós-avc

Princípios básicos de Reeducação Respiratória pós-avc Teleformação em Reabilitação I Curso de E-learning Enfermeiros não especialistas CSP ULS Castelo Branco Princípios básicos de Reeducação Respiratória pós-avc Formadores Catarina Freitas Enfª Chefe do Serviço

Leia mais

Aula 6: Sistema respiratório

Aula 6: Sistema respiratório Aula 6: Sistema respiratório Sistema respiratório Tem início no nariz e na boca e continua através das vias aéreas até os pulmões, onde ocorre a troca dos gases. Sistema respiratório - Funções Condução

Leia mais

Adaptações cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício

Adaptações cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Departamento de Fisiologia Laboratório de Farmacologia Cardiovascular - LAFAC Adaptações cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício Prof. André Sales Barreto Desafio

Leia mais

Os gases respiratórios não exercem pressão parcial quando estão combinados com os pigmentos respiratórios, nem quando estão quimicamente modificados.

Os gases respiratórios não exercem pressão parcial quando estão combinados com os pigmentos respiratórios, nem quando estão quimicamente modificados. A circulação de um fluido (sangue ou hemolinfa) acelera a distribuição dos gases respiratórios (movimento por fluxo). Entretanto, os gases, especialmente oxigênio, são pouco solúveis em soluções aquosas.

Leia mais

Como reconhecer uma criança criticamente enferma? Ney Boa Sorte

Como reconhecer uma criança criticamente enferma? Ney Boa Sorte Como reconhecer uma criança criticamente enferma? Ney Boa Sorte Passo 1 - Avaliar a criança Prevendo a parada cardiopulmonar A parada cardiopulmonar em lactentes e crianças raramente é um evento súbito!

Leia mais

Aparelho Respiratório Prof. Raquel Seiça

Aparelho Respiratório Prof. Raquel Seiça Prof. Raquel Seiça Estrutura e Funções do Sistema Respiratório - o sistema respiratório é constituído por: tracto respiratório superior (cavidade nasal, nariz, boca, laringe e faringe) tracto respiratório

Leia mais

Embolia Pulmonar. Profº. Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em urgência e Emergência

Embolia Pulmonar. Profº. Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em urgência e Emergência Embolia Pulmonar Profº. Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em urgência e Emergência Embolia Pulmonar - Conceito Entre os agravos respiratórios que apresentam elevados índices de morbidade destaca-se

Leia mais

C A D E R N O D E P R O V A S

C A D E R N O D E P R O V A S P ROCESSO SELETIVO C A D E R N O D E P R O V A S CADERNO 1 ESPECIALIDADE: FISIOTERAPIA HOSPITALAR COM ÊNFASE EM TERAPIA INTENSIVA PROVA: FISIOLOGIA PULMONAR, FISIOPATOLOGIA PULMONAR E RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS

Leia mais

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Ciências Exatas e Naturais 5- FLUIDOS EM SISTEMAS BIOLÓGICOS Física para Ciências Biológicas Prof. Roberto Claudino Ferreira ÍNDICE 1. Pressão

Leia mais

O MERGULHO E SUAS IMPLICAÇÕES FISIOLÓGICAS NO CORPO HUMANO

O MERGULHO E SUAS IMPLICAÇÕES FISIOLÓGICAS NO CORPO HUMANO O MERGULHO E SUAS IMPLICAÇÕES FISIOLÓGICAS NO CORPO HUMANO Clécio Danilo Dias da Silva* 1 BREVE APRESENTAÇÃO Este Material visa explicar os fenómenos fisiológicos relacionados com a atividade do mergulho,

Leia mais

(51) Borges de Medeiros 293 Novo Hamburgo

(51) Borges de Medeiros 293 Novo Hamburgo APOSTILA DE FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA ESTRUTURA E FUNÇÃO Durante a inspiração e durante a expiração, o ar passa por diversos e diferentes segmentos que fazem parte do aparelho respiratório: Nariz: É o primeiro

Leia mais

O sistema respiratório. 1- O sistema respiratório é constituído pelos pulmões e pelas vias respiratórias Faz a legenda do esquema:

O sistema respiratório. 1- O sistema respiratório é constituído pelos pulmões e pelas vias respiratórias Faz a legenda do esquema: O sistema respiratório FICHA DE TRABALHO 1- O sistema respiratório é constituído pelos pulmões e pelas vias respiratórias. 1.1- Faz a legenda do esquema: fossas nasais traqueia faringe laringe brônquio

Leia mais

O Sistema Respiratório. Humano

O Sistema Respiratório. Humano E.E.B.P Mansueto Boff O Sistema Respiratório Humano Nomes: Tiago, Marcos, Erik, Alexandro, Luciana, Andreína, Vanessa, Eduarda e Jaiane Matéria: Ciências Professor: Cladir Turma: 802 Concórdia, 20 de Agosto

Leia mais

Unidade 6. Sistema respiratório. Planeta Terra 9.º ano. Adaptado por Ana Mafalda Torres

Unidade 6. Sistema respiratório. Planeta Terra 9.º ano. Adaptado por Ana Mafalda Torres Unidade 6 Sistema respiratório Adaptado por Ana Mafalda Torres O que é o sistema cardiorrespiratório? + Sistema circulatório Sistema respiratório O que é o sistema respiratório? O sistema respiratório

Leia mais

Prof. Dr. Jair Junior 1

Prof. Dr. Jair Junior 1 Prof. Dr. Jair Junior 1 O sistema circulatório Sistema circulatório = Bomba + tubos Bomba = coração Tubos = vasos sanguíneos (artérias, capilares e veias) A pressão no corpo deve-se basicamente à: pressão

Leia mais

As alterações são grandes para que haja sustentação das necessidades maternas e para o desenvolvimento do feto

As alterações são grandes para que haja sustentação das necessidades maternas e para o desenvolvimento do feto ALTERAÇÕES CARDIORRESPIRATÓRIAS NA GESTAÇÃO Gestação e Exercício dois fatores que alteram o sistema cardiorrespiratório Gestacionais devido aos hormônios do feto e da placenta Exercício devido ao estresse

Leia mais

Fisiologia do Sistema Cardiovascular. Profa. Deise Maria Furtado de Mendonça

Fisiologia do Sistema Cardiovascular. Profa. Deise Maria Furtado de Mendonça Fisiologia do Sistema Cardiovascular Profa. Deise Maria Furtado de Mendonça Introdução ao Sistema Cardiovascular Coração e sistema fechado de vasos. Sangue move-se continuamente por gradiente de pressão.

Leia mais