Disciplina de Mestrado: Políticas Públicas
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- Gabriel Henrique Covalski Amado
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1 Federal University of Roraima, Brazil From the SelectedWorks of Elói Martins Senhoras Winter January 1, 2012 Disciplina de Mestrado: Políticas Públicas Prof. Dr. Eloi Martins Senhoras Available at:
2 Aula 3 eloisenhoras@gmail.com 1
3 Programa do Curso 2
4 Programa do Curso 3
5 Programa do Curso 4
6 Programa do Curso 5
7 Programa do Curso 6
8 Programa do Curso 7
9 Programa do Curso 8
10 Programa do Curso 9
11 Programa do Curso 10
12 Programa do Curso 11
13 Programa do Curso 12
14 Programa do Curso 13
15 Programa do Curso 14
16 Programa do Curso 15
17 Programa do Curso 16
18 Programa do Curso 17
19 Programa do Curso 18
20 19
21 AULA 3 Teorias no campo das políticas públicas 20
22 CONTEXTO HISTÓRICO DE FORMAÇÃO DAS TEORIAS NA FILOSOFIA E CIÊNCIAS POLÍTICAS 21
23 CONTEXTO HISTÓRICO DE FORMAÇÃO DAS TEORIAS NA FILOSOFIA E CIÊNCIAS POLÍTICAS Ponto de partida no Ocidente: Gregos (pré-história do pensamento político). Historiadores, poetas, filósofos, juristas e oradores que procuravam meios de dar ao homem possibilidades de conhecer os mecanismos da vida política. O entendimento de política e poder é claro, mas segundo uma concepção de filosófica. 22
24 CONTEXTO HISTÓRICO DE FORMAÇÃO DAS TEORIAS NA FILOSOFIA E CIÊNCIAS POLÍTICAS Desenvolvimento no Ocidente: Romanos e árabes Conceitos de império e califados (visões opostas da concentração do poder). Desagregação do feudalismo e surgimento do capitalismo; Desponta na eclosão do Renascimento: substitui a visão sacra pela racional homem torna-se agente social e histórico Valorização da filosofia política grega e romana 23
25 CONTEXTO HISTÓRICO DE FORMAÇÃO DAS TEORIAS NA FILOSOFIA E CIÊNCIAS POLÍTICAS Desenvolvimento no Ocidente: Romanos e árabes Conceitos de império e califados (visões opostas da concentração do poder). Desagregação do feudalismo e surgimento do capitalismo; Desponta na eclosão do Renascimento: substitui a visão sacra pela racional homem torna-se agente social e histórico Valorização da filosofia política grega e romana 24
26 CONTEXTO HISTÓRICO DE FORMAÇÃO DAS TEORIAS NA FILOSOFIA E CIÊNCIAS POLÍTICAS Desenvolvimento no Ocidente: Romanos e árabes Conceitos de império e califados (visões opostas da concentração do poder). Feudalismo: descentralização do poder. Ação ideológica da igreja. Capitalismo: centralização do poder. Ação ideológica da Monarquia e Burguesia Desponta na eclosão do Renascimento:» substitui a visão sacra pela racional» homem torna-se agente social e histórico» valorização da filosofia política grega e romana 25
27 CONTEXTO HISTÓRICO DE FORMAÇÃO DAS TEORIAS NA FILOSOFIA E CIÊNCIAS POLÍTICAS Consolidação no Ocidente: Filosofia política Maquiavel (conquista e manutenção do poder) Thomas Morus (Livro: Utopia) Autores contratualistas Eventos Reforma protestante Revolução Francesa Revolução Americana Revolução científica (racional e positivista) 26
28 CONTEXTO HISTÓRICO DE FORMAÇÃO DAS TEORIAS NA FILOSOFIA E CIÊNCIAS POLÍTICAS TEORIAS DO PENSAMENTO POLÍTICO MODERNO TEORIAS DO PENSAMENTO POLÍTICO CONTEMPORÂNEO 27
29 CONTEXTO HISTÓRICO DE FORMAÇÃO DAS TEORIAS NA FILOSOFIA E CIÊNCIAS POLÍTICAS TEORIAS DO PENSAMENTO POLÍTICO MODERNO TEORIAS DO PENSAMENTO POLÍTICO CONTEMPORÂNEO 28
30 POLIS (do grego) = CIDADE-ESTADO Designa a atividade humana que 29 se refere à cidade.
31 => Homem: é um animal político - A política é a força inerente da natureza e das sociedades humanas => Visão filosófica da política - Como a política deveria ser 30
32 POLÍTICAS PÚBLICAS Prof. Dr. Eló Elói Martins Senhoras => Homem: é um animal político - A política é a força inerente da natureza e das sociedades humanas => Visão científica da política 31 - Como a política é e como deve ser o Estado
33 POLÍTICAS PÚBLICAS Prof. Dr. Eló Elói Martins Senhoras O QUE DEVE SER O ESTADO O QUE É O ESTADO A função do Estado é agir como O Estado não é um simples mediador dos conflitos entre os mediador de grupos rivais, mas diversos grupos sociais, uma instituição que interfere de promovendo a conciliação, modo parcial, quase sempre X amortecendo choques entre tomando partido das classes setores divergentes e, enfim, dominantes. Assim, a =>sociais Homem: é um animal político harmonizando os grupos rivais, função social do Estado é garantir - A política é a força inerente da natureza e preservando o interesse do bem o domínio de uma classe sobre a das sociedades humanas comum. outra => Visão científica da política John Locke Karl32Marx - Como a políticafriedrich é e como deveengels ser o Estado Jean-jacques Rousseau
34 Paternidade da Ciência Política Pai da ciência política: MAQUIAVEL - Itália - Foi o primeiro a escrever sobre a política como ela é - A política é uma atividade independente - A política tem princípios e leis autônomos (distintos da moral e da religião) Co-paternidade da ciência política: * BODIN França, * GRÓCIO Holanda, * HOBBES Inglaterra - Defendem a idéia que os interesses do Estado era o princípio supremo. - Todos se empenham na defesa dos interesses do Estado. - Tratam de defendê-lo e fomentá-lo por qualquer por quaisquer meios, se necessário, pelo emprego da violência. - Os referidos autores são mensageiros da nova ideologia da classe comercial e industrial em ascensão. 33
35 natureza humana política - não é abstrata, fixa e imutável Paradigma Nacional-Realista - é o produto das relações sociais historicamente determinadas da Ciência Política - Concebida em seu contexto histórico concreto - Sua formulação lógica é como organismo em desenvolvimento. 34
36 MAQUIAVEL Os fins justificam os meios ( ) O pensamento político moderno é desvinculado dos conceitos éticos do pensamento antigo e dos valores cristãos do período medieval. -Para Maquiavel havia uma distância entre a teoria e a prática política. - Quando escreve o Príncipe ( ), trata a política como ela realmente se dá, sem nenhum arranjo teórico. - Conquistar e manter poder! Itália na época de Maquiavel 35
37 BODIN A defesa do governo nas mão de um só ( ) Bodin, em sua obra A República, defendeu o conceito de soberano perpétuo e absoluto, cuja autoridade representa a imagem de Deus na Terra (teoria do direito divino dos reis). A monarquia o regime mais adequado à natureza das coisas. 1) A família tem um só chefe, o pai; 2) O céu tem apenas um sol; 3) O universo, só um Deus criador. 4) A soberania (força de coesão social) do Estado só podia se realizar plenamente na monarquia. 4.1) A idéia de poder absoluto de Bodin está ligada à sua crença na necessidade de concentrar o poder totalmente nas mãos do governante; ) O poder conferido ao soberano é o reflexo do poder divino, e, assim, os súditos devem obediência ao seu soberano.
38 HOBBES a necessidade do Estado soberano ( ) Hobbes foi o primeiro dos filósofos chamados contratualistas. Afirmava a necessidade de um contrato ou pacto social para garantir a vida coletiva. Por que um contrato? -Porque em seu estado natural, todo homem é livre e igual ( O homem é lobo do homem - A relação entre iguais precisaria ser arbitrada por alguém ou alguma instância, daí a necessidade de acordo por meio do Leviatã A conseqüência entre homens em estado de natureza foi a geração de um estado de guerra e de matança permanente nas comunidades primitivas. 37
39 HOBBES a necessidade do Estado soberano ( ) Hobbes foi o primeiro dos filósofos chamados contratualistas. Afirmava a necessidade de um contrato ou pacto social para garantir a vida coletiva. Por que um contrato? -Porque em seu estado natural, todo homem é livre e igual ( O homem é lobo do homem - A relação entre iguais precisaria ser arbitrada por alguém ou alguma instância, daí a necessidade de acordo por meio do Leviatã A conseqüência entre homens em estado de natureza foi a geração de um estado de guerra e de matança permanente nas comunidades primitivas. 38
40 Paradigma Liberal da Ciência Política 39
41 LOCKE ( ) A concepção do Estado liberal 1) Assim como Hobbes, John Locke também refletiu sobre a origem do poder político e sobre sua necessidade para congregar os homens, que, em estado de natureza, viviam isolados. 2) Ao contrário de Hobbes, que via no estado de natureza um estado de violência humana, Locke faz uma reflexão mais moderada. No estado de natureza todos seriam iguais, livres e juízes de suas próprias causas, o que traria problemas de relacionamento entre os indivíduos. É neste contexto que nasceria o Estado, com a função de garantir a segurança dos indivíduos e de seus direitos naturais, como a liberdade, a igualdade e a propriedade, conforme expõe Locke em sua obra Segundo tratado sobre o governo. 40
42 LOCKE ( ) A concepção do Estado liberal Diferentemente de Hobbes, portanto, Locke concebe a sociedade política como um meio de assegurar os direitos naturais do indivíduos e não como o resultado de uma transferência dos direitos do indivíduo ao governante. 1) Assim como Hobbes, John Locke também refletiu sobre a origem do poder político e sobre sua necessidade para congregar os homens, que, em estado de natureza, viviam isolados. 2) Ao contrário de Hobbes, que via no estado de natureza um estado de violência humana, Locke faz uma reflexão mais moderada. No estado de natureza todos seriam iguais, livres e juízes de suas próprias causas, o que traria problemas de relacionamento entre os indivíduos. É neste contexto que nasceria o Estado, com a função de garantir a segurança dos indivíduos e de seus direitos naturais, como a liberdade, a igualdade e a propriedade, conforme expõe Locke em sua obra Segundo tratado sobre o governo. 41
43 MONTESQUIEU A divisão de poderes ( ) Executivo Montesquieu é o autor de uma das teorias políticas mais interessantes do Estado moderno: a divisão funcional dos três poderes. Judiciário PODER EXECUTIVO (que executa as normas e decisões relativas à administração pública) PODER LEGISLATIVO (que elabora e aprova as leis) PODER JUDICIÁRIO (que aplica as leis) Legislativo 42
44 ROUSSEAU A legitimação do Estado pela vontade geral Rousseau, assim como Hobbes e Locke, é outro dos pensadores modernos que formulou uma teoria contratualista sobre a relação Estado-sociedade. ( ) Características do Discurso sobre a origem das desigualdades: Valorização da vida natural; Ataque à corrupção, a avareza e os vícios da sociedade, Exaltação à liberdade que o homem selvagem teria desfrutado na pureza de seu estado natural, Denunciando a falsidade e ao artificialismo da vida civilizada. No contrato social, Rousseau defende a tese de que o único fundamento legítimo do poder político é o pacto social pelo qual cada cidadão, como membro de um povo, 43 concorda em submeter sua vontade particular à vontade geral.
45 ROUSSEAU A legitimação do Estado pela vontade geral Características do Discurso sobre a origem das desigualdades: Valorização da vida natural; Ataque à corrupção, a avareza e os vícios da sociedade, Exaltação à liberdade que o homem selvagem teria desfrutado na pureza de seu estado natural, Denunciando a falsidade e ao artificialismo da vida civilizada. ( ) Rousseau Rousseau, dizia assim que como cada Hobbes homem, e Locke, como é outro cidadão, dos somente deve obediência pensadores ao modernos poder político que formulou se esse uma puder teoria representar contratualista a vontade geral do povo sobre ao a relação qual pertence. Estado-sociedade. O compromisso de cada cidadão é com o seu povo. Somente o povo é a fonte legítima da soberania do Estado. No contrato social, Rousseau defende a tese de que o único fundamento legítimo do poder político é o pacto social pelo qual cada cidadão, como membro de um povo, 44 concorda em submeter sua vontade particular à vontade geral.
46 natureza humana política - não é abstrata, fixa e imutável - é o produto das relações sociais historicamente determinadas Paradigma Crítico da Ciência Política - Concebida em seu contexto histórico concreto - Sua formulação lógica é como organismo em desenvolvimento. 45
47 Paradigma Crítico da Ciência Política MARX e ENGELS: o Estado como instrumento de dominação de classe. 1) natureza A comunidade humana humana primitiva era uma sociedade sem classes e sem Estado. - não - As éfunções abstrata, administrativas fixa e imutável eram exercidas pelo conjunto dos membros da comunidade - é o produto das relações sociais historicamente determinadas 2) Nos momentos de desenvolvimento econômico é que surgiram as desigualdades de classe e os conflitos entre explorados e exploradores. política - O papel do Estado ou do poder centralizado teria sido o de amortecer o choque desses conflitos, - Concebida evitando o confronto em seu contexto direto entre histórico as classes concreto - Sua formulação lógica é como organismo em desenvolvimento O Estado ou poder centralizado nasce no meio do conflito. 2.2 O Estado ou poder centralizado é representado pela classe mais poderosa, com o intuito de reprimir a classe dominada:. a) os escravos na antiguidade, b) os servos no feudalismo, c) os assalariados no capitalismo. ( ) ( ) 46
48 MARX e ENGELS: o Estado como instrumento de dominação de classe. 3) O Estado atua como instrumento do domínio de classe. 3.1) Ele é determinado pela estrutura social de modo a atender as demandas específicas de uma dada forma de sociabilidade, garantindo que essa forma se mantenha. 3.2) A crítica ao Estado não visa atingir uma ou outra forma de Estado, mas a essência mesma do Estado, de qualquer Estado 3.4) O Estado se origina das insuficiências de uma sociedade garantir em sua dinâmica a igualdade de condições sociais. 3.5) O poder centralizado e o Estado nascem da desigualdade para manter a desigualdade. 47
49 MARX e ENGELS: o Estado como instrumento de dominação de classe. 3) O Estado atua como instrumento do domínio de classe. 3.1) Ele é determinado pela estrutura social de modo a atender as demandas específicas de uma dada forma de sociabilidade, garantindo que essa forma se mantenha. 3.2) A crítica ao Estado não visa atingir uma ou outra forma de Estado, mas a essência mesma do Estado, de qualquer Estado 3.4) O Estado se origina das insuficiências de uma sociedade garantir em sua dinâmica a igualdade de condições sociais. 3.5) O poder centralizado e o Estado nascem da desigualdade para manter a desigualdade. 48
50 Paradigma Crítico da Ciência Política MARX & ENGELS natureza humana - não é abstrata, fixa e imutável - é o produto das relações sociais historicamente determinadas política - Concebida em seu contexto histórico concreto - Sua formulação lógica é como organismo em desenvolvimento. ( ) ( ) 49
51 Paradigma Crítico da Ciência Política MARX & ENGELS natureza humana - não é abstrata, fixa e imutável - é o produto das relações sociais historicamente determinadas política - Concebida em seu contexto histórico concreto - Sua formulação lógica é como organismo em desenvolvimento. ( ) ( ) 50
52 Paradigma Crítico da Ciência Política MARX & ENGELS natureza humana - não é abstrata, fixa e imutável - é o produto das relações sociais historicamente determinadas política - Concebida em seu contexto histórico concreto - Sua formulação lógica é como organismo em desenvolvimento. tem características e configurações que variam conforme mudam as circunstâncias históricas ( ) ( ) 51
53 MARX & ENGELS POLÍTICAS PÚBLICASP Paradigma Crítico da Ciência Política Política e a Relação com as Classes e Nações - Pressupõe a dualidade política - governantes e governados } - dirigentes e dirigidos divisão de grupos sociais ( ) ( ) 52
54 MARX & ENGELS POLÍTICAS PÚBLICASP Paradigma Crítico da Ciência Política Evolução Histórica da Política Política e a Relação com as Classes e Nações - Pressupõe a dualidade política - governantes e governados } - dirigentes e dirigidos divisão de grupos sociais ( ) ( ) 53
55 MARX & ENGELS POLÍTICAS PÚBLICASP Paradigma Crítico da Ciência Política Evolução Histórica da Política Política e a Relação com as Classes e Nações - Pressupõe a dualidade política - governantes e governados } - dirigentes e dirigidos divisão de grupos sociais ( ) ( ) 54
56 Paradigma Crítico da Ciência Política Evolução da Política ENGELS + Antropólogos políticos - minimalistas - maximalistas 55
57 Paradigma Crítico da Ciência Política Evolução da Política 1) Sociedades Primitivas (Mini-Sistemas) - Sociedades Primitivas Acéfalas (Sem governos) a) Bando b) Tribo c) Chiefdoms - Sociedades Primitivas Centralizadas (Com governos) a) Cidades-Estados b) Reinos 2) Sociedades Modernas (Economia-Mundo) - Sistemas Imperiais - Sistemas de Estados Nacionais - Sistemas de Blocos Regionais Inter-Nacionais 56
58 Paradigma Crítico da Ciência Política Evolução da Política História da conformação política centralizada Sociedades primitivas (bando, tribo) Escravidão e feudalismo (povo) Capitalismo e socialismo (nação) 57
59 Paradigma Crítico da Ciência Política Evolução da Política A Origem da Política é a desigualdade 1) A esfera da política começa onde termina o grau de parentesco. 2) A origem da política há de se buscar na desigualdade, 2.1) Inicialmente biológica (parentesco) 2.2) Gradualmente econômica e social A Origem do Estado é a desigualdade e ele reproduz desigualdade 1) O Estado, como encarnação da política, é instrumento de domínio social (visão intra-nacional) 2) O Estado é instrumento de ampliação das assimetrias na esfera mundial (visão inter-nacional) Estado = Domínio de Classe = Desigualdade 58
60 A Origem da Política é a desigualdade POLÍTICAS PÚBLICASP Paradigma Crítico da Ciência Política Evolução da Política O desenvolvimento econômico e político desigual dos grandes países capitalistas tem sido, nos últimos três séculos, o ingrediente básico da política internacional 1) A esfera da política começa onde termina o grau de parentesco. 2) A origem da política há de se buscar na desigualdade, 2.1) Inicialmente biológica (parentesco) 2.2) Gradualmente econômica e social A Origem do Estado é a desigualdade e ele reproduz desigualdade Exemplos 1) O Estado, como encarnação da política, é instrumento de domínio social - Pactos (visão intra-nacional) Coloniais 2) O Estado é instrumento de ampliação das assimetrias na esfera mundial - Novo (visão Colonialismo inter-nacional) (Imperialismo) - I e II Guerra Mundial Estado - Guerra = Fria Domínio de Classe = Desigualdade 59
61 60
62 CONTEXTO HISTÓRICO DE FORMAÇÃO DA FILOSOFIA E DAS CIÊNCIAS POLÍTICAS TEORIAS DO PENSAMENTO POLÍTICO MODERNO TEORIAS DO PENSAMENTO POLÍTICO CONTEMPORÂNEO 61
63 Enfoques da Análise Política Contemporânea 62
64 Max Weber 63
65 MAX WEBER O Estado é a instituição política que, dirigida por um governo soberano, reivindica o monopólio do uso legítimo da força física em determinado território, subordinando os membros da sociedade que nele vivem. Max Weber ( ) ORIGEM DO ESTADO Muitas sociedades se desenvolveram sem que tivessem o Estado instituído. No entanto, com o aprofundamento da divisão social do trabalho, certas funções político-administrativas e militares acabaram sendo assumidas por um grupo específico de pessoas. Este grupo passou a deter o poder e a impor normas à vida coletiva. Surge o governo. Nasce o Estado. 64
66 MAX WEBER O Estado é a instituição política que, dirigida por um governo soberano, reivindica o monopólio do uso legítimo da força física em determinado território, subordinando os membros da sociedade que nele vivem. ORIGEM DO ESTADO BUROCRACIA RACIONALIDADE DA MÁQUINA PÚBLICA Max Weber ( ) LIDERANÇA Muitas sociedades se desenvolveram sem que tivessem o Estado instituído. No entanto, com o aprofundamento da divisão social do trabalho, certas funções político-administrativas e militares acabaram sendo assumidas por um grupo específico de pessoas. Este grupo passou a deter o poder e a impor normas à vida coletiva. Surge o governo. Nasce o Estado. 65
67 66
68 Teoria Pluralista das Ciências Políticas
69 Pluralismo nas Ciências Políticas 1) O poder esta disperso em toda a sociedade, ele não é hierárquico e estruturado de forma competitiva. VISÃO MAXIMALISTA DA DEMOCRACIA 2) Havendo pluralidade de pontos de pressão, surgem várias formações concorrentes de linha política e vários centros de tomada de decisão. 3) Muitos centros de poder. => Existem interconexões entre a competição eleitoral e atividades de grupos de interesses organizados (associações comunitária, partidos políticos, grupos étnicos, religiosos, sindicatos, organizações comerciais e outros) 68
70 Robert Dahl 69
71 Distintas Visões sobre a Democracia Como fogo, a pintura ou a escrita, a democracia parece ter sido inventada mais de uma vez, em mais de um local... depende das condições favoráveis Robert Dahl Grécia 500 a.c - demos, "povo", e kratos, governar - autoridade Em Atenas: cidade-estado + famosa (200 anos de duração) Democracia direta (eleitos por sorteio espécie de loteria) Democracia elitista (só os cidadãos participavam)» Muitos ficavam excluídos (mulheres, estrangeiros, crianças, escravos...) Roma Res (coisa ou negócio) + públicus (público) = coisa pública e negócios do povo Noruega Assembléias Locais: Vikings (Noruega primeira experiência no ano 900 d.c Escandinávia). Só os homens livres participavam. Cidades italianas Veneza, Florença (Renascimento) EUA: Federalistas: apoio à Constituição norte-americana Democracias Modernas: Surgem com os estados nacionais: Inglaterra, Países Baixos, Suíça e no norte do Mediterrâneo 70
72 Robert Dahl POLIARQUIA 1)Etimologia: muitos governantes 2) Poliarquia se opõe à oligarquia 3) Visão pluralista sobre a democracia - Diferentes etapas comparativas 4) Pilastras da Poliarquia -Contestação -Participação 71
73 Robert Dahl POLIARQUIA Eixo da Contestação CONTESTAÇÃO POLIARQUIA Política PARTICIPAÇÃO Eixo da Participação
74 Robert Dahl POLIARQUIA O poder esta disperso entre vários grupos da sociedade, com força diferente, representando interesses diversos, e o processo de intercâmbio desses interesses se realizam através dos organismos governamentais.
75 Robert Dahl CARACTERÍSTICAS DA POLIARQUIA A) Cargos eletivos para o controle das decisões políticas; B) Eleições livres, periódicas e imparciais; C) Sufrágio inclusivo; D) Direito a ocupar cargos públicos no governo; E) Existência e proteção por lei de variedade de fontes de informação; F) Direito de constituir associações e organizações autônomas, partidos políticos e grupos de interesse.
76 Robert Dahl Instituições de uma democracia real 1) Essenciais: a) Subordinação militar ao poder civil b) Cultura política democrática c) Inexistência de controle exterior hostil à democracia 2) Favoráveis: a) Economia de mercado b) Falta de outras vias políticas que sejam plurais
77 Robert Dahl Trajetória evolutiva da democracia no mundo 1860=> 1 país de => 6 países de => 19 países de => 37 países de => 75 países de 192
78 Robert Dahl A democracia poliárquica Significa governo de muitos, com seis instituições democráticas a) Funcionários eleitos b) Eleições livres, justas e freqüentes c) Liberdade de expressão d) Fontes de informação diversificadas e) Autonomia para as associações f) Cidadania inclusiva 77
79 Habermas 78
80 Habermas Democracia liberal (representativa) Teoria clássica do século XVIII e XIX Visão limitada da participação cidadã (indireta) Democracia Deliberativa ou Participativa (Participação direta) Valorizada pela análise crítica de Habermas Contribuições à III geração da escola de Frankfurt Conceito de ESFERA PÚBLICA Centralidade dos canais relacionais de comunicação Críticas Quanto maior o número significa, melhor a democracia? Discuta a eficiência do Orçamento Participativo 79
81 David Easton Análise Sistêmica 80
82 Análise Sistêmica * * Partidos políticos = gatekeepers 81
83 Teoria Elitista das Ciências Políticas
84 Teoria Elitista das Ciências Políticas - Gaetano Mosca - Vilfredo Pareto - Robert Michels - - Alois Schumpeter
85 Elite: grupo social superior Teoria das Elites: Existência de uma nata de pessoas dirigentes, representativas de uma minoria, destinadas a liderança. VISÃO MINIMALISTA SOBRE A DEMOCRACIA 84
86 Em qualquer sociedade, grupo, época ou lugar haverá sempre uma elite que por seus dons, competências, e recursos terminará por se destacar, deter o poder e dirigir uma minoria (Grynszpan, Mario. Ciência, política e trajetórias sociais: uma sociologia histórica da teoria das elites. Rio de Janeiro: Editora FGV, p. ) 85
87 Gaetano Mosca 86
88 Gaetano Mosca Havia sempre duas classes de pessoas Dirigidas e Dirigentes» Distinção entre elas: organização Dirigentes destacavam-se por possuir atributos valorizados em termos sociais: - Força Física - Contato com divindades - Saber - Riqueza (...) 87
89 Eleitor opta sempre por um conjunto de candidatos promovidos por grupos elitistas representante se impunha Classe dirigente não se sustenta no poder apenas na base da força: Deve ter algum princípio Religioso Moral Legal 88
90 Importância da Democracia: 1) Princípios de igualdade entre homens e soberania popular não são possíveis na prática. 2) DEMOCRACIA: - Forma de renovar dirigente: - Essencial para o progresso das sociedades => impede a ossificação 89
91 Vilfredo Pareto 90
92 Vilfredo Pareto 1) Existe em todas as esferas indivíduos que se destacam dos demais (qualidades superiores) 2) As elites não são eternas: Existe uma renovação Teoria da Circulação das Elites - Quando cessa a circulação acontece a degeneração da elite: => Elite com elementos de qualidade inferior 91
93 Homens não estão igualmente distribuídos na escala social Pequena minoria Alguns intermediários Grande maioria 92
94 O Caráter da elite que define a qualidade da sociedade Sociedade Ideal A circulação das elites garantiria que os mais aptos chegassem ao topo, pelas capacidades» Sociedade Ideal NÃO existe Sociedade Real Princípios de seleção não ocorrem exclusivamente pela competência.» Exemplo: Hereditariedade 93
95 Robert Michels 94
96 Democracia Robert Michels 1) Democracia enquanto ordem organizada Não se concebe democracia sem organização:» Haverá sempre quem detenha mais poder que a maioria: é inerente à organização social» A organização é a fonte de onde nasce a dominação dos eleitos sobre os eleitores, dos mandatários sobre os mandantes, dos delegados sobre os que delegam. Quem 95 diz organização diz oligarquia
97 Democracia Robert Michels 1) Lei de Ferro da Oligarquia 1.1) Análise das alianças políticas» Lógica tendencial do poder político é migrar para o centro, indistintamente das ideologias.» A lógica política da democracia obedece a uma lei de ferro da oligarquia 96
98 Democracia Robert Michels 1) Lei de Ferro da Oligarquia 1.2) Análise da representação do poder Situação ideal: Lideres devem responder pelos anseios dos liderados X Situação real: Líderes fazem valer interesses próprio Sempre os líderes, nunca as massas exercem o poder Tendência intrínseca à política: Lei de Ferro da Oligarquia 97
99 Joseph Alois Schumpeter 98
100 Schumpeter traz uma estrutura nova de raciocínio político a) Superação da doutrina clássica sobre democracia representativa-contratualista do século XVIII => nega dois conceitos: vontade geral, bem comum b) Avança as discussões da doutrina elitista a partir da analogia aos mercados econômicos => Democracia deve ser entendida como um método de seleção de líderes políticos => Democracia é um meio de competição pela liderança política democracia é a competição entre as elites. 99
101 O método democrático é aquele acordo institucional para se chegar a decisões políticas em que os indivíduos adquirem o poder de decisão através da luta competitiva pelos votos da população (Schumpeter, 1961) 100
102 Principais analogias entre economia e política a) Mercado Econômico => Mercado Política Oligopólios b) Oferta x Demanda => Políticos x Eleitores c) Inovação econômica=> Inovação Eleitoral Concorrência pela Diferenciação democracia é a competição entre as elites. 101
103 TEORIA ECONÔMICA DA DEMOCRACIA Anthony Downs Mancur Olson James Buchanan
104 Análise Racional na Ciência Política Uso de Rational Choice. - Princípio da racionalidade econômica aplicada à política - Oferta e demanda=> Sistema político Explicação política baseada em: - Modelos - Simulações Arena política torna-se um jogo político - Atores políticos transformam-se em agentes políticos 103
105 Análise Racional na Ciência Política 1) Os agentes políticos se comportam de forma igual aos agentes econômicos buscando maximizar seus interesses pessoais 2) Tomada de decisão é racional: SISTEMA POLÍTICO» Há uma perfeita analogia entre mercado e política.» Os partidos políticos e os eleitores, à semelhança de empresários e consumidores, atuam racionalmente» Os partidos calculam a trajetória e os meios de sua ação para maximizar seus votos ou lucros» Os eleitores, da mesma forma, procuram maximizar suas vantagens, ou seja, suas utilidades. A racionalidade política é sine qua nom de todas as formas de comportamento político. - Os benefícios devem sempre superar os custos. - Adota-se sempre o caminho mais razoável quem toma a decisão política 104
106 Análise Racional na Ciência Política 1) Os agentes políticos se comportam de forma igual aos agentes econômicos buscando maximizar seus interesses pessoais 2) Tomada de decisão é racional: SISTEMA POLÍTICO» Há uma perfeita analogia entre mercado e política.» Os partidos políticos e os eleitores, à semelhança de empresários e consumidores, atuam racionalmente» Os partidos calculam a trajetória e os meios de sua ação para maximizar seus votos ou lucros» Os eleitores, da mesma forma, procuram maximizar suas vantagens, ou seja, suas utilidades. A racionalidade política é sine qua nom de todas as formas de comportamento político. - Os benefícios devem sempre superar os custos. - Adota-se sempre o caminho mais razoável quem toma a decisão política 105
107 Análise Racional na Ciência Política ANÁLISE POLÍTICA As teorias de escolha racional representam uma obra de engenharia política. Não se prestam a trazer qualquer acréscimo a teoria democrática. => Fazem análise da conjuntura estadunidense. A teoria reduz o cidadão ao típico homem burguês => Mero consumidor e maximizador de suas utilidades 106
108 Análise Racional na Ciência Política ANÁLISE POLÍTICA A análise do processo político utiliza o ferramental microeconômico neoclássico: Os políticos são como indivíduos que agem somente para conseguir renda, poder ou prestígio derivado do exercício de cargos públicos. Os eleitores tendem a ser ignorantes nos assuntos do governo ou apenas desinteressados.» A política tende a funcionar a favor dos segmentos sociais bem organizados e bem posicionados em termos de renda. A lógica racional da ação coletiva favorece a organização de poucos grupos dotados de recursos materiais e coercitivos em detrimento de uma maioria de interesses difusos que permanecem desorganizados.» Quanto maior a importância das organizações privadas na intermediação do confronto político, tanto mais a liberdade individual será sacrificada» Grandes grupos de interesse tendem a ser dominados pela oligarquia que representa 107 sobretudo a sí mesma, não aos interesses da coletividade
109 108
RI Curso de Ciências Políticas
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