Teoria da Democracia e Representação política
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- Maria das Dores Tavares Valverde
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1 Teoria da Democracia e Representação política 1
2 Estado Contemporâneo Toma decisões para o conjunto da sociedade e dispõe de meios para torná-las imperativas a todos. Por essa razão, sua estrutura de comando é foco de intensa disputa de diversos interesses que possam ser afetados pelas decisões políticas: Monopoliza o uso legítimo da força; Toma decisões que requerem obediência de todos os habitantes do território; Constituído de postos de comando e por um estrutura administrativa ocupada por membros da sociedade.
3 Elitismo Sociedade é composta de uma elite e uma nãoelite (Pareto); Elite são aqueles que possuem um atributo altamente valorizado e de muita influência na sociedade em que vivem (Mosca): Superioridade intelectual/moral ou herdeiros de quem tem; Classe homogênea e de fácil organização, daí a sua capacidade de domnínio das massas;
4 Elitismo Robert Michels: democracia como utopia. Nem os partidos políticos que advogam a plena democracia na sociedade se organizam internamente desta forma. Os líderes sacrificam-se (tempo e recursos) mas são compensados por mais capacidade de influência; Wright Mills: A elite do poder é composta pelos ocupantes da hierarquia militar/administrativa e empresarial do Estado.
5 Pluralismo Crítica ao Elitismo: procura demonstrar a existência de mais de um único dirigente e que suas decisões são voltadas para interesses compartilhados; Visão mais complexa de grupos que indivíduos participam simultâneamente; Grupos mutáveis nas suas composições e poder político. Interações como um jogo;
6 Críticas ao Pluralismo Não refutabilidade empírica como deficiência que deriva seus pressupostos normativos; Passam ao largo da face oculta do poder; O comportamento político varia de acordo com os tipos de políticas regulatórias/distributivas/redistributivas; Sistema político consociacional refutam os argumentos de que a estabilidade de regimes democráticos dependem de base cultural homogênea e estrutura autônoma de papeis sociais.
7 Marxismo Estado não é a expressão harmônica e abstrata da sociedade, mas sim um produto de contradições políticas. Duas Interpretações principais: Instrumento essencial de dominação de classes; Ideia de autonomia relativa do Estado; Democracia é igualmente distribuída, o capital não é: contradição chave do estado é manter a acumulação lucrativa ao mesmo tempo tentar satisfazer a crescente expectativa popular por democracia.
8 O que é Democracia? Princípio Elementar: todos os membros deverão ser tratados (sob a Constituição) como se estivessem igualmente qualificados para participar do processo de tomada de decisões sobre as políticas que a associação seguirá. Ideia da contínua responsividade do governo às preferências dos cidadãos, considerados politicamente iguais.
9 Critérios Fundamentais Participação Efetiva: oportunidades iguais e efetivas para que os outros membros conheçam sua opinião e posições; Igualdade de Voto: votos contados iguais; Entendimento Esclarecido: cada membro deve ter oportunidades iguais e efetivas de aprender sobre as políticas alternativas importantes e suas prováveis conseqüências; Controle do Programa de Planejamento: as políticas estão sempre abertas para a mudança pelos membros, se assim estes escolherem; Inclusão de Adultos: a maioria dos adultos residentes permanentes devem ter o pleno direito de cidadãos implícitos no primeiro critério.
10 Poliarquia Governo Democrático: formular preferências, expressar estas preferências a seus concidadãos e ter suas preferências igualmente consideradas na conduta do governo. Duas dimensões: inclusividade (pessoas incorporadas ao processo) e liberalização (direito de contestação). Instituições essenciais: Funcionários eleitos; Eleições livres, justas e frequentes; Liberdade de Expressão; Fontes de Informação Diversificadas; Autonomia para as associações; Cidadania Inclusiva.
11 Método Democrático Schumpeter: centrado na questão do método democrático que, segundo ele, é um sistema institucional para tomada de decisões políticas, no qual o indivíduo adquire o poder de decidir mediante luta competitiva pelos votos; O método democrático é a luta pela liderança política em um sistema competitivo; Não existe nenhuma democracia baseada na vontade geral ou que funcione por estes preceitos, que são vagos.
12 Papel das Eleições Três condições nas eleições: um cidadão um voto; voto com peso igual; maior número de votos vence. Visão minimalista: sistema no qual os cidadãos se livram do governo pacificamente (Popper, 1992). Eleições não são suficientes, mas pré-requisito necessário para a democracia; Democracias mais prováveis de sobreviver em países ricos; Quando não há força política dominante; Quando eleitores escolhem governantes pelas eleições.
13 Crise na Representação Igualdade formal de acesso às decisões não resolve os problemas colocados pelas desigualdades reais na sociedade; Problemas como a separação entre governantes e governados; rupturas do vínculo entre a vontade dos representados e dos representantes; Mandato Imperativo (vontade da maioria da base) X Mandato Livre (interesse da totalidade, livre); Razões da Crise: tarefas de legitimação e valorização do capital tendem-se a tornar-se contraditórias.
14 Democracia Deliberativa Crítica à democracia pluralista: incorporam o ideal participacionista, mas apresenta uma nova ênfase no mecanismos discursivos da prática política; Deliberativos buscam superar os limites da tradição liberal em pelo menos três campos: O controle público mais autêntico; A ampliação da igualdade formal; A autonomia política.
15 Democracia Deliberativa Democracia não como o simples método de agregação de preferências individuais já dadas; Igualdade de participação como elemento constitutivo; Autonomia (produção pelos próprios integrantes) como valor fundamental; Habermas: produção de decisões coletivas legítima se preenche os critérios de inclusão e ausência de desigualdade formal e coação: Ação Comunicativa: direcionada para o entendimento mútuo.
16 Democracia Participativa Fundamento: indivíduo e instituições não podem ser consideradas isoladas um do outro; Instituições representativas não são suficientes para democracia; Não vislumbram o retorno da democracia direta, propõe o aprimoramento da representação por meio da qualificação dos cidadãos comuns (processo educativo); Influência Rouseauniana: sensibilidade com as desigualdades da sociedade. Impossível manter a igualdade política em condições de extrema desigualdade material.
17 Democracia Participativa Vertente não contesta a visão de que a maioria das pessoas são desinteressadas, mas ressalta que em potencial todos temos condições para entender e ter papel ativo na gestão dos negócios públicos; Pateman: instrumentos de gestão democrática na vida cotidiana, sobretudo nos locais de trabalho (formas de autogestão). Com o treinamento da participação, o precário accountability da democracia eleitoral se aprimoraria; Macpherson: ampliação da oportunidade de participação como salto de qualidade da representação. Círculo Vicioso: desigualdade gera apatia e a apatia que impede a participação de reduzir a desigualdade.
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