POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 03. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua

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3 AS RELAÇÕES DE PODER ENTRE OS ATORES NAS POLÍTICAS PÚBLICAS Os atores se diferenciam quanto aos seus interesses materiais ou ideais e quanto às suas capacidades e seu poder. Elementos do poder afetam as políticas públicas: Recursos de poder: riqueza, força, informação, conhecimento, prestígio, popularidade, relações sociais, reputação, etc. Habilidades no uso dos recursos de poder; Modos de exercício do poder: persuasão, manipulação, promessas, ameaças, etc. Atitudes dos atores: reconhecimento, percepções e expectativas(reações previstas)

4 1 - Elitistas O poder político é concentrado em uma elite ou classe dirigente, que governa a maioria. A política é o resultado das preferências e valores das elites governamentais (políticos, burocratas, magistrados, etc). A sociedade não define a política pública, os indivíduos em geral são pouco informados, não conhecem suas próprias demandas e as elites moldam as suas opiniões. Porém as elites não podem continuamente impor seus interesses às massas, têm que fazer concessões para permanecer no poder. Caso isso não ocorra, podem ser substituídas por outra elite.

5 AS RELAÇÕES DE PODER ENTRE OS ATORES NAS POLÍTICAS 1 - Elitistas Mosca Michels C.W.Mills Burnham Lowi, Lipsky, Peters Adams e outros Bachrach & Baratz Lukes capacidade de organização +posse de atributos socialmente valorizados a Lei de Ferro da Oligarquia elites organizacionais elite do poder (complexo industrial-militar) os administradores (executivos de corporações) são a elite do poder poder das burocracias Triângulos de ferro duas faces do poder (não-decisão) a terceira face do poder conflitos latentes

6 1 - Elitistas No pensamento elitista, o poder é visto como concentrado nas mãos de uma minoria: elites das diversas organizações burocráticas da sociedade (grandes empresas, universidades, agências governamentais, sindicatos de trabalhadores, partidos políticos, forças armadas, etc.). O poder da elite, por sua vez, baseia-se em fontes variadas: a ocupação de cargos formais, saúde financeira, experiência técnica, conhecimento, reputação de família, etc. Para se perpetuarem, estas elites coordenam suas atividades entre si e cooperam para o desenvolvimento de políticas que beneficiam a maioria. A resolução de conflitos, todavia, se dá entre os donos do poder em arenas restritas, centralizadas, estáveis e formais. O poder da elite é mais perceptível não com relação às decisões tomadas, mas na formação da agenda, quando é capaz de impedir a inclusão, na agenda governamental, de demandas que ameacem os seus interesses.

7 2 - Marx e neo-marxistas Marx/Engels o poder é concentrado; é poder de classe social, pois a classe que domina os meios de produção econômica domina também os demais meios de produção: política, jurídica, etc. o Estado é o comitê executivo dos interesses da burguesia (classe) As políticas públicas expressam a configuração das relações e das lutas de classe em uma dada sociedade. Democracias burguesas o poder político é exercido em nome dos proprietários dos meios de produção (capitalistas) isso define as políticas públicas reproduzem os interesse da acumulação do capital

8 2 - Marx e neo-marxistas Neo-marxistas: POULANTZAS Estado dispõe de autonomia relativa frente à burguesia, podendo adotar políticas contrárias aos seus interesses imediatos para proteger seus interesses de longo prazo. OFFE dependência estrutural do Estado em relação aos interesses de longo prazo do capitalismo (acumulação X legitimação). Tem que adotar políticas que favoreçam a acumulação de capital e extrair recursos da atividade econômica para financiar políticas de bem estra destinadas a assegurar a legitimidade do seu poder.

9 2 - Marx e neo-marxistas No pensamento marxista, o foco recai sobre as instituições básicas da propriedade e as relações objetivas de classe daí resultantes. O poder está nas mãos da classe que se beneficia continuamente destas instituições, e tem o controle dos meios de produção e hegemonia cultural em um determinado período histórico. O Estado não é uma entidade neutra, mas sim um instrumento da classe dominante; e usa não somente instrumentos de repressão, mas também variados recursos ideológicos para atuar como auxiliar do processo de acumulação de capital. Para isso, é capaz de manipular valores visando manter os conflitos em forma latente (não manifesta), fazendo com que os atores desprivilegiados aceitem como sendo favoráveis as decisões que são prejudiciais aos seus interesses, sem perceber esta contradição.

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