FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CARDIOLOGIA UNIDADE DE ENSINO INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL / DISTRITO FEDERAL
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- Manuela Alvarenga Cabreira
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1 FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CARDIOLOGIA UNIDADE DE ENSINO INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL / DISTRITO FEDERAL PROVA TEÓRICA CONCURSO DE SELEÇÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA: ÁREA DE ATUAÇÃO EM ECOCARDIOGRAFIA 2017/2018 NOME DO CANDIDATO: ASSINATURA: INSTRUÇÕES: A grade de resposta, na última folha da prova, é o único documento valido para a correção e classificação. Nela deve ser utilizada somente caneta esferográfica azul ou preta; Não serão entregues os cadernos de provas que deve ser devolvido, obrigatoriamente, junto com a folha de respostas; O gabarito da prova objetiva e a prova serão divulgados no dia 11 de dezembro de 2017, segunda-feira e ficará disponível por 24 horas na página do IC/FUC. Todas as datas e demais informações referentes ao processo seletivo encontram-se no edital disponível na página do IC/FUC Prova com 30 questões /12 páginas BOA PROVA! 1. Quanto à fibrilação atrial e anticoagulação é correto afirmar que: a) O escore de HAS-BLED utilizado para avaliar o risco de sangramento com o uso de anticoagulação apresenta o mesmo valor preditivo em pacientes em uso de warfarin ou de novos agentes antitrombóticos. b) Estenose valvar mitral em pacientes com fibrilação atrial não aumenta o risco de AVC isquêmico. c) Quando indicada a anticoagulação com warfarin, o risco de complicações hemorrágicas maiores é de 1 a 2% ao ano, sendo o principal preditor de risco RNI maior do que 3. d) Estudos recentes têm demonstrado igual eficácia no uso dos novos anticoagulantes orais e warfarin em pacientes com fibrilação atrial de etiologia valvar e não valvar. e) Aspirina está indicada para prevenção de AVC nos pacientes com fibrilação atrial, quando estes apresentam baixo risco de complicações tromboembólicas (CHA2DS2-VASc escore de 1). 1
2 2. Quanto aos tumores e massas intracardíacas é correto afirmar que: a) Os tumores primários cardíacos são mais frequentes do que os secundários ou metastáticos. b) Os sarcomas são o tipo mais comum de tumores cardíacos primários malignos, sendo o angiossarcoma o mais frequente e com localização preferencial no lado direito do coração. c) O fibroelastoma papilar localiza-se preferencialmente na valva aórtica, tem aspecto móvel, pedunculado e ecodenso, tendo menos de 2 cm. Apresenta risco de ocasionar fenômenos embólicos e, uma vez ressecado, tem alto risco de recidiva. d) O mixoma atrial é o mais frequentes dentre os tumores benignos e está localizado na maioria das vezes no átrio esquerdo, sendo mais frequentes em homens do que em mulheres (3:1). e) Na presença de metástases cardíacas o envolvimento mais comum ocorre no pericárdio (69%), seguido pelo endocárdio e miocárdio. 3. Com relação à endocardite é correto afirmar que: a) Lesões valvares estenóticas estão mais predispostas ao desenvolvimento de endocardite do que as lesões valvares regurgitantes. b) O risco de desenvolvimento de abscesso perivalvar em valva aórtica bicúspide, como complicação de endocardite, é o mesmo que em valva aórtica tricúspide. c) São fatores de risco para o desenvolvimento de complicações perivalvares da endocardite a presença de prótese valvar, envolvimento da valva mitral e infecção por estafilococos aureus. d) Acidente vascular cerebral e outras complicações embólicas da endocardite são mais comuns em pacientes com menos de 65 anos. e) Nenhuma das acima está correta. 4. De acordo com o Guidelines da ESC 2016, com relação ao manejo da fibrilação atrial é correto afirmar que: a) Em pacientes com ataque isquêmico transitório (AIT) ou acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico é recomendado o screening para fibrilação atrial através de eletrocardiograma (ECG) de repouso convencional, seguido por monitorização eletrocardiográfica contínua por no mínimo 24h. b) Ecocardiograma transesofágico é recomendado em todos os pacientes com fibrilação atrial (classe I). c) Anticoagulação com heparina ou heparina de baixo peso molecular é recomendada imediatamente após o quadro de AVC isquêmico nos pacientes com fibrilação atrial (Classe IIa). d) Em pacientes com AVC isquêmico e fibrilação atrial, anticoagulação oral e terapia antiplaquetária associada é recomendada. e) Em pacientes com fibrilação atrial e ataque isquêmico transitório, anticoagulação oral deve ser iniciada 1 dia ou 24h após o evento. 2
3 5. De acordo com o Guidelines da ESC 2016 sobre Tratamento de Câncer e Toxicicidade Cardiovascular é correto afirmar: a) Radioterapia mediastinal não está associada ao aumento de risco de desenvolvimento de doença arterial coronariana. b) O acompanhamento de cardiotoxicidade está indicado somente durante o período de administração da quimioterapia ou radioterapia, pois o risco de complicações tardias, após o término do tratamento, é baixo. c) Pacientes tratados com antraciclinas devem ser monitorados regularmente com ECG pelo alto risco de desenvolvimento de isquemia miocárdica, tendo como fator etiológico principal vasoespasmo. d) Agentes quimioterápicos não afetam diretamente as valvas cardíacas. Entretanto radiação, envolvendo o coração, induz a lesões valvares, afetando cerca de 10% dos pacientes. e) Nenhuma das anteriores está correta. 6. Em relação ao tromboembolismo pulmonar, analise as afirmações a seguir: I. A embolia pulmonar maciça ocorre em 5-10 % dos casos e hipotensão arterial sistêmica está frequentemente associada. II. III. IV. Após suspeita clínica de tromboembolismo pulmonar e realização de anamnese, exame físico, oximetria, eletrocardiograma e Rx de tórax, pacientes com alta probabilidade clínica devem realizar TC de tórax para confirmação diagnóstica. Os achados ecocardiográficos são normais em aproximadamente metade dos pacientes com embolia pulmonar aguda. Portanto, ecocardiograma não é recomendando como teste diagnóstico de rotina nesses casos. Os principais componentes para estratificação de risco são evolução clínica, função/tamanho do ventrículo direito e análise de biomarcadores cardíacos e devem ser usados como ferramenta para definir conduta terapêutica. V. Ventrículo direito com hipocinesia moderada a importante, hipertensão pulmonar persistente, forame oval patente, trombo móvel no interior do átrio direito ou ventrículo direito são fatores associados com alto risco de morte ou tromboembolismo de repetição. Das afirmações acima, quais estão corretas: a) Apenas I e II b) Apenas IV e V c) Apenas I, III e V d) Apenas II, IV e V e) Todas estão corretas 3
4 7. Sobre a estratégia terapêutica para embolia pulmonar, está incorreto: a) Em pacientes com intermediária ou alta probabilidade clínica para embolia pulmonar aguda, a anticoagulação parenteral deve ser iniciada somente após confirmação diagnóstica. b) A heparina não fracionada é recomendada para pacientes candidatos à reperfusão primária. Esta recomendação está baseada na sua meia vida curta e a rápida reversão dos efeitos anticoagulantes pela protamina. c) Os resultados de estudos usando novos anticoagulantes orais no tratamento de tromboembolismo venoso indicam que esses agentes não são inferiores (em termos de eficácia) e possivelmente mais seguros (em termos de sangramento maior) que o tratamento com heparina e antagonista da vitamina K. d) O tratamento com reperfusão primária, principalmente uso de trombólise sistêmica, é o tratamento de escolha para pacientes com embolia pulmonar de alto risco que apresentam choque ou hipotensão. e) Em pacientes com embolia pulmonar secundária a fator de risco transitório (reversível), a anticoagulação é recomendada por 3 meses. 8. Todas as afirmativas a seguir sobre os fatores de risco de morte súbita cardíaca na miocardiopatia hipertrófica são verdadeiras, exceto: a) História familiar de miocardiopatia hipertrófica com morte súbita identifica paciente de risco muito alto. b) Foram identificadas mutações específicas que preveem risco maior de morte súbita. c) A ausência de taquicardia ventricular não sustentada na monitorização por Holter é um indicador de bom prognóstico. d) A gravidade do gradiente do trato de saída se correlaciona consistentemente com o risco de morte súbita. e) O grau de sintomas e de limitação funcional não se correlaciona com o risco de morte súbita. 9. De acordo com as diretrizes de 2017 da American Society of Echocardiography para avaliação não invasiva de regurgitações valvulares, são critérios específicos para regurgitação mitral grave todos os abaixo, exceto: a) Vena contracta >= 0,7 cm b) Volume regurgitante ml c) Flail de folheto da válvula mitral d) Fluxo sistólico reverso nas veias pulmonares e) Dilatação do ventrículo esquerdo com função sistólica normal 4
5 10. Hipertensão pulmonar é um distúrbio fisiopatológico que pode envolver múltiplas condições clínicas. Em relação a este assunto, analise as afirmações a seguir: I. A prevalência da hipertensão pulmonar em pacientes com insuficiência cardíaca aumenta com a piora da classe funcional. Mais de 60 % dos pacientes com disfunção sistólica importante e mais de 70 % dos pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada podem apresentar hipertensão pulmonar. II. III. IV. Hipertensão pulmonar é definida como pressão arterial pulmonar média 25 mmhg ao repouso avaliada pelo cateterismo cardíaco direito. O ecocardiograma deve indicar o nível da probabilidade de hipertensão pulmonar, baseado no pico da velocidade da regurgitação tricúspide em repouso e na presença de variáveis ecocardiográficas sugestivas de hipertensão pulmonar (estimativa da pressão atrial direita, diâmetro da artéria pulmonar, tamanho do ventrículo direito). O indicador prognóstico ecocardiográfico mais importante para hipertensão arterial pulmonar inclui a presença de derrame pericárdico e a severidade da disfunção ventricular direita. Das afirmações acima, qual (is) está (ão) correta(s): a) Apenas II b) Apenas I e II c) Apenas II e IV d) Apenas II, III e IV e) Todas estão corretas 11. Correlacione as colunas com a sequência correta dos sinais clínicos relacionados com regurgitação aórtica crônica grave: (A) Sinal de Musset (B) Sinal de Muller (C) Sinal de Quincke (D) Sinal de Traube (E) Sinal de Landolfi ( ) Pulsação dos capilares subungueais ( ) Pulsação da cabeça ( ) Ruídos sistólicos e diastólicos audíveis na artéria femoral ( ) Pulsação das pupilas ( ) Pulsação da úvula Está correta a sequência da alternativa: a) A-C-B-E-D b) A-E-B-C-D c) C-A-D-E-B d) C-D-E-A-B e) D-A-C-E-B 5
6 12. Assinale a alternativa incorreta a respeito de regurgitação mitral: a) Caracteristicamente, a regurgitação mitral no prolapso valvar mitral com degeneração mixomatosa ocorre durante a meso-telessístole, quando a malcoaptação do folheto é maior. b) Flail valvar mitral ocorre quando a borda do folheto está deslocada para o átrio esquerdo, com mobilidade livre, sendo ocasionado mais comumente por ruptura das cordoalhas marginais, e quase sempre relaciona-se com regurgitação mitral grave. c) O grau de regurgitação mitral pode ser dinâmico quando se comparam condições ambulatorial e intraoperatória, devido à redução da pré-carga e da contratilidade cardíaca durante a cirurgia - o que pode resultar em subestimação do grau de regurgitação se aferida nesse momento. d) Nenhum parâmetro ecocardiográfico isolado é preciso o suficiente para quantificar regurgitação mitral; quando múltiplos parâmetros são concordantes, a gravidade da regurgitação pode ser determinada com alta probabilidade, especialmente nos casos de regurgitações leves e graves. e) Nos casos de jatos de regurgitação mitral muito excêntricos, direcionados para a parede atrial esquerda, a medida da área do jato em geral superestima a gravidade da regurgitação. 13. Considere as seguintes alternativas: I. Prolapso valvar tricúspide ocorre em aproximadamente 20% de todos os pacientes com prolapso valvar mitral. II. A gravidade da regurgitação aórtica correlaciona-se melhor com a intensidade do sopro do que com a duração do mesmo. III. O movimento sistólico anterior (SAM) da válvula mitral, comumente relacionado com miocardiopatia hipertrófica obstrutiva e com hiperdinamicidade do ventrículo esquerdo, ocorre quando a movimentação do folheto anterior excede a do folheto posterior, podendo criar má coaptação dos folhetos e regurgitação direcionada posteriormente no átrio esquerdo. São corretas as alternativas: a) Apenas II b) Apenas III c) I e II d) I e III e) II e III 14. Com relação às anormalidades da função e hemodinâmica cardíacas encontradas na estenose valvar aórtica isolada moderada à grave são feitas as seguintes afirmações: Qual a INCORRETA? a) A PD2 do ventrículo esquerdo (VE) encontra-se elevada. b) O volume diastólico final do VE está elevado. c) Em situação de repouso o Débito cardíaco está preservado. d) O volume sistólico do VE está preservado e) A complacência diastólica do VE está reduzida. 6
7 15. Com relação à avaliação semiológica auscultatória na estenose valvar mitral são feitas as seguintes afirmações. Qual a INCORRETA? a) A presença de uma primeira bulha hiperfonética (B1) indica folhetos com flexibilidade ainda preservada. b) A duração do sopro diastólico é um indicador mais confiável de severidade da estenose, em comparação à intensidade do mesmo. c) Nas estenoses severas ocorre um prolongamento do intervalo entre A2 e o estalido de abertura. d) O som do fechamento da válvula pulmonar (P2) encontra-se hiperfonético, o que indica hipertensão pulmonar associada. e) Na presença de folhetos muito calcificados, a primeira bulha é geralmente suave. 16. Quanto ao tratamento da estenose mitral são realizadas as seguintes afirmações. Qual a CORRETA? a) A valvuloplastia mitral por balão apresenta uma incidência de acidente vascular cerebral em torno de 10%. b) A cirurgia de troca valvar mitral deve ser a opção terapêutica preferida nos pacientes com área valvar mitral inferior a 1,5 cm² e em classe funcional NYHA III-IV. c) A valvuloplastia mitral por balão deve ser considerada em pacientes assintomáticos com área valvar mitral inferior a 1,0 cm² e morfologia valvar favorável (Escore Wilkins-Block < 8). d) Durante a valvuloplastia mitral por balão existe um risco em torno de 15% de ocorrer insuficiência mitral importante, que exige correção cirúrgica. e) A realização do ecocardiograma transesofágico antes do procedimento de valvuloplastia mitral por balão não possui indicação definida, pois mesmo na presença de trombos no átrio esquerdo e apêndice atrial esquerdo, o risco para eventos embólicos durante a manipulação do cateter-balão é baixo. 17. Quanto à avaliação e ao manejo da estenose valvar aórtica é correto afirmar : a) Em estados de baixo fluxo, tanto o cálculo da área valvar como os gradientes transvalvares aórticos podem estar subestimados, mesmo na presença de estenose severa. b) Em pacientes com baixa fração de ejeção \ baixo fluxo, a realização de ecocardiograma de estresse com dobutamina em baixa dose é essencial para diferenciar a estenose verdadeira da pseudoestenose, apesar de não contribuir na estratificação de risco operatório. c) A realização de ecocardiograma com estresse físico (bicicleta supino) é uma alternativa viável ao eco com dobutamina e pode ser utilizada nos casos de estenose valvar aórtica sintomática moderada a grave. d) A presença de reserva contrátil, definida como um aumento superior a 20% no volume sistólico, indica um grupo de pacientes com alta mortalidade peri-operatória, não devendo ser encaminhados para cirurgia de troca valvar aórtica. e) Quando existe discordância entre os achados do Ecocardiograma de repouso área valvar menor que 1,0 cm² com gradiente transvalvar médio menor que 40 mmhg encontrada em pacientes com disfunção contrátil de VE devemos usar o parâmetro do gradiente transvalvar médio para definir a severidade do caso. 7
8 18. Dentre a alternativas abaixo, qual a patologia que não costuma ser fator etiológico para valvulopatia tricúspide: a) Síndrome carcinóide. b) Febre reumática. c) Doença de Marfan. d) Sarcoidose. e) Artrite reumatóide. 19. Assinale a alternativa incorreta: a) Hipertensão diastólica isolada é mais comum em homens e frequentemente está associada ao ganho de peso da meia idade. Sem tratamento com frequência progride para hipertensão sistodiastólica combinada. b) Disfunção erétil (auto-relatada) ocorre em mais da metade dos pacientes hipertensos e é preditor independente de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. c) Hipertensão sistólica isolada é mais comum em homens e frequentemente está associada à insuficiência cardíaca com função sistólica preservada, uma síndrome também mais prevalente em homens. d) Hipertensão (HAS) é um importante fator de risco para AVC e demência, as duas mais temidas complicações do envelhecimento. HAS é responsável por 50% dos AVCs. e) Quanto à hipertensão renovascular de causa aterosclerótica, o declínio progressivo da função renal (nefropatia isquêmica) e hipertensão refratária ao tratamento clínico são duas indicações para intervenção com angioplastia por balão. 20. Em relação ao manejo da Hipertensão arterial sistêmica (HAS) assinale a assertiva incorreta: a) Medicação hipertensiva não é recomendada para hipertensão gestacional (não complicada) estágio I; ela deve ser reservada para hipertensão estágio II (> 160/110 mmhg). Terapia farmacológica em hipertensão materna leve não melhora resultados pré-natais e pode estar associado a retardo de crescimento fetal. b) Todas as drogas anti-hipertensivas são secretadas no leite materno, mas em concentrações baixas, exceto propranolol e nifedipina, que apresentam altas concentrações, por isso (propranolol e nifedipina) devem ser evitadas durante o período de aleitamento materno. c) Triagem para hipertensão secundária é indicada em pacientes com hipertensão de início precoce (< 30 anos), em todos os pacientes com hipertensão refratária, adrenal incidentaloma ou achados que sugiram patologias específicas na avaliação de rotina inicial. d) Para pacientes com insuficiência renal crônica não proteinúricos o objetivo dos níveis de pressão arterial é < 140/90 mmhg e em pacientes com insuficiência renal crônica proteinúricos o objetivo passa a ser < 130/90 mmhg. e) Em relação à terapia com diuréticos tiazídicos, a hidroclorotiazida mostrou ser superior à clortalidona. 8
9 21. Sobre o seguimento tardio após correção da coarctação da aorta, considere as assertivas abaixo. I. Cafaléia persistente indica a necessidade de avaliação neurológica para diagnóstico de aneurisma do polígono de Willis. II. Degeneração, fibrose e calcificação valvar aórtica são frequentes complicações de valva aórtica bivalvular associada à coarctação da aorta. III. Aortopatia da aorta ascendente é uma complicação tardia. Quais são corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e II e) I, II e III 22. Que conjunto de condições, dentre os abaixo, apresenta desdobramento amplo e muitas vezes fixo de segunda bulha na área pulmonar? a) Hipertensão pulmonar / drenagem venosa pulmonar anômala total / estenose pulmonar b) Comunicação interatrial / hipertensão pulmonar / tronco arterial comum c) Estenose pulmonar / bloqueio do ramo direito / tronco arterial comum d) Bloqueio do ramo direito / drenagem venosa pulmonar anômala total / estenose pulmonar e) Tronco arterial comum / comunicação interatrial / estenose aórtica severa 23. Qual a situação de alto risco para gestantes? a) Prótese valvar mecânica b) Estenose pulmonar severa c) Coarctação da aorta não corrigida d) Cardiopatia congênita cianótica com cirurgia paliativa e) Hipertensão pulmonar significativa 24. A ausculta clássica da tetralogia de Fallot é a de um sopro sistólico ejetivo no 2o e no 3o espaço intercostal esquerdo. O segundo ruído é único e de intensidade aumentada. Qual a gênese do sopro? a) Insuficiência da valva tricúspide b) Comunicação interventricular c) Dextroposição da aorta d) Artérias colaterais sistêmico-pulmonares e) Estenose pulmonar 9
10 25. O fluxo sanguíneo através de uma comunicação interatrial isolada não complicada ocorre: a) Na sístole e na diástole, sendo maior na última. b) Na sístole e na diástole, sendo maior na primeira. c) Somente na sístole, da esquerda para a direita. d) Somente na diástole, da esquerda para a direita. e) No início da diástole, da direita para a esquerda. 26. Em relação à anatomia do pericárdio, é incorreto afirmar: a) O pericárdio parietal é predominantemente acelular - contendo fibras de colágeno e elastina. b) O espaço pericárdico tem normalmente até 50 ml de líquido seroso. c) O átrio esquerdo é predominantemente intrapericárdico. d) A única estrutura não cardiovascular associada com o pericárdio é o nervo frênico. e) O pericárdio parietal tem adesões ao diafragma, esterno e outras estruturas. 27. São achados ecocardiográficos no tamponamento cardíaco, exceto: a) Veia cava inferior dilatada b) Variação respiratória exagerada nos fluxos valvares c) Colapso diastólico precoce do ventrículo esquerdo d) Colapso diastólico tardio do átrio direito e) Deslocamento do septo interventricular durante a inspiração 28. Em relação à abordagem de pacientes com dor torácica admitidos na emergência estão corretas, exceto: a) Na admissão de pacientes com dor torácica por possível síndrome coronária aguda (SCA), com eletrocardiogramas seriados normais e enzimas negativas após um período de observação inicial de 6-12 horas, e na ausência de recorrência da dor, a realização de um teste precoce provocativo de isquemia miocárdica deve ser desencorajado, devido ao risco de complicações clínicas relacionadas ao mesmo. b) Na liberação do departamento de emergência de pacientes de baixo risco para SCA, um teste ambulatorial provocativo de isquemia miocárdica realizado em até 72 horas é uma conduta razoável, sendo prudente a prescrição de AAS e betabloqueador até o mesmo ser reavaliado pelo médico responsável. c) Transportar um paciente de sua residência para o departamento de emergência em um veículo privado é considerado uma conduta aceitável se a ambulância da equipe de emergência demorar mais do que minutos para chegar ao local do atendimento inicial. d) Na admissão do paciente, um ECG completamente normal não exclui o diagnóstico de SCA. Entretanto, esses pacientes apresentam um melhor prognóstico, havendo um valor preditivo negativo entre 80-90% para o diagnóstico de SCA, independente do ECG ser realizado durante a dor torácica. e) Elevações de troponina podem ser encontradas em outras situações além da SCA, como em miocardites, contusão cardíaca, cardioversão elétrica/desfibrilação, insuficiência cardíaca, crise hipertensiva, exercício extremo, TEP, insuficiência renal crônica e sepse. 10
11 29. Em ralação ao infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMSST) estão corretas, exceto: a) Em cerca de 20 minutos de evolução a injúria miocárdica inicia-se, usualmente com necrose completa ocorrendo em cerca de 6 horas, a menos que reperfusão ou colaterais estejam presentes. b) Cerca de 50% dos pacientes com IAMSST de parede inferior tem o envolvimento do ventrículo direito, sendo muito raro o seu envolvimento isolado. Além disso, por ter paredes menos espessas em relação ao ventrículo esquerdo, o ventrículo direito não é capaz de sustentar longos períodos de isquemia, sendo a sua recuperação contrátil infrequente após o seu envolvimento. c) Embora infrequente, o IAM atrial ocorre em cerca de 10% dos pacientes quando o segmento PR é usado com critério diagnóstico, podendo ocorrer em conjunto com infarto do ventrículo direito. Pode evoluir para ruptura de sua parede (mais frequente à direita), arritmias atriais e redução da secreção de peptídeo natriurético atrial. d) IAMSST de pacientes com coronárias sem lesões à angiografia tende a ser em indivíduos mais jovens e com menos fatores de risco, exceto pela maior prevalência de tabagismo. e) Uma quarta bulha cardíaca (B4) é quase que universalmente presente em pacientes com IAMSST em ritmo sinusal, porém apresenta baixo valor diagnóstico pelo fato de também poder ocorrer em indivíduos saudáveis com mais de 45 anos e em portadores de doença coronária crônica. 30. Em ralação ao infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMSST) estão corretas, exceto: a) O uso de um fibrinolítico é razoável quando o tempo de transporte para o hospital referenciado for muito longo (60-90 min ou mais) e se um médico capacitado para o seu uso estiver presente na equipe. b) Os betabloqueadores podem reduzir o tamanho do infarto e o risco de arritmias graves. Entretanto, o seu uso precoce deve ser reservado para pacientes com IAM em Killip I ou II. c) Em pacientes sem instabilidade hemodinâmica, e mesmo quando for tecnicamente viável, a ACTP de um vaso não relacionado ao IAM não deve ser realizada de rotina. d) Embora as heparinas de baixo peso molecular (enoxaparina) não sejam suficientemente validadas como adjuvantes à ACTP primária, alguns autores recomendam o seu uso na dose de 0,5 mg/kg no ato do procedimento. e) Embora todos os antiplaquetários inibidores da P2Y12 sejam igualmente recomendados em combinação com a ACTP primária, e sendo o clopidogrel o mais utilizados deles, alguns estudos demonstram superioridade de outros antiplaquetários sobre este. O prasugrel, por exemplo, demonstrou uma redução do risco de trombose do stent. 11
12 ÁREA DE ATUAÇÃO EM ECOCARDIOGRAFIA Ano 2017/2018 NOME DO CANDIDATO: ASSINATURA: Questão nº A B C D E
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