Mídia e Comunicação Cenário e desafios para a democracia e a liberdade de expressão. Veridiana Alimonti, integrante do Intervozes
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- Madalena Weber Bacelar
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1 Mídia e Comunicação Cenário e desafios para a democracia e a liberdade de expressão Veridiana Alimonti, integrante do Intervozes
2 Premissas fundamentais Pertence aos cidadãos, não é um direito reservado especialmente para qualquer meio de comunicação. Depende da não interferência pública e privada E da garantia a todos e todas de iguais condições de exercício desta liberdade, sem diferenciação Implica responsabilidades ulteriores Não tem caráter absoluto, deve ser sempre sopesada com outros direitos fundamentais.
3 Marco internacional (I) DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Artigo 19 - Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão.
4 Constituição Federal artigo 5º, direitos fundamentais: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença Art A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. (segue)
5 Constituição Federal (II) 3º - Compete à lei federal: I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada; II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente. 4º - A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapia, estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso. 5º - Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio. 6º - A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.
6 Cenário brasileiro - elementos CENTRALIDADE DA MÍDIA (e da televisão) Meios de comunicação como espaço de circulação de valores e pontos de vista Relação umbilical com a democracia Televisão como meio central de comunicação lpresente em mais de 98% dos municípios (Mídia Dados 2014) ldentro de 98% dos domicílios (TIC Domicílios)
7 Cenário brasileiro - elementos CENTRALIDADE DA TELEVISÃO [Pesquisa Brasileira de Mídia 2015 SECOM] l73% dos entrevistados assistem TV todos os dias da semana lpor que assistem? 79% para me informar/saber das notícias e 67% para me divertir/ como entretenimento l72% possuem TV aberta, 26% TV paga e 23% antena parabólica
8 Cenário brasileiro - elementos
9 Cenário brasileiro - elementos CONCENTRAÇÃO: MERCADO PUBLICITÁRIO 56% do investimento publicitário para TV aberta (Ibope Monitor/dez 2014) TV continua com pouco mais da metade da distribuição dos investimentos em mídia. TV paga gira em torno de 8% e Internet caiu de 6% para 4% de 2013 para 2014 Mídia impressa está em segundo lugar, com cerca de 20% dos gastos publicitários Globo concentra a maior parte das verbas da TV aberta (em 2010 representou 76% - Globo apud Cade, 2011)
10 Cenário brasileiro - elementos AUDIÊNCIA HORÁRIO NOBRE (18h às 00h) Mídia Dados 2015 Globo 42,28% Record 12,09% SBT 12,09% Band 4,9% RedeTV 1,74% Outros 26,9%
11 Cenário brasileiro - elementos CONCENTRAÇÃO Monopólio/Duopólio municípios (Globo está em mais de 5,4 mil; SBT em 4,7 mil) Propriedade cruzada exemplo RJ Quatro conglomerados controlam 70% dos veículos (Görgen, 2009) Globo, Igreja Universal, SBT e Band Apenas 7% da programação das afiliadas é regional e local (Obs. Dir. à Com, 2009) Prevalência absoluta de produção própria
12 Cenário brasileiro - elementos CONCENTRAÇÃO Ausência de regulação e controle Ministério das Comunicações não tem elementos e não pratica o controle Inexistência de órgão regulador CADE tem atuação esporádica e pontual
13 Cenário brasileiro - elementos POR QUE COMBATER A CONCENTRAÇÃO? Menor número de fontes de informação Redução da pluralidade de conteúdos Decréscimo da liberdade de expressão Afeta a democracia
14 Cenário brasileiro - elementos O mercado de televisão, por seus próprios meios, não gera diversidade e pluralidade. Ao contrário
15 Marco regulatório no Brasil (I) Código Brasileiro de Telecomunicações 1962 Objetivos de autorizar Embratel e criar regras para operação de rádio e TV Comunicação como negócio, não como direito Pluralismo e diversidade termos ausentes, conceitos ignorados Consolidação do sistema privado Constituição de 1988 Capítulo específico Cinco artigos Aspectos fundamentais não regulamentados Lei /2011 Serviço de Acesso Condicionado
16 Marco regulatório no Brasil (II) Diversas propostas de modificação desde Oportunidade desperdiçada em 1997 separação de telecomunicações e radiodifusão Problemas graves: Não promove o pluralismo e a diversidade; Não responde à convergência de mídias; Não respeita a Constituição; Está desalinhado com os padrões internacionais; Representa valores arcaicos. Condição para ampliar a liberdade de expressão
17 Marco regulatório no Brasil (III) CONCENTRAÇÃO TIPOS E LIMITES ATUAIS Horizontal mesma atividade, mesmo mercado Não se pode controlar mais que 10 emissoras de TV, sendo 5 em VHF e 2 por estado Não se pode ter outorgas para o mesmo serviço na mesma localidade Vertical diferentes atividades, mesmo mercado Cruzada diferentes mercado (televisão + rádio + jornal) Radiodifusão/produção/programação vs prestadoras de telecomunicações (incluindo SeAC)
18 Desafios MEDIDAS NECESSÁRIAS Controle por faturamento publicitário e audiência Limite à formação de redes Controle sobre os contratos de afiliação Combate ao cumprimento criativo da norma (ex. outorgas de outras localidades, uso de parentes e laranjas, contratos de gaveta) Regionalização Produção independente
19 Desafios MEDIDAS NECESSÁRIAS Complementaridade dos sistemas público, privado e estatal Direito de resposta Direito de antena (ex. Partidos políticos) Fim do arrendamento e transferências Fim da criminalização das rádios comunitárias Combate à violação de direitos humanos na programação Combate a concessões para políticos
20 PARTE DESSES DESAFIOS JÁ PODE SER SUPERADA COM A REGULAÇÃO EXISTENTE!
21 bit.ly/vozesnaluta
22 PARTE DESSES DESAFIOS NECESSITA DE NOVO MARCO LEGAL
23 e a Internet??
24 acesso censura online neutralidade da rede privacidade
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26 Novo complicador - Convergência Até o final do século XX, a indústria de telecomunicações oferecia tradicionalmente serviços distintos para rede distintas. Segmentação Tradicional de Redes/Serviços
27 Novo complicador - Convergência Primeira Consolidação: Serviços Múltiplos na mesma Rede Segunda Consolidação: Qualquer Rede para Qualquer Serviço (Redes de Próxima Geração)
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29 Sites Obrigada!
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