v São Paulo, 13 de agosto de 2015.
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- Ana Lívia Bennert Fagundes
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1 _m E) MUNDO É DOS NETS v São Paulo, 13 de agosto de Ao limo. Coordenador -Geral de Análise Antitruste 5 Sr. Mário Sérgio Rocha Gordilho Júnior MINISTÉRIO DA JUSTIÇA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA - CADE SEPN 515 Conjunto D, Lote 4 Ed. Carlos Taurisano, 20 andar - Bairro Asa Norte Brasília/DF CEP OFÍCIO n0 4314/2015/CADE Assunto: Solicitação de Informações - Ato de Concentração n / (Requerentes: TV SBT Canal 4 de São Paulo S.A. ("SBT"), Rádio e Televisão Record S.A. ("Rede Record") e TV Ômega Ltda. ("Rede TV") CLARO S.A., sucessora por incorporação da NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S.A., com sede na Rua Florida, n 1970, Cidade Monções, cidade e Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ / e filial na Rua Verbo Divino n 1356, em atenção ao Ofício supracitado, vem, à presença de V.Sa., apresentar as respostas ao questionário encaminhado, da seguinte forma: Esclarecimentos preliminares: Preliminarmente, é importante esclarecer que as Requerentes são, atualmente, detentoras de "licenças" para a exploração do serviço de radiodifusão de sons e imagens para distribuição de sinais na tecnologia analógica, em várias cidades do país, e, por este motivo, nos termos do inciso 1, do artigo 32 da Lei n /2011 (Lei do SeAC), são consideradas como "de distribuição obrigatória" por todas as prestadoras de serviços do serviço de acesso condicionado: 1
2 Nrn CD MUND É ÔÓS NETS Art. 32. A prestadora do serviço de acesso condicionado, em sua área de prestação, independentemente de tecnologia de distribuição empregada, deverá tornar disponíveis, sem quaisquer ônus ou custos adicionais para seus assinantes, em todos os pacotes ofertados, canais de programação de distribuição obrigatória para as seguintes destinações: - canais destinados à distribuição integral e simultânea, sem inserção de qualquer informação, do sinal aberto e não codificado, transmitido em tecnologia analógica pelas geradoras locais de radiodifusão de sons e imagens, em qualquer faixa de frequências, nos limites territoriais da área de cobertura da concessão (g.n.) É também importante salientar que, nos termos dos 12 e seguintes da citada Lei, as geradoras locais de radiodifusão de sons e imagens, como são as Requerentes, poderão ofertar sua programação com tecnologia digital, nas condições comerciais pactuadas entre as partes e, caso não seja alcançado acordo entre as interessadas, a geradora poderá exigir que sua programação seja transmitida na tecnologia digital gratuitamente. 12. A geradora local de radiodifusão de sons e imagens de caráter privado poderá, a seu critério, ofertar sua programação transmitida com tecnologia digital para as distribuidoras de forma isonômica e não discriminatória, nas condições comerciais pactuadas entre as partes e nos termos técnicos estabelecidos pela Anatel, ficando, na hipótese de pactuação, facultada à prestadora do serviço de acesso condicionado a descontinuidade da transmissão da programação com tecnologia analógica prevista no inciso 1 deste artigo. 13. Caso não seja alcançado acordo quanto às condições comerciais de que trata o 12, a geradora local de radiodifusão de sons e imagens de caráter privado poderá, a seu critério, exigir que sua programação transmitida com tecnologia digital sela distribuída gratuitamente na área de prestação do serviço de acesso condicionado, desde que a tecnologia de transmissão empregada pelo distribuidor e de recepção disponível pelo assinante assim o permitam, de acordo com critérios estabelecidos em regulamentação da Anatel. 14. Na hipótese de que trata o 13, a cessão da programação em tecnologia digital não ensejará pagamento por parte da distribuidora, que ficará desobrigada de ofertar aos assinantes a programação em tecnologia analógica. (g.n.) 2
3 E Não obstante o acima exposto, é importante esclarecer que a programação transmitida pelas Requerentes não encontra semelhança com qualquer programação transmitida ou por outro canal de "TV paga", considerando-se principalmente suas características, tais como conteúdo local em Português, regionalização, novelas, jornalismo, etc., que diferem em muito do conteúdo dos demais canais de televisão por assinatura. A programação transmitida pelas Requerentes é, portanto, relevante para os consumidores do serviço de acesso condicionado e não encontra, atualmente, substitutos. Desta forma, entende-se que o "mercado relevante" em questão não é o universo de todos os canais de televisão por assinatura, mas sim canais abertos de radiodifusão. Desta forma, se individualmente o canal de cada um dos radiodifusores é relevante, os três em conjunto são muito mais, pois juntos apresentam uma elevada audiência no "mercado relevante" citado dos canais abertos de radiodifusão. Sabe-se que as empresas de radiodifusão de sons e imagens apresentam os seus sinais "abertos" e, por isto, em tese, qualquer pessoa que tenha um aparelho de TV em sua casa, estaria apta a captar tais sinais. Mas, ressalte-se não com a qualidade e conveniência da transmissão de sinais oferecida pelas prestadoras do serviço de acesso condicionado. Ou seja, o consumidor, ao contratar os serviços de acesso condicionado, deseja assistir a programação dos canais ditos "abertos" com a qualidade e a conveniência que assiste a programação dos canais da "TV paga". Não fosse assim, a Anatel não teria porque se preocupar em exigir, via regulamentação (Resolução n 581 da Anatel), que as prestadoras de serviço de acesso condicionado ofertem um plano destinado apenas aos canais de programação de distribuição obrigatória. 3
4 m MUND.:) E DDS NETS N Art. 30 Para os efeitos deste Regulamento, aplicam-se as seguintes definições, além de outras adotadas pela legislação e pela regulamentação: (...) XXII - Plano Básico: Plano de Serviço composto apenas pelos Canais de Programação de Distribuição Obrigatória, disponibilizado, de forma onerosa, pela Prestadora (g.n.) Art. 49. Todos os planos de serviço comercializados pela Prestadora, bem como facilidades adicionais do serviço, devem ser oferecidos aos Assinantes, sem discriminação dentro da Área de Abrangência do Atendimento. 10 O Plano Básico é de oferta obrigatória e deve estar sempre disponível, de forma onerosa, a todos os Assinantes dentro de todas as Áreas de Abrangência do Atendimento da Prestadora. Diante disto, nos termos da Legislação e Regulamentação vigentes, resta claro que (1) as prestadoras do serviço de acesso condicionado, como a CLARO S/A., estão "obrigadas" a carregar os sinais das Requerentes, tanto em sinal analógico, como em sinal digital (saliente-se que, com relação ao sinal digital, nas condições comerciais pactuadas entre as partes) e que (ii) tais canais são relevantes e não encontram substitutos para o consumidor dentro da programação de televisão paga, de modo que qualquer possibilidade de elevação artificial de Drecos, em decorrência da operação ora em análise, pode significar sim um impacto negativo ao mercado e ao seu consumidor. Do questionário: 1. Informar a quantidade de assinantes ativos, atualmente, de sua empresa no Brasil, bem como a quantidade total de assinantes de TV por assinatura no Brasil (considerando todas as operadoras, o mercado total). R: A CLARO S/A possui assinantes na tecnologia de cabo e a EMBRATEL TVSAT (empresa do mesmo grupo) possui de assinantes na tecnologia DTH, totalizando assinantes no total (Cabo e DTH). A quantidade total de assinantes de TV por assinatura no Brasil é
5 NJ m CD M U N D E) É DÓ S N E TS 2. Qual é a importância dos canais de TV aberta em sinal digital, SBT, Record e Rede TV, para o mercado de TV por assinatura? Em outras palavras, é essencial para um operadora de TV por assinatura ofertar esses canais em sua grade de programação? Justifique sob a ótica concorrência. R: Os canais SBT, Record e Rede TV são, individualmente, relevantes para o mercado de TV por assinatura, do ponto de vista concorrencial, na medida em que o consumidor de tal mercado não encontra canais para substitui-los, caso sejam removidos da grade de programação da prestadora. Ou seja, a existência ou não dos canais SBT, Record e Rede TV na grade de programação é, claramente, um diferencial competitivo para as prestadoras de TV por assinatura, na medida em que pode definir a escolha do consumidor. É importante esclarecer que a relevância de referidos canais aumenta na medida em que os mesmos passam a ser ofertados e/ou negociados em conjunto. 3. Na hipótese de uma elevação de preços, comparada à média do mercado, por parte das Requerentes após a operação, qual seria a provável reação de sua empresa? R: Dada a importância desses canais para os consumidores da TV paga, em especial quando negociados em conjunto, há uma alta possibilidade de a operadora ser obrigada a aceitar uma eventual elevação de preços. De qualquer forma, diante do cenário econômico atual, qualquer aumento de custos, em especial a ser repassado para preços finais teria um efeito negativo na demanda com potencial aumento no cancelamento do serviço e retração da demanda Desviaria sua demanda para outros canais com programação semelhante? R: Não, tendo em vista que não há canais disponíveis com programação semelhante. Por exemplo, o assinante que assiste o Sílvio Santos no SBT ou novelas da Record não encontra programação semelhante nos demais canais de televisão por assinatura. 5
6 tem 1 c MUNDDE DS NETS Desviaria sua demanda para outros canais que, embora não semelhantes em termos de programação, poderiam compor o Une up dos pacotes oferecidos por sua empresa atualmente? R: Provavelmente não. Os consumidores dos canais SBT, Record e Rede TV desejam assistir a programação específica distribuída por estes canais Ou sua empresa aceitaria a elevação de preços imposta pelas Requerentes, pela relevância de seus canais nos Une ups dos pacotes oferecidos por sua empresa? R: Aceitar ou não a elevação de preços dos canais em análise, por parte da CLARO SIA, dependerá de algumas variáveis, dentre elas, o preço proposto pelos canais. De qualquer forma, dada a alta relevância dos mesmos há uma possibilidade elevada de a operadora ser obrigada a aceitar o aumento de preço que pode, inclusive, ser abusivo, caso a negociação seja feita de forma conjunta pelas Requerentes. 4. Na opinião de sua empresa, a ausência dos sinais digitais dos canais das requerentes (SBT, Record e Rede TV) nos line ups dos pacotes oferecidos por sua empresa poderiam representar perda de clientes para outras operadoras que ofertam tais canais? Caso afirmativo, em qual magnitude (em termos percentuais). R: Não há como se chegar a um "percentual" de perda de assinantes para operadoras que ofertem os canais em análise, no caso de perda dos mesmos canais pela CLARO S/A. Mas, é fato que a perda de um destes canais causaria um impacto negativo ao mercado e, a perda conjunta de três canais de alta relevância sem substitutos acarretaria um impacto muito maior em termos de perda de assinantes.
7 ar N1I7É O MUNDcD DOS NETS S. Caso a sua empresa por qualquer razão optasse, no futuro, por não carregar os canais das requerentes (SBT, Record e Rede TV) nos une ups de todos os seus pacotes, qual seria, na opinião de sua empresa, a perda para as requerentes (em termos de uma possível redução nos seus faturamentos decorrentes de publicidade, por terem reduzido a sua presença no mercado nacional de TV por assinatura. R: A receita de publicidade dos canais SBT, Record e Rede TV decorre de sua audiência na TV aberta e de sua audiência na TV por assinatura. Atualmente, somente 30% do publico brasileiro é consumidor da TV por assinatura, de modo que a perda de receita de publicidade para as Requerentes, no caso de a CLARO/SA optar por não carregar os seus sinais, parece pequena. que se façam necessários. Ficamos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos Cordialmente, 7
8 N O MUNDO É DOS NETS Ao Ilmo.Coordenador-Geral de Análise Antitruste 5 Sr. Mário Sérgio Rocha Gordilho Júnior Ministério Da Justiça - Conselho Administrativo De Defesa Econômica- CADE SEPN 515 Conjunto D, Lote 4 Ed. Carlos Taurisano 20 andar Bairro Asa Norte Brasília-DF - CEP:
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