3as Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos Universidade de Coimbra- Portugal 28 de Maio de 2013

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "3as Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos Universidade de Coimbra- Portugal 28 de Maio de 2013"

Transcrição

1 3as Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos Universidade de Coimbra- Portugal 28 de Maio de 2013 CÁLCULO DA RESISTÊNCIA AO FOGO DE PILARES DE BETÃO ARMADO SEGUNDO A EN António Filipe S.S. Correia Aluno do MIEC, Universidade de Coimbra, Portugal. João Paulo C. Rodrigues * Professor, Universidade de Coimbra, Portugal. Sumário A EN apresenta vários métodos de verificação da resistência ao fogo para pilares de betão armado. Eles são agrupados em três grupos: Método dos Valores Tabelados, Métodos Simplificados de Cálculo e Métodos Avançados de Cálculo. Neste trabalho são apresentados estes métodos sendo dado mais enfase aos últimos. Por fim, descreve-se o trabalho em desenvolvimento para descrever numericamente o comportamento de pilares ao fogo utilizando o programa ABAQUS. Palavras-chave: resistência ao fogo; pilares de betão; restrição; modelação numérica; 1. INTRODUÇÃO A resistência ao fogo traduz uma medida da capacidade de um elemento estrutural resistir a um incêndio. É normalmente quantificada como o tempo para o qual o elemento construtivo pode garantir determinado critério quando submetido a um incêndio. Durante um ensaio laboratorial de um elemento estrutural sujeito a incêndio, aquele tem que garantir a função de estabilidade, estanquidade e isolamento térmico durante determinado tempo de ensaio sem colapsar. * Autor correspondente Departamento de Engenharia Civil. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Universidade de Coimbra Polo II. Rua Luís Reis Santos Coimbra. PORTUGAL. Telef.: Fax: jpaulocr@dec.uc.pt 281

2 António Filipe Correia & João Paulo Rodrigues No entanto por exemplo as lajes e paredes têm adicionalmente que garantir os critérios de integridade e isolamento térmico para prevenir a propagação do incêndio para além do compartimento de origem. Complementarmente o elemento não deverá fissurar para garantir estanquidade aos fumos e gases quentes. O comportamento das estruturas quando sujeitas a incêndio pode ser avaliado por uma ou mais das seguintes abordagens: (a) cálculo e (b) ensaios laboratoriais. Tendo em conta que o objetivo final é a avaliação tão correta quanto possível do comportamento dos edifícios no seu todo em incêndios reais, aceita-se que correntemente nenhum dos métodos descritos anteriormente fornece todas as respostas. A combinação daquelas é na maior parte das vezes essencial para a avaliação do referido comportamento do edifício. Os modelos de cálculo devem estimar a resposta mecânica (comportamento) do edifício ou parte dele tendo em conta, quando necessário, a interação entre componentes de forma a determinar o risco do incêndio se propagar, do edifício colapsar e, se for o caso, ao fim de quanto tempo. Segundo a EN , [1], uma estrutura de betão pode ser avaliada quanto à sua resistência ao fogo por intermédio dos seguintes métodos de verificação: (a) Análise global da estrutura; (b) Análise de partes da estrutura; (c) Análise de elementos individuais e (d) Ensaios de resistência ao fogo. Os métodos de cálculo da resistência ao fogo de elementos de betão armado previstos na mesma norma são: (a) Método dos Valores Tabelados, (b) Métodos Simplificados de Cálculo e (c) Métodos Avançados de Cálculo. Estes apresentam complexidade crescente pela ordem apresentada. 2. MÉTODO DOS VALORES TABELADOS A utilização deste método dependente da resistência ao fogo pretendida, os dados tabelados fornecem valores mínimos das dimensões das secções e das distâncias aos eixos das armaduras longitudinais das faces sujeitas a incêndio padrão ISO 834 e foram confirmados numa base empírica sustentada em análises experimentais e avaliações teóricas. Figura 1: Método dos Valores Tabelados - Símbolos utilizados nas tabelas [1] 282

3 Cálculo da resistência ao fogo de pilares de betão armado segundo a EN Quando a armadura é disposta em várias camadas como representado na Figura 2, e quando todas elas são constituídas por aço com o mesmo valor característico de resistência, a distância ao eixo média, a m, não pode ser inferior à distância ao eixo indicados nos quadros 5.2a e 5.2b da EN [2]. A distância a m pode ser determinada pela seguinte expressão: Quando a armadura é constituída por aços com diferentes valores característicos de resistência, na expressão (1) A si deverá ser substituído por A si f yki (ou A si f pki ). Em que: A si área da secção transversal do varão (cabo, fio) de aço i (m2); a i distância ao eixo do varão (cabo, fio) de aço i medida a partir da superfície exposta mais próxima (m) f yki valor característico da tensão de cedência do aço (MPa) valor característico da tensão limite de proporcionalidade do aço pré-esforçado (MPa) f pki Figura 2 : Cálculo da distância ao eixo médio a m Através deste método a distância ao eixo das armaduras é determinada para que, para um determinado tempo de resistência ao fogo, a temperatura crítica nas armaduras seja de 500ºC. Os valores tabelados são de leitura imediata no caso de elementos com armaduras ordinárias e para a percentagem mínima correspondente à segurança requerida à temperatura ambiente (considerando contudo a situação em que a temperatura crítica do aço é de 500ºC). Utilizando o Método dos Valores Tabelados não é necessário fazer qualquer verificação relativamente ao esforço transverso ou torção e pormenores de amarração das armaduras. Segundo [2] a verificação da resistência ao fogo de pilares através dos valores tabelados pode ser realizada por dois métodos: (a) Método A e (b) Método B. Ambos os métodos apenas são aplicados a estruturas contraventadas e quando sujeitos apenas a curva padrão de incêndio (Curva ISO834). 283

4 António Filipe Correia & João Paulo Rodrigues a) Método A O Método A é empírico e foi desenvolvido na Bélgica a partir da análise dos resultados de aproximadamente 80 ensaios experimentais a escala real. Este é mais fácil de utilizar mas com o campo de aplicação limitado a edifícios correntes cujos pilares estejam submetidos fundamentalmente a esforço axial de compressão e apresentem valores correntes de esbelteza e excentricidade. O nível de carregamento é tido em conta nas tabelas. Este parâmetro, fi, tem em consideração as combinações de ações, a resistência à compressão e à flexão do pilar, incluindo os efeitos de segunda ordem. É dado pela seguinte expressão: Em que: é o valor de cálculo do esforço normal em situação de incêndio; é o valor de cálculo da resistência do pilar à temperatura normal Este método é aplicável se: Comprimento efetivo do pilar (como definido na EN , secção 5) em situação de incêndio: l o,fi 3m; Excentricidade de primeira ordem em situação de incêndio: e = M oed,fi /N oed,fi e max ; Quantidade de armadura: A s < 0,04 A c. Outros valores tabelados podem ser obtidos aplicando a seguinte equação que considera o nível de carregamento, a taxa de armadura, o recobrimento, o comprimento de encurvadura e as dimensões da secção transversal. Em que: para n = 4 (apenas varões de canto) para n > 4 a distância do eixo dos varões de armadura longitudinal ao paramento (mm); 284

5 Cálculo da resistência ao fogo de pilares de betão armado segundo a EN ; l o, fi comprimento efetivo do pilar em situação de incêndio; ; b = 2 Ac / (b+h) para secções transversais retangulares ou o diâmetro para secções transversais circulares, ; taxa mecânica de armadura à temperatura normal, dada por factor de resistência à compressão (EN ). Para a resistência R30 pelo Método A apresenta os seguintes valores mínimos: Quadro 1: Valores mínimos das dimensões b min /a para a resistência R30 pelo Método A b) Método B O Método B é baseado em cálculos. O campo de aplicação cobre praticamente todo o tipo de pilares, mas é de mais difícil aplicação requerendo frequentemente interpolações e conduzindo a resultados mais conservadores do que o Método A. Este método aplica-se para avaliar a resistência ao fogo de pilares sujeitos a esforço axial e momento fletor, sendo adequado para pilares cujo comportamento estrutural é significativamente influenciado pelos efeitos de segunda ordem em situação de incêndio. Neste método o nível de carregamento, n, à temperatura normal é obtido por: A excentricidade de primeira ordem em situação de incêndio, e, é obtida por: considerado 0,25 com e max = 100mm; a esbelteza do pilar em situação de incêndio, fi, é obtida por:, considerado 30, o que abrange a maioria dos pilares em edifícios correntes; 285

6 António Filipe Correia & João Paulo Rodrigues Em que: b dimensão mínima da secção de pilares retangulares ou o diâmetro de pilares circulares; i raio de giração mínimo; Para a resistência R30 pelo Método B apresenta os seguintes valores mínimos: Quadro 2: Valores mínimos das dimensões bmin/a para a resistência R30 pelo Método B *) O recobrimento especificado na EN é, em geral, condicionante. 3. MÉTODOS SIMPLIFICADOS DE CÁLCULO Relativamente aos Métodos Simplificados de Calculo a EN [1] fornece dois métodos para avaliar a resistência de elementos estruturais de betão armado, (a) o Método da Isotérmica dos 500ºC e (b) o Método das Zonas. Ambos podem ser usados para exposição ao incêndio padrão ISO 834 permitindo ainda o primeiro a utilização para exposição a incêndio paramétrico. Ambos permitem calcular a resistência a flexão composta com compressão, incluindo os efeitos de 2ª ordem. O Método das Zonas é recomendado para secções transversais de pequenas dimensões e pilares esbeltos sendo mais adequado para analisar elementos sujeitos a efeitos de 2ª ordem significativos. a) Método da Isotérmica dos 500ºC O Método da Isotérmica dos 500ºC consiste em determinar a posição dessa isotérmica para determinada duração da ação do fogo e em desprezar o betão acima dessa temperatura. Este método aplica-se à exposição do incêndio ISO 834 ou qualquer outro regime de aquecimento com campos de temperatura similares. Reduz-se o valor da resistência do aço das armaduras tendo por base a temperatura a que estas se encontram e considera-se que o betão a temperatura abaixo de 500ºC mantém as características de resistência a temperatura ambiente. Posteriormente calculam-se os esforços resistentes da secção de modo análogo ao procedimento a temperatura ambiente. Caso as armaduras se situem fora da secção reduzida, deverão ser igualmente incluídas no cálculo da capacidade resistente da secção exposta ao incêndio, com propriedades mecânicas reduzidas em função da sua temperatura. A secção reduzida de um pilar exposto ao fogo nas quatro faces é ilustrada na Figura3: 286

7 Cálculo da resistência ao fogo de pilares de betão armado segundo a EN Figura 3: Secção reduzida de pilar exposto ao fogo em 4 faces b) Método das Zonas Este método aplica-se à exposição de incêndio ISO 834 e a curvas paramétricas. É um método mais trabalhoso que o método referido anteriormente mas é um método mais rigoroso, principalmente para pilares. Assume-se que as isotérmicas na zona em compressão de uma secção retangular são paralelas aos bordos da peça. A secção danificada pelo incêndio é representada por uma secção reduzida ignorando-se a zona afetada pelo incêndio de espessura a z nos bordos da peça Relativamente ao Método das Zonas é levado a cabo um procedimento específico para determinar a largura da zona danificada nas faces expostas ao fogo, sendo a secção transversal reduzida desprezando a zona danificada. Tal como no método anterior, reduz-se o valor da resistência das armaduras tendo por base a temperatura a que estas se encontram e calculam-se os esforços resistentes da secção como se o cálculo se efetuasse a temperatura ambiente. Para a determinação dos perfis de temperatura necessários, recorre-se às isotérmicas publicadas para inúmeras secções e para incêndios padrão, como por exemplo na EN Para outros tipos de incêndio, os perfis de temperatura deverão ser determinados utilizando um dos modelos avançados existentes como por exemplo o SAFIR, o ANSYS, SUPER- TEMPCALC, ABAQUS, etc. O procedimento inclui dividir a meia espessura da secção transversal num número (n 3) de zonas paralelas de igual espessura, para cada uma é calculada a temperatura média bem como o coeficiente de redução da resistência à compressão, K c ( i ), permitindo calcular a resistência à compressão média, f cd ( ), e o módulo de elasticidade (caso tal se aplique). A secção transversal danificada pelo fogo é representada por uma secção transversal reduzida, não se considerando uma zona danificada de espessura a z nas faces expostas ao fogo, ver figura 6. O ponto M é um ponto arbitrário da linha média, utilizado para determinar a resistência à compressão reduzida de toda a secção transversal reduzida. 287

8 António Filipe Correia & João Paulo Rodrigues Figura 4: Secção reduzida de a z e divisão de meia secção em n zonas O coeficiente de redução médio é dado pela expressão: A largura da zona danificada para pilares pode ser determinada pela expressão: Depois de definida a secção transversal reduzida e determinados a resistência e o módulo de elasticidade para a situação de incêndio, o cálculo da resistência é semelhante ao método de cálculo à temperatura normal. 4. MÉTODOS AVANÇADOS DE CÁLCULO Na EN [1] apenas são apresentadas algumas ideias gerais que se devem seguir no desenvolvimento e na utilização dos Métodos Avançados de Calculo. Estes podem ser aplicados a análise de elementos isolados, de partes da estrutura ou a estrutura na sua globalidade. São implementados através de programas computacionais recorrendo a métodos numéricos como o método dos elementos finitos ou o método das diferenças finitas e devem permitir a avaliação da resposta térmica e da resposta mecânica do problema em estudo. Estes métodos fornecem análises aproximadamente realistas do comportamento expectável das estruturas expostas ao fogo porque são baseados em comportamentos físicos fundamentais. Os métodos avançados de cálculo apresentam inúmeras vantagens quando comparados com ensaios laboratoriais: i) O alto custo e quantidade de tempo para preparar e realizar ensaios laboratoriais; ii) Capacidade de avaliar o comportamento de estruturas completas com um fenómeno de redistribuição de carga complexa; 288

9 Cálculo da resistência ao fogo de pilares de betão armado segundo a EN iii) Possibilidade de fazer estudos paramétricos com maior garantia de manutenção dos restantes parâmetros. Estas ferramentas são utilizadas para cálculo de estruturas complexas em projetos e para o desenvolvimento e verificação de métodos simplificados para serem no dia-a-dia aplicados a projetos para elementos estruturais individuais. De entre os métodos avançados de cálculo podem distinguir-se os programas SAFIR, o VULCAN, o TCD-Tempcalc-Design e o FINE-FIRE e os programas comerciais como o ABAQUS ou o ANSYS. O programa SAFIR, [3] foi desenvolvido na Universidade de Liège, Bélgica. É um programa de elementos finitos com modelação não-linear. O modelo tendo uma estrutura comum, realiza separadamente a análise térmica da estrutural. É possível modelar elementos 2D e 3D em aço, betão e mistos aço-betão. Na Universidade de Sheffield, Inglaterra, tem vindo a ser desenvolvido o programa VULCAN para a análise tridimensional em situação de incêndio de estruturas de aço, de betão e mistas aço-betão [2]. O programa foi sendo aferido com inúmeros resultados experimentais obtidos através da análise em escala real em Cardington. Na Suécia a empresa Fire Safety Design, AB desenvolveu um pacote de programas de computador designado TCD-Tempcalc-Design para facilitar o dimensionamento de estruturas face a ação do fogo. Estes utilizam o método dos elementos finitos para a realização das análises térmica e mecânica e têm sido validados, desde 1985, com base nos resultados de numerosos ensaios experimentais [2]. O Super-tempcalc é um programa baseado no método dos elementos finitos com geração automática da malha de elementos bidimensionais e permite a análise da temperatura de estruturas sujeitas a incêndio (não-linear, transiente e de materiais cujas propriedades térmicas variam com a temperatura). Utiliza elementos triangulares e quadrangulares em coordenadas retangulares ou cilíndricas. A modelação da transferência de calor ao longo do tempo admite, nas suas fronteiras, convecção e radiação, assim como a existência de vazios e vários materiais na composição da secção das estruturas analisadas. Os programas comerciais de elementos finitos ABAQUS e ANSYS são generalistas e possibilitam a análise de um vasto leque de problemas no qual se inclui a análise térmica e mecânica de estruturas sujeitas a ação do incêndio. 5. MODULAÇÃO EXPERIMENTAL DE PILARES DE BETÃO ARMADO No passado recente do Laboratório de Estruturas do Departamento de Engenharia Civil (DEC) da Universidade de Coimbra (UC) realizaram-se muitos ensaios experimentais visando estudar o comportamento ao fogo de pilares de betão com dilatação térmica restringida. Estes resultados constituem o ponto de partida para o presente trabalho. 289

10 António Filipe Correia & João Paulo Rodrigues O sistema de ensaio utilizado é constituído por dois pórticos: o de reação e o de restrição. O primeiro é constituído por dois pilares HEB500 (S355) e uma viga HEB600 (S355) e a sua ligação é feita por parafusos M24 e classe 8.8. A ligação dos pilares à laje de reacção é realizada através de varões diwidag com as respetivas porcas e placas de ancoragem. O pórtico de restrição é constituído por 4 pilares e quatro vigas HEB300 (S355) com uma disposição ortogonal. Este pórtico simulava a restrição à dilatação térmica do pilar durante o ensaio de resistência ao fogo. Tem como objetivo simular o efeito da estrutura circundante a que um pilar se encontra inserido numa estrutura real. A medição da carga aplicada é realizada através de uma célula de carga de compressão, colocada sob o macaco hidráulico e sobre as vigas do pórtico de restrição. A força de reacção exercida pelo pilar na estrutura de restrição é efetuada por um pistão. Este dispositivo é constituído por um elemento cilíndrico oco em aço no interior do qual existia um cilindro maciço também em aço e uma célula de carga de compressão. Encontra-se acoplado às vigas superiores do pórtico de restrição e, em cada ensaio, a sua base era ligada a chapa do topo superior do modelo experimental através de uma ligação aparafusada. Figura 5 : Vista geral do sistema experimental Cada um dos trabalhos contribui com resultados para um tipo de secção. Do primeiro trabalho obtém-se resultados para pilares quadrados, por sua vez o segundo e terceiro trabalho contribuem com resultados para pilares de secção circular. Estes resultados serão utilizados para calibrar o modelo numérico, para posteriormente se poder prever o comportamento ao fogo de pilares com outras características. No que se segue, serão apresentados os resultados dos referidos trabalhos. 290

11 Cálculo da resistência ao fogo de pilares de betão armado segundo a EN Pilares de secção quadrada Foram ensaiados 11 pilares com características geométricas e/ou de carregamento diferentes. Os pilares foram ensaiados a um nível de carregamento de 70% da carga resistente, exceto o pilar com a designação P25-16-NC no qual foi aplicado a totalidade da carga resistente. A designação de cada pilar consiste numa forma simplificada de descrever algumas características. Desta forma e como exemplo explicita-se o que designa o pilar P16-10-R1, é um pilar com 16cm de lado, com 4 varões 10 e submetido a uma força de restrição R1. Todos os pilares tinham 3m de comprimento. Foram simuladas duas forças de restrição à dilatação térmica, através da posição dos pilares do pórtico de restrição, com afastamento de 3 e 2 metros ao pilar ensaiado, obtendo uma rigidez de R1= 13.1KN/mm e R2=45.3 KN/mm, respetivamente. De seguida são apresentados sob a forma de tabela as principais características e resistência obtidas para cada pilar ensaiado. Quadro 3: Propriedades e resistência dos pilares retangulares ensaiados experimentalmente Resistência b A c long. A s P o Pilar ao Fogo (mm) (mm 2 ) (mm) (mm 2 ) (KN) (min) P16-10-R P16-10-R P16-16-R P16-16-R P25-16-R P25-16-R P25-25-R P25-25-R P25-16-NC P25-16-E P25-16-E Pilares de secção circular No trabalho de investigação sobre pilares circulares foram ensaiados no total 10 pilares. À semelhança do que aconteceu nos pilares retangulares, também aqui a designação dos pilares é utilizada para descrever algumas das suas características. Desta forma o pilar PC25-12 significa que se trata de um pilar circular com diâmetro de 25cm e armadura longitudinal 12. Nos ensaios foram aplicadas 2 restrições distintas. A restrição axial máxima (Rmáx) corresponde a 128 KN/mm, enquanto a restrição mínima (Rmín) corresponde a 13 KN/mm. Nas 291

12 António Filipe Correia & João Paulo Rodrigues tabelas seguintes são apresentadas algumas características e valores de resistência de cada pilar ensaiado. Quadro 4: Propriedades e resistência dos pilares quadrados nos ensaios experimentais Pilar Diâmetro Ac long. A s Po aplicada Resistência ao fogo (mm) (mm 2 ) (mm) (mm 2 ) (KN) (min) C %- Rmín C %- Rmáx C %- Rmáx C %- Rmín C %- Rmáx C %- Rmáx C %- Rmín C %- Rmáx C %- Rmín C %- Rmáx MODULAÇÃO NUMÉRICA DE PILARES DE BETÃO ARMADO O objetivo deste trabalho é desenvolver um modelo numérico que represente o comportamento de pilares de betão ao fogo. Para o efeito desenvolver-se-á uma conjunto de simulações numéricas com recurso ao programa de elementos finitos ABAQUS. Nas simulações numéricas pretende-se estudar a influência de alguns parâmetros na resistência ao fogo de pilares de betão com dilatação térmica restringida. Os resultados destas simulações serão posteriormente comparados com os resultados obtidos pelos métodos simplificados. O trabalho que se pretende desenvolver ainda se encontra em fase de estudo paramétrico para tentar reproduzir o mais fielmente possível os resultados obtidos experimentalmente, nomeadamente no que se refere a perfil de temperaturas na sua secção e ao longo do pilar e no tempo de resistência. Nesta fase se se realizaram varias simulações, começou-se por realizar análise térmica em separado para definir os valores de emissividade e do coeficiente de transmissão de calor por convecção ( c ). Nestas simulações iniciais utilizaram-se as temperaturas reais obtidas no forno durante o ensaio. Considerou-se a temperatura verificada 292

13 Cálculo da resistência ao fogo de pilares de betão armado segundo a EN em cada um dos três módulos, sendo para isso, realizadas partições adequadas nos pilares para aplicar estas diferentes cargas térmicas. Pelas simulações de análise térmica realizadas pode-se concluir que a utilização de uma emissividade resultante de 0,3 e um coeficiente de transmissão de calor por convecção de 20 W/m2ºC, sendo este inferior ao recomendado pela EN Nas simulações termomecânicas realizadas considerou-se as imperfeições geométricas de L/200, ou seja, 1,5 cm, numa configuração deformada resultante de uma análise de encurvadura e considerando o primeiro modo de rotura. Na consideração do fenómeno de spalling foi adotada uma simplificação na qual a resistência do betão para temperaturas acima dos 300ºC é considerada desprezável. Nas simulações que se estão a programar tenciona-se determinar o efeito de considerar apenas meia secção transversal, utilizando a simetria da secção. Este procedimento visa reduzir o número de nós do elemento, reduzindo de uma forma considerável o esforço computacional, ou seja, reduzindo o tempo de cálculo. Também se tenciona avaliar o efeito de realizar a análise térmica ( Heat Transfer ) e mecânica ( General Static ) em separado em contra partida da utilização em simultâneo dos dois fenómenos ( Coupled Temperature-Displacement ). REFERÊNCIAS [1] EN1992. Design of concrete structures, Part 1-2: General rules-structural fire design [2] Gonçalves, M. J. C. R. Comportamento ao fogo de elementos estruturais de betão análise numérica e metodologia, Tese de Doutorado, Universidade de Porto, 791 p. [3] Alberto, M Resistência ao Fogo de Pilares de Betão Armado com Dilatação Térmica Restringida, Tese de Mestrado, Universidade de Coimbra, 326 p. [4] Gomes, B.M. P. Resistência ao Fogo de Pilares Circulares de Betão Armado com Dilatação Térmica Restringida, Tese de Mestrado, Universidade de Coimbra, 326 p. 293

Resistência ao fogo de pilares em betão armado de secção quadrada e circular. Avaliação experimental e numérica

Resistência ao fogo de pilares em betão armado de secção quadrada e circular. Avaliação experimental e numérica Encontro Nacional BETÃO ESTUTUAL - BE2012 FEUP, 24-26 de outubro de 2012 esistência ao fogo de pilares em betão armado de secção quadrada e circular. Avaliação experimental e numérica Maria Alzira Miguel

Leia mais

Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão Método de cálculo simplificado

Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão Método de cálculo simplificado ao fogo de lajes mistas aço-betão simplificado Objetivo do método de cálculo 3 Conteúdo da apresentação em situação de incêndio simplificado de lajes de betão reforçadas a 0 C Modelo da laje de pavimento

Leia mais

Carga última de pilares de betão armado em situação de incêndio

Carga última de pilares de betão armado em situação de incêndio Encontro Nacional BETÃO ESTRUTURAL - BE2012 FEUP, 24-26 de outubro de 2012 Carga última de pilares de betão armado em situação de incêndio V. Dias da Silva 1 M.H.F.M. Barros 2 C. Ferreira 3 RESUMO Os elementos

Leia mais

Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão. Estudo paramétrico numérico do método de cálculo simplificado

Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão. Estudo paramétrico numérico do método de cálculo simplificado Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão Conteúdos da apresentação do Efeito de continuidade na do painel 2 do Bases de cálculo FRACOF (Ensaio 1)- COSSFIRE (Ensaio 2) ensaios ao fogo padrão à escala

Leia mais

Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão. 1. Novas evidências experimentais 2. Estudo paramétrico numérico do método de cálculo simplificado

Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão. 1. Novas evidências experimentais 2. Estudo paramétrico numérico do método de cálculo simplificado Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão 1. 2. Estudo paramétrico numérico do Conteúdos da apresentação 1. dos novos ensaios ao fogo Ensaios ao fogo à escala real no âmbito dos projetos: FRACOF

Leia mais

Apontamentos sobre o Eurocódigo 2

Apontamentos sobre o Eurocódigo 2 INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Apontamentos sobre o Eurocódigo 2 pren 1992-1-2 Março 2004 Dimensionamento ao Fogo - Método das Tabelas - Método Simplificado - Exemplos de Aplicação

Leia mais

PILARES EM CONCRETO ARMADO

PILARES EM CONCRETO ARMADO PILARES EM CONCRETO ARMADO DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO Pilares Elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão são preponderantes. (ABNT NBR

Leia mais

Curso de Dimensionamento de Pilares Mistos EAD - CBCA. Módulo

Curso de Dimensionamento de Pilares Mistos EAD - CBCA. Módulo Curso de Dimensionamento de Pilares Mistos EAD - CBCA Módulo 4 Sumário Módulo 4 Dimensionamento de Pilares Mistos 4.1. Considerações Gerais página 3 4.2. Critérios de dimensionamento página 3 4.3. Dimensionamento

Leia mais

2º CILASCI Congresso Ibero-Latino-Americano sobre Segurança contra Incêndio Coimbra, Portugal, 29 de Maio a 1 de Junho, 2013

2º CILASCI Congresso Ibero-Latino-Americano sobre Segurança contra Incêndio Coimbra, Portugal, 29 de Maio a 1 de Junho, 2013 2º CILASCI Congresso Ibero-Latino-Americano sobre Segurança contra Incêndio Coimbra, Portugal, 29 de Maio a 1 de Junho, 2013 COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS SIMPLIFICADOS PARA A DETERMINAÇÃO DO MOMENTO FLETOR

Leia mais

Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão Novas evidências experimentais

Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão Novas evidências experimentais Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão Conteúdos da apresentação dos novos ensaios ao fogo Ensaios ao fogo à escala real no âmbito dos projetos: FRACOF (Ensaio 1 - fogo padrão ISO) COSSFIRE (Ensaio

Leia mais

MEMÓRIA DE CÁLCULO. Fig. 1 Vista tridimensional do modelo de cálculo global da estrutura projetada

MEMÓRIA DE CÁLCULO. Fig. 1 Vista tridimensional do modelo de cálculo global da estrutura projetada MEMÓRIA DE CÁLCULO MODELOS DE ANÁLISE O procedimento usado na análise da estrutura baseia-se em modelos diferenciados em função dos objetivos. Para a análise global da estrutura utilizou-se um modelo de

Leia mais

Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão Caso de estudo e apresentação do Software MACS+

Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão Caso de estudo e apresentação do Software MACS+ Comportamento ao fogo de lajes mistas aço-betão Caso de estudo e apresentação do MACS+ Sumário Nova metodologia MACS+ MACS+ Breve descrição da obra Projeto base Solução Blocotelha - Metodologia tradicional

Leia mais

Título: Comportamento mecânico de materiais compósitos FRP a temperatura elevada. Orientador: João Ramôa Correia

Título: Comportamento mecânico de materiais compósitos FRP a temperatura elevada. Orientador: João Ramôa Correia Título: Comportamento mecânico de materiais compósitos FRP a temperatura elevada Os materiais compósitos de polímero reforçado com fibras (FRP) apresentam diversas vantagens face aos materiais tradicionais

Leia mais

2. Revisão Bibliográfica

2. Revisão Bibliográfica . Revisão Bibliográfica.1. Considerações iniciais Neste capítulo é apresentada uma revisão bibliográfica sobre pilares de concreto armado, dividida basicamente em duas partes. A primeira apresenta alguns

Leia mais

TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES CÁLCULO ESTRUTURAL AULA 09

TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES CÁLCULO ESTRUTURAL AULA 09 TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES CÁLCULO ESTRUTURAL AULA 09 Sumário Pilares Esbeltos... 3. Análise dos efeitos locais de ª ordem... 3.2 Análise dos efeitos locais de 2ª ordem... 5 2 Tarefa 09... 7 3 PILARES ESBELTOS

Leia mais

AVALIAÇÃO NUMÉRICA DO COMPORTAMENTO AO FOGO DE PILARES MISTOS PARCIALMENTE PREENCHIDOS COM CONCRETO

AVALIAÇÃO NUMÉRICA DO COMPORTAMENTO AO FOGO DE PILARES MISTOS PARCIALMENTE PREENCHIDOS COM CONCRETO AVALIAÇÃO NUMÉRICA DO COMPORTAMENTO AO FOGO DE PILARES MISTOS PARCIALMENTE PREENCHIDOS COM CONCRETO NUMERICAL EVALUATION OF THE BEHAVIOUR OF COMPOSITE COLUMNS WITH PARTIALLY ENCASED STEEL SECTIONS IN FIRE

Leia mais

PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO

PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO PATOLOGIA DO BETÃO ARMADO MODELAÇÃO DA DETERIORAÇÃO António Costa Instituto Superior Técnico MODELAÇÃO DA DETERIORAÇÃO Desenvolvimento da deterioração no tempo Nível de deterioração 3 4 1 despassivação

Leia mais

CAPÍTULO IV ASPECTOS NORMATIVOS PARA CONTENTORES

CAPÍTULO IV ASPECTOS NORMATIVOS PARA CONTENTORES CAPÍTULO IV ASPECTOS NORMATIVOS PARA CONTENTORES 4.1 Introdução Neste capítulo, apresentam-se as disposições normativas dos eurocódigos estruturais que podem ser usadas para verificar a segurança dos elementos

Leia mais

Estruturas de Betão Armado II 12 Método das Escores e Tirantes

Estruturas de Betão Armado II 12 Método das Escores e Tirantes Estruturas de Betão Armado II 12 Método das Escores e Tirantes 1 INTRODUÇÃO Método de análise de zonas de descontinuidade, baseado no Teorema Estático da Teoria da Plasticidade. Este método permite obter

Leia mais

ESTRUTURAS DE BETÃO 2. 9 de Julho de 2007 Época de Recurso Duração: 3h

ESTRUTURAS DE BETÃO 2. 9 de Julho de 2007 Época de Recurso Duração: 3h Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Departamento de Engenharia Civil ESTRUTURS DE BETÃO 2 9 de Julho de 2007 Época de Recurso Duração: 3h Notas importantes: Responda com precisão e de forma

Leia mais

PARTE 2 COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS ESTRUTURAS

PARTE 2 COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS ESTRUTURAS PARTE 2 COMPORTAMENTO TÉRMICO DAS ESTRUTURAS 0/ 45 Resistência ao fogo Sequência de eventos Θ Carregamento 1: Ignição Colunas de aço tempo 2: Acções térmicas 3: Acções mecânicas R 4: Comportamento térmico

Leia mais

ÍNDICE LISTA DE EXEMPLOS PREFÁCIO 1 INTRODUÇÃO 1.1 Considerações gerais 1.2 Conceito de estrutura mista 1.3 Principais características 1.

ÍNDICE LISTA DE EXEMPLOS PREFÁCIO 1 INTRODUÇÃO 1.1 Considerações gerais 1.2 Conceito de estrutura mista 1.3 Principais características 1. ÍNDICE LISTA DE EXEMPLOS PREFÁCIO 1 INTRODUÇÃO 1.1 Considerações gerais 1.2 Conceito de estrutura mista 1.3 Principais características 1.4 Evolução histórica 1.5 Conexão de corte 1.6 Distinção entre conexão

Leia mais

12 - AVALIAÇÕES. Fernando Musso Junior Estruturas de Concreto Armado 290

12 - AVALIAÇÕES. Fernando Musso Junior Estruturas de Concreto Armado 290 12 - AVALIAÇÕES Fernando Musso Junior musso@npd.ufes.br Estruturas de Concreto Armado 290 1ª AVALIAÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO I 2012/1 26/04/2012 Para a questão a seguir, utilizar concreto com f ck

Leia mais

MEMÓRIA DE CÁLCULO. Figura 1 - Dimensões e eixos considerados no provete submetido a ensaio.

MEMÓRIA DE CÁLCULO. Figura 1 - Dimensões e eixos considerados no provete submetido a ensaio. MEMÓRIA DE CÁLCULO ENSAIO EM LABORATÓRIO O ensaio experimental tem como objetivo determinar a contribuição da resina epóxido para o comportamento estrutural do tabuleiro e garantir a fiabilidade do modelo

Leia mais

LAJES COGUMELO e LAJES LISAS

LAJES COGUMELO e LAJES LISAS LAJES COGUMELO e LAJES LISAS Segundo Montoja são consideradas lajes cogumelo as lajes contínuas apoiadas em pilares ou suportes de concreto, ou seja, sem vigas. Podem ser apoiadas diretamente nos pilares

Leia mais

Engenharia Civil / 2 Uenf - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro / LECIV - Laboratório de

Engenharia Civil / 2 Uenf - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro / LECIV - Laboratório de Análise Térmica de Vigas Mistas Aço-Concreto em Situação de Incêndio Mateus de Souza Furriel Dias 1, Vânia José Karam 2 1 Uenf - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro / LECIV - Laboratório

Leia mais

Dimensionamento e análise da deformação de um grupo de estacas

Dimensionamento e análise da deformação de um grupo de estacas Manual de engenharia No. 18 Atualização: 04/2016 Dimensionamento e análise da deformação de um grupo de estacas Programa: Grupo de Estacas Arquivo: Demo_manual_18.gsp O objetivo deste capítulo é explicar

Leia mais

3as Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos Universidade de Coimbra- Portugal 28 de Maio de 2013

3as Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos Universidade de Coimbra- Portugal 28 de Maio de 2013 3as Jornadas de Segurança aos Incêndios Urbanos Universidade de Coimbra- Portugal 28 de Maio de 2013 COMPARAÇÃO DA APLICAÇÃO DE UMA REGULAMENTAÇÃO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS BASEADA NO DESEMPENHO COM

Leia mais

Figura 4.1: a)elemento Sólido Tetraédrico Parabólico. b)elemento Sólido Tetraédrico Linear.

Figura 4.1: a)elemento Sólido Tetraédrico Parabólico. b)elemento Sólido Tetraédrico Linear. 4 Método Numérico Foi utilizado o método dos elementos finitos como ferramenta de simulação com a finalidade de compreender e avaliar a resposta do tubo, elemento estrutural da bancada de teste utilizada

Leia mais

Proteção passiva de estruturas metálicas em situação de incêndio a importância do conhecimento da temperatura crítica.

Proteção passiva de estruturas metálicas em situação de incêndio a importância do conhecimento da temperatura crítica. Proteção passiva de estruturas metálicas em situação de incêndio a importância do conhecimento da temperatura crítica Paulo Vila Real Sumário Introdução Noções básicas Exemplo de aplicação Cálculo ao Fogo

Leia mais

AULA 4 Materiais de Construção II

AULA 4 Materiais de Construção II AULA 4 Materiais de Construção II Introdução Para a construção, as propriedades que interessam considerar aos metais são várias, concretamente, a aparência, densidade, dilatação e condutibilidade térmica,

Leia mais

ANEXO A6.1. Determinação do esforço axial atuante na tábua de madeira definida na Secção

ANEXO A6.1. Determinação do esforço axial atuante na tábua de madeira definida na Secção ANEXO A6.1 Determinação do esforço axial atuante na tábua de madeira definida na Secção 6.4.2.1. As ações permanentes e variáveis consideradas no sótão e na cobertura do edifício de tabique são as indicadas

Leia mais

SEMINÁRIO SINDUSCON-FIEMG Desempenho das edificações Segurança contra incêndio

SEMINÁRIO SINDUSCON-FIEMG Desempenho das edificações Segurança contra incêndio SEMINÁRIO SINDUSCON-FIEMG Desempenho das edificações Segurança contra incêndio Palestra: Desempenho Estrutural em situação de incêndio Estabilidade (NBR 15.200:2012) Eng. Hélio Pereira Chumbinho ABECE

Leia mais

Distribuição Transversal para Pontes em Vigas Múltiplas Protendidas

Distribuição Transversal para Pontes em Vigas Múltiplas Protendidas Distribuição Transversal para Pontes em Vigas Múltiplas Protendidas Vanderlei de Souza Almeida 1, Ricardo Valeriano Alves 2, Flávia Moll de Souza Judice 3 Resumo 1 Universidade Federal do Rio de Janeiro

Leia mais

Verificação de uma parede multi-ancorada

Verificação de uma parede multi-ancorada Manual de engenharia No. 7 Atualização: 02/2016 Verificação de uma parede multi-ancorada Programa: Arquivo: Verificação de Contenções Demo_manual_07.gp2 Neste capítulo, vamos mostrar como dimensionar e

Leia mais

AULA 4 Materiais de Construção II

AULA 4 Materiais de Construção II Faculdade de Engenharia - Licenciatura em Engenharia Civil UL 4 Materiais de Construção II Capítulo ula 4 (Teórica/Prática) II ços para Construção Introdução Ensaios sobre os aços: 1) Ensaio de Tracção;

Leia mais

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I 12 EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM PROVOCADOS POR ESFORÇO AXIAL

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I 12 EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM PROVOCADOS POR ESFORÇO AXIAL fct - UL EFEITOS DE SEGUDA ORDE PROVOCADOS POR ESFORÇO AXIAL EFEITOS DE SEGUDA ORDE PROVOCADOS POR ESFORÇO AXIAL PROGRAA. Introdução ao betão armado. Bases de Projecto e Acções 3. Propriedades dos materiais:

Leia mais

Fundamentos de Estruturas

Fundamentos de Estruturas Fundamentos de Estruturas Definições Estrutura é um sistema destinado a proporcionar o equilíbrio de um conjunto de ações, capaz de suportar as diversas ações que vierem a solicitá-la durante a sua vida

Leia mais

Novo Sistema de Construção de Alvenarias CIC cbloco: Elementos

Novo Sistema de Construção de Alvenarias CIC cbloco: Elementos Novo Sistema de Construção de Alvenarias CIC 2008 cbloco: Elementos 26.06.2008 1 SUMÁRIO 1. Objectivos 2. Trabalho desenvolvido 2.1. Exigências aplicáveis às paredes 2.2. Desempenho térmico simulação numérica

Leia mais

Dimensionamento de Estruturas em Aço. Parte 1. Módulo. 2ª parte

Dimensionamento de Estruturas em Aço. Parte 1. Módulo. 2ª parte Dimensionamento de Estruturas em Aço Parte 1 Módulo 2 2ª parte Sumário Módulo 2 : 2ª Parte Dimensionamento de um Mezanino Estruturado em Aço 1º Estudo de Caso Mezanino página 3 1. Cálculo da Viga V2 =

Leia mais

ESTRUTURAS METÁLICAS E DE MADEIRAS PROF.: VICTOR MACHADO

ESTRUTURAS METÁLICAS E DE MADEIRAS PROF.: VICTOR MACHADO ESTRUTURAS METÁLICAS E DE MADEIRAS PROF.: VICTOR MACHADO UNIDADE II - ESTRUTURAS METÁLICAS VIGAS DE ALMA CHEIA INTRODUÇÃO No projeto no estado limite último de vigas sujeitas à flexão simples calculam-se,

Leia mais

ESTUDO DO COMPORTAMENTO DA LIGAÇÃO SEMIRRÍGIDA PILAR PRÉ- MOLDADO FUNDAÇÃO POR MEIO DE CHAPA DE BASE. Tatiana Ueno 1

ESTUDO DO COMPORTAMENTO DA LIGAÇÃO SEMIRRÍGIDA PILAR PRÉ- MOLDADO FUNDAÇÃO POR MEIO DE CHAPA DE BASE. Tatiana Ueno 1 ESTUDO DO COMPORTAMENTO DA LIGAÇÃO SEMIRRÍGIDA PILAR PRÉ- MOLDADO FUNDAÇÃO POR MEIO DE CHAPA DE BASE Tatiana Ueno 1 Anamaria Malachini Miotto Farah 2 RESUMO Este artigo apresenta o estudo do comportamento

Leia mais

Dimensionamento e análise da deformação de um grupo de estacas

Dimensionamento e análise da deformação de um grupo de estacas Manual de engenharia No. 18 Atualização: 04/2019 Dimensionamento e análise da deformação de um grupo de estacas Programa: Arquivo: Grupo de Estacas Demo_manual_18.gsp O objetivo deste capítulo é explicar

Leia mais

UNIVERSIDADE POLITÉCNICA

UNIVERSIDADE POLITÉCNICA UNIVERSIDADE POITÉCNICA ANÁISE E DIMENSIONAMENTO DE VIGAS PAREDE. VERIFICACAO DA SEGURANÇA Índice Temático 1. Definição de vigas parede (REBAP - Artº 128º)... 1 2. Definição do Vão Teórico e Espessura

Leia mais

3 Programa Experimental

3 Programa Experimental 3 Programa Experimental 3.1. Características dos Pilares Foram ensaiados seis pilares com as características mostradas na Figura 3.1. Os pilares têm seção transversal retangular de 12,5 cm x 15 cm e altura

Leia mais

Condições específicas para o dimensionamento de elementos mistos de aço e concreto

Condições específicas para o dimensionamento de elementos mistos de aço e concreto Condições específicas para o dimensionamento de elementos mistos de aço e concreto Introdução O dimensionamento de elementos mistos de aço e concreto deve levar em conta as propriedades mecânicas e elásticas

Leia mais

Capítulo 6. Conclusões e Desenvolvimentos Futuros Introdução Sumário e conclusões

Capítulo 6. Conclusões e Desenvolvimentos Futuros Introdução Sumário e conclusões Capítulo 6 Conclusões e Desenvolvimentos Futuros 6.1- Introdução... 6.2 6.2- Sumário e conclusões... 6.2 6.3- Perspectivas de desenvolvimentos futuros... 6.4 Capítulo 6 - Conclusões e Desenvolvimentos

Leia mais

Verificação de uma Fundação em Microestacas

Verificação de uma Fundação em Microestacas Manual de engenharia No. 36 Atualização 06/2017 Verificação de uma Fundação em Microestacas Programa: Arquivo: Grupo de Estacas Demo_manual_en_36.gsp O objetivo deste manual de engenharia é mostrar como

Leia mais

P-Δ deslocamentos horizontais dos nós da estrutura ou efeitos globais de segunda ordem;

P-Δ deslocamentos horizontais dos nós da estrutura ou efeitos globais de segunda ordem; 3 Estabilidade e Análise Estrutural O objetivo da análise estrutural é determinar os efeitos das ações na estrutura (esforços normais, cortantes, fletores, torsores e deslocamentos), visando efetuar verificações

Leia mais

Carregamentos Combinados

Carregamentos Combinados - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA INDUSTRIAL METALÚRGICA DE VOLTA REDONDA PROFESSORA: SALETE SOUZA DE OLIVEIRA BUFFONI DISCIPLINA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Carregamentos Combinados

Leia mais

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ÁREA DE CONSTRUÇÃO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ÁREA DE CONSTRUÇÃO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ÁREA DE CONSTRUÇÃO 1. Para determinar a porosidade aberta de uma pedra calcária, utilizou-se um provete com as dimensões de 7.1 7.1 7.1 cm 3. Determinou-se a massa no estado

Leia mais

TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES CÁLCULO ESTRUTURAL AULA 08

TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES CÁLCULO ESTRUTURAL AULA 08 TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES CÁLCULO ESTRUTURAL AULA 08 Sumário 1 Flambagem... 3 1.1 Conceito... 3 1.2 Como amortizar o efeito de flambagem?... 4 1.3 Comprimento de flambagem... 5 2 Dimensionamento de Pilares...

Leia mais

Exame de Segurança Estrutural Mestrado em Estruturas de Engenharia Civil Duração: 2horas 15/04/1998

Exame de Segurança Estrutural Mestrado em Estruturas de Engenharia Civil Duração: 2horas 15/04/1998 Exame de Segurança Estrutural Mestrado em Estruturas de Engenharia Civil Duração: horas 5/04/998 De acordo com a nomenclatura corrente os métodos de verificação da segurança estrutural com base probabilística

Leia mais

2.3.3 Norma canadense

2.3.3 Norma canadense ap. 2 Revisão bibliográfica 47 2.3.3 Norma canadense Nos anos 80, o projeto de estruturas de madeira no anadá passou a incorporar as mudanças que se manifestaram em outros países e, sobretudo, tornando

Leia mais

4 Exemplos de Validação e Análise de Resultados

4 Exemplos de Validação e Análise de Resultados 4 Exemplos de Validação e Análise de Resultados Os exemplos apresentados neste capítulo se referem a algumas vigas de edifícios de concreto armado que foram retiradas de projetos estruturais existentes

Leia mais

Conceito de resistência de cálculo

Conceito de resistência de cálculo Conceito de resistência de cálculo Introdução Na elaboração de projetos de estruturas, os elementos estruturais, sejam metálicos ou de concreto armado, devem ser todos dimensionados, ou seja, é função

Leia mais

ESTRUTURAS ESPECIAIS Mestrado em Engenharia Civil 5º Ano 2º Semestre 6 de Junho de 2011 Responsável: Prof. José Oliveira Pedro

ESTRUTURAS ESPECIAIS Mestrado em Engenharia Civil 5º Ano 2º Semestre 6 de Junho de 2011 Responsável: Prof. José Oliveira Pedro ESTRUTURAS ESPECIAIS Mestrado em Engenharia Civil 5º Ano º Semestre 6 de Junho de 0 Responsável: Prof. José Oliveira Pedro Identifique todas as folhas com o número e nome. Justifique adequadamente todas

Leia mais

Fundações por estacas Introdução

Fundações por estacas Introdução Manual de engenharia No. 12 Atualização: 04/2016 Fundações por estacas Introdução O objetivo deste manual de engenharia é explicar como utilizar os programas GEO5 para analisar fundações por estacas. O

Leia mais

Estruturas Metálicas

Estruturas Metálicas Estruturas Metálicas Estruturas Metálicas Vantagens: Precisão na fabricação das peças alto controle de qualidade; Garantia das propriedades dos matérias; Resistente a choques e vibrações; Obras mais rápidas

Leia mais

Curso de Dimensionamento de Estruturas de Aço EAD - CBCA. Módulo2. Parte 2

Curso de Dimensionamento de Estruturas de Aço EAD - CBCA. Módulo2. Parte 2 Curso de Dimensionamento de Estruturas de Aço EAD - CBCA Módulo2 Parte 2 Sumário Módulo 2 : 2ª Parte Dimensionamento de um Mezanino Estruturado em Aço 1º Estudo de Caso Mezanino página 3 1. Cálculo da

Leia mais

LAJE ALVEOLADA LA 20-R

LAJE ALVEOLADA LA 20-R Página 1/5 LAJE ALVEOLADA LA 20-R DESCRIÇÃO Painel pré-fabricado em betão pré-esforçado, com armadura activa constituída por fios de aço aderentes, de secção vazada, dispostos lado a lado com justaposição

Leia mais

ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRUTURAS

ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRUTURAS Mestrado Integrado em Engenharia Civil 2017-2018 Sumário 1. Características do perfil 2. Saídas profissionais 2 34 3. Características genéricas do programa curricular 4. Disciplinas do programa curricular

Leia mais

FICHA TÉCNICA DE PRODUTO LAJE ALVEOLADA LA 30-R. LA30-3-R Nível

FICHA TÉCNICA DE PRODUTO LAJE ALVEOLADA LA 30-R. LA30-3-R Nível Página 1/6 LAJE ALVEOLADA LA 30-R DESCRIÇÃO Painel pré-fabricado em betão pré-esforçado, com armadura activa constituída por fios de aço aderentes, de secção vazada, dispostos lado a lado com justaposição

Leia mais

Problema resolvido 4.2

Problema resolvido 4.2 Problema resolvido 4.2 A peça de máquina de ferro fundido é atendida por um momento M = 3 kn m. Sabendo-se que o módulo de elasticidade E = 165 GPa e desprezando os efeitos dos adoçamentos, determine (a)

Leia mais

Lajes Nervuradas. Prof. Henrique Innecco Longo

Lajes Nervuradas. Prof. Henrique Innecco Longo Lajes Nervuradas Prof. Henrique Innecco Longo longohenrique@gmail.com Departamento de Estruturas Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro 2017 Lajes Nervuradas - prof. Henrique Longo

Leia mais

Elementos Finitos 2014/2015 Colectânea de trabalhos, exames e resoluções

Elementos Finitos 2014/2015 Colectânea de trabalhos, exames e resoluções Curso de Mestrado em Engenharia de Estruturas 1. a Edição (014/015) Elementos Finitos 014/015 Colectânea de trabalhos, exames e resoluções Lista dos trabalhos e exames incluídos: Ano lectivo 014/015 Trabalho

Leia mais

6 Análise Dinâmica. 6.1 Modelagem computacional

6 Análise Dinâmica. 6.1 Modelagem computacional 6 Análise Dinâmica O presente capítulo apresenta um estudo do comportamento dinâmico da coluna de aço estaiada, abrangendo análises modais para determinação da freqüência natural, com e sem protensão [32]

Leia mais

4. Metodologia da Análise Numérica

4. Metodologia da Análise Numérica 4. Metodologia da Análise Numérica Neste capítulo são apresentados tópicos referentes ao método utilizado para a realização do trabalho, com a finalidade de alcançar os objetivos descritos no item 1.3,

Leia mais

Contribuição técnica nº 1

Contribuição técnica nº 1 Contribuição técnica nº 1 ESTUDO NUMÉRICO-EXPERIMENTAL DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS COM CHAPA DE TOPO ENTRE VIGA METÁLICA DE SEÇÃO I E PILAR MISTO PREENCHIDO COM CONCRETO DE SEÇÃO QUADRADA Autoras: Marcela

Leia mais

FACTORES QUE INFLUENCIAM A ENCURVADURA DE PILARES DE AÇO EM CASO DE INCÊNDIO

FACTORES QUE INFLUENCIAM A ENCURVADURA DE PILARES DE AÇO EM CASO DE INCÊNDIO CMNE/CILAMCE 007 Porto, 13 a 15 de Junho, 007 APMTAC, Portugal 007 FACTORES QUE INFLUENCIAM A ENCURVADURA DE PILARES DE AÇO EM CASO DE INCÊNDIO João Paulo Rodrigues 1 *, Paulo Providência 1, Cabrita Neves

Leia mais

Resumo. Palavras-chave Segurança contra incêndio. Lajes mistas. Aço. Concreto. Introdução

Resumo. Palavras-chave Segurança contra incêndio. Lajes mistas. Aço. Concreto. Introdução Análise numérico-computacional de lajes mistas de aço e concreto (steel deck) em situação de incêndio Francine Barcellos da Silva 1, Fabrício Longhi Bolina 2 1 Unisinos / Engenheira Civil / barcellosfrancine@gmail.com

Leia mais

Pré-dimensionamento das fôrmas dos elementos de concreto

Pré-dimensionamento das fôrmas dos elementos de concreto Pré-dimensionamento das fôrmas dos elementos de concreto China International Trust&Investment Plaza CITIC - Sky Central Plaza - 1997 Guangzhou/China (391m/322m) Referência: Introdução à concepção estrutural

Leia mais

ESTRUTURA LAGE VIGA PAREDE COLUNA DEVEM ESTAR DEVIDAMENTE CONECTADOS TRANSMITIR CARGAS NÃO ESTRUTURAL

ESTRUTURA LAGE VIGA PAREDE COLUNA DEVEM ESTAR DEVIDAMENTE CONECTADOS TRANSMITIR CARGAS NÃO ESTRUTURAL ARCO ESTRUTURA TIRANTE LAGE VIGA DEVEM ESTAR DEVIDAMENTE CONECTADOS TRANSMITIR CARGAS COLUNA NÃO ESTRUTURAL PAREDE ESTRUTURA REQUISITOS NECESSÁRIOS EQUILÍBRIO E ESTABILIDADE RESISTÊNCIA E RIGIDEZ TIPOS

Leia mais

FIDESC4 Um programa de cálculo para verificação da resistência ao fogo de elementos em aço com secção transversal de Classe 4

FIDESC4 Um programa de cálculo para verificação da resistência ao fogo de elementos em aço com secção transversal de Classe 4 FIDESC4 Um programa de cálculo para verificação da resistência ao fogo de elementos em aço com secção transversal de Classe 4 Paulo Vila Real Élio Maia Carlos Couto Cláudia Amaral Prof. Catedrático Universidade

Leia mais

A norma australiana considera que a capacidade característica, R k, é uma estimativa da

A norma australiana considera que a capacidade característica, R k, é uma estimativa da Cap. 2 Revisão bibliográfica 38 2.3.2 Norma australiana A norma australiana referente ao projeto das estruturas de madeira AS 1720.1 (Timber Structures) foi publicada em 1997 pela Standards Association

Leia mais

FICHA TÉCNICA DE PRODUTO LAJE ALVEOLADA LA 12 -R ARMADURAS LA12-2-R

FICHA TÉCNICA DE PRODUTO LAJE ALVEOLADA LA 12 -R ARMADURAS LA12-2-R Página 1/5 LAJE ALVEOLADA LA 12 -R DESCRIÇÃO Painel pré-fabricado em betão pré-esforçado, com armadura constituída por fios de aço aderentes, de secção vazada, com as faces prontas a pintar. As lajes apresentam-se

Leia mais

CAPÍTULO VI ANÁLISE COMPORTAMENTAL GLOBAL ELÁSTICA DE CONTENTORES

CAPÍTULO VI ANÁLISE COMPORTAMENTAL GLOBAL ELÁSTICA DE CONTENTORES CAPÍTULO VI ANÁLISE COMPORTAMENTAL GLOBAL ELÁSTICA DE CONTENTORES 6.1 Modelação dos contentores com elementos finitos 6.1.1 - Introdução A modelação dos contentores visa o estudo comportamental dos contentores

Leia mais

1. Introdução. Isabel B. Valente a, Ricardo Lage b e José António C. Matos c. Minho. carregamento, distribuição dos

1. Introdução. Isabel B. Valente a, Ricardo Lage b e José António C. Matos c. Minho. carregamento, distribuição dos MODELAÇÃO NÃO LINEAR DE VIGAS MISTAS EM AÇO E BETÃO Isabel B. Valente a, Ricardo Lage b e José António C. Matos c a,b,c ISISE, Departamento de Engenharia Civil, Escola de Engenharia, Universidade do Minho

Leia mais

TENSÕES DE FLEXÃO e de CISALHAMENTO EM VIGAS

TENSÕES DE FLEXÃO e de CISALHAMENTO EM VIGAS DIRETORIA ACADÊMICA DE CONSTRUÇÃO CIVIL Tecnologia em Construção de Edifícios Disciplina: Construções em Concreto Armado TENSÕES DE FLEXÃO e de CISALHAMENTO EM VIGAS Notas de Aula: Edilberto Vitorino de

Leia mais

ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO CADERNO DE QUESTÕES 2015/2016

ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO CADERNO DE QUESTÕES 2015/2016 CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO CADERNO DE QUESTÕES 2015/2016 1 a QUESTÃO Valor: 1,0 Viga Seção transversal T A figura acima mostra uma viga de seção transversal

Leia mais

Barras prismáticas submetidas à força axial de tração

Barras prismáticas submetidas à força axial de tração 4 Barras prismáticas submetidas à força axial de tração Este capítulo apresenta o dimensionamento de barras prismáticas submetidas à força axial de tração, incluindo barras ligadas por pinos e barras redondas

Leia mais

A AÇÃO DO VENTO NOS EDIFÍCIOS

A AÇÃO DO VENTO NOS EDIFÍCIOS 160x210 A AÇÃO DO VENTO NOS EDIFÍCIOS ARAÚJO, J. M. Projeto Estrutural de Edifícios de Concreto Armado. 3. ed., Rio Grande: Dunas, 2014. Prof. José Milton de Araújo FURG 1 1 O PROJETO ESTRUTURAL E A DEFINIÇÃO

Leia mais

ESTUDO EXPERIMENTAL DO PUNÇOAMENTO EM LAJES FUNGIFORMES PRÉ-ESFORÇADAS

ESTUDO EXPERIMENTAL DO PUNÇOAMENTO EM LAJES FUNGIFORMES PRÉ-ESFORÇADAS ESTUDO EXPERIMENTAL DO PUNÇOAMENTO EM LAJES FUNGIFORMES PRÉ-ESFORÇADAS A. Pinho Ramos Prof. Auxiliar Investigador do UNIC FCT / UNL Monte de Caparica V. J. G. Lúcio Prof. Associado Investigador do UNIC

Leia mais

Universidade Politécnica/ Apolitécnica

Universidade Politécnica/ Apolitécnica Universidade Politécnica/ Apolitécnica Capítulo 4 ESTADOS LIMITES DE UTILIZACAO: DIMENSIONAMENTO DO PRÉ-ESFORÇO Índice Temático 1. Traçado dos cabos... 1 1.1. Princípios base para a definição do traçado

Leia mais

Ligação pilar-fundação em estruturas pré-fabricadas modelação numérica

Ligação pilar-fundação em estruturas pré-fabricadas modelação numérica Encontro Nacional BETÃO ESTRUTURAL - BE2012 FEUP, 24-26 de outubro de 2012 Ligação pilar-fundação em estruturas pré-fabricadas modelação numérica RESUMO Ana Machado 1 Zuzana Dimitrovová 2 Válter Lúcio

Leia mais

ANÁLISE DO SISTEMA MISTO DE LIGAÇÃO MADEIRA-CONCRETO EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO

ANÁLISE DO SISTEMA MISTO DE LIGAÇÃO MADEIRA-CONCRETO EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO ISSN 1809-5860 ANÁLISE DO SISTEMA MISTO DE LIGAÇÃO MADEIRA-CONCRETO EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO Julio Cesar Molina 1 & Carlito Calil Junior 2 Resumo Este trabalho tem a finalidade de estudar o comportamento

Leia mais

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa)

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa) ENGENHARIA DE MATERIAIS Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa) Prof. Dr. Sérgio R. Montoro sergio.montoro@usp.br srmontoro@dequi.eel.usp.br TRANSFERÊNCIA DE

Leia mais

Mecânica dos Sólidos I Lista de exercícios I Barras e treliças

Mecânica dos Sólidos I Lista de exercícios I Barras e treliças Mecânica dos Sólidos I Lista de exercícios I arras e treliças (1)Uma biela consiste em três barras de aço de 6.25 mm de espessura e 31.25mm de largura, conforme esquematizado na figura. Durante a montagem,

Leia mais

5 Descrição do modelo estrutural

5 Descrição do modelo estrutural 5 Descrição do modelo estrutural 5.1 Introdução No presente capítulo apresenta-se a descrição do modelo estrutural utilizado para avaliação do conforto humano. Trata-se de um modelo real formado por lajes

Leia mais

TUTORIAL 7 LIGAÇÃO PARAFUSADA

TUTORIAL 7 LIGAÇÃO PARAFUSADA 1 TUTORIAL 7 LIGAÇÃO PARAFUSADA Determinar as tensões normais e de cisalhamento atuantes na barra chata com orifício circular, correspondente a ação do fuste do parafuso de fixação na parede do orifício

Leia mais

Várias formas da seção transversal

Várias formas da seção transversal Várias formas da seção transversal Seções simétricas ou assimétricas em relação à LN Com o objetivo de obter maior eficiência (na avaliação) ou maior economia (no dimensionamento) devemos projetar com

Leia mais

Curso de Dimensionamento de Estruturas de Aço Ligações em Aço EAD - CBCA. Módulo

Curso de Dimensionamento de Estruturas de Aço Ligações em Aço EAD - CBCA. Módulo Curso de Dimensionamento de Estruturas de Aço Ligações em Aço EAD - CBCA Módulo 3 Sumário Módulo 3 Dimensionamento das vigas a flexão 3.1 Dimensionamento de vigas de Perfil I isolado página 3 3.2 Dimensionamento

Leia mais

E = 70GPA σ e = 215MPa. A = 7500mm 2 I x = 61,3x10 6 mm 4 I y = 23,2x10 6 mm 4

E = 70GPA σ e = 215MPa. A = 7500mm 2 I x = 61,3x10 6 mm 4 I y = 23,2x10 6 mm 4 Lista 1 1. A coluna de alumínio mostrada na figura é engastada em sua base e fixada em seu topo por meios de cabos de forma a impedir seu movimento ao longo do eixo x. Determinar a maior carga de compressão

Leia mais

MODELOS NUMÉRICOS DE PILARES MISTOS CURTOS EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO: ÊNFASE ÀS SEÇÕES TUBULARES CIRCULARES DE AÇO PREENCHIDAS COM CONCRETO

MODELOS NUMÉRICOS DE PILARES MISTOS CURTOS EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO: ÊNFASE ÀS SEÇÕES TUBULARES CIRCULARES DE AÇO PREENCHIDAS COM CONCRETO MODELOS NUMÉRICOS DE PILARES MISTOS CURTOS EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO... 7 MODELOS NUMÉRICOS DE PILARES MISTOS CURTOS EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO: ÊNFASE ÀS SEÇÕES TUBULARES CIRCULARES DE AÇO PREENCHIDAS COM

Leia mais

Incêndio. Visão Geral. Resumo teórico

Incêndio. Visão Geral. Resumo teórico Incêndio Em vigor desde 2004, a NBR 15200 "Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio" estabelece critérios para o projeto de estruturas de concreto que visam limitar o risco à vida humana,

Leia mais

7. COMPARAÇÃO DOS MODELOS DE CÁLCULO

7. COMPARAÇÃO DOS MODELOS DE CÁLCULO Estudo de Pontes de Madeira com Tabuleiro Multicelular Protendido 169 7. COMPARAÇÃO DOS MODELOS DE CÁLCULO Neste item é realizada a comparação entre os três modelos de cálculo estudados, Modelo de Viga

Leia mais

Análise da capacidade de suporte horizontal de uma estaca isolada

Análise da capacidade de suporte horizontal de uma estaca isolada Manual de engenharia No. 16 Atualização: 01/2019 Análise da capacidade de suporte horizontal de uma estaca isolada Programa: Arquivo: Estaca Demo_manual_16.gpi O objetivo deste manual de engenharia é explicar

Leia mais

Análise da estabilidade de taludes

Análise da estabilidade de taludes Manual de engenharia No. 25 Atualização: 07/2016 Análise da estabilidade de taludes Programa: MEF Arquivo: Demo_manual_25.gmk O objetivo deste manual é analisar o grau de estabilidade de um talude (fator

Leia mais

Figura 6.22 Perímetros de controlo para pilares interiores

Figura 6.22 Perímetros de controlo para pilares interiores EC2 A 2d kd B > 2d kd d d A Contorno u out B Contorno u out,ef Figura 6.22 Perímetros de controlo para pilares interiores NOTA: O valor de k a utilizar num determinado país poderá ser dado no respectivo

Leia mais