Osso cortical influência da porosidade

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1 Osso cortical influência da porosidade Para o módulo de elasticidade: Do estudo de diversos autores (Schaffler and Burr, 1988, Carter and Hayes, 1977, Rice et al., 1988) podemos considerar, aproximadamente: osso cortical E (1 p) 7.4 osso trabecular E (1 p) 2 osso cortical e trabecular E (1 p) 3

2 propriedades mecânicas dos osteons ensaio de tracção ensaio de tracção de segmento da parede do osteon Ascenzi and Bonucci a = tipo T (transversal) b = tipo A( (alternado) c = tipo L (longitudinal)

3 propriedades mecânicas dos osteons ensaio de tracção a = tipo T, b = tipo A, c = tipo L ε = 0.01 = 1% = με osteons tipo L têm maior resistência à tracção e menor extensão de rotura do que os osteons tipo A. o grau de mineralização não influi muito sobre os osteons tipo A. o grau de mineralização tem grande influência sobre os osteons tipo L, quer sobre a rigidez quer sobre a deformabilidade. os dois tipos de osteons com menor grau de mineralização têm propriedades semelhantes

4 propriedades mecânicas dos osteons a = tipo T, b = tipo A, c = tipo L à compressão os osteons tipo T têm maior resistência e são mais rígidos, enquanto os osteons tipo L são os menos resistentes e os menos rígidos. ao corteos osteons tipo A e tipo T têm propriedades análogas, tendo maior resistência e maior rigidez que os osteons tipo L. para qualquer dos casos, um aumento do grau de mineralização faz aumentar a resistência e a rigidez em tracção os osteons tipo L tem tendência ao osteon pull-out escorregamento longitudinal das lamelas

5 propriedades mecânicas orientação das fibras orientação densidade? secções, distanciadas s de 1cm análise de 2 nas imagens da esquerda, os quadrados mais escuros representam uma orientação mais longitudinal das fibras, enquanto os mais claros uma orientação mais transversal. a zona em tracção é mais escura, enquanto a zona em compressão é mais clara, revelando uma tendência de disposição consoante a solicitação mecânica. e a imagem da direita? aparenta maior densidade na zona à compressão e menor na zona à tracção?

6 propriedades mecânicas para a mesma carga de rotura, um material mais flexível requer maior energia para a sua rotura um osso mais rígido melhora a eficiência da acção dos músculos (a acção dos músculos não é desperdiçada di d com a deformação do osso). ) um osso mais flexível garante uma melhor protecção contra situações de risco como as quedas (absorve maior quantidade de energia até atingir a rotura). um osso mais pesado é menos eficaz (menor mobilidade). os ossos representam um compromisso entre estes factores. exemplos: 1) ossos do ouvido médio são muito rígidos, factor importante na transmissão do som e por não estarem expostos a situações de risco de roturas 2) o fémur das crianças são menos rígidos (68%) mas requerem mais energia para fracturarem (45%)

7 propriedades mecânicas influência da velocidade de deformação, ε o osso é um material viscoelástico, as suas propriedades mecânicas dependem consideravelmente da velocidade d de deformação. com o aumento da velocidade de deformação, o osso fica mais resistente, mais rígido e mais frágil. a energia necessária para originar a falha tem um máximo para uma taxa de deformação de s 1

8 propriedades mecânicas Em resumo, as variáveis que mais influenciam as propriedades mecânicas do osso cortical são: a porosidade d o grau de mineralização a orientação das fibras de colagénio (a porosidade e o grau de mineralização são os dois factores que condicionam a densidade aparente). Estas variáveis são fortemente afectadas pela estrutura histológica do osso (primário ou secundário, lamelar, osteons,...). Os danos por fadiga (factor intrínseco) e a velocidade de deformação (factor extrínseco) são também factores relevantes.

9 osso trabecular mecânica do contínuo a espessura de uma trabécula ronda os 100μm 300μm e o espaço entre trabéculas os 300μm 1500μm (estes valores são independentes do animal em questão). uma análise no contexto da mecânica do contínuo deve considerar dimensões mínimas de 5mm 10mm (um mínimo de 5 espaços trabeculares). contudo, a abordagem para animais de dimensões muito reduzidas NÃO deverá considerar o osso trabecular no contexto da mecânica do contínuo, em alternativa deverá considerar as trabéculas como uma estrutura, analisando individualmente cada trabécula.

10 propriedades mecânicas osso trabecular numa escala de cm, o osso trabecular é menos resistente e menos rígido que o osso cortical. a dispersão de valores tabelados para o osso trabecular é acentuada diferenças no valor de porosidade tem forte influência. no osso trabecular a tensão de rotura à tracção e à compressão é idêntica.

11 propriedades mecânicas osso trabecular numaescaladecm cm, um ensaio de compressão do osso trabecular tem uma evolução distinta do osso cortical. a existência de pico de tensão, seguido de diminuição, de patamar e eventualmente um posterior incremento do valor da tensão, é consequência da quebra e colapso de algumas trabéculas e posterior compactação de trabéculas, umas contra as outras.

12 propriedades mecânicas osso trabecular valores das propriedades d elásticas numa tíbia (Ashman et al., 1989) medição por ultrasons (entre parêntesis estão indicados os desvios padrões das medições efectuadas) Módulo Rigidez média (MPa) as direcções 1,2,3 são E (218) direcções de ortotropia 1 = anterior-posterior E (282) 2 = medial-lateral 3 = inferior-superior E (634) G (66.4) G (78.1) G (94.4) notar os elevados desvios padrões, consequência da variabilidade dos valores notar o grau de anisotropia, distante de uma situação transversalmente isotrópica

13 propriedades mecânicas osso trabecular As variáveis que influenciam as propriedades mecânicas do osso trabecular são: a porosidade ou densidade aparente a orientação das trabéculas as propriedades materiais de cada trabécula individual notas: a terceira variável terá uma menor influência em comparação com as outras duas. a densidade aparente é condicionada pela porosidade e pelo grau de mineralização. Valores de densidade aparente usuais: osso trabecular ρ = 1.0 ~ 1.4 g/cm 3 osso cortical ρ = 1.8 ~ 2.0 g/cm 3 Nota: A densidade aparente, ρ, é medida considerando os espaços vazios ocupados por tecidos moles (ρ = 1.0 ~ 2.0 g/cm 3 ). Por vezes é considerada uma densidade aparente, d, considerando os espaços vazios efectivamente vazios (d = 0.0 ~ 2.0 g/cm 3 ).

14 propriedades mecânicas influência da densidade aparente a influência da densidade aparente (ou da porosidade) nas propriedades mecânicas são bem visíveis i nos gráficos. na literatura é referido que o módulo de elasticidade e a resistência dependem da densidade na forma de uma potência de expoente 2 ou 3. (apenas) osso trabecular E d 2, σ U d 2 osso cortical e trabecular E d 3 a densidade aparente (ou porosidade) é o parâmetro responsável por cerca de 75% da variabilidade das propriedades mecânicas (considerando um mesmo tipo de osso trabecular, tipo de tensão tracção ou compressão e orientação relativa das cargas para com a orientação do material).

15 propriedades mecânicas influência das propriedades do osso das trabéculas valores obtidos por medições ultrasónicas outros testes com provetes de reduzidas dimensões de osso cortical, mostram uma diminuição das propriedades do osso terá o osso que constitui as trabéculas propriedades mecânicas idênticas ao osso que constitui a zona cortical? o osso das trabéculas é menos rígido que o osso cortical. as causas para esta diminuição são, para além de um inferior valor de mineralização, uma estrutura das trabéculas em que não existem tipo fibras intactas inseridas numa matriz.

16 propriedades mecânicas influência das propriedades do osso das trabéculas terá o osso que constitui i as trabéculas propriedades d mecânicas idênticas ao osso que constitui a zona cortical? ao nível das lamelas a estrutura é idêntica, mas... devido à maior rapidez de remodelação, o nível de mineralização e densidade do tecido é inferior NÃO existe uma entidade tipo fibras (osteons) com alguns agu smm de comprimento e totalmente te integradas (circunscritas) numa matriz as trabéculas têm pedaços originados pela remodelação óssea, dispostos ao longo da trabécula e cuja fronteira não está necessariamente circunscrita it na trabécula

17 propriedades mecânicas influência da orientação e tipo de trabéculas a anisotropia do osso é função da orientação das trabéculas e do espaço entre as trabéculas. uma forma de o contabilizar é através do MIL mean intercept length que permite caracterizar o carácter anisotrópico das propriedades. o MIL é um tensor de segunda ordem. Cowin (1985) mostrou que as propriedades elásticas podem ser estabelecidas através da densidade aparente (ou da porosidade) e do fabric tensor, H, que é igual ao inverso da raiz quadrada do tensor MIL a teoria de Cowin responde por 72% 94% da variabilidade das propriedades mecânicas do osso.

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25 Introdução à mecânica da fractura linear elástica

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30 Análise à propagação da fenda

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35 mecanismos de falha do osso fadiga e fluência nem todas as cargas que originam a falha do osso são cargas monotónicas com valor superior à sua tensão de rotura. outras cargas, de valor inferior à tensão de rotura, podem originar uma acumulação de dano, que a prazo podem conduzir à falha do osso. podemos distinguir dois tipos de efeitos, de fadiga e de fluência (eventualmente actuando em simultâneo). fadiga é consequência da actuação de cargas cíclicas (de valor inferior à tensão de rotura). a fluência (creep) é consequência da actuação de uma carga constante (de valor inferior à tensão de rotura). t = 0 t = 0 + t» 0 F F

36 dano micro fendas

37 dano micro fendas o dano originado pela fadiga e/ou fluência é visível, em ossos saudáveis, na forma de micro fendas. estas micro fendas podem, em certas condições, multiplicarem-se, crescerem tornando-se macro fendas e eventualmente originar a falha do osso. em geral estas micro fendas são removidas pela remodelação óssea. caso a acumulação de dano seja mais rápida que a remodelação óssea, pode ocorrer uma fractura de esforço, surgindo em soldados, dançarinos de ballet, atletas de alta competição, cavalos de corrida,... a estrutura lamelar e osteonica deflecte e/ou aprisiona as fendas, limitando os danos. em geral, as fendas têm origem numa sobrecarga ou no efeito da acção das cargas cíclicas. podem também ser consequência de um defeito de fabrico (em geral do colagénio), ou introduzidas por um qualquer processo cirúrgico.

38 dano micro fendas o dano acumula-se exponencialmente existindo após os 40 anos mais nas mulheres que nos homens. foram contabilizados micro fendas/mm 2 nas costelas de um homem de 60 anos. foram contabilizados 5 micro fendas/mm 2 no osso trabecular das vértebras. cerca de 80% 90% das micro fendas no osso cortical são encontradas no osso intersticial entre os osteons, com um comprimento de μm.

39 evolução com a idade a evolução da densidade de micro fendas com a idade é exponencial, como visualizado no gráfico. após os 40 anos regista-se uma superior densidade de micro fendas no sexo feminino. este aumento será proveniente da redução de massa óssea, com o consequente aumento do nível de extensão, e consequente aumento do dano por fadiga. muitas fracturas não traumáticas que ocorrem na velhice (fracturas osteoporóticas) são essencialmente fracturas de esforço. de relembrar o aumento da taxa de criação de osteons após os 40 anos estará relacionado?

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