Nonada: Letras em Revista E-ISSN: Laureate International Universities Brasil

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1 Nonada: Letras em Revista E-ISSN: Laureate International Universities Brasil Barbosa do Rêgo Barros, Isabela Discussões acerca de uma possibilidade dicotômica da fala em Ferdinand de Saussure Nonada: Letras em Revista, vol. 20, núm. 1, mayo-septiembre, 2013, pp Laureate International Universities Porto Alegre, Brasil Disponível em: Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

2 Discussões acerca de uma possibilidade dicotômica da fala em Ferdinand de Saussure Discussions about a possible dichotomous of speech in Ferdinand de Saussure Isabela Barbosa do Rêgo Barros RESUMO A perspectiva dicotômica do objeto remete-o a divisões binárias, colocando a unidade em tensão no instante em que a dualidade promove a diferença e dificulta a percepção da identidade que caracteriza a totalidade. A publicação do Curso de Linguística Geral (CLG) revelou as considerações de Saussure em torno da linguagem baseadas em dicotomias, também encontradas de maneira interna à fala, sob o víeis psicofísico e psicolinguístico, fundamentais para a compreensão dos transtornos da linguagem. PALAVRAS-CHAVE Linguagem; fala; dicotomia; alterações. ABSTRACT The perspective dichotomous object sends it to binary divisions by placing the drive voltage at the instant the duality promotes difference and makes the perception that characterizes the identity entirety. The publication of the Course in General Linguistics (CLG) revealed the considerations around Saussure language based on dichotomies, also found a way to inner speech, from the perspective psycholinguistic and psychophysical fundamental to the understanding of language disorders. KEYWORDS Language; speech; dichotomy; changes. Organizada por Charles Bally e Albert Sechehaye, a publicação em 1916 do Curso de Linguística Geral (CLG), compilação dos cursos ministrados por Ferdinand de Saussure entre 1906 e 1911, na Uni- Nonada

3 Discussões acerca de uma possibilidade dicotômica da fala em Ferdinand de Saussure versidade de Genebra, revelou as considerações do pesquisador em torno da linguagem a partir de construções dicotômicas: sincronia/ diacronia, língua/fala, relação sintagmática/relação associativa, mutabilidade/imutabilidade, significante/significado, que, desde então, se destacaram nos trabalhos pós-saussureanos. Neste artigo, ressaltamos o elemento fala analisando-o a partir da afirmativa de Saussure [1916] (2006) de que a língua e a fala são indissociáveis, porque a realidade de uma só existe em função da realidade da outra, o que nos fizeram conceber que as dicotomias apresentadas por Ferdinand de Saussure em alguns trechos do CLG, a exemplo do capítulo intitulado Linguística da língua e linguística da fala, são puramente metodológicas. Os valores metodológicos que Saussure reúne em seus cursos transcendem o campo de conhecimento linguístico e definem o espírito científico na perspectiva de que é o ponto de vista que cria o objeto. (...) Alguém pronuncia a palavra nu: um observador superficial será tentado a ver nela um objeto linguístico concreto; um exame mais atento, porém, nos levará a encontrar no caso, uma após outra, três ou quatro coisas perfeitamente diferentes, conforme a maneira pela qual consideramos a palavra: como som, como expressão duma ideia, como correspondente ao latim nudum etc. Bem longe de dizer que o objeto precede o ponto de vista, diríamos que é o ponto de vista que cria o objeto. (grifos meus) (SAUSSURE [1916] (2006), p.15) Desse modo, apesar de procurarmos neste artigo primar pela fala na obra saussureana, dentro do fenômeno da linguagem, alertamos que o autor não concebe a fala isoladamente, uma vez que o mecanismo linguístico gira todo ele sobre identidades e diferenças, não sendo estas mais que a contraparte daquelas. (Idem, p.126) Nóbrega (2012) comenta que Saussure longe de colocar a fala fora do objeto da linguística, distingue-a como essencial à existência da própria língua, já que confere ao caráter social desta última a singu- 104 Nonada

4 Isabela Barbosa do Rêgo Barros laridade de ter sido constituída pela prática da fala (p.59). Sendo assim, assumimos neste artigo o compromisso de observar a linguagem a partir de uma perspectiva lançada em direção à fala, sem destituir a importância dessa nos estudos da linguística. Entendemos as dicotomias encontradas no desenvolvimento dos estudos saussureanos como um comportamento do autor ao dirigir seu olhar sobre um objeto. Isso significa que aceitamos que as dicotomias baseadas nas identidades e diferenças entre os elementos apresentadas por Saussure conduzem ao entendimento das partes, no instante em que delimitam seus campos com o intuito de destacar o que não é da competência da linguagem. Isso nos permite perceber a fala a partir de uma distinção dicotômica interna fruto da construção de uma realidade indissociável e imprescindível ao entendimento dos transtornos encontrados na linguagem, objeto de estudo da Fonoaudiologia. Na clínica fonoaudiológica, encontramos alterações na linguagem secundárias a transtornos neurológicos (afasias, mal de Alzheimer, doença de Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica), psíquicos (Transtornos do Espectro Autístico, síndromes, esquizofrenia) ou emocionais caracterizadas, comumente, por truncamentos, neologismos e ecolalia 1 que comprometem o entendimento entre os sujeitos. Entretanto, não basta ao fonoaudiólogo perceber as alterações e intervir nas perturbações da linguagem apresentadas pelo sujeito. É fundamental compreender o processo linguístico que ocorre na linguagem para que se perceba onde e como ocorrem às alterações, e, assim, atuar com maior eficácia. Em nada adianta para a Fonoaudiologia apoiar-se em teorias alheias cabendo-lhe, apenas, a execução teórica prática, sem um entendimento sobre seu objeto. Faz-se necessário refletir sobre as teorias e tentar retirar consequências para o estudo dos transtornos de linguagem. 1 Os neologismos são criações de palavras ou expressões novas de maneira individual sem compartilhá-las com seus pares. A ecolalia é reconhecida como repetição de parte ou da totalidade do discurso de outra pessoa de maneira imediata, tardia (mediata) ou com pequenas alterações em relação ao discurso original (mitigada). Nonada

5 Discussões acerca de uma possibilidade dicotômica da fala em Ferdinand de Saussure As dicotomias da fala e os transtornos de linguagem A fala apresenta-se com destaque no CLG nos capítulos Objeto da linguística e Linguística da língua e linguística da fala. Em ambos os trechos parece que esse elemento surge, apenas, em oposição à língua ou a linguagem com efeito de destaque para essas últimas. No entanto, concordamos com Flores (2012) ao mencionar que no prefácio à primeira edição do CLG há comentários de que as reflexões de Saussure em direção à fala são prometidas e seriam destacadas após o terceiro curso, ministrado entre os anos 1910 e A ausência de uma Linguística da fala é mais sensível. Prometida aos ouvintes do terceiro curso, esse estudo teria tido, sem dúvida, lugar de honra nos seguintes; sabe-se muito bem por que tal promessa não pôde ser cumprida. (BALLY; SECHEHAYE, no prefácio da primeira edição do CLG) Anteriormente, Bouquet (2009) apontava para esse fato ao considerar que o CLG, apesar de sua importância científica, por ser uma obra escrita a partir da reunião das anotações de ouvintes dos cursos ministrados por Saussure, desfigurou bastante alguns fundamentos do pensamento saussureano, entre os quais os que versam sobre a dupla essência da linguística: a linguística da língua e a linguística da fala (ou do discurso). Nas suas aulas de Linguística Geral, Saussure desenvolveu principalmente a questão da ciência da língua, mas não sem mencionar a dualidade da linguística. Aqui, pela primeira vez, a questão de duas linguísticas», escreve Saussure em suas notas preparatórias para o segundo curso (ELG p. 299) 2. Quanto ao terceiro curso, aquele que serviu de base para Bally e Sechehaye, ele traçou o plano no qual teve tempo apenas de tratar as duas primeiras partes: «l As línguas. 2 A língua. 3 Faculdade e exercício da linguagem dos indivíduos. (CLG/E, ) - nesse plano, a terceira parte marca o lugar da «segunda linguística». Bally e Sechehaye alteraram uma aula oral do terceiro curso para deixá-la de acordo com a sua tese. Lá onde o professor declara: Nós podemos 2 ELG refere-se a obra Escritos de Linguística Geral. 106 Nonada

6 Isabela Barbosa do Rêgo Barros distinguir linguística da língua e linguística da fala ( &5 III Dég Ctn) [variante : É preciso ter uma linguística da língua e uma linguística da fala ( III Sech)]», o Curso modaliza esse enunciado empregando um a rigor sem fundamento - «Podemos a rigor conservar o nome Linguística a essas duas disciplinas» (p. 38) - e adapta-o de um acréscimo apócrifo: A língua é o único objeto da linguística propriamente dita. Além disso, eles suprimiram quase sistematicamente, ao longo de toda obra, a palavra discurso, em sua acepção sinônima de fala, bem como numerosas aulas, que tratavam do discurso. (nota minha) (Idem, p. 169) Apesar da supressão das considerações em torno do discurso (fala) trazidas a baila por Bouquet, ainda percebemos no CLG esforços em direção às discussões acerca da fala que apontam para uma possível dicotomia interna a este elemento apresentando-o sob duas temáticas, uma psicofísica e outra psicolinguística, que acabam por remeter a fala a dois fundamentos tratados por Saussure: o da fonação (mecanismo psicofísico) e o do sintagma (realização psicolinguística). A esse respeito, Bouquet (2004) já considerara haver em Saussure pelo menos dois sentidos heterogêneos para o termo fala: fato fonológico (relacionado à execução de um ato de linguagem) e fato lógico-gramatical (correlativo ao conceito de língua). Entretanto, diferentemente de nosso objetivo em atestar uma dicotomia interna à fala, Bouquet, de acordo com Nóbrega (2012), ao afirmar os diferentes sentidos da fala, estava interessado em destacá-la em correlação com a língua. Arrivé (2010), entretanto, identifica três acepções diferentes para o termo fala das quais nos aproximamos: fonação, sintagmação e ato de linguagem (que considera os dois anteriores). Consideramos a assertiva do autor no que tange aos dois primeiros sentidos da fala, colocando-os no estatuto de uma dicotomia. Em seu texto Lugar da língua nos fatos da linguagem encontrado no capítulo Objeto da linguística do CLG, nossa afirmação sobre Nonada

7 Discussões acerca de uma possibilidade dicotômica da fala em Ferdinand de Saussure uma dicotomia da fala ganha sentido ao percebermos que Saussure menciona a fala como um ato de inteligência no qual se distingue 1, as combinações pelas quais o falante realiza o código da língua no propósito de exprimir seu pensamento pessoal [sintagma]; 2, o mecanismo psico-físico que lhe permite exteriorizar essas combinações [fonação]. (acréscimos meus) (SAUSSURE, [1916] (2006), p.22) Sendo nossas concepções ainda reforçadas com o seguinte trecho retirado do capítulo Linguística da língua e linguística da fala, do CLG: (...) [a fala] é a soma do que as pessoas dizem, e compreende: a) combinações individuais, dependentes da vontade dos que falam [sintagma]; b) atos de fonação igualmente voluntários, necessários para a execução dessas combinações. (acréscimos meus) (Idem, p.27) Dessa maneira, nos sentimos confortáveis em discorrer sobre essa dualidade fisico-linguística que encontramos na fala, em direção ao entendimento dos transtornos de linguagem. Sob o viés psicofísico, apresentamos a posição de Saussure em aproximar a fala das concepções funcionais e direcionar explicações orgânicas ao fenômeno. (...) Os signos da língua são, por assim dizer, tangíveis; a escrita pode fixá-los em imagens convencionais, ao passo que seria impossível fotografar em todos os seus pormenores os atos da fala; a fonação duma palavra, por pequena que seja, representa uma infinidade de movimentos musculares extremamente difíceis de distinguir e representar. (grifos meus) (Ibidem, p.23). Saussure apresenta a fala no plano da fonação, considerando-a como ato no sentido de ação da fala, ou seja, uma ato-ação de grupos musculares associados que permitem a exposição da língua. Dessa forma, a fala é apresentada sob o aspecto miofuncional. Sem irmos muito mais além, e ainda dentro do capítulo Objeto da linguística, no parágrafo Lugar da língua nos fatos da linguagem, 108 Nonada

8 Isabela Barbosa do Rêgo Barros o autor mantém-se dentro de uma perspectiva psicofísica para apresentar a fala, mencionando o trajeto do som durante a interlocução dos indivíduos sob o que denominou circuito da fala. Esse se apresenta como um ato individual, composto de partes físicas (ondas sonoras), de fenômenos psíquicos (imagens verbais e conceitos) e processos fisiológicos (fonação e audição) que supõe no mínimo a participação de dois indivíduos para que seja completo. De acordo com Saussure, o circuito da fala funciona da seguinte maneira: Os conceitos e as representações dos signos linguísticos que se encontram no cérebro do indivíduo A são transmitidos por um impulso aos órgãos da fonação (fenômeno psíquico). Em seguida as ondas sonoras se propagam da boca de A até o ouvido do indivíduo B (processo físico). Ao chegar ao ouvido do indivíduo B os impulsos são transmitidos ao cérebro (processo fisiológico) para em seguida ocorrer a associação da imagem acústica com o conceito (fenômeno psíquico). O estudo da linguagem comporta, portanto, duas partes: uma, essencial, tem por objeto a língua, que é social em sua essência e independente do indivíduo; esse estudo é unicamente psíquico; Nonada

9 Discussões acerca de uma possibilidade dicotômica da fala em Ferdinand de Saussure outra, secundária, tem por objeto a parte individual da linguagem, vale dizer, a fala, inclusive a fonação e é psico-física. (grifos meus) (SAUS- SURE, [1916] 2006, p. 27) Essa configuração da fala baseada em um processo psicofísico, por muito tempo, destacou-se nas leituras críticas do CLG, reduzindo a fala a um papel secundário de exposição dos fatos da língua. Essa visão única do fenômeno, porém, não se restringiu as discussões linguísticas, atravessou essa ciência e encontrou espaço no tratamento fonoaudiológico frente aos transtornos de linguagem, alicerçando o tratamento das alterações no aspecto miofuncional. Segundo Berberian (2000), inicialmente, em meados da década de 1960, a Fonoaudiologia se firmou no Brasil apresentando, como princípio norteador das intervenções na linguagem, uma prática terapêutica encarregada de ensinar por meio de exercícios o sujeito a falar e escrever. Buscava-se na fala individual, de acordo com Cunha (1997), os desvios em relação às regularidades do sistema da língua. A linguagem assim entendida era apresentada como um comportamento mecânico, em que o sujeito falante era um mero receptor e reprodutor de uma língua pronta. (BERBERIAN, 2000, p.103) Não desconsideramos, porém, a necessidade de, frente a alguns transtornos de linguagem, o tratamento também incidir sobre as possíveis inadequações de alguns aspectos miofuncionais. Entretanto, 110 Nonada

10 Isabela Barbosa do Rêgo Barros acreditamos que, a exemplo das produções ecolálicas características de alguns quadros afásicos, neurológicos e do transtorno de espectro autístico, as alterações são resultantes de uma incompletude do circuito da fala que provoca dificuldade na compreensão da linguagem. Essa incompletude do circuito resulta da dificuldade do interlocutor do sujeito que apresenta o transtorno em associar a imagem acústica a um conceito. Ou seja, o modo individual da fala do sujeito que apresenta alteração na linguagem exclui o interlocutor no momento em que esse não compreende o que foi dito. Logo, não há o fechamento do circuito da fala. Expliquemos: ao reproduzir a ecolalia minha Nossa Senhora de maneira aparentemente descontextualizada em quaisquer situações de uso da linguagem oral, um sujeito afásico não se fazia entender pelo interlocutor, bloqueando, desse modo, o estabelecimento da comunicação. Nonada

11 Discussões acerca de uma possibilidade dicotômica da fala em Ferdinand de Saussure Entender que algumas das alterações de linguagem podem encontrar entraves no fechamento do circuito da fala, possibilita que a Fonoaudiologia invista nas assistências clínicas que destaquem as intervenções entre os pares eu-tu, onde o eu fala para um tu que aceita e concebe aquela produção como singular ao sujeito permitindo encontrar uma significação para o discurso. Dessa maneira, o tratamento não incide unicamente na emissão oral individual, mas no que aquela produção linguística alterada provoca no outro, desenovelando, aos poucos, os nós da linguagem. Isso desloca e reforça as concepções atuais em Fonoaudiologia que afirmam a linguagem ser constituída em uma relação dialógica entre os interlocutores. Colocar a fala apenas no plano de um circuito e defini-la como uma parte psicofísica, secundária e individual da linguagem a deixa como um simples ato mecânico. E parece-nos que Saussure não a percebia unicamente dessa maneira. Isso torna-se mais claro quando o autor informa no texto Objeto da linguística que Broca descobriu a localização cerebral da faculdade da fala e da escrita relacionando- -as à afasia, porém, nesse transtorno de linguagem a capacidade de proferir o som é menos atingida que a capacidade de evocar o signo linguístico, indicando que (...) acima desses diversos órgãos, existe 112 Nonada

12 Isabela Barbosa do Rêgo Barros uma faculdade mais geral, a que comanda os signos e que seria a faculdade linguística por excelência. (SAUSSURE, [1916] 2006, p.18) Sendo assim, apresentamos uma segunda posição saussureana ao perceber a fala sob o aspecto psicolinguístico. Ao mencionar que a fala são combinações efetuadas para a realização da língua, Saussure a coloca no alicerce das relações sintagmáticas, tendo em vista que essas relações se caracterizam pela ordenação dos elementos linguísticos em uma sequência linear e sucessiva. De um lado, no discurso, os termos estabelecem entre si, em virtude de seu encadeamento, relações baseadas no caráter linear da língua, que exclui a possibilidade de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo. Estes se alinham um após outro na cadeia da fala. Tais combinações, que se apóiam na extensão, podem ser chamadas de sintagmas. (grifos meus) (SAUS- SURE, [1916] 2006, p.142) Enquanto sintagma, a fala representa o ato de combinar a língua em uma cadeia linear na qual é possível manter organizado e expressar o pensamento, estando presente em um dos eixos do sistema linguístico. O eixo das relações associativas e das relações sintagmáticas, bem como os eixos língua e fala, correspondem a duas dicotomias saussureanas relacionadas à linguagem, que não estabelecem uma relação de oposição, mas, sim, comungam de uma reciprocidade. Saussure, contudo, no capítulo Relações sintagmáticas e relações Nonada

13 Discussões acerca de uma possibilidade dicotômica da fala em Ferdinand de Saussure associativas comenta: (...) A frase é o tipo por excelência de sintagma. Mas ela pertence à fala e não à língua; não se segue que o sintagma pertence à fala? Não pensamos assim. É próprio da fala a liberdade das combinações; cumpre, pois, perguntar se todos os sintagmas são igualmente livres. (grifos meus) (Idem, p.145) Encontramos uma aparente contradição perante os outros trechos do CLG já destacados neste artigo, uma vez que esse recorte parece colocar o sintagma distante da fala e desmontaria nossas discussões em torno de uma dicotomia psicofísica e psicolinguística interna à fala. Todavia, Saussure, ao distanciar o sintagma da fala, parece querer defender que as produções sintagmáticas não são livres, ou seja, o indivíduo não pode escolher conscientemente e particularmente as combinações fonêmicas, morfológicas ou sintáticas da língua, pois isso comprometeria o entendimento entre os pares e, consequentemente, a comunicação. Saussure aponta nesse trecho para um indivíduo, senhor absoluto da língua, que fala e pensa que sabe o que diz. No entanto, acreditamos que, ao percebermos as construções linguísticas a partir dos sujeitos, esse que se constitui na e pela linguagem, respondemos afirmativamente à questão saussureana: não se segue que o sintagma pertence à fala? Sim. Normand (2009) afirma que o problema da fala complica-se com as discussões em torno do sujeito da fala (sujeito falante), uma vez que esse tem sua atividade suposta na escolha dos elementos (in absentia) e em sua combinação (in praesentia). Saussure havia afastado o sujeito, como tanto se insistiu em dizer, ou, pelo menos, o indivíduo, que, marcado pelos traços da consciência, da liberdade, da singularidade, ficava reservado, ou abandonado, ao domínio da fala. Essa oposição, no entanto, não resolvia inteiramente a questão, como vimos, e o indivíduo está sempre presente: ao mesmo tempo passivo (a língua lhe é imposta, depositada em seu cérebro) e ativo (ele interpreta as formas, recriando-as a cada emprego). (idem, p.133) 114 Nonada

14 Isabela Barbosa do Rêgo Barros Não iremos além nas discussões sobre o sujeito, uma vez que essas não configuram objetivo desse artigo. Porém, não nos eximimos em nos posicionar contra as afirmações que indicam que Saussure excluiu o sujeito de seus estudos. Saussure não negou a existência do sujeito, apenas seus trabalhos, em uma época em que a psicanálise ainda ganhava espaço, preocupou-se em compreender a língua e a linguagem, porque a linguística, como ciência, não necessita de uma teoria do sujeito. Saussure sabia disso e não tentou incluir uma teoria do sujeito nas suas considerações sobre a língua. (NÓBREGA, 2008, p.10) A fala pode ser percebida, então, sob o prisma do sintagma a partir do sujeito que, inconscientemente, ao falar, organiza e limita as infinitas possibilidades de combinações linguísticas que poderiam tornar a língua individual demais e impossibilitar o seu reconhecimento entre os sujeitos. Tendo em vista que acreditamos que é próprio da língua a liberdade das combinações e não da fala, pois não há outra coisa a não ser os sujeitos que, ao reconhecerem as combinações sintagmáticas, impedem os signos linguísticos de assumirem diversos arranjos infinitamente e aleatoriamente, o que determinaria, por fim, a criação de tantas línguas quanto fosse possível aos signos linguísticos combinarem entre si. Essas considerações tornam-se mais claras quando pensamos nos neologismos: alterações na linguagem definidas como criações de palavras ou expressões novas de maneira individual. Não é próprio aos sujeitos autistas, por exemplo, apresentar como quadro clínico alterações na fala no sentido de um ato mecânico, porém lhes são comuns alterações na linguagem que comprometem o entendimento em decorrência dos arranjos dos signos linguísticos efetuados de maneira bem particular, criando neologismos. Segue exemplo deste fato: Nonada

15 Discussões acerca de uma possibilidade dicotômica da fala em Ferdinand de Saussure As combinações sintagmáticas são expostas sem quaisquer alterações quanto ao seu princípio: há obediência de uma sucessão linear de signos linguísticos, em um espaço e tempo definidos, onde os elementos linguísticos relacionam-se entre si com o que o antecede e com o que o sucede. O interlocutor do sujeito autista percebe que ele está falando e reconhece os fonemas da língua, contudo os arranjos associativos da língua não são compreendidos em decorrência da organização de forma particular dos signos linguísticos no cérebro e à revelia de um sujeito, provocando no interlocutor diversas interferências na tentativa de compreender o discurso. A clínica assegura para a Fonoaudiologia um olhar diferenciado sobre a linguagem, apresentando-a como um terreno no qual o fenômeno linguístico pode ser percebido como atividade linguageira singular do sujeito. Esse fato permite que se perceba a linguagem sob o que ela comporta de regular e de irregular na língua ou na fala. No entanto, não é necessário irmos muito além e procurarmos outros exemplos apoiados, apenas, nas alterações de linguagem. Ao falarmos as expressões tchau (tschüß) e informação de turismo (das Fremdenverkehrsbuero, die Auskunftsstelle) em alemão, o sujeito alemão não apresenta quaisquer dificuldades, apesar de parecer estranho aos sujeitos de língua portuguesa pronunciar o encontro dos signos linguísticos do tipo CCCCVC com trema, CVCCC ou CCCC. Acreditamos que, em algum momento histórico, os signos linguísticos 116 Nonada

16 Isabela Barbosa do Rêgo Barros associaram-se e combinaram-se dessa forma em uma relação sintagmática, sendo falados e aceitos pela comunidade. Mais uma vez, percebemos o sintagma unido à fala, enquanto as associações dos signos estão relacionadas à língua. Fundamentando-nos no reconhecimento de uma possível dicotomia psicofísica e psicolinguística da fala, a partir dos preceitos saussureanos, acreditamos em dois alicerces: o circuito da fala e o eixo sintagmático. Olhando o objeto fala por esses dois ângulos o fonoaudiólogo pode identificar a ocorrência de alterações baseadas no entendimento das estruturas da linguagem, a partir de uma relação distorcida do sujeito com esse elemento, uma vez que entendemos que não cabe ao profissional que lida com a linguagem tentar construir e aplicar regras fundamentadas apenas em uma definição: a linguagem tem um lado individual [a fala] e um lado social [a língua], sendo impossível conceber um sem o outro. (acréscimos meus) (SAUSSURE, [1916] 2006, p. 16). É necessário entender os fundamentos e os elementos que compõem essa afirmação para não cair no vazio teórico e no risco de desconhecer o que se faz e por que se faz, por não compreender ou saber o que se diz. REFERÊNCIAS ARRIVÉ, Michel. Em busca de Ferdinand de Saussure. Trad. Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola Editorial, BERBERIAN, Ana Paula. Fonoaudiologia e educação: um encontro histórico. 2ª ed. São Paulo: Summus, BOUQUET, Simon. Introdução à leitura de Saussure. Trad. Carlos A.L. Salum e Ana Lúcia Franco. 9ª ed. São Paulo: Cultrix, De um pseudo-saussure aos textos saussurianos originais. Letras & Letras, Uberlândia 25 (1) , jan./jun Nonada

17 Discussões acerca de uma possibilidade dicotômica da fala em Ferdinand de Saussure CUNHA, Maria Claudia. Fonoaudiologia e psicanálise: a fronteira como território. São Paulo: Plexus, FLORES, Valdir. Sobre a fala no Curso de Linguística Geral e a indissociabilidade língua/fala. In: DI FANTI, Maria da Glória; BARBISAN, Leci Borges (org.). Enunciação e discurso: tramas de sentidos. São Paulo: Contexto, p NÓBREGA, Mônica. Sujeito e sistema em Saussure: uma relação possível? Revista Virtual de Estudos da Linguagem - ReVEL. Edição especial. (6) 2, Nov, [ O ponto de vista do sistema: possibilidade de uma leitura da linguística geral. João Pessoa: Marca de Fantasia, NORMAND, Claudine. Saussure. Trad. Ana de Alencar e Marcelo Diniz. São Paulo: Estação Liberdade, SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. Trad. Antônio Cheline, José Paulo Paes, Izidoro Blikstein. 27ª ed. São Paulo: Cultrix, ISABELA BARBOSA DO RÊGO BARROS Doutorado em Letras pela UFPB, Mestrado em Ciências da Linguagem pela UNICAP e Graduação em Fonoaudiologia pela UNICAP. Professora nos cursos de licenciatura em Letras, bacharelado em Fonoaudiologia e Mestrado em Ciências da Linguagem da UNICAP. ibelabarros@gmail.com 118 Nonada

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